See The Light escrita por Junebug


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Heeey ^^ Há quanto tempo!



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And wouldn’t it be fine

E não seria legal?

To close your eyes and see something

Fechar os olhos e enxergar algo

Something more than this…

Algo mais que isso…

(In Your Own Time – Keane)

~

Nico acordou sem muita certeza de que dia era. Ele se sentia bem melhor, embora seu corpo todo ainda estivesse um pouco dolorido. Passou um tempo encarando o teto, pensando em muitas coisas ao mesmo tempo, até decidir parar anntes que a dor de cabeça voltasse.

Foi nesse momento que ele sentiu que não estava sozinho. A maioria das pessoas já teve a sensação de que havia alguém num aposento em que sabia estar completamente sozinha. O problema é que no caso de Nico ele conseguia enxergar quem provocava essa sensação e nunca gostava de quem encontrava.

– Você só pode estar de brincadeira comigo – balbuciou ele, se concentrando em sentir raiva para vencer o medo.

Acontece que haviam olhos observando-o da beirada da cama quando ele se virou. Timothy Avery estava sentado no chão. Só a parte do rosto acima do nariz visível, com um olhar indecifrável no rosto. Parecia estar há algum tempo esperando Nico acordar.

Nico se sentou rapidamente e disse:

– O que está fazendo aqui?

Claro que ele não respondeu, nem sua expressão mudou.

Será que ele tinha voltado porque Nico estava melhor? Só estava esperando uma nova chance de controla-lo?

– Vá embora.

Num impulso inútil de raiva, Nico agarrou o travesseiro e o jogou na direção do fantasma. O objeto passou direto pelo garoto, que chegou até a virar o rosto para observa-lo caído atrás de si.

Nesse momento, a porta do quarto se abriu. Nico olhou, achando que Hazel devia estar vindo lhe trazer algum remédio. Mas quem estava ali era um homem pálido de cabelos escuros batendo nos ombros.

– Pai!? Que droga, o senhor não pode entrar no meu quarto assim – disse Nico, ainda irritado, mas agora também desconcertado.

Seu pai o ignorou:

– Eu ouvi você falando com alguém. – Seus olhos muito escuros pararam no travesseiro caído no chão. Não parecia preocupado, nem muito alterado, só bem levemente intrigado.

Nico também o ignorou. Levantou da cama, desviando de Timothy, e pegou o travesseiro.

– Não sabia que o senhor já tinha chegado – resmungou.

– Eu cheguei ontem à noite.

Depois os dois ficaram em silêncio. Nico ali de pé, querendo que ele saísse, sentindo o olhar irritante do garoto fantasma atrás de si. Seu pai encarando-o com uma sobrancelha meio erguida, parecendo ainda esperar alguma explicação.

– Afinal, o que você quer, pai? – Nico perguntou.

Seu pai o observou por mais alguns segundos, com aquele seu olhar de desagrado que parecia sempre reservar para ele. Chegou a abrir a boca para falar alguma coisa, mas pareceu mudar de ideia no ultimo momento e deu um suspiro resignado.

– Desça. O café vai chegar.

E saiu. Ele queria dizer que tinha mandado uma de suas assistentes feiosas e assustadoras comprar coisas de padaria e cafés na Starbucks para eles como sempre fazia quando tomava café em casa.

Nico foi até a porta para mais um gesto de raiva inútil: puxar o trinco com mais força que o necessário. Depois se sentou na cama, bufando e olhando feio para Tim Avery.

– Vou levar você de volta para seus pais – avisou Nico ao garoto. – Eles que o aturem.

Nico tinha pretendido soar implacável e intimidador, mas podia jurar que pela maneira como o garoto baixou os olhos, sentia que Nico ia perder tempo. Nico não sabia mesmo como se daria essa “devolução”, mas ele ia ter que dar um jeito.

Ele se viu então obrigado a percorrer o trajeto até o lago mais uma vez. Disse que ia ficar mais um dia de repouso em casa e esperou que todos saíssem.

Nico demorou um pouco para encontrar o chalé certo. Timothy, que o acompanhava alguns passos atrás, meio apático, não fez nenhum esforço para ajuda-lo.

Quando ele, por fim, chegou ao que concluiu ser a porta certa, já sentiu seu estômago derreter de frustração vendo todas as janelas fechadas e as cortinas puxadas, mesmo com a hora avançada. Mas ainda assim ele bateu na porta até os nós dos dedos ficarem doloridos.

Ele já estava batendo mais para descarregar a raiva do que por qualquer outra coisa, quando dois senhores que passavam segurando armas de caçada nas costas interviram.

– Não tem ninguém aí, filho – disse um deles. – O chalé agora está disponível.

– Quando eles foram embora? – Nico se virou para perguntar.

Eles se entreolharam por um momento. O outro homem respondeu, incerto:

– Acho que o homem foi embora ontem. Você os conhece?

Nico fez um gesto vago que não dizia nem que sim nem que não e perguntou:

– Aconteceu alguma coisa?

O homens hesitaram só por um instante, até que o primeiro voltou a falar:

– Ontem de manhã uma ambulância veio aqui. Achávamos que alguém tinha se machucado, mas o marido disse que a senhora foi levada para um tratamento de câncer em outro estado.

Nico soltou o ar pelo nariz com força. Inacreditável.

– Você os conhece?

Ele demorou um pouco para prestar atenção na pergunta que o segundo homem repetia. Devia achar que Nico tinha novidades em primeira mão sobre o misterioso casal que se hospedara ali por um período tão curto.

– O quê? Err... Não exatamente, na verdade – foi tudo que ele se dignou a responder vagamente e já se afastando.

– Como diabos eles conseguiram se livrar de você? – murmurou Nico para Tim Avery entre dentes. – Seu pai conseguiu convencer sua mãe a tentar esquecê-lo?

Nico estava sentado na estação, e mesmo tentando disfarçar, muitas pessoas que passavam, estranhavam o garoto vestido de preto murmurando sozinho.

– Você não consegue falar? – Nico arriscou um olhar irritado na direção de Tim sentado ao seu lado.

O menino parecia tão desgostoso quanto Nico. Também estava de braços cruzados e olhava para baixo amuado. Quando ele virou o rosto para encará-lo, Nico tentou mais uma vez decifra-lo. Talvez fosse a única forma que ele tinha de se comunicar.

Em seus olhos, ainda havia aquela ansiedade e tristeza de que Nico lembrava, mas agora havia algo mais. Dúvida? Medo?

– Arr... Como é que eu me livro de você?

Nico não conseguia agora simplesmente ignora-lo quando já estava tão envolvido. Os olhos estreitados de Tim pareciam responder: “Descubra”.

Era bem mais tarde quando Nico se encontrou pela segunda vez à porta do apartamento de Will Solace. Foi Jason Grace quem atendeu. Ele reconheceu Nico com um sorriso.

– Will não está? – Nico foi logo perguntando.

– Ele saiu para comprar ervilhas – foi a resposta de Jason.

Vendo a expressão confusa de Nico, Jason apontou para um dos pés descalços.

– É que eu torci meu pé no treino hoje – disse ele, agora com um sorriso amarelo. – Mas ele não vai demorar. Entre.

Virou-se e se dirigiu ao sofá com certa dificuldade. Apoiou o pé num banquinho e pegou um caderno aberto na mesa de centro, lápis e borracha. Pelo visto ele estava fazendo o dever de casa ou algo assim. Nico nem sabia que os atletas da escola perdiam tempo com essas coisas tão banais.

Nico se acomodou no outro sofá e ficou olhando na direção da porta, esperando, em silêncio, até que este foi quebrado:

– Sabe, Will chegou a comentar que você fala italiano. – Que droga, Jason estava tentando puxar assunto com ele. E para que diabos Will estava espalhando por aí esse tipo de informação? – Você já esteve na Itália?

Nico respondeu a contragosto:

– Minha mãe me levou lá quando eu era pequeno, mas não me lembro de muita coisa.

– Tenho muita vontade de conhecer a Itália. Quero conhecer todos os lugares com vestígios da civilização romana pela Europa, e fora dela também, por que não?

Nico se perguntou o que Jason esperava que ele dissesse. “Legal. Espero que você consiga”? Por sorte não foi preciso dizer nada, pois nesse momento, Will entrou pela porta trazendo um saco de compras de papel.

Ele tirou de lá um pacote de ervilha congelada e depositou sobre o pé torcido de Jason antes que Nico pudesse conversar com ele a sós.

Will pareceu apropriadamente admirado pela história que Nico lhe contou. Seus olhos azuis ainda estavam arregalados quando ele perguntou:

– Você vai continuar tentando encontrar o Sr. e a Sra. Avery?

– Não acho que isso possa realmente me ajudar agora – Nico agora percebia que tinha sido um plano estúpido desde o início. – Eu devia mesmo é ter ficado de boca calada. De alguma forma, o Sr. Avery fez o que eu aconselhei. Fez Timothy se afastar. Ou talvez o próprio Tim tenha entendido o mal que estava causando e quis seguir em frente e agora está preso aqui. De qualquer jeito, é claro que tinha que sobrar para mim...

A verdade é que Nico no fundo entendia as atitudes de Tim e da Sra. Avery mais do que seria capaz de admitir para Will. E isso fazia dele um hipócrita com seu conselho sobre seguir em frente. Talvez fosse bem feito que ele estivesse pagando por isso agora.

– Não pode pedir ajuda de novo daquele cara do parque para leva-lo embora? – sugeriu Will.

– Eu passei lá. Não o encontrei. Talvez ele não esteja mais por aqui...

– Então... o que você vai fazer?

Nico sacudiu os ombros, cansado, e virou os olhos para a vista da cidade além da parede de vidro do quarto de Will. Àquela hora, era quase agradável fazer isso, com o sol prestes a se pôr do outro lado do apartamento.

– Você quer ficar aqui?

– Ahn? – Nico se voltou de novo para Will, sentado à sua frente, sem entender.

– Podíamos inventar alguma desculpa para Thalia e Jason e dizer que você precisa ficar aqui por alguns dias – Will respondeu simplesmente. – Se eu ficar por perto, o fantasma fica afastado, não é? – ele acrescentou, vendo Nico franzir a testa para seu plano. – Não sei de que outra maneira eu poderia ajudar – concluiu, também sacudindo os ombros.

Nico não sabia se estava comovido, envergonhado ou ofendido pela oferta. Ele pensou em como seria ficar naquela casa iluminada demais, com Will por perto para afastar o fantasmas. Poderia ser quase como ter uma vida normal. Mas na verdade não. Seria uma ilusão.

– Não – ele respondeu. - Obrigado por querer ajudar, mas isso não seria certo. Eu não posso ficar dependendo de você para mantê-los afastados. E se ele não desaparecesse de vez depois de alguns dias? E se já tivesse outro me atormentando até lá? Você ia convencer Thalia a me adotar?

Nico tentou sorrir. Agora ele se sentia meio idiota por ter ido até ali. Tinha vivido todos aqueles anos se virando com sua maldição. Agora que ele conhecia Will há uns dias, era como se fosse necessário mantê-lo a par de suas experiências com o além vida, sendo que Will era só outra pessoa com uma espécie de “dom” que não entendia, assim como Nico.

Sim, ele tinha ficado maravilhado pelo que Will era capaz de fazer, mas agora via que a esperança que criara de conseguir absorver de alguma forma aquilo ficando perto dele tinha muita chance de nunca dar certo e ele não podia contar com ter Will por perto para sempre.

– Enquanto isso, preciso lidar com ele – Nico continuou. - Pelo menos, dessa vez não corro o risco de machucar ninguém, eu acho.

– Mas você disse que ele o deixou doente e a mãe dele também.

– Acho que eu vou ficar bem desde que ele não volte a me controlar...

– E você não pensa que ele vai querer isso?

– Ele tem um jeito diferente de fazer isso... Talvez eu consiga resistir se ele tentar de novo... De qualquer forma, a situação toda me parece diferente agora. Sei que ele aparentemente não quer mais encontrar os pais... Pode ser que esteja magoado pela mãe ter concordado em receber o tratamento. Ela parecia bem disposta a morrer para poder rever o filho...

– Talvez ela não tenha concordado...

– Como assim?

– Bom... Pode ser que o marido tenha conseguido alegar que ela não tem condições de decidir sozinha sobre o tratamento e assim autorizou que começassem.

Aquilo pareceu a Nico exatamente o tipo de decisão prática que John Avery, tomaria. Nico sabia que apesar de tudo, a Sra. Avery devia estar melhor longe de Tim, mas ainda assim ele achou que o marido poderia ter tido um pouquinho mais de tato ao tentar ajuda-la.

É, Nico pensou, mais um pensamento hipócrita. Quem era ele para falar de ter tato com as pessoas, afinal?

Nico pigarreou e perguntou, mudando de assunto:

– Você... err... esteve me visitando enquanto eu estava doente, não é?

– Sim. Você não se lembra direito? – Will achou graça.

– Eu estava com febre e delirando um pouco... – Nico se sentia meio sem jeito. – Foi anteontem?

Will assentiu.

– Você não devia ficar perto de mim quando estou muito doente. Eu fico duas vezes mais mal humorado – Nico falou como uma forma de pedir desculpas.

– Hazel me disse isso – disse Will, rindo mais.

– Ela disse? – Nico acabou sorrindo também enquanto tentava fingir que estava zangado com sua irmã. – No futuro, ouça Hazel, então.

– Pode deixar.

Já em casa, à noite, quando foi dormir, Nico não chegou exatamente a sonhar, mas alguns sons ecoaram em sua cabeça enquanto dormia e parecia ainda ouvi-los enquanto despertava. A voz raivosa de um homem que gritava para ele ir embora com um choro fraco ao fundo.

Quando abriu os olhos e enxergou Timothy no seu lugar ao lado da cama, o garoto parecia saber o que Nico tinha ouvido.

******************

Num depósito acima dos fundos do Ginásio de Natação da Academia Argo II, Nico estava sentado em silêncio observando as outras seis pessoas que ocupavam o espaço.

Will, sentado não muito longe, mexendo distraidamente num fio solto do lado do joelho de seus jeans, sua mente parecia estar bem longe dali, sabe Deus onde.

Do outro lado de Nico, encostado nas caixas da outra parede, Percy Jackson folheava o resumo do roteiro da peça com que todos os presentes tinham se comprometido. Leo Valdez marcara aquela reunião ali antes do começo das aulas da manhã para entregar uma cópia daquilo para cada um.

Percy parou para ler a última página do resumo. Um vinco entre suas sobrancelhas ia se formando à medida que avançava, até que ele perguntou, indignado:

– Espera aí, quer dizer que eu morro?

– Percy , você precisa avisar que vai dar spoiler, cara! – retrucou Leo.

– Mas... não é justo eu morrer!

– Vai emocionar a audiência.

– Não podemos emocionar a audiência com um “e eles viveram felizes para sempre”?

– Não queremos que esta seja uma história convencional.

– Ah, claro! Façam isso então. Matem a sereia. É o que eu mereço por concordar em aparecer em público com uma cauda de peixe idiota.

Ele tentou conseguir o apoio dos outros com uma cara de “vocês conseguem acreditar nisso?”, que Nico achou parecida com a de um cachorrinho que tinha recebido um chute.

– Annabeth, me ajude a defender meu ponto de vista.

Percy chegou mais perto de sua namorada, Annabeth Chase, a aluna número 1 da escola, que digitava em um leptop apoiado nas pernas cruzadas logo à frente de Nico. Percy tirou uma mecha do cabelo louro ondulado do rosto dela.

– Annabeth – ele insistiu, porque nada daquilo a tinha feito tirar os olhos da tela do computador.

– Tá. Tudo bem, Cabeça de Alga... – foi a resposta vaga que ela deu, sem parar de digitar, o que fez Percy bufar, desanimado.

– Percy, não desconcentre minha assistente. Annabeth está empenhada em terminar o serviço que eu pedi – disse Leo.

Foi a vez de Annabeth bufar, demonstrando que pelo menos parte da concentração dela tinha captado aquilo. Foi então que por um segundo, ela levantou os olhos na direção de Nico, talvez porque ele tenha ficado olhando para ela por tempo demais. Nico desviou os olhos imediatamente.

Leo estava sentado atravessado numa daquelas cadeiras de diretor de cinema que sabe-se lá onde ele tinha conseguido. Anotava números que Piper McLean lhe dizia. Piper estava meio corada tirando medidas de Jason Grace.

Ao ser apresentado a Piper mais cedo, Nico tinha ficado um tanto agitado, sabendo quem era o pai dela. Mas o que ele iria dizer? “Caramba! Eu adoro os filmes de pirata do seu pai! Você sabe dizer quando vão começar a filmar o próximo?”? Claro que não. Então ele acabou ficando só com o básico “Oi”.

Piper parecia ainda menos com uma filha de celebridade que Will, com seu cabelo cortado de um jeito meio esquisito e as roupas que pareciam ter sido compradas num bazar, ainda que nada disso conseguisse deixa-la feia. E ela já agia como se fosse amiga de infância das pessoas naquele lugar.

– O que mais está faltando? – Piper perguntou, depois de dar a medida dos ombros de Jason.

– Na verdade, acho que já tá bom, a não ser, claro, que haja mais alguma coisa que você queira medir – Leo respondeu sugestivamente.

Jason colocou uma mão na testa e balançou a cabeça. Piper pegou a primeira coisa que encontrou numa prateleira, no caso, óculos de natação, e atirou em Leo.

– AI! – ele disse, esfregando a testa, onde tinha sido atingido, mas estava rindo.

– Então... Próximo? – Piper sorriu para Will, que era quem estava mais perto de Jason.

Ele ficou de pé, e comentou com Leo, por cima do ombro de Piper:

– Quando falou que tínhamos que nos reunir, você disse que era uma coisa urgente.

– Pois é... Digamos que eu resolvi priorizar a questão do figurino – foi a resposta que Leo deu sem parar de rabiscar em sua caderneta. Apesar do seu tom casual, um claro e alarmante sorriso de duende se estampava em seu rosto.

Vendo aquilo, Jason perguntou:

– O que é que você está aprontando, hein Valdez?

– Aprontando? Eu estou dizendo que vou cuidar da questão para vocês! O tio Leo tem tudo sob controle!

– Por favor, não me faça ficar com medo do que você pode nos obrigar a vestir – disse Will.

– Naah... Faremos de você um lindo urso polar, Will. Não se preocupe.

Faremos? – Annabeth parou o que estava fazendo para questionar Leo. - Você acabou de dizer que ia cuidar disso sozinho

– Isso aí – Leo não se deixou intimidar. - Sozinhos. Eu e meu cérebro brilhante.

Nico viu Piper e Annabeth trocarem um breve olhar. Pareceu que Annabeth ia continuar a tentar arrancar alguma coisa de Leo, mas Percy falou primeiro:

– Ei, a minha cauda de sereia pode ser azul?

– Azul? Claro! – exclamou Leo, aproveitando a mudança de assunto. - Vou anotar aqui e veremos o que podemos fazer por você.

Annabeth lançou um olhar irritado a Percy, que não entendeu o motivo.

– Urso polar? – Nico disse a Will, quando ele voltou a se sentar.

– Era melhor do que pinguim – ele respondeu, simplesmente. – Parece que é a sua vez – acrescentou, indicando Piper que agora se aproximava de Nico, com um sorriso que agora parecia um tanto nervoso.

Nico insistiu em ajuda-la com a fita o máximo possível para que ela não precisasse chegar muito perto, o que deixou Piper meio desconcertada.

– Nico também vai ser uma baleia assassina maravilhosa – comentou Leo, daquele seu jeito de quem está tramando algo. – Vamos todos arrasar!

– Se você diz, é verdade, líder supremo – Piper retrucou irônica, girando os olhos para o teto de modo que Nico visse.

Nico tentou retribuir seu sorriso, mas por dentro, começava a contar o tempo que faltava para dezembro e aquele festival idiota. Não era que ele tivesse algo contra qualquer um ali, era só que aquele não era seu lugar.


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Notas finais do capítulo

Espero que o 2016 de vocês tenha começado bem e fique cada vez melhor! Feliz Ano Novo (só um pouquinho atrasado)!!! Bjssss



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