Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Meninas, agradeço aos comentários, consegui responder alguns e vou responder todos os outros na volta! OBRIGADAAAA. Vocês são lindas.



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Capítulo oito.

— Já faz três dias que você telefonou e disse que estava tudo acabado, mas ficaria por ele estar doente — A voz do outro lado da linha me fez suspirar.

Ele parecia tão irritado. Tão estressado.

— Eu sinto muito... — Murmurei. Eu realmente sentia — Eu estou terminando de arrumar minhas coisas para ir, James.

— Você disse que ele nunca ficou doente, Isabella... E agora isso?

Ele estava mesmo zangado. Como eu poderia culpa-lo por isso? Eu tinha o ouvido rosnar comigo, há três dias atrás, quando ele dizia que aquilo era um truque de Edward para me prender. Mas nada daquilo fazia sentido. As febres eram reais. E sua garganta estava mesmo inflamada. Seu nariz estava congestionado. E a tosse parecia muito real, enquanto ele tossia a noite inteira, nos impedindo de dormir.

— Eu prometo ligar quando chegar em casa.

Desliguei antes da sua resposta. Esse era o meu momento duro, e eu não suportaria ouvir James gritar comigo. Não quando o que eu vivia era infinitamente mais doloroso.

Eu juntei meus pertences pessoais. Poucas roupas, decidida a levar somente o que me fosse essencial até poder comprar outras. Estava decidida em não usufruir de nada que esse casamento havia me dado. Não queria as joias, nem as bolsas de grife. Nada disso faria parte da minha realidade quando eu deixasse essa casa, ainda cheia de lembranças sobre ela.

— Essa é toda sua bagagem? — Edward riu, quando uma hora depois eu desci com uma mala grande.

Ele estava sentado no sofá, e havia uma fila muito organizada com todos os nossos empregados. Principalmente meu fiel amigo George.

— Eu sentirei falta da senhora — Ele disse entre lágrimas, enquanto eu o consolava com algumas tapinhas no ombro.

— Você prometeu que iria me ver — O lembrei, e ele sorriu fracamente.

— Eu irei, lady. Eu prometo.

Eu assenti, o soltando, passando para Leah, que estava bem atrás. Ela não chorava, mas eu podia ver seus grandes olhos molhados quando ela me deseja felicidades. Eu sorri, soltando-a. Eu fiz isso com todas as nossas cozinheiras e faxineiras. Thomé, nosso motorista. Seth, o chefe da segurança.

— São as minhas coisas, Edward — Eu finalmente disse a ele, puxando a mala.

— Isso é uma bobagem, eu...

— O meu táxi já chegou? — O interrompi, ele apenas assentiu.

Eu caminhei até a porta, mas antes tivesse que passar ao lado dele. Nossos ombros encostaram-se e eu parei, erguendo minha cabeça em sua direção. Eu pude ver as grandes olheiras e observar os olhos verdes, num leve tom avermelhado. Prendi a respiração, ignorando o cheiro delicioso de colônia com creme para barbear.

— Não desejo nada além de felicidade para você. Adeus.

Ele não me respondeu e eu segurei o choro. Um pigarrear nos interrompeu, ao meu lado, Seth, o segurança, tomava minha mala. Eu deixei que ele levasse e sorri para George, segurei o braço que ele me estendeu, enquanto sorria um adeus para as mulheres.

Eu deixei a casa, andando sob meus saltos médios e alisando meu terninho bege até o portão, onde Seth guardava minha mala no táxi. Eu fiz uma pequena comparação com a menina que eu era quando cheguei e agora a pequena mulher que sou, saindo daqui. Haviam pequenos traços da Isabella Swan agora, eu sabia que estava levando tudo da Isabella Cullen comigo. Eu ia precisar me adaptar.

POV EDWARD.

Não sei o que mudou, mas quando Isabella saiu pela porta levando uma mala, um vazio preencheu a casa. Preencheu até o meu corpo. Eu vi os empregados saírem um a um, deixando-me sozinho.

Joguei o meu corpo no sofá e deixei que alguma coisa – como lágrimas, saíssem novamente, pela segunda vez hoje. Não entendi exatamente o motivo do choro ou da minha reação. Eu já estava preparado para isso, sempre soube que ela teria que ir quando completássemos um ano de casados por vários motivos, principalmente pela minha estupida promessa a Tânia. E amaldiçoei a hora em que prometi isso a ela, maldita a hora que me declarei como um homem de princípios, que honra sua maldita palavra. E maldito são meus olhos que cruzaram com os de Tânia. No fim eu compreendia que não era amor que nos unia.

Eu sabia. O único errado era eu. A falta que Isabella me fazia, mesmo quando ainda estava aqui, me matou aos poucos ao longo dos dois últimos meses. Eu não podia reclamar agora, Jasper havia cansado de avisar para tentar ir além com ela, dar um passo a mais e toma-la como minha esposa de fato, mas tinha Tânia e todas as noites em que ela insistia em passar comigo. Isabella não aceitaria aquilo, sabendo que havia outra.

Arrependimento.

Eu me arrependia de todas as vezes que a mandava para a Suécia quando algum homem me ameaçava com sua presa. Como quando Jacob tentou seduzi-la, quando James reapareceu. Não entendia como ela podia ser tão... Viciante para mim, sempre achei que ela não passava de um objeto – mesmo que valioso, como um brinquedo para uma criança que não gosta de compartilhar. Mas agora, nada fazia sentido. Nada faria, porque quando completávamos um ano, ao invés de festejar, estávamos assinando os papeis da nossa separação, rompendo um compromisso que eu levei como se fosse nada. Ela sempre estava ali tentando tornar tudo calmo e melhor para nós, mas eu não sabia administrar a questão. A verdade era tão clara e nítida: ela era boa demais. Boa para qualquer um. E eu somente um homem que não a merecia.

(...)

— Tânia?

Após horas de lamurias, eu precisava esquecer. Qualquer coisa que me fizesse lembrar que isto foi o melhor. E sempre foi tudo que quis.

— O que você quer, Edward? — Ela, por sua vez, fora ríspida.

Em uma de nossas brigas eu havia dito que não me casaria imediatamente com ela, que esperaria alguns meses. Apenas para não deixar o óbvio tão óbvio. Que havia deixado Isabella por ela, mesmo que no momento que isso viesse a publico, não teria como desmentir.

— Só dizer que Isabella se foi... — Adocei a voz — Venha para casa.

Um silêncio surgiu do outro lado da linha. Esperei apreensivamente.

— Agora é a nossa casa? — Ela perguntou, e claramente seu tom ríspido já havia ido embora.

Não. Nunca seria. Eu nunca vou olhar para esse lugar, para esses cômodos, e principalmente, entrar em meu quarto e lembrar da presença dela ali. Porque nunca seria tão forte quanto a da mulher que passou os últimos três dias, dormindo sentada na beirada da minha cama, porque infantilmente não queria deixa-la ir. Dizer que eu havia me aproveitado da situação seria um eufemismo.

Eu ouvi ela dizer algo como “já estou indo” então desliguei. E esperei. Sabendo que ela demoraria.

Eu quase estava desistindo de espera-la, pronto para pegar o carro e dirigir pela cidade, quando a porta da sala se abriu. Tânia passou por ela como um furacão. Eu reparei no vestido vermelho e curto que ela usava e sorri de lado. Ela estava vulgar, do jeito que eu gostava nela.

Lembrei-me de Isabella. Se ela usasse algo assim... Eu provavelmente arrancaria a peça de seu corpo, depois a sua cabeça. Imaginei quantos homens a olharia assim, e sentiriam a mesma ereção que eu senti que a encontrei naquele vestido minúsculo e preto. Eles a foderiam com os olhos.

Eu bufei de raiva. Eu andei até Tânia, eu precisava extravasar as emoções. E sei que ela esperasse, a puxei pelos cabelos, beijando-a rudemente. Descendo meus lábios pelo seu pescoço bronzeado e marcando-a com pequenos chupões. Eu a puxei pela cintura, enquanto ela passava suas pernas ágeis ao meu redor. E eu caminhei com ela para o meu quarto, sem me dar o trabalho de fechar a porta quando eu cheguei lá.

Tânia vestia um conjunto indecente preto. Um sutiã pequeno, que não acomodava bem os seus seios, e um pequeno fio dental. Ela não gostou quando eu rasguei as peças. Eu atirei para longe, e deixei que ela me ajudasse a me livrar das minhas próprias roupas e em fração de segundos nós estávamos nus, juntos.

A joguei na cama rudemente. Eu precisava dela, e ela parecia gostar daquilo. Eu não verifiquei para saber que ela estaria pronta. Ela sempre estava. Eu só abri a gaveta, puxando uma camisinha, e depois de estar devidamente protegido, a penetrei. Sem cuidado. Eu fiz o meu ritmo rápido e forte. Estocando sobre ela, enquanto a ouvia gemer e falar coisas desconexas, que me excitavam ainda mais.

Quando eu gozei, fechando meus olhos, imaginei aqueles lábios sedosos sobre os meus. O beijo quente e nada tímido que ela me deu na pista de dança no casamento dos nossos amigos. Eu quase suspirando e a chamei, mas ao abrir os olhos e constatar que era Tânia ali, silenciei-me.

Não fazia nem vinte e quatro horas que ela tinha me deixado, mas Tânia me fez sair com ela essa noite. Eu sabia que apareceríamos em algum noticiário e no dia seguinte Bella ainda estaria me odiando ainda mais, eu sabia que ela evitaria sair em público com qualquer pessoa. Por mim e por ela. Mas eu sempre estava lá fazendo tudo que a desagradava, e agora, humilhando-a mais uma vez.

Após voltarmos, Tânia adormeceu rapidamente, porém eu fiquei a noite toda em claro repassando a imagem dela em minha memória. Pensando em como havia sido sua chegada em casa. Se ela encontraria James, e até mesmo Jacob, já que agora nada impediria que ele investisse. Eu murmurei o nome dela até a inconsciência me atingir.


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Notas finais do capítulo

Eu não corrigi, tô correndo. E acho que vou postar outro agorinha, pq esse foi bem curtinho.



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