Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde. Finalmente sexta!!!!!!! Temos POV do Edward e sua mente doentia.



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Capítulo quatro.

POV Edward.

Não acreditei nas palavras proferidas por Isabella naquela manhã. Ela realmente insinuou que poderia se ver livre de mim? E pior, porque essas palavras me perturbarão tanto? Senti como se tivesse perdendo algo dentro de mim. Como um órgão vital. A sensação era a pior do mundo, e eu logo estava condenando-a e a afastando fortemente. Eu deveria comemorar. Saltos de alegria, mas algo mudou. Algo mudou quando a vi vestida daquele jeito. Aquele vestido marcando sua cintura fina e acentuando a curva dos seus seios. Deixando suas pernas torneadas, e sedosas. Nunca imaginei que um dia pudesse deseja-la daquela forma. Tão... Loucamente. Ela era só negócio. Um dos melhores que eu já havia feito, ainda assim... Negócios. Eu ainda podia sentir o jeito como ela se encaixara nos meus braços... Como se fosse feita para estar ali.

Mas Tânia não havia tinha gostado nada desse casamento. Eu poderia ter ficado com a mulher que eu amava e desejava, ansiava ter todas as noites aquecendo minha cama, mas então... Isabella surgiu. E meu ódio por ela surgiu em seguida. Tive que me casar com ela, por ser alguém que meu pai aprovava. Fina, com um sobrenome imponente. Da alta sociedade. Uma “mulher” digna para estar ao meu lado. Para ser conhecida como minha esposa. Então eu fiz, eu a comprei e tornei minha, com uma cláusula importante no contrato: só iria me livrar dela se me devolvessem duas vezes o valor que eu havia pago. Sabendo que era impossível, ela seria minha para sempre.

Agora as palavras infelizes dela não saiam da minha cabeça. Aquele tom cínico, que nunca havia visto usar, e aquele maldito vestido preto não saiam da minha cabeça. Eu tentei imaginá-la com uma de suas roupas habituais. Tentei visualizá-la como a garotinha doce e obediente que ela costumava ser, e focar Tânia como meu símbolo sexual, a mulher que eu realmente desejava com todas as forças que julgava ter... Mas o cheiro delas não combinavam. A roupa não combinava. E, naquele momento, minha mulher parecia ser mais convidativa.

Mais alguns meses, pensei... Mais alguns meses e poderia me ver livre dela. Eu havia prometido para Tânia. Logo em seguida, eu me casaria e a tornaria minha esposa. A mulher mais poderosa que esta cidade já viu. Teria minha paz de volta. A paz que Isabella tirou.

— Você está ok, cara? — Jasper perguntou.

Eu estava deitado na cama. Minha cabeça parecia explodir, uma colisão de sentimentos estava prestes a aflorar.

— Não — Apenas disse.

— Não sei nem o que dizer... Eu nunca a tinha visto daquele jeito — Jasper iniciou sem jeito — Mas você sabe que ela tem razão, não é? — Assenti — Sobre Tânia, o que fará?

— Tânia... Tânia... Tânia... Eu não sei. Não quero me separar de Isabella. Quer dizer, não posso me separar antes de completarmos um ano, esqueceu?

— Seus pais pegaram pesado ao deixar isso especifico no testamento — Jasper comentou — Tânia está furiosa com você. Por não estar o final de semana com ela, no mínimo.

Eu suspirei. Meus pais... O maldito testamento. Tudo aquilo fora feito para que eu tivesse envolvido com a diaba que chamo de esposa.

— Tenho que estar de olho em Isabella. Ela se atreveu em ir para casa dos pais, ela me ameaçou. Tenho que manter minha atenção nela.

Disse realmente preocupado. Não queria dar espaço para ela sair novamente. Se ela cumprisse o que ameaçou e se envolvesse com outro homem, que pagasse por ela, iria embora e eu nunca mais a veria novamente.

— Tânia esperará os meses restantes para o divórcio — Decidi, Jasper me encarou, tentando compreender-me.

— Você realmente fará isso com Isabella? Você não tem pena? Ela já come o pão que o diabo amassou em suas mãos. Sabe, deixa-la pode arruiná-la.

Eu sorri com aquilo. Sorri com a possibilidade dela nunca mais casar-se, Jasper entendeu meu sorriso e fechou a cara. Ela era minha, durasse o tempo que durasse, minha.

— Você não tem coração, Edward. — Ele finalizou. Dando nosso assunto por encerrado.

Minha.

POV ISABELLA.

Um mês depois.

Um turbulento mês fora. Edward me isolou em nossa casa na Suécia. É uma chacará, e ela fica em um ponto entre o fim do mundo e o inferno. O lugar é miseravelmente frio e sem acesso a estradas. Longe de tudo. Eu passei um frio de privações. Sem contato com o mundo, apenas em torno de bezerros e galinhas. Numa maldita fazenda, na Suécia. E só estava retornando graças ao casamento de Jasper e Alice. Edward me tirara até o prazer de ser a madrinha, impondo a distância.

Um mês longe do mundo... Longe de tudo. Sem ao menos televisão para distrair a mente. Eu estava diferente. Algo no meu interior havia mudado. Minha mente também. Apesar de ser tão difícil estar longe, teria sido muito pior ficar perto. Eu precisava de um tempo longe dele e de... Tânia.

Um mês... Ele deveria estar muito feliz ao lado dela. Enquanto eu me sacrificava por esta felicidade. Meu coração estava tão frio quanto ao clima da Suécia. A dor me consumia a cada minuto da minha vida, enquanto eu caminhava pelo aeroporto. Ao longe, avistei George, junto com Thomé. Edward não tivera a sensibilidade de aparecer ali. E isso, pela primeira vez, não me incomodou.

Quando eu cheguei em casa, algum tempo depois, tudo parecia estar normal. Eu suspirei de prazer pela casa quentinha e aconchegante. Diferente do frio que eu estava sendo imposta.

Suspirei fundo, olhando no relógio e calculando o tempo para o casamento. Pouco mais de meia hora, era o tempo que eu tinha para me arrumar.

— Os melhores amigos da beleza vieram cuidar de você — George disse atenciosamente. Eu sorri para ele. Havia sentido tanta falta. Prometi a mim mesma que passaria mais tempo com ele.

Eu observei meu cabeleireiro e o maquiador. E sorri grata por ele ter pensando nisso. Corri para o banho, quando George me garantiu que tudo me esperaria. Vestido, sapato, maquiagem, cabelo. Quando eu retornei ao quarto e encontrei o vestido cor de vinho em cima da cama, suspirei. Era longo e de cetim. Parecia ter uma fenda na altura do joelho e um longo decote em V. Em segundos, eu estava dentro dele, abrindo a porta e deixando que homens e mulheres me ajudavam a ajustá-lo.

Eu tinha cabelo e maquiagem pronta em um tempo muito curto. Eles eram realmente bons. Eu terminei a produção com um colar de diamantes, que ganhara quando me casei. Meu pai havia me dado. E eu jurei a mim mesmo nunca usá-lo. Mas hoje, eu pretendia fazer coisas que jurei nunca fazer. Então, coloquei os brincos que acompanhava e peguei pela bolsa na cama.

Fitei a mulher diferente no espelho e senti a distancia entre eu e ela. Fechei meus olhos e adicionei um pouco mais de perfume antes de descer.

Por um segundo, eu não acreditei no que acontecia. Aos pés da escada Edward me direcionava um olhar, sem dizer nada. Dos seus lábios levemente entreabertos, brotou um sorriso e sua mão fora estendida na minha direção. Ele me olhava atentamente de cima a baixo. Quando perto, segurei sua mão. Eu tremi com o impacto. A minha estava completamente gelada, e a dele, parecia pegar fogo.

Ele estava muito elegante. Seu smoking perfeitamente ajustado em seu corpo. Cabelos arrumados, finalmente. Diferente de como costumavam andar, sempre despojados e bagunçados. Agora ele parecia um pouco mais sério, com os cabelos no lugar. Sem aquele ar despretensioso e jovem. Ele tinha cara de homem. Principalmente com a sua barba rala, bem aparada e feita. Ele estava a imagem do pecado. E da perfeição.

— Isabella? — Sem saber o que dizer, ele me chamou — Você está... Pronta?

Não era isso que eu esperava ouvir. Olhei a mim mesma, então pensei no que faltava. Ele não percebia que eu estava pronta? O meu vestido não era bom o suficiente? Eu já estava esperando sua provocação. Preparada para ele caçoar, mas então, ele só abriu aquele sorriso novamente e eu assenti.

Ele me levou para a saída, Thomé dirigiria esta noite. Provavelmente Edward iria se embebedar.

Quando chegamos, a cerimonia já havia acabado. Fomos direto para a recepção, onde seria feita em um dos salões do maior hotel de Seattle. Empire Center.

Nós adentramos o local num perfeito silêncio, e percebemos os olhares, eu sorri. Eu queria tocar em todas aquelas pessoas. Me sentia como uma criança. Eu estava a tanto tempo sem ver pessoas, que agora vê-las parecia tão empolgante.

Eu sorri quando notei Jacob Black. E um sorriso de satisfação viera dos lábios dele, quando me notou. Ele estava acompanhado de alguns amigos. Estava dizendo algo, mas se deteve quando eu lhe sorri cordialmente, e ele retribuiu. Abaixei meu olhar por alguns segundos, soltando uma risada e levantei, percebendo que ele ainda me olhava. Sabia que corava. Mas fiquei rígida quando o homem que segurava minha cintura pigarreou.

Nós nos sentamos em uma mesa vazia, e garçons passaram por nós servindo bebidas. Edward pegou um uísque para ele e champanhe para mim.

Ao longo, avisei-te Alice. Ela estava perto da mesa, onde sua decoração esbanjava glamour. Encarei seu vestido e sorri encantada, parecia uma princesa. Ela posava para uma foto, abraçada a Jasper.

— Parecem felizes — Edward comentou.

— Eles parecem. Espero que realmente estejam — Eu estava um pouco melancólica ao fazer esse comentário, Edward percebeu.

— Eu acho que estão. Eles são diferentes. Eles se amam — Ele voltou a falar segundos depois.

— Pois bem, Alice merece isso.

Ninguém disse mais nada. Eu me dediquei a experimentar um pouco de cada coisa, enquanto o número de copos de Edward só aumentavam na mesa. Nós não conversávamos, só cumprimentávamos algumas pessoas que passavam por nós, mas se quer nos dávamos o trabalho de levantar.

Sem saber quanto tempo havia ficado naquela posição, encarei Edward quando uma música começou a tocar e as pessoas se encaminhavam para uma pista de dança. Ao contrário do que pensei, a música fazia mais o estilo de Alice, que de Jasper. Era jovem e animada.

De longe, vi o casal de noivos se aproximarem de nós. Nos levantamos para abraça-los. E eu não consegui controlar minhas pernas e corri para ela, prendendo-a num abraço apertado.

— Você está incrível! — Praticamente gritei. Estava morrendo de orgulho.

— Você também! Pelo visto a viagem te fez bem, você está linda, Bella — Ela gritou e eu sorri, ela parecia bem feliz. Realmente feliz. Não era fingimento.

Jasper riu, e Edward também. Eu olhei encantada. Era tão raro um sorriso dele.

— Bella está mesmo linda. Primeiro aquele vestido curto e agora esse? Bom... Eu acho que alguém aqui esconde o jogo, amigo — Jasper brincou, me fazendo corar — Vocês se acertaram?

A pergunta nos fez ficar em silêncio. Edward sorriu e agradecemos aos céus quando outras pessoas se aproximaram. Jacob fazia parte delas. Começaram a cumprimentar Jasper e Alice, Edward agarrou minha cintura e me puxou para um abraço, logo depois Jacob estendeu sua mão para Edward, que a apertou contra vontade, e depois, fora estendida mim. Ele depositou um beijo cálido e demorado.

As mãos possessivas de Edward se intensificaram em minha cintura.

— Nós vamos dançar, Jasper. Depois nos falamos — Edward rosnou em direção ao amigo, tirando-me de perto de Jacob.

Nós entramos na pista de dança, nos misturando com as pessoas ali, e então o ritmo mudou e para minha decepção era uma balada romântica. Vi até os noivos gritarem animados, se aproximando para dançarem juntinhos.

Edward me puxou para si, minhas mãos depositaram em sua nuca e as suas continuaram possessivas em minha cintura. Nós rodamos no ritmo da musica. E até que ficou divertido.

Escondi meu rosto no pescoço dele, aproveitando para sentir seu cheiro. Eu não tinha percebido até então, mas eu realmente senti falta daquilo... Por alguns segundos, pensei estar sonhando. Aquele momento era como um de muitos que eu já havia imaginado. Principalmente no último mês.

Imaginei que minha vida pudesse ser diferente se não existisse um contrato. Se não existisse Tânia. E só existisse Edward e eu. Mal percebi quando a música acabou e ele delicadamente me puxou para fora da posta de dança. Nós ficamos em um canto. Sua feição confusa demais e o ritmo havia mudado novamente, uma música eletrônica tocava agora. Alice, que deixou a pista de dança, passou ao meu lado, arrastando-me para o meio. Edward deixou que eu me afastasse. Eu dancei com minha amiga.

— Eu senti sua falta! — Ela gritou.

— Eu também.

As músicas foram trocando e eu perdi as contas de quantas dançaram. Até perceber mãos envolvendo meu ombro e boa parte da minha cintura.

— Você dança bem... — Uma voz sussurrou. Não era Edward, para o meu azar. Era outro homem.

Jacob.

— Melhor se afastar um pouco — Tentei dizer o mais alto possível. Ele sorriu, seus lábios continuaram colados no meu ouvido.

— Por quê? — Ele disse maliciosamente.

— Meu marido. Não vai gostar — Eu disse, desfazendo a aproximação.

Pessoas ao nosso redor percebia. Jacob se aproximou de novo.

— Acho que seu marido não se importa. Acabei de vê-lo com uma loira, a qual ele esteve muitas vezes no último mês. Por favor, Isabella, eu sei que seu casamento é um contrato — Jacob disse sorrindo.

Ele enlaçou suas mãos na minha cintura, me puxando para dançar. Um nó engasgou em minha garganta. Tânia estava aqui? Não podia ser... Não podia.

— O seu é real — Eu disse para Jacob, colocando minha mão em seu ombro.

— Como você anda desatualizada, Isabella. Me divorciei há duas semanas — Ele voltou a sorrir.

Eu continuei dançando, dessa vez sem conversas paralelas. Apenas respirações entrecortadas no meu ouvido e alguns beijos, que deixava-me um pouco arrepiada. Imaginei o que as pessoas pensavam quando nos via dançar dessa forma. Um casal? Parecíamos um casal normal? Por um segundo imaginei se Jacob poderia me livrar da vida que eu vivia.

— O que te prende nesse casamento?

Dessa vez a pergunta viera sem malicia alguma. Mas antes que eu pudesse responder, outras mãos envolveram minha cintura fortemente, puxando-me contra um corpo másculo. E outra respiração fora substituída em meu ouvido. Outra voz os inundou, e essa parecia extremamente irritada.

— O que pensa que está fazendo?


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Notas finais do capítulo

Preciso agradecer pelos comentários e a forma como vocês estão abraçando a fic, estou MEGA feliz e não há palavras para descrever! Gratidão