Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Dois em um dia, hein?



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Capítulo nove.

POV Bella.

O táxi me deixou em frente ao meu prédio. Após pagar, fechando os olhos fortemente para os dólares de Edward, eu desci e o homem me ajudou com a minha bagagem pesada.

Eu desejei bom dia ao porteiro, e andei devagar para o elevador, entrando e saindo minutos depois. Eu tomei cuidado ao tocar a campainha, recompondo-me das lágrimas que eu havia derrubado.

— Filha? — Charlie murmurou.

O olhar do meu pai prendeu na minha bagagem, e depois em mim.

— Oi, Charlie — Eu disse, tentando sorrir, enquanto me impulsionava para abraça-lo — Estou em casa, papai.

Eu tentei sorrir e mostrar para ele que eu estava feliz, por mais que um nó tivesse preso em minha garganta por Edward, eu realmente estava feliz. E sabia que ele estava bem agora.

Quando meu pai me soltou e eu entrei, tive que encarar minha mãe. Ela realmente parecia não entender o que estava acontecendo. O que eu posso falar sobre Renée? Nós nunca fomos amigas. Ela só era minha mãe. E ela era quase que a única responsável pelo o que me aconteceu, eu sabia que meu pai jamais faria isso comigo se dependesse só dele.

Renée era ardilosa. Ela sempre conseguia tudo o que queria. Um fato.

— Ele deu o divorcio a você? — Mas sua incredulidade agora fazia tudo ser engraçado.

— Ele realmente deu — Eu disse, parecendo mais feliz agora.

— Você está bem! Você parece muito feliz! Você está feliz... Eu estou tão feliz por ter você em casa! — Charlie entoou como se fosse uma canção. Uma bonita canção natalina. Eu voltei a abraça-lo.

— O que você fez? Não faz sentido... — Ela resmungou.

— Eram negócios. Ele está com quem realmente ama. — Eu expliquei e ela bufou, levantando as mãos aos céus.

— Será que você não percebe que esse homem é muito mais que uma conta recheada? Ele gostava mesmo de você, Isabella! Eu via naqueles olhos verdes que ele tem! — E pela primeira vez, em toda minha insignificante vida, eu vi que ela estava mesmo chateada — É por essa tal de Tânia, certo? Ela mexeu com a cabeça dele?

— Sim — Respondi em voz baixa, olhando meu pai — Eu estou livre, mãe. Uma vida nova.

— Não seja ingênua, Isabella. Quem vai te querer agora? — Debochou ela, voltando para sua máscara de frieza.

— James Hunter.

A sala pareceu congelar com a pronuncia do nome. Minha mãe arregalou os olhos. James era o simples filho do homem que estava sendo cogitado para disputar a prefeitura nas próximas eleições. Além da sua grande indústria petrolífera em Forks. Tão rico como Edward.

— Ele deixou você quando descobriu o seu noivado. O pai dele não quis pagar o preço que seu pai sugeriu! — Ela jogou na minha cara friamente.

— Não interessa. Ele voltou, e ele me ama. Vai aparecer aqui em pouco tempo, porque eu vou ligar para ele agora.

Eu bati o pé e arrastei a mala o quarto. Eu achei que a noite seria perfeita quando Alice e James chegaram, e realmente foi. Abraços e choros, até Jasper aparecer, arrastando-a para fora. Eu realmente não entendi, enquanto ele gritava que Edward não os perdoariam se eles apoiassem. James tentou defende-la, o que gerou mais confusão.

E então... Renée e ele iniciaram uma discussão meia hora depois, sobre quanto ele pagaria, se quisesse mesmo casar comigo. Mas dessa vez eu tive que interferir e entrar no meio da gritaria, anunciando para ela minha nova independência. Palavras feias foram jorradas aos montes, e com um convite nada gentil, James foi obrigado a se retirar.

Quando a noite chegou, foi impossível pregar os olhos. Eu achei que me sentiria feliz em casa, que daria tudo certo, mas eu sentia falta de casa. Do meu quarto e de estar com Edward. Era o meu espaço e voltar para casa dos meus pais parecia tão desagradável quanto estava sendo.

Eu não conseguia tirar Edward Cullen da cabeça, e mesmo que os dias fossem passando, se transformando em meses, mesmo que eu tivesse tentando inutilmente me readaptar e me acostumar com a nova vida, ainda assim era muito difícil abrir os jornais e ver algo sobre Tânia e Edward. Mesmo um mês distante de tudo aquilo, ele estava tão presente quanto era antes.

Meu relacionamento com James, inacreditavelmente seguia bem. Não havíamos dado o passo “a mais” que ele tanto esperava. Eu estava mais preocupada em mandar cartas de admissões para faculdades e esperar alguma proposta. E sorrir feliz, em pensar que Edward podia me favorecer, quando eu estava sendo aceita em boas instituições.

Eu começaria medicina no inicio do próximo semestre, após as festas de fim de ano. E eu finalmente fui pedida em casamento. James decidiu que deveríamos nos casar quando Edward desse o seu passo até o altar. Já que o anuncio de seu casamento já tinha sido publicado em sites e revistas conhecidas.

Mas, pior que tudo, eu ainda era perseguida por paparazzi. Isso impedia que eu saísse livremente com James, eu não pretendia ser vista com ele. Não antes de Edward casar. Dentro de poucos meses, como anunciava o Times. Eu tentava fortemente não imaginar Tânia na minha casa, dando ordens aos empregados e ocupando os cômodos com sua presença. Mas que tola eu estava sendo, lógico que ela já estava lá. E eu tinha que me desapegar de uma vez por todas de tudo. Edward não estava me fazendo bem e pensar nele só aumentava a melancolia. Eu deveria esquecê-lo.

Eu tive um almoço amigável em família, e como prometi Alice, decidi visita-la.

Em um táxi, gastei meu tempo para pensar na vida, enquanto o veiculo acelerava pelas ruas frias e desertas de Seattle. Em pleno feriado.

Eu andei até a entrada principal da casa de Alice, seu gentil segurança sorriu abrindo o portão e eu acenei alegremente. Mesmo não estando pronta para as cenas seguintes, bati hesitante na porta e prendi a respiração.

— Bella? — Alice atendeu e ela me encarou com espanto. Um segundo depois, eu estava em seu abraço apertado.

Fechando a porta, fui arrastada para dentro, tentando sorrir e interrogar como ela estava, mas alguns olhos verdes me penetraram. E eu me deparei com uma pessoa que não estava preparada para rever, não tão cedo.

— Edward... — Eu disse para mim mesma, como se tentasse cair na realidade. Não era uma visão.

Não esperava ganhar um sorriso largo seu. Nem que ele caminhasse na minha direção e me apertasse em seus braços, um abraço meio desconfortável e ambíguo.

— Como você tem passado, Isabella?

A forma como ele acrescentou meu nome em sua frase fez com que meu coração saltasse no peito. Seu tom casual era algo que eu raramente via, principalmente aquele sorriso despojado. Ele parecia tão leve. Como se mil pesos tivesse saído de seus ombros cansado. Eu quase não o reconhecia.

— Estou bem... E você? — Anunciei quando Alice já estava me arrastando para o sofá, em fim de ter uma conversa amigável.

— Mais que ótimo — E outro sorriso adorável fora direcionado em minha direção.

Ele realmente parecia ótimo.

Alice, ao meu lado, reparou no meu novo visual. No cabelo que eu insistia em ter cumprido antigamente, na altura da cintura, que agora estava um pouco abaixo do meu ombro e tomado por mechas claras. Principalmente meu novo estilo de roupa, que consistia em pares de jeans, sapatilhas e jaquetas de couro. Sempre em tons forte.

— Você está parecendo uma adolescente. Mulheres divorciadas deveriam se vestir assim? — Ela resmungou. E eu ri.

Eu reconheceria seu tom de inveja em qualquer lugar. Alice não escondia isso, até um tempo atrás, antes de sua pequena barriga ficar ligeiramente grávida, antes mesmo do seu casamento, ela vivia de tênis e jeans o tempo inteiro. Ela estava sempre enfiada em pubs irlandeses e usava sua identidade falsa para ter cerveja. Ela chegava em casa no amanhecer e só mudava algumas peças de roupa, e então estava na escola, bêbada como um gamba fedido.

— Você está parecendo uma velha! — Eu brinquei, apertando seu nariz — Fique tranquila Alice, quando encontra-la em público, estarei vestida elegantemente como uma senhora divorciada — Eu sorri e essa fora sua vez de apertar o próprio nariz — Usarei preto. Simbolizando meu luto por ter sido deixada.

Nós rimos brevemente e eu percebi algo como agonia passar pelos olhos de Edward. Mas foi só um minuto, no outro, sua áurea feliz estava de volta.

— Tia Esme está programando um almoço — Ele disse, mudando de assunto.

— Fiquei sabendo — Comentei.

— E você não vai? — Ele parecia bastante curioso, o que me fez rir.

— Seria um tanto estranho, você não acha? Atual e ex no mesmo ambiente. Então... Não.

— Esme deixou claro que Tânia não está convidada — Fora Alice que adicionou, soltando uma risadinha — Você precisa ir! Por favor.

Eu não pude responder, ouvimos um barulho da porta e então Jasper entrou. Ele sorriu brevemente para mim e chamou Edward.

— Muito interessante... — Murmurei para Alice, e segui Edward com o olhar, até que ele desaparecesse — O desgraçado ainda mexe com meu coração.

A confissão fora automática e só depois de ter soltado a frase, realmente percebi o que ela significava. E então fiquei automaticamente arrependida por ter dito.

— Eu tenho certeza que você mexe com o dele também — Ela zombou — É sério, amiga. Essas roupas estão um pouco... Ruins para seu nível social.

— Eu sou uma separada! — Brinquei.

— Depois do seu casamento tudo voltará ao normal, tenho certeza — Ela comentou por alto, suspirando — Conseguiram dar o próximo passo?

— Não! — Grunhi, pulando do sofá — Ainda sou virgem, Alice.

— AINDA?...

SILÊNCIO.

Um puta mortal silêncio.

— Quero dizer, está esperando o casamento? — Ele completou. Eu segurei toda a minha respiração, querendo sufocar e então morrer.

— Digamos que sim... — Eu estava muito – mil formas incontáveis – de tímida.

— Enfim, isso não é da sua conta — Alice rosnou para Edward — E você, o que fará essa noite? — Um silêncio mortal pairou na sala — Deixe-me convidá-la, Jasper! — Eu encarei o marido da minha amiga, que parecia que ia explodir — Tem uma festa essa noite, você deveria vir conosco.

— Tânia irá — Jasper adicionou.

— Provavelmente James também — Alice emendou.

Eu queria sair correndo. Era mais do que claro o incomodo de Jasper com a minha presença, eu jamais imaginei qualquer tipo de tratamento hostil vindo dele, logo ele que sempre fora gentil e amigável. Mas aqui estava ele, quase me pondo para fora de sua casa.

— Acho que não. Pega mal uma mulher casada andando com uma separada — Eu brinquei e Alice revirou os olhos

— Concordo plenamente! É desonroso. Sei que você não tem culpa — Para minha surpresa, o comentário viera justamente de Jasper e eu não podia dizer o quanto suas palavras me atingiram.

Eu respirei fundo, me levantando lentamente, virando-me em sua direção.

— Alice é minha melhor amiga, Jasper. Jamais faria algo que poderia prejudica-la.

Ele não me encarou. Assim como seu amigo ao seu lado, eu peguei a bolsa no sofá e tentei sorrir para Alice. Eu nem sequer disse adeus, ou até logo. Eu só acenei para eles enquanto seguia rapidamente para a porta. Não podia considerar o tamanho do erro em estar aqui, mas estava felizmente de acordo que ele não voltaria a se repetir.

Eu chamei um táxi e deixei as lágrimas virem, prometendo a mim mesma que não choraria mais por isso.


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Notas finais do capítulo

Agora eu realmente fui. O site vai entrar em manutenção essa madrugada, então... Não sei quando voltarei aqui para postar, meninas! Até breve