Monsters escrita por Vlk Moura


Capítulo 7
Capítulo 7




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O café da manhã foi barulhento. Os que se recuperavam do ataque comentavam sobre como os robôs atacavam de forma calculada, sobre como previam os ataques. Imaginei que usavam o mesmo sistema de Brainiac, calculavam as probabilidades. Sentei na única cadeira vazia que era ao lado do Senhor Wayne, ele me cumprimentou com um breve aceno que eu retribui contraindo meus lábios. Comemos em silêncio observando os outros. O Professor X parecia incomodado com algo e o Senhor Stark estava contido, eu perdi algo. Perdi alguma coisa muito séria.

Era incrivel como aquele hotel tinha coisas para entreter as pessoas. Eu me perguntava como aquele lugar dava lucro já que as pessoas não saiam mais de suas casas. Senhor Wayne me pegou observando os outros e me explicou que os humanos tiravam férias e ganhavam a permissão de sair e relaxar, então iam para os hotéis do Senhor Stark.

– Senhor Wayne - ele me olhou - Eu vi que há um tempo o Senhor Stark ficou ao lado da lei de registro de heróis - Senhor Wayne ficou tenso - Por que agora ele nos apoia, apoia o que fazemos de nos opor a essa exclusão de vida?

– Porque ele foi traído - eu não entendi - Depois de registrar todos os heróis e monitorar a todos o governo resolveu que deveria eliminar todos, começaram pelos heróis e por fim os vilões. Foi tudo muito rápido mal tivemos tempo de nos esconder, quer dizer, não estamos escondidos apenas sob um contrato que assinamos de nunca mais usarmos nossos poderes, se o fizermos seremos aniquilados. É complicado demais apra alguém como você entender - ele pareceu cansado de repente, eu apenas concordei com ele enquanto o seguia até o laboratório.

– Que bom que chegou - Bruce falou e cumprimentou o avô - Irei explicar a invasão - ele olhou os outros - Iremos com Abgail, Luke e July. - olhei Clark.

– E o Clark?

– Se pegarem o Clark será o nosso fim - confirmei, Clark sorriu para mim.

Bruce fez a planta do local tomar conta do espaço, Brianiac explicava enquanto o Professor nos observava eu sabia que ele nos monitorava. Senhor Stark estava com o cenho cansado, senti pena dele. Ele nos contou que nos monitoraria com drones que nos foram apresentados.

– Ficarão separados em duplas.

– Mas, Senhor Stark, somos um número ímpar - Abgail falou nos contando.

– Luke ficará sozinho, ele irá avançar primeiro e abrir espaço pela segurança em volta - Senhor Wayne falou - Passamos para ele todo o esquema da segurança do lugar, não se preocupem.

– Depois que ele estiver dentro ele se juntará a vocês - Bruce apontou para July e Abgail - Eu e você iremos passar depois que as duas avançarem e derrubarem os seguranças, ou boa parte deles. Seremos o final, iremos tirar Tony de lá - ele olhou o Senhor Stark que nos olhava preocupado - Agnes - eu olhei Bruce - Você terá de seguir o que eu falar e o que eles nos passarem, ok? - confirmei. - Bom, vou enviar para vocês todos os maiores detalhes e para você também Clark, vou precisar que você ajude Brainiac aqui - Clark confirmou. - Perfeito, vão relaxar um pouco.

Os outros se retiraram do laboratório. Senhor Wayne foi para o seu canto e o Senhor Stark para o outro, os dois ligaram suas telas e começaram seus trabalhos, Brainiac ligou a tela dele, parecia elaborar algo grande, grande demais, observei que era o hotel, ele monitorava todos os andares. Professor tinha se retirado e eu fiquei ali em pé sem saber para onde ir, eu não tinha muito o que fazer.

– Vá descansar - olhei Bruce - Preciso que você esteja descansada.

Confirmei.

No meu quarto comecei a fazer pesquisas sobre o passado, sobre a lei e sobre a traição que o Senhor Wayne me falou. Alguns vídeos e algumas noticias, imagens das cidades dominadas por robôs que tinha o selo da Stark, dei zoom em alguns robôs, alguns tinha o manual e como foram montados aquela tecnologia era incrivel. Depois de ler muito acabei caindo no sono, e acordei com um apito no meu quarto, Bruce nos convocava para o ínicio da missão de resgate.

No laboratório todos estavam uniformizados. ME olharam.

– Para você - Professor me entregou uma muda de roupa. - Nada tão estiloso quanto o deles, mas acho que deve servir.

Uma bermuda roxa e uma camiseta preta, não era nada estiloso. Depois de me trocar me juntei a eles. Bruce nos guiou até nossos veículos, Luke ia de moto a frente, Abgail dirigia a moto dela com July atrás, eu sentei na garupa de Bruce, ele acelerou, eu apertei sua cintura com muita força.

– Agnes - eu o olhei - Pode soltar um pouco, por favor? Está machucando.

Eu sorri timida e afrouxei a pegada, meus braços estavam esverdeados, olhei em volta. Se todos iamos de moto como iamos trazer Anthony?

Bruce parou, abriu o banco da moto, acionou algumas bolinhas que acenderam uma luz vermelha, quando esta se apagou flutuaram. Me entregou um fone que prendi a orelha.

– Quando quiser, Luke - falou, ligou uma tela - Por aqui vamos poder acompanhá-lo - era uma tela formada por duas barrinhas de metal uma em cada mão, Bruce usava o uniforme parecido com o do avô, era um pouco mais fraco, mas os músculos eram tão definidos quanto - Meninas, o Luke entrou.

Eu tentei forçar a visão, mas estavamos longe demais.

– Depois que que entrarmos - Bruce me olhou - É só avançar? - ele confirmou.

– Seria bom mantermos a formação, ter alguém além do Tony como vítima não irá nos ajudar na fuga. - confirmei - Não deve demorar muito para podermos avançar.

Sentei ao chão esperando o sinal para que pudessemos avançar.

Luke tinha entrado sem que nenhum alarme fosse acionado. Eu via a tela pelo verso, mas eu via que ele ia muito bem, sorrateiro como um gato, ele derrubou inumeros seguranças, nenhum grito, tudo rápido demais para que as pessoas percebessem que tinham morrido. Bruce me olhou através da tela, veio até onde eu estava e se sentou ao meu lado e entregou uma das barrinhas a tela aumentou.

– Ele é muito bom - falei vendo o quão ágil Luke estava sendo.

– É um dos melhores - olhei Bruce, ele franziu - Luke! - a resposta foi algo ofegante - Na próxima porta é o controle, entra lá e faz o que faz melhor.

Luke quebrou um pescoço, arrebentou a fechadura da porta e entrou. As bolinhas flutuantes - drones - tinham de acelerar muito para o acompanharem. Luke encarava o painel.

– Qual deles? - perguntou preocupado.

– O do fundo - a voz do Brianiac me fez sorrir - Tem um botão amar...

– Desculpa, destruir era mais rápido.

Na tela Luke recolhia as três garras para dentro do corpo com um sorriso de vitória. - Morceguinho, é só avançar.

Bruce deu um pulo, eu o segui, corremos até em volta, July e Abgail já estavam dentro e derrubavam tropas e tropas, eu nunca tinha visto as duas tão empolgadas em ação. Bruce me puxou para um canto quando uma das cameras ia nos pegar, eu agradeci, ele apenas confirmou e seguiu rigido. Derrubou dois soldados, eu pulei os corpos e o segui. Luke se juntou a nós quando passamos pela porta da sala de controle.

– Vocês irão chegar a umas escadas - Clark - Subam.

Bruce começou a correr pelos degraus, como ele conseguia ter pernas tão ageis? Eu o perdi quando pegou o lance de escada a frente, mas logo o corpo surgiu rolando. Transformei as mãos peguei impulso no corrimão e na parede, rodei, mudei a transformação para os pés, a pessoa parou fincada na parede a frente.

– Bruce? - eu fui até ele, Luke o ajudava a levantar.

– Vá logo! - olhei Luke que confirmou, confirmei pros dois e segui correndo.

– No próximo já entra - Clark falou - Tem cinco homens com armas apontadas para a porta.

– Deixa comigo.

Falei e arrebentei a porta com as mãos, usei-a como escudo e esmaguei os homens.

– Clark, par aonde? - várias portas.

– Segue pelo corredor.

Eu fui andando e tomando cuidado. Bruce e Luke entraram no corredor, Bruce já estava recuperado da queda, ligou uma lanterna e tomou a frente mais uma vez.

– Como você está? - perguntei quando a perna dele vacilou.

– Não se preocupe comigo - ele falou seco - Bruce, vira na próxima.

– Agnes.

Eu dei um soco na porta, ela voou e parou no meio do comodo que era enorme.

– Luke, você fica aqui, se algo der errado tire as meninas - Bruce falou.

– Agnes - eu o olhei - Se cuida.

– Pode deixar, gatinho - pisquei para ele que riu.

Segui Bruce que me olhou e seguiu. Um movimento, ele desligou a lanterna, eu não sei qual era o problema dele, nenhum de nós enxergava bem no escuro. Um riso que causou um arrepio na minha espinha.

– Clark... - Bruce sussurrou. Ele pegou meu braço e se colocou a minha frente.

– Estou buscando, calma, calma... Brain!

O riso, Bruce apertou novamente, pelo comunicador veio uma movimentação estranha, era do laboratório, Senhor Wayne falou algo que eu não entendi, olhei Bruce, ele pegava uma das armas na sua cintura, eu segurei sua mão.

– Buuu!!! - as luzes piscaram, Bruce foi arrancado de mim.

– Bruce! - eu gritei - Bruce! - nenhuma resposta. - Clark, o Bruce!

– Calma, Agnes, ele está na sala. Luke, vá junto da July e da Ab, rápido.

Silêncio.

O riso e as luzes piscaram, mas em outro ponto da sala, observei um corpo amarrado a parede, eu ia avançar, mas o riso passou mais uma vez.

– Brain - sussurrei - Só eu e você...

Observei o comunicador ser reconfigurado.

– Pode falar.

– Acessa o sistema daqui - ele digitava - preciso ver como é a sala e nada mais, preciso de cinco segundos, consegue?

Ele deu um riso.

Eu sorri de canto.

– Ah, não... Só eu posso rir aqui.

As luzes se acenderam, verifiquei o lugar rapidamente, os corpos e a terceira pessoa. A luz apagou.

– Fala pro Luke da janela.

– Quanto tempo?

– Sete minutos.

– Informando.

– Agnes, Não! - era Bruce, ele tinha sido preso contra uma cadeira.

Avancei, o homem do escuro tentou me acertar, mas eu vira seu tamanho e ouvi sua movimentação pela sala, eu o bloqueei, e o joguei contra a parde, ele riu, fui até a cadeira de Bruce, com a mão quebrei suas correntes.

– A janela - sussurrei em seu ouvido.

– Não vou te deixar.

– Não, não vai - falei e puxei ele e a cadeira para desviar de um ataque - Nos ilumine a partir de lá.

Eu o arremessei pelo ar, ele caiu e grunhiu, acendeu a lanterna, de lá iluminava boa parte do quarto, o homem do escuro, nos encarou e xingou.

– Perdemos. - ele falou e me encarou - Vamos nos encontrar novamente.

Ele saiu pela porta. Olhei para a parede, Anthony estava preso muito firmemente. Enfiei a mão na parede e arranquei, depois quebrei os tijolos, ele estava bem ferido. Quando me olhou um alarme começou a soar.

A janela foi quebrada, Bruce movimentou a lanterna.

– Agnes! - Luke gritou e veio até mim e Tony - Eu o tiro daqui, você consegue carregar o Bruce? - eu não o entendi - Ele quebrou o pé na escada. - Confirmei.

Luke correu para a janela e saltou, eu fui até a janela.

– Está preparado?

– Estamos no quinto andar.

Eu apenas sorri e o apoiei em meu ombro, ele olhou para trás, o comodo estava sendo invadido, eu olhei e transformei uma das mãos, tiros foram lançados contra nós, ele contra-atacou, eu pousei e fiquei zonza.

– July! - ela o apoiou - July, eu vou... - meu corpo amoleceu, olhei minha mão voltar ao normal e as várias seringas cairem, calmantes.

Acordei algumas vezes e parecia estar amarrada em uma garupa, mas eu não tinha certeza.

Acordei de verdade em uma maca, era o hotel. July estava sentada entre mime Bruce que tinha o pé imobilizado, ele olhava a porta e ao ver que acordei sorriu frio.

– Como está o pé?

– Foi só uma luxação - ele falou e se virou de verdade para mim - E você? Aquelas coisas quase te mataram.

– Quem nos trouxe?

– Eu vim com Ab, Luke trouxe o Tony - ele apontou para a maca atrás dele, Anthony estava com vários curativos e tomava soro que percebi estar em mim também - July trouxe você, ela ficou muito preocupada - eu a olhei.

– E os outros como estão?

– Bem, graças a vocês duas ninguém saiu ferido, além de mim - eu ri - July nos protegeu enquanto fugiamos.

– Pode me agradecer depois, chefinho - July espreguiçou e sorriu para nós - Como se sentem?

– Cheia de preguiça. - falei.

– Querendo ir para ação.

– Como o Senhor Stark ficou? - olhei July.

– Aliviado por Tony estar vivo, todos ficaram. Inclusive - ela tirou algo do bolso - Pediram para eu mostrar isso para vocês - ela jogou no ar uma imagem de um apetrecho do tamanho da palma da mão - Ele era o da risada? - Eu e Bruce analisamos bem.

Um homem com o cabelo negro penteado para trás, olhos avermelhados como se não dormisse a muito tempo, um sorriso maniaco que me fez sentir arrepios novamente.

– Com toda certeza - Bruce falou - Já sabem quem é?

– Estão fazendo as buscas no sistema - ela recolheu a imagem - Ele devia ser bom - eu a olhei - Ele conseguiu te pegar, Bruce, ninguém consegue te pegar.

– É verdade? - olhei Bruce ele ficou incomodado - Ele era bom - os dois me olharam - Ele viu algo que o fez desistir, ele poderia ter vencido.

– Ele viu você - olhei Tony por cima da outra maca, Bruce se virou e July se levantou - O DNA que você carrega fará com que muitos prefiram fugir a lutar, Agnes - ele tentou sentar, July o ajudou, ele agradeceu com um sorriso - Como vocês dois estão?

– Melhores do que você - Bruce sorriu - Você nos deu o maior susto - Bruce se sentou na cama, eu o olhei, eu não conseguia me mexer por mais que eu tentasse, olhei o meu saquinho de soro, um líquido vermelho descia até a agulha e injetava algo.

– É para neutralizar os tranquilizantes - olhei o Professor ele estava ao lado da minha maca, enquanto o Senhor Stark falava com o neto - Em algumas horas você vai conseguir se mexer, não se preocupe.

– Não estou - eu ri - É só que estou com vontade fazer xixi - ele riu, os outros se calaram e nos olharam, eu os fitei.

– July, você pode ajudá-la?

– Claro.

Ela riu e veio até mim, mandou os outros sairem, Anthony conseguiu se levantar e meio manco saiu carregando o suporte do soro. Ela colocou o pinico embaixo de mim, era constrangedor, mas nos fez rir bastante.

– Fiquei preocupada - ela falou, eu a olhei, ela sorriu - Disseram que se você não acordasse ainda hoje podia ser que nunca mais acordasse, é um alivio que você precise de mim só para mijar. - eu ri.

– Tem certeza que você está bem?

– Tenho - ela falou - Só estou cansada.

– July, vai dormir, eu vou ficar bem. - ela me olhou preocupada - Se eu precisar fazer xixi chamo o Brain - ela riu.

– Boa noite- ela deu um beijo na minha bochecha e me cobriu bem com o cobertor.

Assim que ela saiu, Bruce entrou mancando, ele puxou a cadeira de forma desajeitada e se sentou ao meu lado, eu o olhei.

– Você se arriscou muito - ele falou cansado.

– Você também devia ir dormir - ele me olhou - Está péssimo.

– Assim que você dormir eu vou - ele sorriu - Mas antes quero te agradecer, se não fosse o que você fez, mais de nós poderiamos ter levado a pior.

– É assim que uma equipe funciona não é? - ele sorriu.

– Claro que é. Agora durma um pouco, depois vamos te mostrar o vídeo de toda a ação. - eu fechei os olhos e em instantes eu apaguei.


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