Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meninas!!!!!! Amo os comentários e prometo responder todos hoje!!! Finalmente um folguinha no final de semana. Leio todas as sugestões e queria adaptar para agradar vocês, mas seria impossível já que a fic está pronta ): massss MUITO OBRIGADA! Grata demais.



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Capítulo seis.

Café da manhã sem a presença de Isabella era algo extremamente desconfortável. Não ouvir sua voz me desejando bom dia ou bom trabalho também não me agradava. Sentir falta dela era algo pior ainda, por que eu tinha que sentir a falta dela?

Não demorei ali. Era muita solidão, se não tivesse o riso divertido de Isabella em alguns dos cômodos, imaginei como seria depois que nós nos separássemos. Lembrei-me de Tânia, eu me casaria com e logo a falta de Isabella seria preenchida pela presença de Tânia. Seus cabelos loiros esvoaçantes estariam pelos cômodos, assim eu poderia dormir e acordar todas as noites com ela como minha esposa, de fato.

Dirigi com cuidado para a empresa. Um pouco angustiado tentando adivinhar o que Isabella estava fazendo naquele momento. Qual motivo dela ter saído tão cedo de casa. Será que ela havia ouvido a discussão com Tânia? Decidi que não pensaria mais em Isabella, pelo menos por ora. Só queria que esses dois meses que restavam passassem depressa, e eu me visse livre dela. Queria fazê-la parar de sofrer. Eu só fazia mal para ela. Reconhecia isso. Como também reconhecia tudo que ela havia feito por mim. Todos os jantes que ela foi e agradou aos meus amigos. Todos os jantares que ela preparou e agradou os meus amigos. Por ter suportado a tia Esme, se afastou de sua família e mentiu para todos ao seu redor. Suportou todos os comentários e deboches sobre ela em revistas conceituadas ou de quinta categoria pelo país. Em público, ou longe dele, me tratava tão bem, como nunca havia sido. É a melhor esposa que um homem poderia sonhar em ter. O cara que a conquistasse, seria um grande filho da mãe sortudo.

Virgindade.

Imaginei como esse homem reagiria quando soubesse que ela estava intacta. Pura. Se todos os beijos que me aproveito em roubar, lhe tirasse a pureza, ela seria a mais suja de todas... Mas... São só beijos. Beijos que me deixa duro como uma pedra. Louco por ela.

Quando cheguei à empresa, me tranquei em minha sala e fiquei analisando relatório importantes. Depois do almoço, tive uma reunião de quase duas horas. Depois disso, voltei a me trancar. Precisava relaxar.

O sossego acabou quando com um telefonema descobri que Jasper estava aqui para me ver.

— Fala, cara — Cumprimentou-me com um aperto de mão. Jasper sentou-se no sofá, colando seus pés para cima.

— Que cara de bobo feliz é essa? — Perguntei.

— Vou ser papai! — Disse.

Eu o encarei, dando a volta pela mesa, pronto para abraça-lo. O parabenizei. Ele parecia realmente feliz... E eu não pude evitar a sensação que me corroeu. Algo como... Inveja.

— Isso é realmente muito bom, Jazz. Você é um homem de sorte.

— Sua esposa teve a mesma reação! — Já era de se esperar. Isabella é tão sonhadora...

Eu sei como ela queria que esse casamento desse certo. O de sua amiga, e o seu.

— Porque isto é ótimo. Tudo que queremos é ver vocês felizes — Disse, voltando a me sentar, Jasper também voltou ao sofá.

— Queria ver você feliz também, cara. Você acha que está fazendo uma boa escolha? Trocando o certo pelo duvidoso? Isabella por Tânia?

— Você me conhece há anos, Jazz. Sabe como meu romance com a Tânia também faz anos. Sabe que se não fosse os poréns, já estaríamos casados — Fui sincero, ele assentiu — Não tenho mais idade para brincar de casinha. Isabella ainda é muito jovem, tem uma vida toda pela frente, tão cheia de sonhos... Eu não posso foder ela assim.

Desabafei de certa forma. Por mais que já tivesse dito isso, nunca tinha sido em voz alta para alguém ouvir.

— Estar casada com você não é abrir mão de nada. Ela pode realizar tudo ao seu lado. O que ela deve querer? Alguns filhos? Faculdade? Alice também quer.

Ele diz como se tivesse cantando musicas de ninar para o seu filho.

— E você vai deixa-la fazer? — Estou surpreso.

— Depois que nosso filho nascer e tiver uma idade boa para ficar com uma baba, qual o problema nisso? Não vai fazê-la me amar menos. Pelo contrário... Eu tenho orgulho da minha mulher. Eu quero que ela seja inteligente. Eu quero poder dizer ao meus amigos que ela não é só uma garota bonita. E vazia.

Jasper tentou me persuadir. Fiquei quieto, imaginando como eu lidaria com isso se fosse Isabella. Eu odiava pensar que nesse momento havia alguém olhando para ela, falando, tocando... Eu nunca havia sido assim com Tânia. Ciúmes nunca tinha sido um problema. Ela não tinha sonhos audaciosos.

— Eu amo a Tânia — Argumentei.

Estava tentando convencer a mim mesmo.

— Tem certeza? — Meu amigo perguntou calmamente.

— Tenho!

— Então por que é tão doloroso dizer adeus a Isabella?

Não conseguia achar resposta para tal pergunta.

POV ISABELLA.

Depois de um grande dia movimentado com a melhor amiga do universo, nós almoçamos em um restaurante no centro da cidade e fizemos um passeio a um parque em Seattle, depois das compras e cinema. Respirar e sair sozinha era ótimo.

— Ah, desculpe-me, por favor — A voz me entorpeceu na saída do shopping. Tânia esbarrou em mim e derrubou várias bolsas que estavam em minhas mãos — Ora, ora, ora, Kate. Veja se não é a esposinha perfeita.

Ela disse após perceber quem eu era. Eu recolhi minhas sacolas rapidamente e a encarei.

— Senhora Cullen — Sua amiga debochou.

— Tânia — Disse quase inaudível.

— Aproveite bastante seu reinado, pois está quase ao fim — Ela mais uma vez atirou suas palavras sarcástica e sua amiga riu.

— Enquanto não chega, ela continua sendo a senhora Cullen, continua com o cartão de crédito ilimitado e continua sendo a esposa perfeita. Enquanto você não passa de uma amante, vadia. — Alice rosnou friamente para ela — E, por favor, não se aproxime de mulheres como nós. Infelizmente não existem vacinas para proteger contra vagabundas adulteras.

Dizendo em alto e bom som, Alice me puxou, algumas pessoas perceberam nosso impasse. Andamos mais rápido para a saída do local.

— Você não deveria ter feito isso, Allie. — A repreendi — Ela vai contar tudo ao Edward.

— Meu Deus, você ama esse homem e não faz nada por ele? Pare de agir como uma tonta, Isabella! Lute! Pare de se lamentar, coloque sua lingerie e seduza esse homem! Transe loucamente até o amanhecer!

Eu tentei dizer algo, mas não conseguiria, então cai na risada quando chegamos ao carro dela.

— Alice! — Disse de novo, encarando seu motorista, que fingia não entender.

— Faça o seguinte, quando ele vier colocar banca, você fala que é a esposa dele e merece respeito!

Eu assenti para ela, quando seu motorista me deixou na porta da minha casa.

— Tudo bem...

Eu me despedi, recolhendo minhas sacolas e corri para a entrada. Sorri para o segurança, que abriu o portão para mim, desejando boa tarde.

— Senhora Cullen, como vai? — Ele sorria tão grandiosamente, como se nunca tivesse me visto. Eu ri também.

— Muito bem e você? — E riu mais porque eu respondi.

Eu não ouvi muito bem a resposta, porque analisava o homem que me esperava ao longo, na porta de casa, com as mãos no bolso da sua calça social cinza. Provavelmente havia chegado a pouco do trabalho.

Sorri para ele, encarando a fonte no meio do nosso jardim de entrada, que jorrava água para o alto, e respingou em mim. Edward riu quando corri um pouquinho para fugir das gotas.

— Como foi o passeio? — Ele perguntou com um sorriso imenso, quando eu estava perto o suficiente para ouvi-lo.

— Bom! — Eu sorri. Ele tirou algumas bolsas da minha mão e sorriu também, dessa vez, olhando sob meu ombro. Então, inacreditavelmente, ele se inclinou e selou meus lábios. Por alguns segundos eu não entendi absolutamente nada.

— Tia Esme ligou para você. Pediu para retornar. Ah, alguém do bufett também. Algo sobre os doces da festa.

— Ah... — Disse completamente desconcertada, quando sabia que Edward estava mantendo o olhar para algo atrás de mim, no portão. Ele abriu espaço para que eu entrasse e eu me virei, fitando nosso segurança, que parecia constrangido. — Mais quem ligou?

Ele fechou a porta com força atrás de nós e parecia bem zangado.

— Tânia — Ele suspirou — Ela me disse algo que aconteceu hoje, mas quero ouvir de você.

— A encontrei na saída do shopping. Alice e ela se estranharam. Nada demais, coisa rápida. — Omiti e ele me encarou.

— Tânia lhe ofendeu? — Ele estava lendo minha mente. — Eu a conheço perfeitamente. É ciumenta. Dissimulada...

— Você não vai ficar falando da sua amante na frente da sua esposa, certo? — O cortei, Edward pareceu surpreso — Nada do que ela disser vai realmente me ofender. Eu não sou a vadia em questão. Prefiro ligar para tia Esme, que ouvir algo sobre personalidade de Tânia.

Resmunguei, pegando minhas sacolas da mão dele e rumando as escadas. Edward não disse nada, nem me interrompeu.

A FESTA.

Três dias se passaram como um flash diante dos meus olhos, como horas. Nesse exato momento, minha festa de dezoito anos está acontecendo no andar de baixo da minha casa. Meu aniversário não era exatamente hoje, na verdade, havia sido no dia anterior. Eu havia saído para janta com Edward e sabia que isso ia render algumas capas, pois estávamos no melhor restaurante da cidade. E ele estava sendo nada mais que um perfeito cavalheiro. Após o jantar, ele me levou para ver o mar. E eu entendi o jogo dele. Fazer dos dias da pobre esposa, os melhores, até ele se livrar dela. Como se não tivesse sido nada.

Encarei minha imagem imperfeita no espelho. Como ele podia ficar comigo? Quando a mulher que havia esbarrado em mim, dias atrás, parecia tão bonita? Naquele dia eu mal pude repará-la, estava nervosa com a situação. Mas depois eu repassei a imagem dela pessoalmente. Mesmo vendo-a em muitas capas, ela parecia muito mais bonita e artificial pessoalmente. Ela tinha peitos enormes, usava uma blusa decotada e jeans apertado. Era esse o tipo de mulher que agradava Edward?

Deixei de lado, tendo uma visão do meu vestido. Ele não era tão clássico quanto eu imaginei. Era bem claro, quase branco, mas tinha um tom meio encardido. Ele descia em várias cascatas, como babados, que enrolavam-se até o chão. Seu espartilho era apertado e modelava minha cintura e aumentava meus seios. Esse era o maior decote que eu já havia usado na minha vida. Eu podia ver meus peitos ressaltando sobre eles, ainda assim, não como os de Tânia. Deixei isso de lado, reparando meu cabelo. Era preso em coques, com muitos fios soltos, caindo em cachos. E uma tiara absolutamente linda estava ali. Era o meu presente de aniversário.

Eu peguei minha máscara, pronta para descer e encarar as pessoas. Minha família, que há tanto tempo eu não via. Meus antigos amigos, que com minha relutância foram convidados, os novos amigos, que fazia parte da minha atual realidade.

Segui pelo meu corredor vazio e silencioso, então amarrei minha mascara dourada, com algumas penas brancas e paralisei no alto da escada. Visualizei as pessoas espalhadas ali, quase pude apreciar a música. Elas riam e bebiam e eu só imaginei o quanto elas sujariam tudo. Eu parecia tão velha! Uma mulher de trinta, preocupada com sua casa, que uma adolescente de 18, que deveria estar tomando seu decimo quinto porre para comemorar.

Eu sorri, quando no final da escada, um homem muito bonito, que usava uma mascara também dourada, me esperava. Nada poderia fazer meu coração saltitar tão forte.

Eu desci calmamente. E deixe-me cair em seus braços apertos. Edward me abraçou e rodopiou, agora tínhamos a atenção de toda.

— Ficou a coisa mais linda... — Eu sussurrei para ele, percebendo a nossa decoração. Ele riu.

— Está parecendo uma criança deslumbrada, Bella.

— Ah, me desculpe por eu só ter dezoito anos e ser tão inexperiente para você, senhor meu marido — Eu disse, lhe arrancando mais risadas e dando um tapa em seu ombro, ele, porém, me arrastou para outro abraço.

— Parabéns, você é oficialmente maior hoje — Sorriu, dando-me um beijinho na ponta do nariz. Um flash nos atingiu e eu sorri largamente.

Então ele me soltou. E deixou que as coisas pessoas se aproximassem.

Eram tantas...

Tantos abraços e perguntas, e elogios, e presentes... E amigos. Que eu perdi Edward de vista. Eu até o procurei, mas a cada segundo eu era envolta por abraços diferentes, e arrastada por vários cantos da minha casa. Sendo obrigada a agradar aos meus amigos, aos de Edward e aos de nossos pais.

Distraída o suficiente, nem me liguei quando um braço me puxou para um abraço. Quando me soltou, estendeu um pacote em minha direção.

Jacob.

— Feliz aniversário, linda — Ele disse.

Agradeci algumas vezes, atrás dele estava tia Esme, que dizia coisas clichês e falsas. Apenas sorri, pegando a pequena caixinha que ela me direcionou.

— Dança comigo? — Jacob sussurrou ao me ouvido. E eu não sabia qual era o seu problema, mas adorava provocar.

— Não se lembra da última vez? Meu marido quase quebrou seus dentes — Lembrei, ele riu.

— Eu luto bem, Isabella.

— Seu sendo de humor é ótimo. — Eu disse, deixando os presentes em uma mesa.

— Atrapalho? — Como se notasse o perigo, a voz de Edward apareceu, nos interrompendo.

— Na verdade, sim — Jacob disse, soltando uma risada. O clima tenso estava formado — Quanto tempo para o divorcio agora?

— Por que o interesse? — Edward perguntou alterando o seu humor. Meu Eddie feliz e alegre tinha ido embora.

— Quero ser o primeiro da fila a futuros marido, Edward! — Ele falou em tom de brincadeira, mas estava bem sério — Ou você acha que a adorável Isabella ficará sozinha por muito tempo?

— Ela. É. Minha! — Pausadamente, Edward acrescentou — Durante os dois meses que nos resta, ela é minha. Fique longe da minha esposa, Jacob.

Edward falou ameaçadoramente e me arrastou para longe. Eu sorri de lado, na verdade, eu estava começando a me acostumar e gostar daquele jeito possessivo dele. Da forma mais disturbada de sentir ciúmes.

— Fique longe dele, Isabella, por favor — Ele pediu em um tom mais calmo.

Eu sorri, passando meus braços por seus ombros. Aproveitando-me do momento. Aproveitando a música que estava tocando.

— Dance comigo, marido? — Perguntei sorrindo e o fazendo sorrir.

Nós dançamos juntos. Abraçados e em silêncio.

Depois de um tempo você se acostuma tanto a ficar tão perto de alguém, que pensar em ficar longe é terrível. Não sei quando aconteceu, mas estar perto de Edward se transformou em algo tranquilo. Algo bom. Que me trazia paz e aquietava as duvidas. Talvez fosse pela distancia da amante. Ou por ele sempre estar presente do café da manhã, mesmo passando as noites fora. Se não fosse um simples fato de ser tratada como uma “amiga”, seria um casamento, de fato.

— Isabella? — Aquela voz...

Era como música para os ouvidos. Eu soltei Edward, realmente confusa por ouvir. Eu encarei aquele homem parado na minha frente e visualizei bem. Como posso descrever James Hunter? Ele era o pedaço de mau caminho da escola. O mais popular e bonito. E ele foi o meu namorado no ensino médio. O único na minha vida. O único que amei, inclusive, até Edward sabia dele. Pois não tinha um detalhe do meu passado que ele não soubesse.

— James? — Eu perguntei incrédula.

James havia se mudado para a Alemanha logo após eu ter anunciado meu noivado. Eu pulei em seu pescoço, sem conter o entusiasmo. Sua visita. No dia do meu aniversário. Seria possível que todo aquele sentimento oculto, que eu achei que tivesse acabo, retornar como um passe de mágica após o garoto sorrir para mim?


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Notas finais do capítulo

Quem diabos é James? Hahahaha