Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 41
Crise 41 - Segredos Revelados




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Crise 41 - Segredos Revelados

 O novo aluno de nossa escola, Kevin, era um agente da CICE, uma organização secreta especializada em casos alienígenas na Terra, e tinha a hipótese que a origem dos diversos buracos de minhoca em nossa cidade vinham de nossa escola. Logo em seguida, encontramos com Morgan, o mouseano, que descobriu que o monitor de nossa sala de informática, Paulo, era, na verdade, um robô e agiu de forma suspeita ao entrar na sala do diretor. Nós o seguimos e agora iríamos ver se realmente essa história é verdadeira. Estávamos ali, há poucos metros da sala do diretor, tentando ao máximo manter uma postura discreta (coisa meio difícil para seis pessoas juntas).

— Muito bem, todo cuidado agora e...ei! - disse Estrela, mas Kevin já estava indo na frente, com os passos mais leves possíveis.

— Não se preocupe - disse ele, em voz baixa, quase sussurrando - Eu sou profissional.

— Mas duvido que tenha tanta experiência quanto eu - reclamou Estrela, no mesmo tom de voz.

— Agora não é hora de discutir - tentei acalmá-la.

 A sala do diretor. Será que ele tem mesmo alguma coisa a ver com tudo isso que vem acontecendo na cidade? Acho que nunca falei do diretor do colégio para vocês, mas ele é apenas um senhor de cabelos brancos, velhinho e de voz calma. Ele é o fundador daquele colégio (não é uma escola tão antiga assim) e, desde a palestra que ele deu para alunos novos no meu primeiro dia de aula, sempre o considerei uma pessoa de muito bom coração. Normalmente o trabalho de puxar a orelha dos alunos fica com a coordenadora (ela sim tinha cara de má), mas o diretor, Sr. Fontes, sempre me pareceu muito simpático.

— Não consigo acreditar que o Sr. Fontes possa ter algo a ver com tudo isso - comentou Mabi comigo - Ele sempre pareceu tão bonzinho.

— É o que eu acho - concordei, mas os outros já estavam bem ali, do lado da porta, não tínhamos muito para onde correr se quiséssemos saber a verdade.

— O único jeito de sabermos o que está acontecendo é prosseguir nessa investigação - falou Eduardo - Bem, pelo menos estou muito curioso. Talvez o diretor seja um alienígena disfarçado, mas se fosse o caso, o detector de Kevin ou de Estrela já teria acusado. O que poderia ser?

 Eduardo estava sempre atrás de respostas, era do feitio dele mesmo. Mas eu, embora sempre tivesse visto o diretor como um modelo, estava tão curioso quanto. Como alguém como ele poderia ter algo a ver com tudo aquilo? De qualquer modo, estávamos ali, diante da porta, aguardando o próximo passo do plano.

— Muito bem - disse Kevin, sempre mantendo o  tom de voz baixo - Precisamos dar um jeito de saber o que está acontecendo lá dentro. Talvez eu tenha um aplicativo que amplie o som que vem da sala através da porta..

 Mas enquanto Kevin mexia em seu aparelho celular, nosso amigo Veterano Caio tinha uma ideia bem mais prática.

— Vocês querem saber o que está acontecendo lá dentro? - disse ele - Ah! Moleza!

 E ele simplesmente arrombou a porta com um pontapé. Devo dizer que ele era um cara forte, sem dúvida (afinal, ele costumava entrar na própria casa quebrando as paredes), mas no momento não era bem força o que precisávamos.

— O que você fez?! - Kevin parecia desesperado - Praticamente nos jogou na boca do inimigo!

— O amigo de vocês é meio sem-noção, não acham, não? - disse Morgan, colocando rapidamente a cabeça para fora da mochila para averiguar a encrenca em que nos metemos.

— Meio? - comentei. Mas agora estávamos ali, diante de Paulo, que olhou a situação de olhos arregalados e nosso diretor, tão admirado quanto.

— Vocês? - disse o Sr. Fontes, mal sabendo para onde olhar em sinal de nervosismo - O...que estão fazendo?

— Diretor - disse Paulo - Não podemos deixar isso que isso se espalhe.

 Paulo saltou em uma velocidade impressionante até as proximidades da porta e a recolocou no lugar em tempo recorde. Dificilmente um humano faria isso. Ainda assim, depois disso ele apenas olhava para nós, com uma expressão de dúvida. Parecia não saber o que falar.

— D-D-Diretor - gaguejei - E então? Como está o senhor? Fazendo...muitas coisas de diretor?

— Garotos, o que significa isso? - ele não parecia se exaltar, embora não estivesse contente, é claro - Estão invadindo uma reunião que só diz respeito a mim e ao Paulo.

— Não tente nos enganar - disse Estrela, em tom de autoridade - Você e esse monitor estão por trás dos buracos de minhoca que estão abrindo na cidade, não estão?

 O diretor pareceu muito espantado ao ouvir isso da boca de Estrela, a ponto de quase derrubar o potinho com lápis e canetas em sua mesa.

— Como...sabem disso? - pronunciou Sr. Fontes, claramente nervoso e tentando esconder alguma coisa que estava próxima ao computador - Isso...é impossível.

— Sinto muito, diretor - disse Kevin, mostrando um tipo de distintivo em seu celular - O senhor me matriculou em sua escola como um aluno transferido, mas era apenas uma identidade falsa. Sou um agente da CICE, Central de Investigação para Casos Extraterrestres. O senhor confirma que está por trás dos casos de distorção espacial que acontecem nessa cidade?

— Central de Investigação? - disse ele - Não pode estar falando sério.

— Sim, está - disse Estrela - E eu sou uma ecologista formada no Setor W responsável por verificar o equilíbrio do universo. Se o senhor realmente tem algo a ver com isso, terá que prestar contas a mim também.

 Diante do olhar serio de Estrela, o diretor parece ter percebido que se tratava de uma situação verídica. Ele não podia esconder mais.

— Nunca pensei que tivesse chegado a esse ponto - lamentou o diretor - Aqueles portais abrem e fecham tão rápido. Nunca imaginei que isso pudesse ser percebido. Mas se tudo que vi é verdade, não duvido que essas organizações existem mesmo.

— É claro que existem! - disse Morgan, saltando para fora da mochila - E já que foi tudo para o ventilador mesmo, já posso sair dessa mochila fedorenta, não posso, não?

— Um rato falante? - disse o diretor, voltando a se assustar.

— Eu não sou um... - mas, no meio da frase, Morgan parece ter perdido a paciência - É, é, sou um rato falante, mas não sou desse planeta. Por isso respeito comigo, tá ouvindo?

— Vejo que estão mesmo falando sério - disse o diretor, não sabendo bem como se portar diante de todos nós.

— Então o senhor confirma? - perguntou Mabi.

— Bem, não entendo muito bem todas essas coisas técnicas - disse ele, coçando a cabeça - Mas creio que tudo começou quando eu era apenas um jovenzinho.

— Isso faz quanto tempo? - perguntou Veterano Caio - Ainda existiam dinossauros nessa época?

— Silêncio, por favor - reclamou Kevin - O que o senhor tem a dizer, diretor?

— Bem, eu tinha apenas 16 anos - disse ele - Vocês que são jovens devem saber disso. É uma fase onde o amor começa a despertar em nossos corações. Nessa época, eu conheci uma moça, muito diferente de qualquer uma que eu já tenha visto.

— Uma moça? - perguntei.

— Sim. Eu a vi apenas uma vez, quando estava em um fim de tarde no parque dessa cidade, sentado próximo a uma colina, admirando o pôr-do-sol - prosseguia o diretor - Lembro como se fosse ontem. Uma garota, devia ter a minha idade, se aproximou de mim. Ela era linda, mas seu visual era pouco comum. Tinha cabelos totalmente brancos e olhos muito azuis, além de ser muito, muito branca. Talvez fosse albina. O vestido e os sapatos que ela usava também eram brancos. 

 Uma garota diferente, heim? Mas quem ela seria?

— Ela se aproximou de mim e começamos a conversar. Não durou mais do que alguns minutos, mas nunca me esquecerei daquilo.

* Flashback do diretor

— Boa noite - disse a tal garota.

— B-Boa noite - respondeu o jovem Fontes, estranhando a chegada daquela exótica garota.

— Se importa de eu me sentar ao seu lado? - perguntou ela.

— Não, claro que não - disse ele, afastando sua bicicleta e deixando a mocinha se sentar - Você...não é daqui desse bairro, é?

 Ela sorriu e respondeu:

— Não, na verdade, venho de um lugar bem mais distante.

— De onde?

— É meio difícil de explicar - disse ela - Mas...é bem longe.

— Bem, se não quiser falar, não tem problema - respondeu o diretor - Respeito a vontade das pessoas.

— Então, você se importa com outras pessoas? - perguntou ela.

— Sim. É claro - respondeu ele - Gostaria de ajudar mais pessoas. Estava pensando em ser professor ou algo assim.

— É um lindo sonho - disse a moça - Espero que mantenha essa bondade sempre com você.

— E você? Tem algum sonho? - perguntou o jovem diretor.

— Digamos que sim - disse ela - Espero que um dia esse universo alcance um equilíbrio.

— O universo? Parece bem profundo...não sei se entendi muito bem.

— Não tem problema. Você não precisa entender com a mente, apenas com o coração - prosseguiu a moça.

 O diretor não entendeu muito bem, mas a mocinha simplesmente desviou o olhar para o pôr-do-sol. Eles ficaram alguns segundos em silêncio, até que o jovem Sr. Fontes resolve quebrar a barreira.

— É lindo, não é?

— Maravilhoso - respondeu ela - Se você soubesse quantas coisas mais lindas estão lá fora.

— Lá fora?

— Fora da Terra - continuou a moça, levantando a sua mão, como se quisesse alcançar o Sol - Esse universo é muito grande e muito lindo. É uma pena...que poucas pessoas tenham o privilégio de conhecê-lo por completo.

— Poucas? Talvez ninguém, não acha? É grande demais, precisaríamos de milhões de milhões de anos para conhecer tudo...pelo menos é o que eu aprendi pelo pouco que li de astronomia.

— É uma limitação incômoda, não? - disse a garota - Mas talvez um dia as futuras gerações desse planeta possam romper essa barreira.

— Como?

— Vou deixar que vocês descubram, mas...acho que posso confiar em você. Posso sentir que seu coração é puro - prosseguiu a mocinha - Está decidido. Vou te dar um presente.

 A garota tirou o pingente que estava usando e entregou para o diretor, segurando firme nas mãos dele.

— Talvez esse cristal ajude as pessoas desse planeta a transcenderem seus limites - disse ela - Agora...eu preciso ir.

— Já? Mas...você nem me disse o seu nome - lamentou o jovem diretor.

— É melhor eu não dizer - falou a garota, com um sorriso - Mas eu gostaria de fazer um pedido. Não conte a ninguém que nos encontramos.

— Mas..

 Era tarde demais. A garota simplesmente virou de costas e caminhou em direção a um portal, sumindo da vista dele. 

*Fim do flashback

— Então foi a sua primeira paixão, diretor? - perguntou Mabi.

— Sim...e a única - disse ele - Nunca me casei ou tive qualquer outro relacionamento. Essa garota, de quem nunca descobri o nome, sempre esteve em meu coração.

— Que estranho - comentou Eduardo - Quem seria essa garota?

— Pela descrição, imagino que seja uma alienígena - disse Estrela.

— E então eu fiquei com esse cristal - disse o diretor - E foi com ele que causei todos esses portais na cidade.

— Como? - estranhei - Como um simples cristal pode fazer isso?

 O diretor se afastou e mostrou o cristal ligado com vários eletrodos em um computador. Ele não era exatamente um diamante, mas lembrava um pouco e, dependendo do ângulo que se olhava, ele também revelava uma cor meio prateada.

— É lindo - disse Mabi.

— Impossível - falou Estrela, ao ver a pedra - Isso não pode ser...Eternium?!

— Eternium? - repetiu Eduardo.

— Exato - disse o diretor - Este é o nome. 

— O que é isso? - perguntei.

— Nunca imaginei que isso existisse, sempre achei que fosse uma lenda - falou Estrela - Há uma história, relacionada a uma galáxia muito distante, sobre um minério capaz de produzir uma quantidade infinita de energia. Na verdade, quanto mais a energia dele é utilizada, mais energia ele produz.

— Isso parece ir contra as leis da conservação de energia da física - comentou Eduardo.

— E vai - concordou Estrela - Mesmo em outras regiões do universo, a física é sempre a mesma: não se pode conseguir energia do nada. Mas, por algum motivo desconhecido, esse cristal consegue. Ele consegue criar energia. É uma fonte inesgotável de energia!

 A própria Estrela parecia espantada em seu tom de voz, por mais que seu rosto não demonstrasse.

— É lindo, não é? - disse o diretor - Sim. A joia que recebi daquela moça é um pedaço de Eternium.

— Mas como o senhor sabe que é Eternium? - perguntou Mabi - Ela te falou isso antes de ir embora?

— Não - disse ele - A pessoa que me explicou sobre as propriedades do cristal foi ele.

 Sr. Fontes apontou para Paulo, que apenas ouvia a conversa em silêncio esse tempo todo.

— Ai, meus queijinhos! É o robô! - Morgan quase pulou para trás.

— Bem, de fato, Paulo foi a pessoa que descobriu meu segredo - disse o diretor - No dia em que chegou na escola e viu o cristal em minha mesa, ele me perguntou como eu o havia conseguido.

— Mas a moça não disse para não contar nada? - perguntei.

— Sim. Ela me pediu segredo e, de fato, eu já sabia que ninguém da Terra acreditaria em minha conversa, mas mesmo assim usei o cristal como amuleto e dizia que era um tipo de diamante para todo mundo que me perguntava - prosseguiu o diretor - Mas Paulo, ao ver o cristal em minha mesa, perguntou imediatamente se era alienígena. Ao ver minha reação de surpresa, ele se revelou como uma entidade robótica, analisou o cristal, deduziu que era Eternium e disse que sabia como tirar energia dele.

— Entendo...então foi ele quem te explicou - disse Eduardo.

— Poderíamos usar isso para acabar com os problemas de energia do mundo - disse o diretor - Mas...o meu segredo era mais forte. Não queria revelar a todo mundo como foi que eu o obtive, ainda mais com tantas pessoas gananciosas em nosso planeta. Mesmo assim, Paulo resolveu compartilhar do meu segredo e me ajudar com o meu novo sonho.

— Que novo sonho? - perguntei.

— Reencontrar aquela garota - disse o diretor, praticamente derramando lágrimas - Paulo me ensinou a usar o poder do Eternium para distorcer o espaço e criar portais capazes de ligar nossa cidade a diferentes partes do universo. Graças à sua incrível capacidade de cálculo, ele consegue abrir portais sem repetir regiões do universo e usar o sistema que tem instalado para saber se a região aberta pode abrigar formas de vida parecidas com a descrição da moça albina. Fazemos isso todos os dias, até que, em algum momento, encontremos a região daquela garota. Talvez...talvez seja um sonho bobo, talvez eu morra de velhice antes de reencontrá-la, mas as chances não são nulas. Gostaria de tentar e vê-la mais uma vez, antes de partir desse mundo. Eu fiz o teste na primeira vez e vi o grande poder do cristal. Era minha última chance de reencontrar aquela pessoa. Senão isso, pelo menos saber quem era ela. Se eu encontrasse uma única criatura da raça dela, já seria uma pista...confesso que não pensei no perigo de atrair criaturas alienígenas para a Terra.

 E agora, lágrimas realmente escorriam do rosto do diretor. E, devo dizer, que algumas quase escorriam do meu também. E, certamente, também escorriam do rosto de Mabi e Kevin.

— Isso é lindo, diretor - disse ela - Todos esses anos e agora uma chance de reencontrar o seu único amor.

— Droga...estou suando pelos olhos! - reclamou Kevin.

— Fala sério - comentou Morgan.

 Mas uma pessoa não estava engolindo tudo.

— Não. Não é nada lindo - disse Estrela.

— Estrela? - estranhei. Era falta de sensibilidade demais até para ela.

— Sentimentos e emoções sempre são enganosos - continuou ela - E a prova disso é que nenhum de vocês questionou uma única coisa.

— Sim, isso mesmo - disse Eduardo, como se já soubesse do que ela iria falar - Qual a origem de Paulo?

— Exato - o olhar de Estrela se voltou para Paulo - Você é uma entidade robótica e o diretor o aceitou, mas...o diretor se questionou alguma vez de onde você veio? Um robô alienígena com tanto conhecimento sobre as propriedades do Eternium e com a capacidade de assumir uma identidade humana sem levantar suspeitas ajudaria um simples diretor de colégio com uma paixonite de mais de 50 anos?

— Bem - disse o Sr. Fontes - Quando mostrou sua identidade, Paulo apenas me disse que veio de uma região distante do universo e acabou chegando à Terra com uma missão secreta. Ele apenas prometeu me ajudar se eu não o questionasse, mas seu auxílio sempre foi tão prestativo que...não poderia imaginar que ele pudesse ser mal.

— É uma pena desapontá-lo, diretor - disse Estrela - Mas...o senhor sabia que um programa muito suspeito foi instalado na rede desse colégio?

— Um...programa? - estranhou o diretor.

— Mais precisamente, um sistema de treinamento militar. Algo que só é utilizado para treinamento de alguma raça guerreira ou alguém interessado em guerras e conflitos. Por acaso, você tem algo a dizer sobre isso, Paulo? - acusou Estrela.

 Os braços de Paulo começaram a fazer barulho. Seu olhar mudou para uma expressão vazia e sem nenhuma emoção. Ele simplesmente retirou uma das mãos, revelando uma espécie de arma.

— O QUÊ?! - gritei, quase caindo para trás.

— Código 1234 - disse o monitor - Modo de disfarce corrompido. Mudar para rotina 12345.

— O que está fazendo?! - estranhou Kevin.

— Maneiro - disse Veterano Caio - Um robô de verdade!

— O segredo de minha missão foi revelado - disse ele - Terei que eliminá-los agora mesmo!

 Mas que missão é essa? No fim, estávamos mesmo encrencados. 


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Notas finais do capítulo

Resumindo: o diretor ganhou um cristal milagroso que permite criar portais de uma alienígena por quem se apaixonou quando adolescente e quer encontrar sua amada novamente.

Mas ainda não sabemos as intenções do robô-monitor.

No próximo capítulo, descobriremos esses segredos e fecharemos a primeira temporada da fic. Espero vê-los lá! :)