Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Perdão por ter parado na melhor - pior parte hahaha masss vamos lá, gurias!



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Capítulo sete.

Meu aniversário entraria para a história da cidade. Um dia após, eu estava sentada na mesa, acompanhada por Edward e seu mau humor, eu sorria feito boba, uma bela foto minha e de Eddie na capa de uma revista, com a manchete seguinte:

“A Princesa tornou-se Rainha”

Havia uma foto só minha, sem Edward, fiquei contente em ler uma matéria inteira sobre mim e sobre o trabalho de caridade, que eu havia dado continuidade, era o trabalho da mãe de Edward, antes de vir a falecer.

Meu celular vibrou em meu bolso, e eu o retirei, ainda rindo para a revista.

“Por favor, dê um jeito de me ver, preciso matar essa saudade. Não aguentarei dois meses. James”.

Eu sorri satisfeita e percebi Edward se contorcer e curiosidade, mas ele tinha uma coisa sobre privacidade que iria além da conta nessa casa.

“Impossível. Edward me monitora 24hs por dia”.

Respondi e guardei o celular, mas antes, apagando a prova do crime.

— Qual motivo de tanta felicidade, Isabella? — Sem mais se conter, ele perguntou.

Eu estendi a revista para ele, que sorriu para nossa foto. Aquela em que ele beijava meu nariz de uma maneira doce e fofa.

— Você estar nessa foto comigo e não com outra mulher, isso me deixa feliz — Eu disse e ele sorriu também.

— Você está linda em todas elas — Ele encarou as outras revistas — Eu vou trabalhar, querida. Tenha um bom dia e não saia de casa.

Ele se levantou e depositou um beijo na minha testa.

— E se a casa pegar fogo? — Perguntei, soltando uma risada.

— Nem se a casa perguntar fogo — Ele também riu.

— Tenha um bom dia, Eddie...

Desejei e ele se foi. Meu celular voltou a vibrar.

“Só poderei matar essa saudade daqui a dois meses então?” eu sorri. Eu realmente queria um momento a sós com ele. Ele havia revirado meus pensamentos. Mas com a reação de Edward com a presença dele, certamente nem tão cedo eu o veria.

“Talvez daqui um mês. Veja bem, Edward é muito possessivo comigo”. Respondi enquanto deixava a mesa do café.

“Mande-o para o inferno” Eu ri com a mensagem.

“Aguentei muito tempo para manda-lo sumir. Falta pouco. Aguente.”

Respondi, recordando-me do nosso reencontro.

— James Hunter? — Perguntei incrédula.

— Você está linda! — Ele sussurrou quando eu me joguei nos braços dele, logo as mãos inconvenientes estavam me puxando de volta.

— Ora, quem está de volta à cidade... — O tom de Edward era insuportavelmente sádico.

— Não poderia deixar de prestigiar a minha garota.

— A minha garota, você quis dizer? — Silêncio. Eu suspirei, esperando a resposta de James. Ansiosa demais.

— Ela nunca deixou de ser minha. Não quando tudo isso aqui não passa de uma farsa. Já estou ciente de que em breve ela estará livre. — Uma pequena discussão estava formada. Edward gargalhou.

— Um bom informante, Hunter. — Disse Edward.

— Alice não disse que era segredo... — James disparou rapidamente, me encarando, sorrindo amavelmente.

— Bom... Eu tenho chave da prisão. Dois meses... Dois anos. Quem é que sabe?

Eu encarei Edward, alarmada, ele estava blefando, certo? Mas um impasse estava sendo travado entre ele e James. Que parecia que partiriam para os socos em breve.

— É o meu aniversário — Eu disse, apaziguando — Edward, você prometeu que não implicaria com meus amigos.

Eu ergui uma sobrancelha e sua expressão suavizou um pouco.

— Fique tranquila, Bells... Eu já estou de saída. Sem intenção de estragar sua festa — James disse rapidamente, eu caminhei para abraça-lo novamente — Dois meses e você será minha novamente.

— Sua, do jeito que deixou — Eu disse de volta e ri.

Se Christopher podia dizer que amava Tânia, eu podia seguir em frente, certo?

“Eu aguardarei. Eu voltei para você até dois meses, meu amor. Eu te amo” Li sua última mensagem e me senti finalmente abraçada e acolhida e amava. Como não me sentia em tempos... A não ser quando... Edward me beijava. Eu suspirei, tentando afastar a confusão de sentimentos de mim. E esquecer as últimas lembranças.

(...)

Numa certa noite, quase depois de dois meses, Alice e Jasper vieram jantar conosco. Seria um jantar de despedida. Sem contar que passei mais um mês trancada na Suécia, e Edward voltou a ser o que sempre foi. E Tânia passou a destruir minhas noites de sono novamente.

Nesse meio tento, fiz aulas de piano, violão e música. Tentava ocupar minha mente com tudo que fosse possível, para fazer o tempo passar mais rapidamente. Agora faltavam apenas alguns dias e assinar uns papeis, para sair sem olhar pra trás. Porque o sentimento que estava nutrindo, voltou-se para o ódio novamente, Edward havia tirado meu celular e desativado o telefone de casa. E eu quase não deixava meu quarto mais. Nem para as refeições.

— Então, como você está? — Alice perguntou pela terceira vez, após o jantar. Estávamos na sala tomando um café.

— Bem — Respondi sem vida. Meu rosto tenso.

— Se você não me der um sorriso, eu não te dou o recado que trouxe de alguém que te ama muito... — A encarei e semicerrei os olhos para sua chantagem. Eu estava realmente achando que ela não tinha nada para mim.

— Eu vou acompanhar a gravida ao toalete — Disse e sorri ajudando Alice e sua bolinha a se levantarem. Quando eu digo bolinha, realmente digo um ovo minúsculo, não se dava para perceber nada ali.

— O que ele disse? — Eu perguntei ansiosa.

— Ele te mandou uma carta, bobinha.

Ela disse quando nos trancamos no banheiro. Ela me deu e eu suspirei profundamente.

“Olá, meu amor. Espero que esses dois meses tenham sido bons, melhores que os meus. Tenho trabalhado bastante e arranjado um jeito de fazer o tempo voar, assim eu paro de pensar um pouco em você (não é possível, acredite) eu sei que não lutei o suficiente quando você me contou tudo. Eu fui embora na primeira pedra que apareceu no nosso caminho e você teve de casar com esse cara. Mas eu mudei, Bella, por nós dois. Espero que você ainda me ame tanto quanto eu te amo. Espero que ainda esteja aguardando e que ainda seja minha. Estou planejando um mês de lazer quando você estiver livre desta prisão. Baladas. Cinemas. Praia. Viagens. Muita diversão com sua família e seus amigos. Quero que se sinta viva novamente. Sei como você odeia ficar presa. Espero que a Alice consiga te entregar esta carta, ela tem sido uma ótima amiga. Agora falto muito pouco, mas na duvida, tenho alguns milhões sobrando. Seja corajosa e espere por mim, por favor. Se Edward voltar atrás, não se preocupe, eu prometo que a tirarei daí. Um grande beijo de um homem que te ama muito. Esperando que esteja bem – James Hunter”.

Meus olhos inundados se lágrimas piscavam, tentando espantá-las. Alice me abraçou e eu quase chorei. Mas não podia.

— Que coisinha lindinha — Alice disse — Três dias, apenas. Estou até emocionada — Nós finalmente choramos — Eu preciso levar a carta. Você entende, não é?

— Eu entendo — Entreguei para ela. Que guardou.

— Ela será sua em três dias.

Assenti e nós deixamos o banheiro.

— Pensei que tivesse acontecido algo — Jasper brincou — Vamos, querida? Você precisa descansar.

— É o que eu mais faço!

Nós rimos e Alice revirou os olhos. Eu não queria que ela fosse, mas eles foram. Se despediram com abraços. Eu olhei ao meu redor, finalmente me dando conta de que em poucos dias isso não seria mais meu.

— Boa noite, Edward... E a proposito, tentem fazer pouco barulho hoje — Disse ríspida. Ele me encarou surpreso.

— Você nos ouve? — Ele realmente parecia surpreso.

— O que você acha? Eu durmo em um quarto ao lado do seu e ela geme como uma vaca.

Resmunguei e o deixei sozinho. Banho quente, um comprimido para dormir e me deitei. Essa noite nem eles me tirariam o sono. Eu tinha paz, eu tinha noticias de James. Que acalmou meu coração.

Pela manhã, encarei a mesa posta, mas ninguém nela.

— Edward já saiu? — Perguntei surpresa. George negou.

— Nem sinal dele, acho que ainda está dormindo, senhora.

— Mas ele tem uma reunião importante hoje...

Eu disse, George me olhou e eu suspirei. Fazia parte da minha agenda saber essas coisas, quando os compromissos dele conciliavam com os meus.

Eu bati em sua porta três vezes, até escutar um sonoro entre, mas uma esganiçada, que não se parecia com a dele.

— Você está bem? — Perguntei, surpresa ao ver seu estado.

Me aproximei, Edward estava embolado em suas cobertas. Eu encarei seu rosto abatido e a testa úmida. Então o toquei, e ele queimava. Febre. Queimava em febre.

— Você precisa de um banho — Emendei em seguida, ele negou rapidamente — Vamos, me ajude a te levantar. Um banho vai fazer você se sentir melhor.

Antes de ampara-lo, gritei por George. Segundos depois, ele estava no quarto.

— Chame alguém para trocar a roupa de cama de Edward, e traga o café da manhã aqui, juntamente com antitérmicos, por favor.

George saiu. Eu caminhei para Edward, e ele se esforçou para me ajudar a levantá-lo. Ele me ajudou despi-lo e eu fiz um trabalho realmente duro para só olhar para os olhos dele. Independe do seu estado de fraqueza, eu podia ver seus lábios se formar em um sorriso torto e malicioso, e eu sabia que ele faria alguma piada, se não tivesse tão mal para pensar em uma.

Me molhei por completo quando o segurava na ducha gelado, ele não reclamou como uma criança, mas parecia um pouco zonzo. Dez minutos me pareceu um tempo bom. Eu puxei a toalha branca e o ajudei a se secar, procurando por seu roupão e o vesti.

Quando retornamos ao quarto. A roupa estava trocada, tudo limpo. E o café na cama. Suspirei aliviada.

— Vamos, eu vou te vestir — Ele riu, parecia um pouco melhor. Eu ignorei buscando suas roupas no closet. Fechei meus olhos quando coloquei sua box, juntamente com uma calça de flanela e uma camisa com mangas.

Entreguei um copo com água e aspirinas, Tylenol. Ele tomou, fazendo cara feia e depois lhe entreguei um copo com suco.

— Por que você está cuidando de mim? — Ele perguntou — Eu sou péssimo com você. Te afasto das pessoas que você ama.

— Eu fiz alguns votos... — Murmurei sem jeito. Sem realmente entender porque eu estava ali, quando podia chamar alguma empregada para ajuda-lo.

— Até que a morte nos separe... — Sussurrou.

— Até que um dia nos separe. Ou Tânia mata você.

Não escondi minha risada, e ele riu um pouco também.

Eu forcei que ele comesse um pouco de pão e frutas e depois, ele só deitou se sentindo fraco demais.

— Vou ligar para a empresa — Disse, ele assentiu — Eu preciso do seu celular, esqueceu?

Eu quase podia vê-lo com vergonha. Edward apontou para sua cômoda e eu caminhei até ela, pegando seu iPhone e entregando para que ele desbloqueasse.

— É a data... Do casamento... — Disse fracamente. Eu o encarei, então retornei para o celular, digitando nossa data de casamento, e o aparelho desbloqueou.

Eu não sabia o quanto estava confusa com aquilo. Eu disquei o número do ramal de Rosalie, sua secretária.

— Rose, querida? — Eu disse quando ouvi seu cumprimento.

— Senhora Cullen? Como vai! — Ela parecia feliz por me ouvir — Aconteceu algo? Senhor Cullen está atrasado...

— Ele adoeceu, Rose — Ouvi um muxoxo do outro lado da linha — Você pode cuidar das coisas? E resolver a questão da reunião?

— Mas é claro, senhora Cullen. Eu desejo melhoras para o...

“Amor, minha cabeça dói” algo que Edward disse fez com que eu não ouvisse o que Rosalie dizia. Meu coração acelerou.

— Parece que ele está precisando de você — Ela riu do outro lado da linha e eu tentei rir também.

— Sim. Ele fica um bebê quando está doente — Brinquei — Até logo querida, obrigada.

Eu andei até ele, verificando sua testa de novo e ela estava muito melhor agora. Edward gemeu, como uma criança e segurou minha mão, puxando-me para perto. Eu sentei-me na beirada da cama e o observei, ele continuou segurando a minha mão tão forte e fechou seus olhos.

Eu fiquei velando seu sono e conferia sua temperatura. Por volta da hora do almoço, George trouxe sopa, pão, água, suco e mais remédio. Edward fez birra para acordar e tomar seus remédios.

Ele comeu, e sua febre estava voltando, pois ele voltava a soar. Depois do almoço, eu sugeri outro banho. Ele não queria. Mas cedeu. Esse fora mais breve e ele conseguiu se secar e vestir sozinho. Mas retornou para cama parecendo muito cansado. Por fim, só me deixei mergulhar no assunto do divorcio.

O grande dia estava chegando e o que aconteceria se ele não melhorasse?

Eu continuei ao lado dele. Velei toda sua noite de sono, dormindo desconfortavelmente em uma poltrona dura. Acordando quando ele gemia meu nome, pedindo água, ou para verifica-lo. A febre finalmente havia cedido e ele parecia que ficaria bem.

Meus olhos abriram-se lentamente, com o barulho de Edward tossindo. Fiquei um pouco assustada quando senti a claridade inundar a janela, indicando perfeitamente que um novo dia se iniciava. Imponente sobre nós. Fitei um relógio na parede, não passa das oito. Eu me levantei desconfortavelmente, aproximando-me, tocando sua testa levemente. Sem febre...

— Bom dia, Isabella...

— Está se sentindo melhor? — Indaguei preocupado.

— Bem, creio que depois de comer e tomar um banho sentirei bem melhor — Ele tentou se levantar e dessa vez conseguiu. Sem gemidos de dor.

— Precisa de ajuda? — Eu estava pronta para avançar e cuidar, mas um gesto seu me deteve.

— Você já fez muito — Ele sorriu fracamente — Pode ir cuidar de si mesma, deveria tomar algum remédio. Pode ser contagioso. Parece ser uma gripe.

— Hm... Provavelmente — Assenti — Vou providenciar o café da manhã então. Apenas volte para sua cama, pedirei para trocarem o lençol, coma e descanse mais um pouco.

Edward assentiu, sem ter nada para dizer. Eu percebi que agora que ele parecia mais recuperado, queria ficar sozinho. Eu lancei um sorriso murcho e andei rapidamente para o meu quarto. Eu também precisava de um banho e roupas limpas.

Limpa e vestida, adentrei a cozinha, sentindo-me nostálgica. Eu nem havia partido, mas cada pedaço da casa já me dava saudade. Me sentia angustiada, o bolo imenso ainda estava formado em minha garganta. Desconhecia o sentimento de angustia, tão profundo e presente. Não era isso que eu queria todo esse tempo? Ser livre... Por que me sentia tão triste?

— Por favor, alguém troque os lençóis de Edward novamente. E sirvam seu café da manhã na cama, por favor — Eu tentei sorrir, pedindo em voz baixa.

Encarei minha governanta, que dispensava uma jovem menina, que eu não reconhecia, para realizar a tarefa. Leah me encarou e sorriu sem jeito.

— Senhor Cullen está melhor? — Quis saber e parecia preocupado.

— Não muito... Façam aquele caldo de batata com couve que ele adora para o almoço. Acho que é tudo que ele vai conseguir ingerir.

— Sim, eu também vou acrescentar um suco forte de laranja e cenoura. Espero que ele melhore logo, senhora — Eu sorri para ela, verdadeiramente agradecida.

— Eu também. Eu vou só roubar um pouco de leite aqui. Não é preciso servir o café na mesa, eu estou sem sono... Só levem um pouco de fruta e mingau para o Edward.

Ela assentiu em silêncio, dispensando as ordens ali. Eu desejei bom dia para as outras duas meninas, que estavam atentas ao que cozinhavam em conjunto.

Depois disso, eu retornei ao quarto de Edward, feliz por vê-lo deitado. Mas sorri desacreditada, quando encarei a TV e sorri com o que ele assistia.

— Desenho? — Soltei uma risada e percebi que ele estava um pouco envergonhado.

— Eu sou realmente um bebê de quase 30.

— Um grande bebê. Melhor depois do banho?

— Sim, mamãe — Debochou, mas ele sorriu amplamente em seguida — Bella... Muito obrigado por cuidar de mim.

— Tudo bem... Você precisa de algo?

— Você devia descansar. Sério. Sua aparência está péssima... — Eu assenti em concordância.

— Me chame se precisar de algo.

Eu andei de volta para o meu quarto, sabendo que dormiria quase que automaticamente quando caísse na cama. Foi realmente o que aconteceu.

(...)

Um som estridente me assustou, despertando-me do meu sono. Tentei abrir os olhos e pedir em um gemido baixo para que a pessoa entrasse. George parecia constrangido, e seus olhos confusos. Eu nunca tinha reparado como os olhos dele ficavam nebulosos quando ele estava receoso em me dizer algo. No dia que Edward me deixara sozinha e fora para boate com Tânia, George tinha os mesmos olhos.

— O que houve? — Sobressaltei-me e o encarei.

— No andar de baixo Sr. Cullen e seu advogado esperam pela senhora.

Eu assenti e olhei enquanto ele se afastava do quarto, fechando a porta novamente. Engoli a saliva amarga, afastando a coberta do corpo. Quando meus pés tocaram o chão, ele parecia mais gelado que o normal. Eu caminhei ainda um pouco confusa para o banheiro, onde deixei uma grande quantidade de água gelada molhar meu corpo. Enfim, desperta.

Já trocada, descia as escadas e suspirei lentamente quando vi o homem, já conhecido por mim, se levantar e sorrir desconfortavelmente. Ele me cumprimentou com um aperto de mão mais rápido da história e eu indiquei o sofá para que ele se sentasse novamente. Meus olhos encararam Edward que estava em outro sofá, de frente para seu advogado. Sem dizer nada, me sentei ao lado dele.

— Tudo bem — J. Jenks disse quando o silêncio se tornou pesado. Ele revirou alguns papeis que saíram de uma pasta preta.

— Está tudo certo? — Edward perguntou, seu tom era apreensivo enquanto ele encarava seu advogado, que soriu.

— Sim, senhor Cullen. Está tudo certo. Se vocês tiverem certeza, já podemos assinar.

Eu nunca imaginei que aquilo pudesse ser assim. Eu não deveria ir ao tribunal? Nós não deveríamos fazer isso na presença de um juiz? Quando ele nos perguntasse se era realmente isso que queríamos? Mas não era assim que estava acontecendo. Eu vi o advogado nos estender folhas distintas e eu gelei. Edward pareceu ler, minuciosamente ele analisava cada linha e mordia seus lábios. Então, ele levantou seus olhos na minha direção e eu congelei. Eu vi ali algum tipo de determinação que eu jamais havia visto nele. Eu o observei se inclinar, para apoiar na mesinha, enquanto sua elegante assinatura preenchia o lugar que o advogado indicou. Aquela assinatura que dizia que nosso casamento estava finalmente acabando.

— É a sua vez — Sua voz estava rouca, mais que o normal. E parecia amarga.

Eu peguei a caneta da sua mão e encarei aquele papel, que dizia em palavras que eu mal compreendia, que estava solteira. Eu olhei a assinatura dele e o lugar vazio ao lado, onde eu deveria assinar. Não sabia dizer porque tremia tanto enquanto escrevia: Isabella...

— Coloco o Cullen? — Perguntei, ainda confusa, enquanto o advogado assentia.

Isabella Mary Swan–Cullen.

Em seguida, outros papeis foram assinados, esses me deixaram realmente surpresa. Era um novo contrato de fidelidade. Que dizia claramente que eu não podia expor Edward ou nosso casamento, tão pouco a forma que ele fora arranjado. Eu suspirei, como se quisesse dizer para alguém que havia sido vendida a este homem. Eu apenas assinei, queria que tudo acabasse o mais rápido possível agora.

— Tudo certo... — Jenks disse quando conferiu os documentos — Em vinte dias uteis eu terei a certidão de divórcio e seus documentos atualizados, senhor Cullen.

— Obrigado, Jenks — Os dois apertaram a mão de uma maneira cordial. Jenks se despediu de mim com um sorriso, recolhendo seus papeis tão rapidamente que achei que ele fosse explodir.

Não disse adeus quando ele saiu.

— Você pode... Arrumar suas coisas, ou simplesmente levar o essencial e eu lhe entrego o resto depois. Entendo que queira ir o mais rápido possível.

Eu o encarei, sem ter realmente algo para dizer. Sentia minha cabeça pesar e meu coração acelerar. A sensação de estar livre estava percorrendo rapidamente meu corpo. Fazendo meu sangue ferver. Mas saber que eu teria que ir embora agora era tão arrasador como eu nunca imaginei que podia ser. Eu olhei aquele homem, com quem vivi por doze meses, e parecia inacreditável que eu tivesse que ir agora.

— Você já está me expulsando? — Eu tremi ao dizer, soltando uma risada oca.

— Não me entenda mal... — Ele suspirou — Só não quero te fazer ficar, quando claramente você quer ir.

Ele gemeu e levou sua mão até a garganta, revirando seus olhos.

— Você ainda não está bem. — Constatei.

Eu caminhei até ele, verificando sua temperatura. O corpo de Edward se contraiu e ele se afastou.

— Amidalite. Nada que não passe com antibióticos e descanso, Isabella.

— Você deveria chamar Tânia, creio que prefere os cuidados dela aos meus.

Eu disse tão baixo, fitei o chão e tentei ignorar a risada sarcástica que ele me deu.

— Estamos brigados. Provavelmente ela desejaria minha morte. Não se preocupe, Isabella, ficarei bem.

— Não seria o caso de irmos ao hospital, Edward? — Declarei preocupada. Ele me encarou — Eu vou ficar com você até que esteja bem.

Determinação soou, eu aguentei todos esses meses, eu aceitaria bem mais alguns dias.

Seus olhos entreabriram-se, surpresos. Chocado. Edward balbuciou, tentando dizer algo e suspirou, negando.

— Você não tem nenhum tipo de obrigação comigo. — Sua voz saiu tão baixa e ele encolheu os ombros. Parecendo um menino assustado.

— Eu sei — Admiti — Mais uns dias, e depois você não me verá mais.

— Poderia ter sido diferente... — De repente, seu tom mudou. Eu levantei minha cabeça para encara-lo — Se Tânia não existisse.

— Você acha mesmo? — Perguntei, ele assentiu rapidamente.

— Poderíamos ser como Alice e Jasper... — Sua melancolia me deixou angustiada. Eu respirei fundo.

Toquei seu ombro, e nos direcionei para as escadas. Nós a subimos em silêncio. Enquanto sua frase martelava em minha cabeça. Eu o ajudei a se deitar e o cobri. Ele ainda parecia esperar uma resposta, por isso segurou meu pulso quando tentei me afastar.

— Você nem ao menos tentou, Edward — Suspirei — Apenas descanse, está bem?


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Notas finais do capítulo

Não corrigi, então se tiver alguns nomes diferentes dos habituais, foi a minha pressa em postar e voltar ao trampo! Hahaha.