Alien Panic escrita por Metal_Will
Notas iniciais do capítulo
Já estamos no capítulo 100! Dá pra acreditar? Tenho mais para falar, mas deixarei para o final do capítulo. Por enquanto, boa leitura! :)
Crise 100 – Luta de Máquinas
—Pare de falar bobagem – grunhiu Kaldi – O melhor que vocês tem a fazer é se render. É só uma questão de tempo até eu dominar totalmente esse planeta.
Olhei pela janela e a ameaça de Kaldi tinha fundamento. Diversos equipamentos já estavam se juntando e formando estruturas mais complexas. Tenho que admitir que aquele cara é perigoso.
—É? - disse Estrela – Espere e verá.
Ela ativou o Portal Gun e entrou pelo portal que abriu. Dessa vez ela não me levou junto. O que ela estava tramando?
—Já fugiu? - disse Kaldi – É...foi esperta. Ninguém nesse planeta estará a salvo de mim e..
Ele foi interrompido por um cascudo da minha irmã.
—O que está fazendo? - reclamou o vilão.
—Se vai mesmo dominar esse planeta, quero ficar com uma parte – disse ela.
—Vitória! Tem ideia do que está falando?! - exclamei.
—Mas é verdade, ué? Afinal, tínhamos um trato – disse minha irmã.
—Não vou te dar nada! - respondeu Kaldi.
—Então pode esquecer aquele creme de amendoim – disse ela.
—Quem precisa disso? - falou ele – Com meu poder terei todo o creme de amendoim desse planeta! E vou transformar todos vocês em máquinas para que ninguém mais coma!
—Como você é infantil – disse Vitória.
—É estranho ouvir isso de uma criança – comentei.
Nisso, ouvimos um enorme barulho vindo da vizinhança. Ao olhar pela janela vi um tipo de robô gigante em formato humanoide voando em cima da casa de Estrela, derrubando toda a maquinaria que estava se juntando.
—O que está havendo? - perguntou Kaldi.
—Muito bem – era a voz de Estrela. Olhei para cima e vi uma projeção holográfica que permitia ver a imagem do rosto dela no céu.
—Estrela! - gritei.
—Ouça, Kaldi. Você não contava que havia uma tecnologia ainda mais avançada neste planeta, contava? Quando seus nanorobôs invadiram minha casa, o sistema anti-vírus realizou uma engenharia reversa e reprogramou todos eles para trabalharem para mim. Graças a isso, conseguiu construir esse robô extremamente poderoso.
—Ora, sua... - Kaldi parecia irritado. Margaret começou a limpá-lo imediatamente – Ei, o que está fazendo?
—O senhor transpira muito quando começa a ficar nervoso – disse ela.
—Não estou nervoso...estou...estou...estou nervoso! É, tô nervoso pra caramba! - reclamou ele – Não pense que ganhou!
—Como não? - disse Estrela de sua máquina – Estou acabando com todos as suas máquinas.
—Está bem – disse ele – Você pediu por isso. Margaret!
—Sim, mestre?
—Entrar em modo de batalha!
—Modo de batalha? É mesmo necessário?
—O que você acha? Não vou perder para ela!
E Margaret saltou pela janela. Várias máquinas que ainda estavam sob o controle de Kaldi foram atraídas para a posição da robô e se acoplaram a ela, formando um robô ainda maior.
—Caraca, isso é muito maneiro! - disse Vitória.
Olhei para baixo e vi a população vizinha bem surpresa. Todos estavam admirando a cena.
—Uau! - conseguiu ouvi um dos vizinhos – Eles estão mesmo divulgando esse novo filme por aqui.
—Que jogada de marketing! - disse outro – Quem será que está bancando todos esses efeitos?
—Como é que é? Filme? - estranhei.
—Ei! Vitor!
A voz foi alta o bastante para me assustar e quase me derrubar da janela.
—K-Kevin? - exclamei. Era ele mesmo e parecia bem ofegante, como se tivesse corrido muito.
—O que está acontecendo aqui? - reclamou ele- Recebemos um sinal de caos alienígena nessa região. A CICE teve que fazer uma campanha extremamente corrida para dizer que tudo não passa de uma grande propaganda de cinema!
—E acreditaram nisso? - perguntei.
—A população acredita no que quisermos, desde que a campanha seja bem feita – respondeu ele – Mas esqueça isso. O que está havendo?
—Um megalomaníaco espacial pousou na minha casa e quer dominar o planeta. Estrela está tentando impedi-lo.
Kevin olhou para cima e viu os dois robôs se enfrentando.
—O QUÊ?! Olha só pra isso! Eles vão acabar destruindo tudo! - gritou Kevin – Estrela! Estrela, sua maluca! Tá me ouvindo?
Estrela olhou para baixo e, sim, parece que ela estava ouvindo Kevin, enquanto trocava socos com o robô de Kaldi.
—Ah, Kevin. Até numa hora dessas você vem me encher a paciência? - disse ela, pelo que podíamos ouvir pela projeção.
—Cale-se! Se lutarem aqui vão destruir a cidade!
—Se é assim – disse Estrela, usando seu controle do robô para lançar Kaldi para cima – Vamos terminar essa luta no céu.
—Como quiser – falou Kaldi, permanecendo em uma altura ainda maior. Estrela subiu e os robôs voltaram a lutar. Kaldi lançava vários mísseis que eram interceptados facilmente por Estrela.
—Parece que estamos equilibrados, não é, garota? - disse Kaldi, também exibindo sua projeção no ar, permitindo assim que se comunicasse com Estrela.
—Não me ofenda – disse ela – Se usar potência máxima posso acabar com você a qualquer momento.
—E por que não faz isso? Vai precisar de toda a potência que precisar! - respondeu ele.
—Aí é que você se engana. Eu não preciso. Só preciso disso – e Estrela faz seu robô estender a mão e revelar um pote de creme de amendoim.
—Isso é...é o que estou pensando que é? - disse Kaldi, expressando uma clara crise de abstinência.
—Sim. Seria uma pena se esse pote de um delicioso creme de amendoim caísse no chão e fosse desperdiçado, não seria?
—Você não faria isso!
—Quer pagar pra ver?
—Você é um monstro!
—Pode me chamar do que quiser.
E Estrela deixou o pote cair. Foi o suficiente para Kaldi descer com seu robô na tentativa de salvá-lo, mas isso também foi o bastante para Estrela lançar mísseis extremamente poderosos no robô, acabando com seu sistema e forçando a queda da máquina.
—Ah! - disse Margaret, que ainda estava no comando do sistema – Mestre Kaldi. Perdemos nossa base de voo. É impossível permanecer no ar.
—Não importa – falou ele, depois de ter agarrado o pote e feito o sistema de transporte trazer o creme de amendoim para perto dele – Só quero apreciar meu creme de...
E o robô caiu. Um incêndio começou, mas foi logo apagado por agentes bombeiros da CICE que Kevin trouxe com ele. Desci com Vitória até o local para ver tudo mais de perto.
—Esse é o cara? - perguntou ele para mim, abrindo espaço entre os escrombos e encontrando um satisfeito Kaldi lambuzando as mãos com creme de amendoim.
—O...o que está havendo? - perguntou ele.
—Você é mesmo um babaca – disse Vitória – Não consegue controlar o seu vício?
—Cale a boca! Você não sabe o que creme de amendoim significa para mim!
Nisso, o robô de Estrela pousou calmamente e se aproximou de Kevin.
—Parece que você não tem mais saída – disse ela.
—Ela tem razão, senhor – disse Margaret, recuperando sua forma anterior depois de todo o impacto – Usei as últimas reservas para recuperar minhas funções. Não temos condições de continuar.
—Droga. Mas pelo menos tenho meu creme de amendoim – disse ele, mas assim que proferiu essas palavras, Kevin tomou o pote de suas mãos e o algemou.
—Você está preso pela CICE. Precisamos fazer umas perguntinhas para você – disse ele.
—Oh, droga – reclamou ele - Pelo menos tem creme de amendoim nessa prisão?
—Mesmo se tiver, não daremos nada a você tão cedo - disse Kevin.
—Oh... - lamentou Kaldi.
—Não tenho objeção nenhuma – falou Estrela – E não se preocupe. Meu sistema anti-vírus fará todas as máquinas voltarem ao normal.
—Eu...eu só queria comer creme de amendoim...e dominar o universo. É pedir muito? - reclamou Kaldi.
—Não podemos ter tudo que queremos, não é? - falou Estrela – Bem, parece que meu trabalho por aqui terminou.
—O quê? - disse Kevin – Vai embora e deixar toda essa bagunça?
—Bem, Kevin. Tenho certeza de que a CICE terá grande competência em arcar com todos os gastos e dar uma boa desculpa para a população. Conto com você para isso.
—Sua...você sempre faz isso! - reclamou ele.
De qualquer modo, Estrela se voltou para mim e se aproximou de Vitória.
—Agora, mocinha. Hora de apagar sua memória – disse ela.
—Não quero! - disse ela, mostrando a língua para Estrela – Por que o bobão do meu irmão pode ver todas essas coisas legais e eu não?
—Bom, o Vitor já tem uma história e...
—Por favor, deixa eu lembrar disso. Acho que nunca mais vou ver algo tão legal assim de novo – disse ela, em um tom triste.
—Ah...Estrela...
—Tá. Que seja.
Vitória olhou para mim com um belo sorriso.
—Mas você se responsabiliza por ela, Vitor – disse ela.
—T-Tá. Pode deixar – falei.
—Bom, se não tem mais nada para fazer aqui, vou voltar para casa. Até mais, Vitor.
Quando Estrela saiu, Vitória e eu voltamos para casa.
—Cara, que demais! - disse ela – Acho que vou começar a frequentar a casa da Estrela e pedir coisas alienígenas legais para ela. Quem sabe ela não reforça o poder de fogo das minhas bonecas? Pode ser um caminho para dominar o mundo...não, não, a galáxia. Sim. Não vou ser uma perdedora que nem o Kaldi.
Olhando agora...acho que deveríamos ter apagado a memória dela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E é isso aí! Como falei, estamos no capítulo 100! Bem, essa fic não será tão longa assim. Pretendo terminá-la nessa temporada e o último arco já deve começar em fevereiro do ano que vem (considerando que continuarei escrevendo pelo menos um cap por semana). De qualquer modo, obrigado por acompanhar até aqui e espero que continue até o fim!
No próximo capítulo, teremos um especial de Natal (afinal, a fic também está nas férias de fim de ano). Até lá! :)