Rapunzel - A História nunca Contada [HIATOS] escrita por Captain Butter


Capítulo 12
Chapter XI - The First Traces of a Terrible Storm


Notas iniciais do capítulo

Because I return!
Oi, pessoas! Cá estou novamente com mais um capítulo fresquinhos para "ostês"! Well, confesso que me empaquei um pouco no meio dele, mas... isso é coisa natural, acho que qualquer escritor passar por isso! :3
Esse capítulo... confesso que foi realmente intrigante escrever ele. Essa cena do início... eu quase TIVE um ataque cardíaco com ela! Assim que terminei de escrever, putz, me senti uma pessoa horrível!
Só mais uma coisa! Um leitor da fiction (que provavelmente cês já devem conhecer), Perseus Aquiles Jackson, postou uma fiction de Percy Jackson interativa, aos curtidores dos fandom (tipo eu) e que se interessarem, poderiam ler? Ainda há bastante vagas! :3 Eis o link:

https://fanfiction.com.br/historia/661756/Xeque-mate--Interativa/

Chega de lenga, lenga e boa leitura!

Escrevi este capítulo escutando a música Training Wheels by Melanie Martinez (que, definitivamente, não tem nada a ver com o conteúdo aí embaixo), mas se quiserem ouvir, tá aqui o link, ó!

http://www.vagalume.com.br/melanie-martinez/training-wheels.html

A tradução do título é Os Primeiros Sinais de uma Terrível Tormenta.



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Chapter XI – The First Traces of a Terrible Storm

Escuridão. Poeira, cinzas, tristeza, desespero, sangue, corpos, trevas. O que antes seria uma floresta agora não passava de terror, algo sombrio e macabro que dominava tudo, se alimentando das lágrimas que brotavam da área obscura do coração de cada silhueta ajoelhada ou vagando sem esperanças pela planície pontilhada com tocos de madeira podre.

O céu nublado trovejava ferozmente, causando arrepios selvagens a quem escutasse seu grosso rugido. Frequentemente, grandes luzes ofuscantes cortavam o céu, deixando um feixe prata azulado se mesclando com o laranja queimado vindo do incêndio que tomava Allegar, engolindo a madeira e as folhas, o lustre flutuante de cristais, os desenhos históricos..., caindo no chão e causando, mesmo sem intenção, outra raiz flamejante que se alastrava mais ainda pela grama morta.

A fonte dos estrondos era a pequena ruiva, largada sobre um cadáver conhecido, derramando inúmeras gotas salgadas sobre sua face. Deixando que suas emoções controlassem seus poderes, causando desastres naturais enquanto, a cada segundo, pavor, saudade e culpa florescia em seu interior. Tudo fora desnecessário, tudo fora em vão, nada compensara os esforços pelo qual ela e os outros foram submetidos, em um piscar de olhos, viram-se em um abismo, despencando, aos olhos do encapuzado.

– Não, não, não, não! – murmurava para si mesma – É apenas um sonho, nada disso é real... é apenas um sonho! – e beliscou os braços, pernas, tudo isso na esperança de acordar em sua cama, deitada e suando frio, mas a única coisa que conseguira fora acumular sangue em certas áreas.

Perdida em emoções terríveis, viu-se em um beco sem saída, convidada a ir em direção a um lugar trevoso onde não havia luz, guiado para um lugar onde não havia vida, lugar onde nem mesmo a sua própria, era existente.

Um grande tufão desceu do céu, concentrando-se num único ponto, fazendo com que milhares de grãos de areia voassem para cima, uma parte misturando-se com as cinzas do incêndio e outra sendo levada pelo vento, causando uma tempestade áspera e seca. Uma rápida cena passou por sua mente, uma garota de cabelos castanhos, com olhos verdes, de óculos simples e bochechas enrubescidas, sorrindo para ela enquanto conversavam em uma banheira de água fervente.

– Trix. – o curto nome se formou em seus lábios enquanto suas pupilas se dilatavam por medo, ela não suportaria perder outro companheiro, não poderia, ela tinha que impedir. Focando-se nesse pensamento, seguiu adiante, as íris adquirindo um toque elétrico e deixando com que a tempestade de raios tomasse mais intensidade.

Grande luminosidade partia do interior do ciclone de areia, seguido de um grito de fúria e vingança, quase apagado pelo zunido dos ventos que corriam numa velocidade incrível.

– TRIX! – a ruiva gritou desesperadamente, devia impedir aquilo, ela sabia que a garota não conseguiria apesar de, finalmente, estar utilizando, em força total, o seu poder – PARE! É INÚTIL! NÃO PODEMOS DERROTA-LO! – mas as palavras foram levadas em consideração, a menina continuou, aumentando ainda mais a força de sua dominação. –TRIX!

Mas era tudo fútil, por mais que tentasse, gastar a sua voz só a deixaria com a garganta dolorido depois... isso se houvesse um depois. Então partiu para cima, criando uma espécie de rombo ao pular para fora do tornado, que rapidamente fora reconstituído após sua silhueta escapar para o exterior. Trix ergueu as mãos, invocando um grande pilar maciço e arenoso em direção ao encapuzado que a encarava fixamente com os olhos frios, dessa vez sem o capuz, no entanto, seu rosto ainda era distorcido, tornando impossível identificar quem quer que estivesse por trás do manto negro, flocos de energia pairavam em torno da cabeça do ser, escondendo suas características.

Facilmente desviou, porém aquela não fora o único, ela invocava cada vez mais, escolhendo sempre o lugar onde o vulto estava, fruto da habilidade acrobática ao não permitir que a coluna anterior o acertasse. Pela primeira vez a ruiva, mesmo de longe, percebeu um lampejo incógnito no rosto do outro, e tinha a mesma impressão de que Trix também identificara isso. Era algo parecido com fúria, mas ao mesmo tempo, havia certa bondade mesclada a isso, algo misterioso e pacífico, até mesmo... amigável.

Porém o que era para ser algo que desse uma trégua na luta, apenas a intensificou mais ainda, o som de ferro escorregando partiu de uma das mangas, a conhecida e prateada lâmina brilhou, refletindo as chamas produzidas por Allegar as suas costas enquanto um grande e chamuscado galho caia ao chão.

Avançou para frente, a espada brandindo nas mãos, sendo iluminada frequentemente pelo fulgor das línguas vermelho alaranjadas. O vulto possuía uma única intenção e fazia questão de deixa-la clara, mesmo que não pronunciasse uma única palavra, estava a poucos metros de Trix, no entanto, não avançaria mais que aquilo, tal distância bastava para realizar o que faria a seguir.

Moveu o braço para frente, no mesmo instante em que soltou a arma, rumando diretamente, numa linha ereta e certeira... mirando Trix. A ruiva viu a cena em câmera lenta, apreciando cada detalhe mortífero da arma enquanto a mesma partia para o pescoço da garota.

Tentou se mover para impedir, mas foi tarde, a prata se enterrou no pescoço da dominadora de areia, deixando que os olhos de Trix ficassem opacos e os óculos caíssem, com uma das lentes quebradas, manchadas de sangue. Uma palavra muda se formou em seus lábios Ke...nai e o corpo começou a cair para trás, fazendo com que Lilly fosse obrigada a sentir a dor de perder alguém mais uma vez, ao mesmo momento em que lia as palavras, dessa vez manchadas de rubro, moldadas na lâmina...

Cum mettali huius... e outra onda de sentimentos doloridos a invadiu, tendo em mente de que teria que aguentar outra perda.

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Com um suspiro grande, Liam acordou, os olhos arregalados exibindo, as quase invisíveis, pupilas diminutas escondidas no interior das íris escuras. As palavras – como de costume, mesmo sendo somente sua segunda profecia – e cenas permaneciam fragmentadas em sua mente, ruiva, raios, – o único nome -, Trix, areia, sangue, morte...

No entanto, por mais claros que houvessem sido os detalhes, ainda tinha confusão rodeando sua cabeça, sentira os cheiros, vivenciara as sensações e até mesmo desfrutara de um sentimento penoso florescer dentro de si ao ver a jovem desconhecida perecer diante do encapuzado.

O que realmente seria aquilo? Apenas um sonho? O futuro? O final da recente e pouco conhecida guerra? Um destino inevitável para o qual estavam caminhando? Não, pensou com ímpeto, não permitiria que isso acontecesse, bastava esperar, estavam vindo.

A neve do lado de fora jogava para o interior da mediana caverna um vapor congelante que fora o responsável por gear seus cílios. Os outros preferiram dormir mais a fundo, onde, mesmo úmido, ainda mantinha certo calor, aquecendo-os, porém o frio o ajudava a pensar, a juntar todas as peças e finalmente formar algo completo em sua mente, colocar o último pedaço do quebra-cabeça e ter todas as respostas para suas perguntas em tempo minúsculo.

Mas não passava de um rombo, um espaço em branco, partículas perdidas que jamais retornariam ao material de onde foram arrancadas, ao menos não até que alguém as juntasse, uma a uma. Por mais que quisesse espalhar a notícia aos outros, a guardaria, até onde conseguisse, para si, tentaria ao máximo resolver os mistérios.

E a cena passou novamente por sua cabeça, os trovões urrando nos céus enquanto disputavam uma feroz guerra com os relâmpagos, o incêndio na gigantesca árvore, a fumaça, cinzas, a ruiva e Trix. Repensou tudo novamente, não excluindo sequer um único detalhe cujo sua mente se recordava, até adormecer nos instantes seguintes, com expectativa de ter outro sonho com informações preciosas.

ஜ۩۞۩ஜ

O fresco orvalho se encontrava em todos os lugares, preenchendo cada partícula viva e verde da diversificação de plantas em torno da trilha de terra vermelha e arenosa, distribuindo aleatoriamente gotículas de água translúcidas em folhas e pétalas de flores. O sol ainda surgia, ao longe, no horizonte, tendo sua luz entrecortada por grossos e aspersos troncos de árvores. Por mais que especificas as ordens dadas por Ragnarok, para partirem ao nascer do sol, Austeen insistira em rumar ao local pela penumbra da noite, quando as estrelas ainda brilhavam foscamente no céu.

O ferreiro rumava à frente, conversando animadamente com Jonathan e Lilly, de maneira descontraída para enfrentar a situação que viria a seguir. Kenai dava continuidade a uma tentativa de se aproximar de Trix, por mais que tentasse, a garota nunca mudava sua reação, a face adquiria um tom absurdamente vermelho e começava a gaguejar sempre que iniciava uma mínima tentativa de pronunciar uma nova e vergonhosa frase.

Rachel tinha um olhar sério no rosto, observava os outros com extrema curiosidade, a linguagem descontraída de cada um, os passos largos e até mesmos tropeços propositais que davam, ninguém encarava a situação com responsabilidade, era apenar algo supérfluo. No entanto, ainda assim resistia à tentação de colocar juízo na cabeça de cada jovem que andava a sua frente.

Por mais que tentasse não se estressar, o sentimento de “ser obrigada a realizar ordens”, crescia cada vez mais dentro de si, incomodando-a. Definitivamente, a garota não fora feita para seguir ordens, em todas as situações – até mesmo dentro das residências do próprio clã – Rachel tivera o papel de uma líder, tendo todos os seus desejos atendidos com satisfatória qualidade pelos outros membros em cargos menores.

As roupas grossas na qual estava trajada não eram o suficiente para manter seu corpo completamente aquecido, sendo assim, as mãos estavam jogadas em volta do busto, tentando - quase desistindo -, aquecer-se um pouco mais. Os olhos procuravam atentamente o resquício de algo para se distrair em meio à paisagem fortemente branca, focando-se em algo mais belo e ignorando o olhar quente e fuzilador que era emitido pela silhueta a suas costas.

Apesar de lembrar-se pouco, ela reconhecia o homem. No dia em que fora atacada pelo vulto, levada quase morta a Colina do Forcado, ser salva por Ruby, Lilly e Jonathan e após isso ter uma primeira impressão de Ragnarok. Aquele homem estava lá, emitindo um olhar de escárnio ao ser enviado novamente a Allegar com as mãos limpas.

Rachel não sabia ao certo o por quê de estar ali, a Comandante houvera dito que somente Austeen estaria presente, guiando-os com uma espécie de luz mágica em mãos. A pequena esfera tratava-se de um feitiço localizador, feito com base nos pontos luminescentes encontrados no dia anterior, brilhava cada vez mais conforme se aproximavam da fonte de tal.

Diferente daquela vez, ele vestia algo mais “comum”, couro. Com uma grande capa de veludo em volta do corpo, coberta de pelos animalescos próximos à área do pescoço, certamente não estaria sentindo calafrio algum. Teimosia? Rebeldia? Intenções más com os jovens? Possibilidades rodeavam a mente de Rachel a busca de um motivo pelo qual ele estava ali, no entanto, poderia cessar tudo isso com um simples pergunta a Austeen, mas não o fez, seguiu em frente. Não era comum pedir ajuda aos outros.

Os ventos frios balançavam seus cabelos limpos que, pela primeira vez em muito tempo, se encontrava assim, o banho do dia anterior eliminara toda a sujeira. A Princesa da Morte, Anna, novamente não aparecera, estava mais que evidente que tramava alguma, o grande problema era... o que? O plano de Anna era um real mistério para todos, até mesmo Ragnarok não fazia ideia alguma do que era.

Ragnarok o nome da mulher voltou a ecoar em sua mente, na madrugada anterior estivera pensando sobre a Comandante, como estivera raivosa em seu último encontro, e o motivo para aquilo. Até mesmo a lábia estratégica e persuasória de Anna não a deixara em tal estado.

As perguntas brotavam aos montes em sua mente, queria poder parar com aquilo, parar de tanto preocupar-se com os outros, no entanto, era inevitável, talvez todas essas questões estivessem ligadas a uma única resposta, mas era somente uma hipótese... uma das várias.

Ela sentia os hormônios sobre a pele, a proximidade da lua cheia afetava drasticamente em suas emoções e sentimentos, deixava-a estressada com pequenas coisas. Dali alguns dias estaria correndo pelas florestas ao redor de Allegar, diminuindo a população de animais e pintando seus pelos de vermelho Mal posso esperar, pensou, e definitivamente era verdade, ansiava por algo que mexesse com seu cérebro e deixasse o lado racional um pouco de lado, diminuindo a tensão que caia sobre suas costas.

Ruby estava ao seu lado, ambas andavam em sincronia, deixando pegadas de tamanho aproximado e com espaçamento idêntico. Os olhos cintilavam com o reflexo do contraste da neve com o sol. Se não fosse a voz irritante do ferreiro vinda da dianteira, o completo silêncio estaria instalado, tornando, mais cansativa ainda a caminhada, as condições de Allegar podiam oferecer facilmente um alazão para cada, no entanto, era mais que óbvio que em nenhum aspecto facilitariam a vida de cada um enquanto estivessem habitando o grande carvalho.

– Será que as mocinhas poderiam acelerar? – Austeen começara, elevando a voz em alguns níveis, desnecessários, já que, mesmo falando normalmente, era como se estivesse gritando – Ou a traseira não permite? – olhou fixamente para Ruby e soltou uma risada seca.

Demorando alguns instantes para realmente identificar o sentindo da frase, Ruby adquirira um aspecto avermelhado por todo o rosto, sem pensar duas vezes, partiu adiante. A pupila em fenda e os olhos em âmbar, uma mescla intrigante e bela, mas ao mesmo tempo mortífera e fatal. Em um rápido movimento, envolveu o pescoço do homem com uma das mãos, as garras perfurando as laterais da garganta.

– Talvez você devesse tomar um pouco mais de cuidado com as palavras, idiota. – e o jogou no chão com tamanha força que o fez estremecer.

Por início, apenas se espantou com o tamanho estrondo produzido pelo impacto, arregalando os olhos e surpreendida pelo poder que seus músculos dotavam. No entanto, o tremor não fora causado por aquilo. Mais um foi sentindo, sacudindo as folhas pinheirais, derrubando neve para o chão, fazendo corvos e canários voarem ao longe, emitindo ruídos roucos.

Pelo horizonte, misturado com o degrade, laranja, vermelho e roxo, cinco silhuetas vinham correndo, duas delas tinham o formato humano, podendo-se identificar duas pessoas comuns, uma quimera, com o tamanho absurdo e as escamas reluzindo a luz nascente. Um lobisomem, que despertara certa agitação em Kris ao farejar o odor conhecido despejado pelo mesmo, na dianteira.

E uma sombra deformada, irreconhecível devido à distância, os perseguindo. O braço estendido para cima segurava algo, igualmente não identificável pela distância, mas era parecido com uma gigantesca pedra. Com um pouco de confusão, todos permaneceram prestando bastante atenção na cena, esquecendo a intriga interior.

No entanto, Kris não se segurou, murmurou uma última palavra e saltou, aterrissando novamente no chão em forma de lobo, rasgando suas roupas em centenas de pedaços, correndo adiante com os pelos cinzentos balançando apressadamente. Exibia um olhar de escárnio nos olhos lupinos enquanto uivava, enviando algum tipo de sinal ao outro.

– Isso é... – Jonathan começara, certo espanto estava presente em seu tom de voz – KRIS! VOLTE! Isso é...

Mas não adiantou, o lobisomem continuou avançando enquanto Kenai ia atrás, com os punhos preparados, as pernas movendo-se o mais rápido possível, as íris vibrando em êxtase. A distância havia diminuído incrivelmente rápido, dando agora uma visão detalhada sobre a grotescamente grande silhueta, os olhos minúsculos e verde pântano, colocados de forma torta na cabeça mediana.

O nariz era grande a caia para baixo, como um saco prestes a arrebentar por conta do peso em seu interior, coberto de verrugas e cicatrizes, a grande barriga exposta, não coberta por nenhuma peça de roupa.

– Gigante. – Kenai pronunciara com um toque de ansiedade, a um bom tempo não fica cara a cara com uma dessas criaturas.

Os gigantes não eram dotados de inteligência, seguiam somente o instinto e geralmente viviam em montanhas, o fato de aqueles jovens terem encontrado um... certamente estavam em seu habitat ou fora uma incrível coincidência, desciam para terra somente quando sua comida se encontrava em escassez.

O monstro jogou o que segurava em direção aos jovens, que, com facilidade desviaram, dando um salto e evitando a grande pedra, tendo as vistas, após isso, um pouco diminuída, graças a grande nuvem de poeira que a mesma levantara ao cair no chão e causar um grande rombo. Perdidos em meio aos minúsculos grãos de terra, areia e neve, foram guiados somente pela luz da estrela da manhã as suas costas, que circundava a silhueta do gigante, revelando sua posição em meio ao pó.

No entanto, ficou parado por uns instantes, não podia enxergar os “pequeninos” devido à ardência que a nuvem causara em seus olhos, fechando de forma forçada as pálpebras na esperança de jogar a sensação fora. Porém eles não hesitariam, aproveitando a oportunidade ao máximo, Kris e Gray avançaram, os dois Edomaê exibindo um olhar de confiança um ao outro e mordendo os tornozelos desgostosos da criatura. Derrubando-o no chão e levando outra onda de poeira para cima.

De súbito, Kenai sentiu uma mão em seu ombro e olhou para o lado, vendo somente o contorno de Jonathan movendo-se para frente em uma velocidade incrível, rumando para cima do corpo do gigante enquanto o mesmo recuperava, aos poucos, a consciência. Ele entendeu o sinal e também seguiu na mesma direção.

Mesmo com a altura, fora um grande desafio escalar uma de suas pernas. Com um pouco de dificuldade, equilibraram-se na superfície flácida e seca que era sua pele, andou para frente e tentando ao máximo aproximar-se do coração. Havia uma única forma de eliminar a vida de um gigante, e essa era perfurando seu órgão vital que, diferente de outros seres, localizava-se no centro da barriga, espremido entre o estômago e outros conjuntos de tecidos.

Porém ele fora mais rápido, jogando as pesadas mãos em direção as quimeras, estava a poucos centímetros de distância, iria acertá-los e joga-los longe, eliminando-os de vez da batalha, se não fosse o estrondoso raio que a acertasse e causasse uma grande queimadura na região, dilacerando a pele e mostrando a carne vermelha por baixo da mesma, deixando as bordas do ferimento chamuscadas.

Soltando um urro, o gigante debateu-se um pouco, forçando as quimeras a se agarrarem a um apoio. Lilly, que agora se encontrava na mesma situação que os outros, evitara que a morte chegasse a ambos, com um pequeno grito de emoção. Tentando se levantar, Jonathan erguera uma adaga, levado pela pressa e rapidez em terminar logo com aquilo e iniciar uma espécie interrogatório com os garotos que vira correndo da fera.

Mas algo tomou a arma de suas mãos, num esguio e forte movimento que o fez tombar novamente, a quimera que vira fugindo do gigante assumira a dianteira, correndo o mais rápido que podia em direção ao ponto vital da criatura e, com um ligeiro e sutil movimento com o pulso, tirou a vida do irritante e feioso inimigo.

“E as chamas crepitavam com fervor, engolindo a vida e deixando um rastro de cinzas...”


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Notas finais do capítulo

... Nada a dizer aqui .-. ahsaushausha
Espero que tenham gostado! Ashausah, see ya!



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