Monsters escrita por Vlk Moura
— Não é possível que eles estejam tanto na nossa frente - Clark reclamou pelo comunicador - Brain, como você não captou isso?
— Eu estava rastreando outros sinais, não me atentei a esse. Sinto muito.
— Calma, agora já foi - July estava na garupa da moto de Luke - Precisamos planejar como agir contra eles quando chegarmos.
— Eu já planejei - Tony falou - E se resume em muitos socos e... Gente! - todos ouviram um baque.
— Tony?! - todos gritaram.
Nenhuma resposta.
Brain começou a buscar pelo companheiro.
Luke acelerou a moto e Clark voou ainda mais rápido. Tony tinha ido na frente para escanear a situação e mandar para todos. Mas ao chegar lá não encontrara nada visual, mas seus aparelhos detectavam uma movimentação no subsolo. Sozinho decidiu ir averiguar o que estava acontecendo, porém fora atingido por algo que ninguém sabia o que era.
Clark chegou e observou em volta, usou a visão de raio-X para verificar cada parte do local. Luke e July chegaram logo em seguida e aguardaram o amigo terminar de analisar o ambiente.
— Lá embaixo - Clark falou indo para a entrada - Vários trabalhadores, eles estão mexendo numa máquina.
— Vamos mandar as sondas - July tirou a mochila das costas, acionou os mecanismos e os pilotou - Brain, você consegue ver algo?
— Me passa o comando delas. - July o fez - Podem entrar, a entrada está livre.
Clark ia a frente seguido por Luke e July. Ela observava a estrutura, parecia um túnel de fuga que vira em seus estudos do passado. Apoiou na parede e sentiu uma vibração, os três pararam de andar. A parede se moveu, Clark a parou com as mãos. Luke passou por ele e correu enquanto o corredor se fechava. July seguiu o companheiro, uma armadilha. Deviam ter pensado nisso. Algo a atingiu com força a fazendo bater contra a outra parede, por sorte o escudo amorteceu o impacto, olhou para o que era.
— Brain, você está vendo isso? - ela perguntou assustada.
— É quase como um organismo vivo. - o robô falou do outro lado - Ele é o que guarda esse lugar. Precisam ser rápidos, mais vinte metros e esse ser acaba, seja lá o que ele for.
Clark soltou a parede, passou voando por July e Luke, os pegou pelos braços e os jogou para fora da área do ser. As paredes começaram a se fechar com mais velocidade e força, era possível ouvir o impacto de uma na outra. Clark se jogou nos últimos metros rolando e caindo aos pés dos amigos, as paredes se fecharam de fez.
Luke se aproximou da coisa e cheirou em seguida fez careta.
— Isso está quase morto. Será que foi isso que pegou o Tony?
— Provável. - Clark encostou nas paredes o que as fez se mexerem - Viram a força com que isso se move?
— E onde ele deve estar agora? - July olhou em volta.
Clark usou a visão de raio-X novamente, mas não encontrou nada. Deu a ordem de seguirem o caminho.
Estavam dentro de uma fábrica, podiam ver os operários carregando terra para cima e para baixo, abrindo novos túneis, uma enorme máquina ao centro, estavam no topo dela e não era possível ver o quão fundo atingia. Desceram alguns degraus quando uma sirene foi acionada. Os operários pararam o que faziam e se voltaram par aos três.
— O que aconteceu? - July perguntou para os outros dois.
— Acho que nos viram - Clark falou - O que fazemos?
Luke colocou as garras para fora.
Os operários começaram a subir as escadas.
Uma sonda parou ao lado deles.
— Me sigam - Brain falou.
Começaram a correr enquanto os operários se moviam cada vez mais rápidos. A sonda entrava e saia de tuneis. Operários que ainda trabalhavam paravam o que faziam para ver os quatro intrusos fugindo e segundos depois eram acionados para perseguição.
— O que são essas coisas? - July perguntou derrubando e destruindo um operário.
— Robôs - Brain falou - São construídos para trabalhar e para economia de energia eles também cuidam da segurança.
— E como nos detectaram? - Luke perguntou rasgando um robô ao meio.
— Não sei...
— E o Tony, algum sinal? - Clark perguntou preocupado.
— Achei! - ouviram um grito ao fundo, era Banner.
— O que ele achou? - July parou de correr observando que tinham ficado sem caminho - Brain! Aqui não tem saída.
— Como não eu estou... Não acredito! - Brain pareceu assustado o que fez os três se olharem confusos.
— O que está acontecendo, Brain? - Clark perguntou e observou os robôs que se aproximavam.
— Eles... Eles... me... Banner, controle-os par amim, sim?
— Claro... Está tudo bem?
— Eu preciso... Está sim.
Brain se afastou dos controles. Steve e Stark não entenderam o que tinha acontecido.
— Caramba - Banner deu um riso - Eles pegaram o Brainiac - um riso fez com que todos o deixassem de entender - Isso parece muito coisa dela.
— Desculpa, Senhor Banner, mas não estou entendendo - July acertou alguns robôs.
— Agnes.
— Agnes? - todos em campo e na área de monitoramento perguntaram ao mesmo tempo.
— Ela enganou o Brainiac.
— Para nos pegar? - Luke não entendia - Ela quer realmente nos matar?
— Vocês não... Os falsos vocês. - ele ria - Ela criou hologramas em robôs operários que parecem vocês e esse são os que realmente estavam seguindo o Brainiac. Vocês estão lutando contra hologramas.
— Mas e o beco sem saída? - Luke olhou para trás sem entender como podia sentir a ferragem daqueles robôs sendo partida quando nem eram reais.
— Clark, use sua visão de raio-X - Banner falou calmo.
— Não tem nada do outro lado.
Uma queda de energia no túnel fez com que luzes de emergência se acendessem e mostrassem através do final do túnel como sair dali.
July se aproximou da parede de terra a pressionou com força e ela se rompeu, era uma película que assim como os robôs sustentava um holograma.
— Agnes... - July sussurrou - Vamos logo antes que os de verdade venham até nós!
Um apito na sala de monitoramento chamou a atenção de Banner, Stark e Wayne. Foram até a mensagem. Ela era muito falha e mal conseguiam captar o que ela dizia.
"Eu não posso entrar em contato com vocês, mas estou dando meu jeito para burlar essa regra. Espero que estejam bem, eu estou, e por essa razão estou enviando isso. Parem de vir atrás de mim, isso irá matá-los. Agnes."
Depois de analisarem a criptografia e entenderem que a origem era a película rompida os três se olharam e analisaram.
— Ela está nos protegendo - Senhor Wayne falou - Deveríamos ouvir o que ela diz.
— Quem diz? - Clark perguntou do outro lado.
— Voltem! - Senhor Stark falou.
— Sem o Tony? - Luke não entendeu.
— Agora!
Os três sentiram a tensão que se formara. Contra a vontade cada um assumiu seu caminho de volta.
— Seria justo deixá-la lá? - Senhor Stark perguntou, mas só conseguia pensar em seu neto.
— Foi um pedido dela - Steve se intrometeu - Ela pediu para deixarmos.
— Eu não posso... - Banner olhou os dois antigos companheiros - Eu não poso abandoná-la novamente.
— E meu neto... - Stark apoiou na parede - Eu não sei o que pode ter acontecido com ele.
— Ela deve ter garantido que ele tenha sobrevivido. - Wayne falou.
— Como você pode ter tanta certeza? - Stark se alterou.
— Porque eu a conheço, Tony - Wayne falou - Você também a conhece, nós a criamos, sabemos que ela faria de tudo para proteger seu neto e qualquer um aqui.
— E o que nos garante que ela não mudou d elado? Você viu na cidade como foi, ela os atacou sem se preocupar com quem éramos.
— Isso já foi discutido antes, Tony - Steve o repreendeu - Não era ela de verdade.
— Você e essa sua mania de acreditar nas pessoas, Rogers. Já vou avisá-lo que isso aqui não é como daquela vez.
— Ah, não? Pensa bem, Tony. Bucky estava sob o controle de outra pessoa e eu te provei isso. Assim como Agnes.
— Certo, mas ele tinha consciência do que tinha feito, o que nos garante que ela não tem? O que nos garante que ela não está fazendo isso e curtindo?
— Eu garanto - Banner falou - Quando ele assume seu corpo você perde completamente a razão, alguns fragmentos do que você fez ainda são possíveis de captar, mas se lembrar mesmo e sentir o que você fez é quase impossível.
- Ela herdar seus genes também era quase impossível e veja onde estamos agora - Stark não parava.
— Você realmente quer agir assim? - Wayne o censurou - você realmente quer causar mais dor do que tudo isso já causa?
— Meu neto está em perigo, Bruce.
— O meu também esteve, o do Clark também... Não é só você quem está sofrendo, Anthony, entenda isso.
— Mas parece que só eu estou realmente sentindo.
Pararam de discutir quando o trio se aproximou. July entregou os dados que coletou a Banner. Clark contou do que viu. Luke explicou melhor sobre a criatura e seu cheiro. Foram descansar.
— Isso ainda não acabou, Banner - Stark o ameaçou antes de ir descansar.
Banner não entendia o que tinha feito Stark surtar, pensava que o amigo já tinha superado tudo devido aos eventos do passado, mas aparentemente ele só era bom em fingir, como sempre fora. Deu um soco no painel quase o partindo, olhou para Brain que depois de horas retornara, se desculpou e foi para a área aberta tentar pensar melhor.
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