Monsters escrita por Vlk Moura


Capítulo 9
Capítulo 9




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Mandei várias mensagens para Brainiac, mas ele não respondia, porém me mandava mil mensagens sobre os seres catalogados, eu não queria saber deles, não agora, não quando o Tony tinha ameaçado hackeá-lo. Eu não ia sair dali, mesmo que abrissem a porta não poderiam me tirar dali, nem mesmo Clark conseguiria, ou pelo menos espero que não consiga. Droga!

– Agnes! - July estava na porta, fui até a comunicação externa - Você está bem?

– Estou - ela sorriu, abri a comunicação para ela. Ela sorriu ainda mais - July, posso te pedir uma coisa? - ela confirmou - Toma conta do Brain por mim.

– Do Brain? - ela olhou em volta preocupada - O que está acontecendo?

– O Tony ameaçou hackear o sistema dele - ela se assustou - Eu estou preocupada.

"Agnes!"

Nós duas pulamos.

– De quem é essa voz? - July perguntou, eu dei as costas para a comunicação com ela e olhei a outra que se abriu, era um homem, eu conhecia aquele homem, eu o tinha visto e tinha ouvido sua voz.

"Eu sei que não vamos nos conhecer, mas achei que seria legal gravar isso aqui enquanto...

– Enquanto você ainda não tem consciência direito" uma mulher surgiu, ela parecia um pouco comigo, abri a comunicação para July, pude ouvir uma exclamação vindo dela.

"Eu não ia dizer isso, mas é, é isso - o homem riu - Daqui alguns meses você vai estar nascendo e acho que vai ser complicado para você viver como eu vivi, na verdade, espero que você não puxe a mim e sim a sua mão.

– Mas que seja bonitona e inteligente como seu pai - a mulher falou rindo, ela estava com a barriga grande, ela estava comigo dentro dela.

Vai ser muito difícil se você puxar a mim - ele falou com um tom sério, os dois estavam sérios.

– Difícil é bondade sua, vai ser extremamente difícil. As pessoas vão te caçar, vão tentar te derrubar, talvez elas consigam porque todos somos derrubados algumas vezes, mas não deixe isso te abater.

Você pode pensar que se isolar é a melhor solução, mas não é, vai por mim, tentar ficar sozinho e longe dos seus amigos é pior, você vai perder o controle com muito mais facilidade e vai machucar muito mais gente. Então, se você viu esse vídeo provavelmente é porque... Tony a camera vai cair!

E realmente caiu, a mulher e o homem agacharam e viraram a cabeça.

– Porque algo deu errado e não estamos com você, então você deve saber que nós te amamos, amamos mais do que tudo nesse mundo, então não desista, por favor, não desista."

A filmagem acabou, olhei para a projeção da July, ela não estava lá. Eu estava sozinha. Levei a projeção para a cama comigo, deitei e fiquei revendo o vídeo, várias e várias vezes. Droga! Eles eram meus pais, meus pais, meus pais falando comigo. Dei um soco no chão.

– Merda! - abriu um buraco.

– Agnes?

– Brain! - eu caí d acama e olhei pelo quarto - Brain, você está bem?

– Claro que estou, por que não estaria?

– Nada... O que você quer?

– Recebeu o vídeo?

– Foi você?

– Quem mais conseguiria roubar os arquivos do Senhor Stark - eu ri, ele ficou em silêncio - Tem certeza de quer insistir com isso, mesmo depois de ver o vídeo?

– Brain, eu sou perigosa.

– Corrigindo: Seu gene é perigoso, você não.

– É quase a mesma coisa.

– O mundo já enfrentou um Hulk completo, você realmente acha que a metade um Hulk irá destruir tudo?

– Não, eu acho que o que se pode conseguir com essa metade de Hulk pode destruir tudo. Desculpa, Brain, eu não consigo confiar nos outros.

– Nem mesmo em mim?

– Tchau, Brain.

Desliguei a comunicação.

Eu odiava ficar ali trancada e na verdade eu não queria estar ali, mas se eu estiver de fora será ainda mais perigoso para eles e não posso permitir isso.

Acionei algumas cameras que consegui captar imagens, umas do laboratório onde Bruce e Brain estavam sentados assistindo a algo que percebi ser um treino, peguei as imagens da sala improvisada. July, Luke, Abgail, Tony estavam treinando ao mesmo tempo. Fiquei assistindo quando algo veio do céu sobre Tony, Clark socou um robô que ficou fincado no chão e todos olharam para ele.

– Eu não sei você, Anthony - ele forçou essa fala - mas eu vou até lá, vou derrubar aquela droga de porta.

– Ela fez a escolha dela e já está sofrendo demais - July se pôs a frente dele - Não precisa que vocês fiquem indo lá para cutucar a ferida.

– Você prefere que nós quase sejamos pegos e nos ferremos todos a tê-la de fora? - Luke falou sério.

– Eu não vou deixar que vocês cheguem até ela. - July se posicionou, sério que ela iria, contra eles?

– Brain! - acionei a comunicação, ele me respondeu com um bip - Brain, as coisas estão fugindo do seu controle na sala de treinamento.

– Desculpa, Agnes, não posso controlar tudo.

– Mas agora que você está sabendo...

Olhei as imagens, Clark passou voando pela July que jogou o escudo nele que desviou deixando o disco atravessar a parede e la ainda correu atrás dele. Abgail ficou para trás, ela não ia escolher um lado.

Luke segurou July e a empurrou para pegar impulso, ela retomou o equilibrio e correu, correu da forma como o Steve Rogers fazia nos vídeos que tive tempo de assistir. Ela pegou impulso na parede, pegou o escudo e o jogou, o ouvi bater na minha porta.

Clark o arrancou e jogou no chão.

Droga!

– Parem! - July gritou - Para abrir essa porta vocês vão ter de passar por mim.

– Mas que droga ela está falando? - acionei o sistema, comecei a jogar vários códigos para destrancar. - Brain! Brain! Abra a porta!

Ele não falou nada. Tony e Clark pousaram, avançaram. A porta fez um barulho que os assustou. July continuou de pé, Luke tinha as garras de fora. Eu estava atrás da porta, eles me olharam parecendo assustados, eu tinha transformado os braços e avancei na direção deles.

– Toquem nela e eu acabo com vocês! - falei brava e com a voz alterada, eles sorriram.

– Falei que ia funcionar - Abgail surgiu de trás sorrindo, os outros sorriram, eu não estava entendendo.

– Não sei como não pensamos nisso antes - July falou pegando o escudo - Eu devia ter suspeitado que isso a faria sair.

Eu fiquei ali parada os encarando, eles riam eu estava agitada eu realmente estava pronta para socar qualquer um deles que encostasse na July.

– Eu ia... - eu comecei a tremer - Eu ia socar vocês!

– Sabemos disso - Luke sorriu.

– Não façam isso, nunca mais! - falei tentando relaxar - Droga!

– Ag! - July me apoiou - O que está acontecendo? - ela me olhou, eu não sabia o que era, olhei os outros.

– Brain, liga o scanner - Tony falou pelo comunicador. - Vem, eu te levo para o centro...

Clark me levantou e voando tão rápido que eu nem tinha noção de ser possível dentro daquele lugar me deitou numa maca. O Professor X estava lá em sua cadeira que ainda fazia um barulho irritante. Ele entrava na minha mente, ele mexia em tudo e eu tentava expulsá-lo.

– Eu poderia tê-la trazido - Tony falou pousando ao lado de Clark que nos encarava.

– Mas não poderia contê-la - eu tentei olhá-los, mas o Professor chegou a um ponto, um ponto que me machucou, eu o encarei, eu sentia meus braços transformarem.

– Relaxa, Agnes, eu achei o que está te perturbando, calma.

– Como posso ficar calma quando você está me machucando? - falei e percebi que meus braços se moviam, eu ia acertá-lo, Clark segurou meu braço. - Saia, Clark, eu...

– Calma, Agnes - July se aproximou e me tocou, eu e Clark a olhamos preocupados - Eu não sei o que está te perturbando, mas logo vai passar, eu prometo.

Eu me contorci e senti como uma agulha sendo enfiada em minha mente, doia, não pude segurar o grito. Eu percebia os olharem na minha direção.

– Eu falei que sair não era seguro - falei me sentando depois de quase desmaiar - Eu vou voltar.

– Não! - Tony falou - Você não vai voltar para aquele lugar a menos que vá apenas dormir.

Revirei os olhos.

Desci da maca e fui no sentido do meu quarto, eles me seguiam.

– Quase fomos pegos - olhei Luke - Numa missão - olhei Clark, ele ficou tenso - Tinham as pedrinhas verdes - o neto do Superman fechou a mão em soco, eu o analisei e peguei sua mão - Ficamos expostos, se você estivesse lá isso não teria acontecido.

– E por que não? - Luke olhou minha mão sobre a do Clark e me olhou de forma estranha.

– Porque você não tem fraqueza - olhei Clark que sorriu para mim de forma tensa, apertei ainda mais a sua mão, ele continuou com aquele olhar, transformei minha mão e o apertei, ele riu me fazendo rir.

– Vocês estão prestando atenção? - Abgail se jogou entre nós dois, mas estavamos tão envolvidos brincando com a mão um do outro que não nos afastamos, ela olhou nossas mãos e deu um riso de canto. - Entendi, não estão, nem adianta continuar falando, Luke.

– Esses dois? - Luke nos olhou - Sério mesmo? É até injusto o Hulk e o Superman, Tony, vamos nos tirar de campo essa luta não pra gente. - July ficou rindo enquanto eu me afastava envergonhada.

– Eu vou descansar um pouco - falei - Aquilo que o Professor faz é uma tortura par amim.

– Certo... Posso vir aqui mais tarde? - Tony perguntou ignorando Luke que o gritava, confirmei.

Realmente deitei e dormi, mas acordei alguns minutos depois sentindo falta de ar. Eram lembranças do que parecia ser minha infância. Eram os meus primeiros dias nos laboratórios, e pela primeira vez percebi que nos experimentos nem o Senhor Stark nem o Senhor Wayne estavam ali, nunca tocaram em mim.

Eu estava deitada numa maca e aparentemente sedada, tiravam sangue e outros fluídos que eu não fazia ideia de onde saiam. Até que um bisturi se aproximou, esperneei tentando me soltar. Me debati e soltei algumas amarras, arranquei o soro a mim ligado e joguei dois auxiliares ao chão. Outro se aproximou e eu o joguei longe. Uma sirene que me alertou algo, eu fiquei atenta, uma voz grave pediu para todos se retirarem. Dois homens se aproximaram.

– Não se preocupe, não vamos te machucar - eu olhei os dois homens.

Acordei meio assustada, saí do meu quarto e corri para o laboratório, Brain, Bruce, Tony, Senhor Stark e Senhor Wayne me olharam assustados, eu estava suada devido ao sonho. Ficaram me encarnado enquanto eu os encarava de volta.

– Você está bem? - Bruce olhou Tony que ainda me olhava.

– Vocês me tiraram de várias... experiências - falei olhando os dois Senhores que trocaram olhares curiosos - Mas eu sempre voltava e nunca me lembrava, por quê?

– Isso é culpa minha - olhei o Professor X que entrava. - Eu precisava cuidar da sua sanidade.

– Eu ia para experimentos como se eu fosse um ser alienígena, como isso poderia assegurar minha saúde mental?

– Eles queriam te conter - olhei o Senhor Wayne - Nossos superiores acreditavam que tinha como isolar o gene do Hulk de você.

– Mas com pesquisas mais recentes que fizemos do seu sangue parece que o Hulk não foi injetado em você, você já nasceu com ele - o Senhor Stark fez com que a analise dos meus genes surgissem - Aqui - ele apontou - É a analise da July, vê essa parte colorida, então, é ali que ficam os genes quando você é submetido a transformação. Mas nesse caso, o do Clark os genes se perdem quase impossível de se separar. Aqui, esse é o seu. - ele jogou no meio dos dois - Você tem um pouco de cada, mas se observar é mais idêntico ao do Clark.

Alguém entrou atrás de mim, olhei assustada, Clark e Abgail entravam encarando todos nós.

– Estão invadindo - Abgail falou - Tomei a liberdade de formar dois grupos de proteção - ela olhava Bruce e Tony - Um está de fora e outro aqui dentro.

– Dois estão tomando conta do ar e eu logo vou me juntar a eles - todos olharam Brain, ele estava parado, não piscava nem mexia seus dedos rapidamente.

Fui a primeira a chegar até ele, Tony e Bruce se aproximaram.

– Temos que tirá-lo daqui. - falei olhando o cabo que o conectava ao sistema.

– Não está ejetando - Senhor Wayne gritou.

Olhei o cabo, me desculpei com Brainiac e quebrei, todos me olharam assustados. O joguei em meu ombro.

– Eu cuido dele. - falei.

– Como? - Tony me perguntou duvidando.

– Meu quarto, eu vou tentar reiniciá-lo.

– Sozinha? - Bruce me olhou e para Tony - Eu vou com ela, você ajuda os outros.

– Vô, Senhor Wayne, vocês vêm?

Os dois idosos confirmaram.

O Professor X correu comigo e Bruce. Entramos no meu quarto, Bruce o travou. Pedi para ligar os comunicadores, o Professor X ficaria monitorando a todos. Deitei Brain na minha cama, peguei um cabo e tentei conectar nele sem fazer ideia do que estava fazendo, mas nada funcionava. Puxei um dos dedos me lembrando de algo que eu vira ainda na torre, conectei ao computador. Algo como um software foi instalado. Bruce me olhava tenso. Uma instruções surgiram, algumas explosões aconteceram de fora. O Professor gritava ordens aos que lutavam.

– Estão no sistema - falei olhando Bruce - Você consegue ir contra eles?

– Posso tentar.

– Quando terminar inicie o programa - ele me analisou - Eu vou ajudar os outros.

– Por quê?

– Porque eles vão vir atrás dele.

– Como pode ter certeza? - apontei para a tela que mostrava a movimentação do inimigo.

– Professor, quando eu sair tranque essa porta e só destranque quando tiver certeza que sou eu - apontei para minha cabeça, ele confirmou.

Assim que passei pela porta a ouvi se trancando. Respirei fundo e transformei meus braços, avancei, eu podia ouvir os soldados. Alguns chegaram até mim e tentaram atirar, o que não adiantou, com apenas um balançar de braços derrubei a primeira tropa. Eu ouvia o barulho da batalha mais acima eu queria ir para lá, mas não teria certeza da segurança de Brainiac.

Em um dos últimos documentos que me mandara ele falava sobre um possível ataque, tinham desenvolvido um ser comparado a ele e nosso Brain não tinha certeza de ser capaz de lutar contra o ser enquanto nos protegia e aos nossos arquivos. Imagino que tenha sido isso que ocorreu. O ser invadiu e o venceu. Torcia que restaurando seu sistema permita que ele volte com tudo o que tinha de guardar enquanto nós temos de lidar com a segurança.

Mais uma tropa derrubada.

Ouvi um riso ecoar. Um riso que fez um frio subir pela minha espinha.

– Nos encontramos novamente.

Metal era arrastado pelo chão e algo mais.

O riso novamente.

– Encontrei esses corpos no caminho, imaginei que ia gostar de tê-los com você - dois corpos foram jogados ao chão.

Tony estava rendido, a armadura toda amassada, ele tinha coisas amarradas ao tórax, bombas. O outro corpo era Clark, ele tinha uma pedra presa a sua boca e uma corda brilhante verde amarrava suas mãos. Os dois em encararam, eu os encarei e ao homem que avançava. Aquele sorriso surgiu. O sorriso que fez minha mente tremer.

– Então, você vai vir comigo ou eu terei de começar a matá-los?

Voltei aos braços humanos, os dois ao chão se contorceram e o outro homem riu.

– O que você quer?

– Como você é chata, eu quero você. - ele apontou para mim com algo, o som de gatilho, transformei um braço e me defendi de um tiro, o encarei.

– Se você os liberar eu vou - falei voltando a forma normal.

– Não - ele falou choroso - Você vem e só pode solta rum deles - o seu riso - Tic-tac goes de clock.

Eu olhei os dois corpos a minha frente. O único que realmente morreria é o Tony. Fui até ele. Abaixei a sua frente.

– Brain está sendo tratado, o Professor está verificando nossas mentes para ter certeza de que somos nós - Tony me encarou - Assim que eu te soltar puxe o Clark lá para dentro.

– O que vai fazer? - ele me olhou enquanto eu terminava de desamarrá-lo.

– Terminar com isso - ele me olhou preocupado.

– Não! Você acabou de sair de lá, não pode...

– Não discuta comigo - ele ficou sério - Eu já me decidi. - ele confirmou.

Eu o soltei e assim que o fiz ele pulou em Clark e eu pulei avançando sobre o palhaço que pareceu gritar algo antes de ser atingido por um soco certeiro meu.

– Agnes, não! - Clark gritou, Tony o puxou - Tony, ela vai...

A porta se fechou, eu avancei. A cada passo eu sentia perder o controle, quando via cena da batalha eu senti meu sangue ferver. Minhas pernas se transformaram, eu ouvia os gritos do Senhor Wayne para eu parar, mas já era tarde, ouvi o Senhor Stark, mas eu já não tinha tanto controle. Avancei sobre o exército inimigo, eu derrubava sem me preocupar, os veículos foram lançados sei lá para onde, mas eram mais fáceis de lançar do que bolas. Eu rugi par ao exército inimigo, que começou a atirar me tirando ainda mais do sério. Vi Luke avançar enquanto um machucado se curava. July gritou par amim eu a olhei, ela saltou, queria pegar impulso, a lancei em direção a um helicóptero, eu saltei sobre outro e o usei para acertar alguns veículos. O exército inimigo começou a bater em retirada. Eu ainda ia atrás deles, mas já não era para caçá-los, era para me afastar dos outros, eu tinha me tornado um monstro e eu não aceitava isso. Saltei o mais alto e distante que consegui com o resto de força que eu tinha. Caí em meio a uma rua, me arrastei até próximo de uma viela, apaguei ali.

Levantei, eu não tinha ideia de onde estava. Andei um pouco e apaguei novamente. Abri os olhos e um sol forte brilhava me ofuscando. Duas mãos me balançaram olhei para quem o fazia, parecia um vulto conhecido, me balançou, eu apaguei novamente.

Acordei e eu parecia estar no alto, me debati, quem me segurava não me aguentou, eu tinha transformado os braços. Agora eu estava caindo, droga, eu nem consigo me mexer direito. Eu via o chão se aproximando, o vulto me pegou, olhei para quem me segurava, uma mascara amarela e vermelha, eu tentei absorver aquelas cores, mas meu cérebro parecia travado.

Iamos rápido e meu cérebro lento demais, eu não conseguia imaginar par aonde eu ia e quem estava me levando. Depois de horas pousamos, ele me carregava nos braços e eu ainda não entendia quem era, entramos em um prédio que tinha a fachada em reforma, olhei as pessoas que se aproximaram. Outra pessoa pousou ao nosso lado, essa era mais forte, com o pouso abriu uma pequena cratera no chão, eu o encarei ele se aproximou e eu me encolhi contra o que me segurava, imaginei que de alguma forma ele poderia me proteger, ou não, mas parecia seguro fazer isso. Falavam coisas turvas a minha mente que aos poucos iam se definindo, pisquei com força e comecei a absorver todas as imagens, encarei o homem na cadeira de rodas.

– Se você me bloquear assim novamente eu vou te matar, velho maldito - falei sentindo dores pelo corpo.

– Não há de quê. ela está bem.

– Defina bem. - falei olhando os outros - Se você me deixar cair novamente eu vou te socar, Anthony - ele riu.

– Cair? Você a deixou cair? - Clark o olhou - Você é maluco? A mente dela estava bloqueada ela podia ter morrido.

– Mas ele me pegou antes de atingir o chão, isso é o que importa. - falei espreguiçando - O que aconteceu?

– Eu vou matar essa menina por ter fugido - July entrou empurrando os meninos e saltando sobre mim, ela me abraçou - Eu passei todos esses dias preocupada!

– Dias? - olhei os outros - Quanto tempo fiquei fora?

– Um mês - Clark respondeu - Nos atacaram novamente e quase nos destruiram.

– Calma... - eu afastei July - Eu passei um mês fora? - ela confirmou - E como me acharam?

– Você deixou sua marca por ai - Tony falou e se aproximou, pegou minha mão e sorriu - Ai te achamos.

Eu dei um pulo.

– E o Brain? - todos me olharam e para Tony e Clark.

– Você passou um mês fora e está preocupada com o Brainiac? - Luke perguntou entrando - Fala sério, Agnes.

– Eu lembro que ele estava...

– Desligado - olhei para o ser verde que entrava pulei sobre ele e o abracei, ele ficou parado e pareceu me abraçar de volta, mas eu não tinha certeza - Bruce conseguiu me concertar, reiniciou o sistema e estou perfeito, diferente de você. Eu fiquei... preocupado - todos pararam de falar.

– Calma! - Luke olhei para nós - Ele falou o que eu ouvi? Se vocês não tomarem cuidado ele vai tomar o lugar de vocês.

– E o seu? - July perguntou rindo.

– Doei pro Brainiac. Eu não tenho superresistencia, não posso voar, não sou superforte e nem playboy filantropo e trilhonário. Não tinha como concorrer.

– E cedeu para um quase robô? - July ria - Ta certo, então.

– Do que vocês estão falando? - eu olhei para eles sem entender.

– Inocente - Abgail riu - Está na hora do almoço, vamos?


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