Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 121
Crise 121 - Ambição W-ana


Notas iniciais do capítulo

Estamos de volta. Não postei domingo, mas hoje estava um pouco mais livre, então...por que não escrever o próximo capítulo? Eis ele aqui. Boa leitura!



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—Estrela? - repetiu Aster, claramente intrigado – Aconteceu algo?

Eu claramente estava nervoso com a situação. Gostaria de me esconder em algum canto, mas, para minha sorte, Aster parecia estar ignorando minha presença ali, ainda que pudesse ver tudo que acontecia por sua tela.

—Não é nada. Foi apenas um engano – respondeu Estrela – Já vou desligar.

—Vai mesmo fazer isso? - perguntou Lua – Você não tem uma coisa para contar a eles?

—Você...seria? - indagou Aster – É bem parecida com a Estrela.

—Sou a irmã mais velha dela, Lua – apresentou-se Lua.

—Prazer. Sou Aster, presidente do ministério de pesquisas do Setor W. Então você é irmã da Estrela? É bem parecida com ela e tome isso como um elogio, ser parecida com Estrela significa ser linda – disse ele.

Mas que xaveco mais barato...não que um encalhado como eu tenha o direito de falar qualquer coisa.

—Imagina. Aposto que você diz isso para todas – disse Lua.

—Quem dera – retrucou Estrela – Ele não sai do meu pé mesmo. Mas não tenho nada a dizer mesmo.

—Sério? Achei que você tinha uma resposta para me dar de nossa última conversa – lamentou Aster.

—Ainda estou resolvendo isso – falou Estrela.

—Sabe...os chefões estão cada vez mais impacientes – falou Aster – Foi um trabalhão fazer eles aceitarem seu prazo de dois meses terrestres. Se você já tivesse uma resposta iria adiantar muito a minha vida.

—O que vocês querem, seria um tipo de cristal superpoderoso ou algo assim? - perguntou Lua, como se não soubesse a resposta.

—Achei que esse assunto fosse confidencial – falou Aster – Mesmo para outros w-anos.

—Eu e a minha irmã somos muito amigas. Contamos tudo uma para a outra. Lembra, Estrela, quando fazíamos festa do pijama e vivíamos fofocando sobre os meninos? - disse Lua, toda animada.

—Nós nunca fizemos uma festa do pijama, Lua – disse Estrela.

—É verdade, eu durmo pelada, nem uso pijama – disse Lua, dando de ombros com toda naturalidade.

—Cala a boca! - reclamou Estrela.

—Vocês parecem se dar bem – reparou Aster – Mas se não tem nada a contar sobre o cristal, então por que entrou em contato? Você não parece o tipo de pessoa que faz ligações erradas, Estrela. Será que...quer algo mais informal? Um encontro ou algo assim?

—Vai sonhando – respondeu Estrela – Foi apenas a Lua que te chamou por engano.

—Não foi por engano – continuou Lua – Você não ia mesmo dizer que já está com o Eternium?

—O que disse? - falou Aster, arregalando visivelmente os olhos.

—É. É isso aqui, não é? - disse Lua, mostrando o Eternium que estava em análise no computador.

—Maldita Lua – reclamou Estrela, tentando pegar o cristal das mãos dela – O que pensa que está fazendo?

—Por que você resolve tudo com violência? - reclamou Lua, ainda no chão após ter sido derrubada por Estrela no meio da confusão.

—Esse...é o Eternium? - perguntou Aster – Estava escondendo essa informação de mim, Estrela?

Dessa vez, a postura de galanteador barato dele mudou para alguém realmente sério (e não muito feliz).

—Não estava escondendo...apenas queria revelar na hora certa – explicou Estrela.

—O que você está pensando, Estrela? - disse Aster – Omissão de informação é um crime contra o Setor W e você sabe muito bem disso.

—Apenas estava realizando alguns estudos para ter certeza de que não estou com um cristal falso. Iria enviar os relatórios da análise também – explicou Estrela.

—Que eficiente – elogiou Aster em tom claramente irônico, ele ainda estava com uma expressão nervosa – Mas você sabe que nossos laboratórios poderiam fazer isso de modo muito mais eficiente. Você conhece todos os protocolos, Estrela. Não consigo parar de pensar que suas atitudes estão muito estranhas, como se realmente estivesse escondendo alguma coisa.

—Será que está? - insinuou Lua.

—Lua. Não piore mais as coisas – reclamou Estrela.

—Não estou falando nada – disse a irmã de Estrela, alegando inocência.

—Envie o cristal imediatamente, Estrela – disse Aster em tom sério – Não estou brincando. Isso é uma ordem.

—Antes disso...será que você não tem mais nada para me falar? - indagou Estrela.

—Do que está falando? Não acho que você esteja em posição de exigir coisa alguma – retrucou Aster.

—Eu sei muito bem que o Setor W tem interesse em integrar o máximo possível do universo, mas não é só isso, estou enganada? - perguntou Estrela que, pelo menos ao que me parecia, estava disposta a enfrentar seu superior. Mas que tipo de pergunta era aquela? Será que o Setor W tinha outra ambição além daquilo que Estrela já me contou?

—Estrela, meça suas palavras – disse Aster – Tem coisas que nem mesmo uma pesquisadora de alto escalão como você está autorizada a saber.

—Será que é algo que tem a ver com os novos governantes do Setor W? - continuou Estrela – Sabe...ter um cristal desses na mão é uma vantagem e tanto. Dependendo do que vocês quiserem fazer às escondidas, talvez seja melhor eu não entregar.

—O que está fazendo, Estrela? - perguntou Lua – Esse cara não é seu chefe?

—Eu pensei um pouco...e acho que nesse tipo de situação eu tenho certos deveres morais – falou Estrela – Será que eu devo mesmo entregar algo tão poderoso para uma civilização tão poderosa? Se algo acontecer a todas as espécies do universo, a culpa será minha, pois eu poderia ter impedido isso.

—Não sei o que está pensando – falou Aster – Mas não entregar o cristal será um sinal de traição ao Setor W, como eu já disse. O que está fazendo, por si só, já é um crime de desobediência, mas como é você, estou pegando leve. Vamos, Estrela, deixe de gracinhas e entregue logo o cristal.

—É algo bem maior, não é? - disse Estrela – Algo bem maior do que apenas acelerar a integração do Setor W com o resto do universo. Por que não admite logo?

A expressão de Aster era um tanto sombria (e séria), mas ele respondeu.

—Acho que já posso considerá-la uma traidora, não é? - disse Aster – Não queria que as coisas acabassem assim, mas parece que não tem jeito. Tudo bem, Estrela. E se for?

—Como assim? - Estrela parecia apreensiva. Aster parecia extremamente frio.

—Sim, é algo maior. Algo que só uma quantidade de energia infinita do Eternium pode proporcionar. Algo que tornaria nossos Portal Guns obsoletos.

—Fala em viagens no tempo mais longas? - questionou Estrela.

—Não só isso. Falo em conquistar algo mais do que apenas o universo – explicou Aster – Por que conquistar apenas o universo, quando podemos conquistar até o que ultrapassa nosso próprio espaço-tempo?

—Do que ele tá falando, heim? - perguntou Lua – Com essa conversa, parece até que são universos...

—É. Isso mesmo. Universos além do nosso. Universos paralelos.

Universos...paralelos?


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Notas finais do capítulo

As coisas estão começando a ganhar proporções grandes, heim? Aguarde o próximo capítulo.

Até mais!



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