Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 141
Crise 141 - Edenis




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E assim foi. Com o portal aberto, estávamos no planeta Edenis no mesmo instante. Estávamos ali eu, Estrela, professor Orion, Lua, Kevin, Elena e Morgan, esse último meio a contragosto. Olhando ao redor, tínhamos uma paisagem meio desértica. O clima era agradável, apesar de quente.

—É mesmo um planeta bem vazio, né? - comentei.

—Agora não. Estamos aqui, então não está mais vazio – disse Lua – Tem que ter cuca, Vitor fofinho.

—E então? O entendido aqui são vocês – disse Elena para Estrela e professor Orion, ignorando Lua – Onde está o tal lago em que devemos jogar os cristais?

Elena tinha razão em ter dúvida. Ao nosso redor, havia vários lagos, entre grandes e pequenos, além de várias montanhas, apesar de não ter muito verde. Qual deles era o correto, de acordo com a lenda?

—Sei lá. Eu nunca vim aqui – disse Orion.

Nada animador, não é?

—O planeta é pequeno, mas ainda é grande para uma pessoa só – disse Estrela – Deve haver vários lagos por aqui. Vai ser difícil saber onde está o certo. Mas segundo o Portal Gun, sem dúvida, estamos na região do centro do planeta.

—E viemos para cá sem nem saber o que vamos fazer? - reclamou Morgan – Vocês já foram mais espertos!

—Pare de encher – disse Orion – Quem disse que não sabemos?

—O senhor não acabou de falar que não sabe onde está? - comentei.

—Eu não sei, mas os cristais sabem – falou o professor – Uma das inscrições antigas dizia que os cristais ressoam com o lago correto. Use os benditos cristais.

—É. Agora que os cristais estão juntos, muita coisa pode acontecer – comentou Kevin – Tente, Estrela.

Estrela pegou os três cristais Eternium e os moveu com a mão. De fato, eles começavam a brilhar quando eram apontados em uma direção, mas o brilho enfraquecia quando ela mudava.

—Entendi – disse Estrela – Basta seguir o caminho em que o brilho é mais forte.

—Então vamos logo! - disse Elena.

O grupo foi andando em conjunto, seguindo a orientação do cristal. Em poucos minutos, passamos de uma região desértica para uma região mais verde. Conforme íamos andando, mais árvores apareciam e a paisagem se tornava cada vez mais linda e agradável. Por fim, encontramos um grande lago, rodeado de árvores e os cristais não apenas começaram a brilhar, como começaram a emitir um som.

—É aqui? - perguntei.

—Parece que sim – comentou Estrela – Só pode ser.

—Só joguem os cristais ai – disse Lua – Se não for, pedimos para o Kevin mergulhar e pegar os cristais de volta.

—Por que eu? - disse Kevin, indignado.

—Você tem cara de quem nada bem – respondeu Lua, sorrindo.

—E desde quando a cara de alguém diz se ela sabe nadar ou não?! - Kevin continuava nervoso.

—Não há dúvidas – disse Orion – É aqui mesmo...os cristais estão ressoando com muita intensidade.

De fato, os cristais não apenas estavam ressoando. Eles praticamente estavam se jogando ali. De repente, os três cristais saíram das mãos de Estrela e simplesmente flutuaram na direção do lago.

—Os cristais saíram flutuando! - falei espantado.

—Bem, acho que esse é o lago certo mesmo – disse Lua – E agora? O que vai acontecer?

Na hora que Lua disse essas palavras, um portal se abre bem atrás de nós. Era ninguém menos que Quasar juntamente com Aster e outros dois guardas.

—O que vai acontecer é o que estávamos esperando – disse ele.

Dei um salto para trás. Até mesmo Estrela se surpreendeu com isso.

—Vocês! - gritei.

—Esses caras são perigosos? - perguntou Morgan, já se escondendo atrás de Elena.

—O que vocês querem aqui? - perguntou Estrela – Aliás, como souberam que estaríamos aqui?

—Estrelinha, Estrelinha – provocou Aster – Você achou mesmo que as coisas seriam fáceis assim?

—Ou melhor... - prosseguiu Quasar – Você achou que não conhecíamos as lendas de Edenis? Curiosamente, você trouxe os cristais exatamente para onde queríamos.

—Então...vocês sabiam o tempo todo! - falei, espantado.

—Não o tempo todo – disse Quasar – Mas depois que tive acesso aos textos do professor Orion, foi fácil deduzir que vocês estavam atrás dos cristais para testar a lenda de Edenis. A lenda que pode nos colocar em contato com a Unificadora.

Elena e Kevin tiraram suas armas, mas foram alvejados no braço imediatamente pelos homens de Quasar. Não se machucaram, mas foram desarmados na mesma hora.

—Quietinhos aí – disse um dos capangas – É melhor não se meterem nisso.

—Bem, Estrela, professor Orion – disse Quasar – Sou grato por levarem todos os cristais exatamente onde queríamos. Quando a Unificadora surgir, poderei pedir a ela para me conceder o poder de transitar entre universos.

—E por que a Unificadora atenderia um pedido seu? - perguntou Estrela.

—É simples. Porque ela me deve isso – respondeu o governante.

—Como assim? - perguntei.

—Normalmente, w-anos não se guiam pela intuição – disse Quasar – Mas a minha intuição me diz que a Unificadora é uma garota que ajudei anos atrás, quando visitava justamente a região de Edenis.

—Você já veio aqui antes? - perguntou Orion.

—Sim. É uma região de paz e serenidade – disse ele – Aqui é ótimo para meditar e pensar. Mas foi aqui que, certa vez, encontrei uma linda garota de cabelos brancos desmaiada.

—Garota...de cabelos brancos? - falei, com os olhos arregalados.

—Era linda, mas parecia extremamente indefesa – continuou o governante – Parece que desmaiou por ensolação e estava desidratada. Coloquei ela na sombra, esperei que acordasse e ofereci água. Ela agradeceu e disse que estava tão envolvida com a natureza que acabou desmaiando.

—Que história estranha... - comentou Elena.

—Seja como for – prosseguiu Quasar – Ela não disse seu nome e nem nada do tipo, mas disse que poderia me conceder o que desejasse. Eu não tinha nenhum desejo em especial, então falei que não precisava de nada. Ela apenas sorriu e desapareceu em seguida. Ela desapareceu sem ao menos usar um Portal Gun ou algo do tipo. Por ser um grande estudioso, fiquei curioso com esse fenômeno e a única pessoa que poderia ter tal poder no universo conhecido seria alguém mais poderoso do que qualquer w-ano. O único ser capaz de fazer isso seria a responsável pela criação do Setor W, a tão misteriosa Unificadora, mas preferi guardar esse segredo até o momento certo.

—E qual seria esse momento certo? - perguntou Estrela.

—Agora – falou Quasar, sorrindo confiantemente – Eu não tinha um desejo, mas agora tenho um. E não é qualquer desejo.

—Quer mesmo expandir os territórios do Setor W? - perguntou Estrela.

—Foi o que disse quando assumi o poder – respondeu Quasar – Mas a verdade é diferente. Joguei essa história politicamente aceitável, mas minha ambição é mais egoísta do que isso.

—Então... - eu realmente não estava entendendo nada.

—Só quero o poder de ir para outros universos para ver o rosto de Cassiopeia novamente – disse Quasar, fechando os olhos enquanto falava.

—O quê? - disse Aster, espantado. Os outros guardas apenas se entreolharam, sem saber o que falar – Está dizendo que todo o seu plano de governo era...uma farsa?

—Sim – confirmou Quasar – Não tenho nenhuma ambição expansionista...na verdade, poderia até usar isso a favor do Setor W, mas esse não é o foco do meu plano.

—Mas...quem é Cassiopeia? - perguntei.

—O quê? - disse Aster, espantado. Os outros guardas apenas se entreolharam, sem saber o que falar – Está dizendo que todo o seu plano de governo era...uma farsa?

—Era o nome de minha esposa – explicou ele – Talvez não exista uma outra Cassiopeia neste universo, mas, se eu tiver acesso a todos os universos, poderia encontrar alguém parecida com ela.

—Ótimo, outro que não consegue superar o passado. Já não bastava o tiozinho com orelhas de coelhos que encontramos antes? - disse Estrela, coçando a cabeça.

—Não seja insensível! - falei – E-escute...você parece sincero, mas...será que esse desejo pode mesmo ser realizado?

—Só tem um jeito de descobrir – disse Quasar – Vamos aguardar a Unificadora. Aí vem ela.

E não demorou muito para uma luz intensa sair dos cristais. Em meio a isso, não demorou para visualizarmos a silhueta de uma bela garota se materializando bem acima do lago. Era ela de novo. A garota de cabelos brancos.

—V-Você – gaguejei. Finalmente, a Unificadora, ou a garota de cabelos brancos, estava diante de nós.


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