Monsters escrita por Vlk Moura


Capítulo 8
Capítulo 8




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Quando acordei eu já podia me mexer e era ótimo, fui direto ao banheiro e quando voltei encontrei July na poltrona que ao me ver sorriu alegre. Ela realmente já estava bem, estava descansada e eu via isso pela falta de olheiras.

– Agnes! - ela me abraçou bem forte e agora eu percebia o quanto ela se importava o que era estranho para mim, ninguém realmente se importava.

– July - ela riu - Estou faminta.

– Vem, vão adorar saber que você está bme.

Ela me abraçou e começou a falar de como foi me ver caindo da janela, do quanto ficou preocupada quando apaguei e quando os médicos me atenderam e deram a noticia de que talvez eu nem acordasse, ela disse que realmente acreditou que isso aconteceria. Mas que Clark disse que eu era dura na queda e não seriam alguns, muitos, tranquilizantes que me derrubariam.

– E ele tinha razão. - ela riu - E fico feliz por isso.

Quando entramos onde todos comiam pude perceber uma onda de alegria e gritos para nós duas. Vários vieram me perguntar como que eu me sentia, como fora enfrentar o inimigo desconhecido. Eu não tinha certeza de como responder, porque, na verdade, eu só enfrentei. Não pensei muito.

Luke veio até mim junto de Abgail e os dois me deram um abraço forte, eu não esperava isso da Abgail, mas retribui da melhor forma que eu conseguia.

– De agora em diante só quero ir para campo com você - Abgail falou rindo - Aquilo que você fez foi loucura.

– Mas uma loucura que salvou nossas vidas - Luke me puxou para o meio da bagunça - Estão todos falando do que você fez, o vídeo já rodou por todos.

– Menos por mim.

– Então, veja.

Ele acionou algo e fez o vídeo rodar. Eu via cada momento da ação até o momento que eu caí e apaguei. July me carregando e colocando na moto. Eu olhei minha amiga, ela estava vidrada no holograma e sorriu com a cena do resgate.

– Vejo que acordou - olhei assustada o Senhor Wayne - Como se sente?

– Cansada, mas bem - eu sorri para ele - E como o Bruce e o Anthony estão?

– Bem, pediram para te chamar depois que comesse. Estão no laboratório.

Confirmei.

Comi em meio aquela bagunça. Era divertido como costumava ser, era estranho não estar na torre de costume. Fui direto para o laboratório acompanhada por July, Luke e Abgail. Brain, Tony e Bruce observavam monitores. Senti o ar mexer e olhei para o lado, Clark pousava ao meu lado e me dava um abraço que eu respondi.

Bruce mancando se levantou da cadeira e veio até mim, colocou o vídeo para rodar.

– Esse aqui - o vídeo parou - de acordo com o Brain tem genes dele - Tony jogou a imagem do que parecia ser um palhaço com uma cicatriz na bochecha - Joker, era como era conhecido - olhei Bruce - Fora um inimigo do meu avô.

– Fora o pior - olhei o Senhor Wayne - Se esse rapaz realmente fora criado com os genes do Joker ele será difícil.

Novas imagens surgiram na tela, olhamos Brain que estava concentrado na sua própria tela.

– Brain levantou que esses aqui - Tony me olhou, eu estava preocupada com ele, queria fazer várias perguntas, mas me voltei para a tela - São os que podem ter sido criados pelo governo.

– Com que propósito? - July perguntou analisando as imagens.

– Nos atingir - olhei Tony, ele se levantou e pareceu fraco por alguns instantes me olhou, desviei o olhar, mas o observei ainda de canto. - Nós temos os heróis, eles querem ter os vilões, mas não vilões quaisquer, mas sim aqueles que mais tiveram chance de nos destruir. Temos de tomar muito cuidado daqui para frente. - ele voltou a se sentar.

– Chamamos vocês aqui para alertá-los e para que possam alertar os outros. - Bruce falou.

Os outros cochicharam algo e se retiraram, eu fiquei ali os olhando e fui para meu quarto isolado. Agora tinha um computador nele, peguei o arquivo dos vilões e comecei a fazer as ligações com os heróis, nenhum deles se ligava a mim e eu me senti aliviada por isso o que na verdade me pareceu egoísta. Fui para a área aberta pensar um pouco e ver se o cansaço dispersava um pouco. Pude ver Tony saindo, ele me olhou e pareceu tenso.

– Você está bem? - perguntei sentada em um dos banquinhos.

– Estou... - eu o analisei - Não, não estou. Estou meio tonto...

– Deve ter sido pela tortura, não? - ele confirmou - Vem.

– Aonde vai me levar?

– Vamos treinar um pouco, eu lembro que você gostava de treinar.

Fomos até a sala improvisada. Tony tentou vestir a armadura, mas algo estava errado. Ela não ficava nele como se aquele não fosse o Anthony. Fui até ele, Tony analisava o sistema da armadura, mas ela insistia em dar erro.

– Anthony... - ele me olhou preocupado - Precisamos.

– Eu sei...

Ele pareceu ficar ainda mais cansado. Fomos para o scanner corporal, a máquina ligou e apitou no primeiro segundo em que passou pelo corpo. Tony vestiu o roupão. Peguei o resultado da analise e a olhei, Anthony se aproximou de mim e me olhou.

– Um chip... Estão te rastreando. - ele pareceu preocupado.

Liguei o comunicador.

Chamei o Brain, ele veio o mais rápido que pode. Conectou-se ao sistema do chip e depois de alguns minutos anunciou que tinha desligado todo o sistema, assim como tinha invadido o do inimigo. Eu e Tony trocamos olhares surpresos.

– Inclusive, estão tentando fazer uma de você - ele falou me olhando - É bom incinerar tudo que você tenha contato daqui para frente. Qualquer fonte de DNA pode ser muito perigoso.

– Mas eliminar todas as fontes de DNA dela é praticamente impossível - Tony me olhou.

– Não, não é. - falei pensando - Antes, eles conseguiam controlar tudo o que eu fazia e isso inclui qualquer fonte de DNA.

– Você não está falando em voltar par ao quarto, está? - confirmei - Não, Agnes, você não pode voltar para lá.

– Não pedi permissão, Anthony - falei olhando Brainiac - Eu já estou indo para lá, então assim que eu entrar você tranca e aciona o sistema antigo de segurança.

Brain apenas concordou, mas durante todo o meu caminho Tony ficava falando que eu não precisava fazer isso. Que dariam outro jeito.

– Agnes, me escuta - ele segurou meu ombros - Meu avô e o Senhor Wayne te tiraram do quarto porque acharam que você estava pronta para o mundo.

– E eles tinham razão, Anthony - eu sorri para ele - Eu estava pronta, o mundo é que não estava.

– Não! O mundo está, sem você nossa equipe vai afundar.

– Anthony! - ele me olhou, aquele olhar estava me matando - Eu estou protegendo todos vocês, então, por favor, me deixa ir.

– Eu não posso!

– Para com essa enrolação. - eu passei pela porta.

–Agnes! Para, você não pode se trancar ai.

– E por que não?

– Porque eu te amo... - a porta foi trancada, eu o observei pela janelinha.

Minhas pernas tremiam, eu me senti fraca de repente. Ele me observava pela janela.

– Quer que eu acione o comunicador? - era a voz de Brain.

– Não.

– Tem certeza? Parecia que vocês tinham muita coisa para conversar.

– Eu estou me isolando, Brain.

– Tem certeza?

– Se eu não fizer isso, será o fim de vocês.

– Você é quem sabe... Até mais, Agnes.

– Até.

Me joguei na cama e fiquei encarando o teto. Os computadores que forma instalados ali tomariam conta do meu tempo de tédio e eu agradecia por isso, porque agora que eu sabia que podia fazer outras coisas eu me entediava muito rápido ali dentro. Pesquisei sobre os vilões e algumas informações mandei para os meninos. Bruce tentava entrar em contato, mas as chamadas eram interrompidas antes de chegarem até mim. Eu mandei um informativo para July, ela me respondeu dizendo que todos foram informados e que sentia minha falta e queria que eu decidisse sair logo. Respondi dizendo que não sairia.

De fora da porta ouvi uma bagunça, acessei as imagens das cameras, Clark estava de fora, ele parecia prestes a abrir a porta, mandei a mensagem para Brain. Se aquele neto do Superman tentasse entrar não seria apenas uma tentativa, ele conseguiria. Um aviso apareceu na porta, era uma ameaça, mas não ameaça qualquer, dizia que pedras de kryptonuta seriam jogar ali se ele continuasse tentando. Ele soltou um palavrão e saiu rápido. Meu coração se apertava junto das palavras de Tony, como ele podia dizer algo daquele genero, na verdade eu nem tinha certeza se entendia o que ele dizia, já que eu nunca recebera um amor de verdade. Eu não tinha certeza do que aquilo queria dizer.

Desliguei a tela e fiquei na cama como antigamente, sozinha no escuro. Mensagens informativas chegavam a todo instante sobre os novos vilões listados, um apito diferente chegou no que deduzi ser meio da noite.

Brain me informava que Tony tinha retirado o chip e que descobriram que o chip fazia mudanças genéticas nele e alteravam o funcionamento de seus órgãos. Respondi Brain dizendo não ter certeza do que aquilo queria dizer. Ele apenas me mandou uma mensagem dizendo que Anthony estava internado e que agora batalhavam tentando reverter tudo que o chip fizera.

Por isso a armadura não ao aceitara, não era culpa do chip, mas sim do que ele fizera ao corpo do Tony. Peguei as imagens do centro médico e fiz a analise do DNA dele antes e depois do chip, parecia que quase nada tinha mudado. Mandei para o Brain, ele disse que fizera a mesma analise, mas em certo o programa não conseguia reverter. Peguei o que ele já tinha feito e comecei a fazer de cabeça a reversão genética. Passei muito tempo fazendo aquilo, de acordo com a conta do tempo foram dois dias que se passaram. Até eu concluir a analise. Mandei para o Brain.

Não obtive nenhuma resposta, mas acreditei que algo funcionara, porque poucas horas depois as imagens de frente a minha porta mostravam a armadura de Tony atirando contra a porta.

– Ah... Tony... Seu avô criou isso aqui, você acha que sua armadura pode derrubá-la?

Ele olhou para uma das cameras, isso me assustou.

– Isso não vai ficar assim, Agnes, eu vou te tirar daí de dentro, mesmo que eu tenha de hackear o Brainiac.

Brainiac...


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