Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu simplesmente A-M-O quando chego aqui e tem um monte de comentários pra ler! Nada me deixa mais feliz, gratidão eterna



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Capítulos dois.

Após um banho quente, sentia-me totalmente dispersa. Recupera do chorume da noite anterior entrei em um vestido simples. Ele era no mesmo tom do antigo, que havia ido para o lixo ontem, mas diferente, tinha um cumprimento menor e alças finas. Típico para um dia de verão.

Quando cheguei à sala, para o café da manhã, Edward estava à mesa. Meu coração ficou angustiado ao lembrar que era sexta-feira e ele só voltaria para casa na segunda.

— Dia — Disse quando me sentei.

— Dia — Ele repetiu — Sairemos com Jasper e Alice hoje.

Eu percebi quando ele colocou seu guardanapo sobre a mesa e me encarou. Parecia tão irritado como ontem.

— Onde vamos? — Eu perguntei completamente surpresa com a noticia.

— A uma boate. Cuidado ao se vestir. Não use rosa, se não quiser parecer ridícula.

Suas duras palavras me atacaram. Ele não se despediu quando virou as costas e andou para a sala de estar. Provavelmente saindo de casa. Eu já deveria estar acostumada, mas mesmo após cinco meses, aquilo parecia ser demais para mim.

Eu era boa para ele, não era? Eu me dedicava àquele homem. Eu faria qualquer coisa que ele me pedisse e iria a qualquer lugar. Me sacrificando, e sacrificando meus valores. Sendo uma boa e fiel esposa, afinal. Mas para ele aquilo não valia de nada. Ele tinha me comprado. Aquelas malditas palavras ecoaram fortemente em minha mente: dinheiro, venda, compra = Isabella. Eu era um negócio rápido. Sem sentimentos. Apego. Apenas negócios.

Meu estomago embrulhou e eu perdi a fome.

Me levantei, resolvendo andar pelo jardim. Um pouco de ar puro me faria pensar melhor na vida que eu poderia estar tendo. Talvez com um marido que me amasse, que chegasse em casa com flores e pronto para me beijar. Ou até mesmo, estar na faculdade. Se eu pudesse simplesmente trocar tudo que tinha por um pouco de paz... Mas nem isso.

Deitei-me numa espreguiçadeira perto da piscina. O sol estava fraco, porém uma brisa refrescante surgia do sul, trazendo o cheiro da campina. Era uma vista perfeita para uma vida imperfeita.

Se ele simplesmente tornasse nossa convivência mais suportável... Como Jasper fazia com Alice. A situação deles era semelhante. Mas Jasper a tratava bem. Não só na frente de pessoas que pudesse comprometê-los, mas quando estavam sozinhos também. Sendo um casamento arranjado, eles mais pareciam um casal bem comum. Por que eu não podia ter dado essa sorte? Jasper é um excelente homem. Centrado, educado e divertido. Tenho certeza que seu casamento com Alice será agradável e fácil... Feliz. Um casamento de verdade. Qual mulher não se apaixonaria por ele? Somente Alice... Em sua situação louca. Como ela era tola!

Eu vi o tempo passar lentamente e a hora do almoço chegar. Depois o chá da tarde, assim como jantar. Edward nunca havia demorado tanto tempo para voltar para casa. Por volta das noites, já tinha cansado de esperar e decidi ir para o banho. Tentando estar pronta para quando ele chegasse.

Após o banho, com a toalha enrolada na cabeça e outra no corpo, fui à caça de uma roupa. Com tanto tempo livre, por que diabos não tinha planejado aquilo como sempre fazia?

No fundo do closet, alcancei um vestido curto e suspirei. Havia ganhado de presente de Alice! Aquilo só podia ser invenção dela. Ele tinha detalhes em tachinhas em sua alça e parecia ser bem justo. Eu estiquei o vestido na frente do meu corpo e suspirei ao me imaginar naquela pensa. Renée surtaria se me visse vestindo algo assim. Era vulgar. E dizia claramente que era algo que eu certamente não sou e nunca serei: sensual.

Definitivamente não era meu tipo de roupa. Suspirei fundo, lembrando da insinuação de Edward no café da manhã, isso simplesmente me dera força e coragem para usar a peça. Eu busquei uma calcinha de renda preta, acompanhada de um sutiã. Vesti-me e tirei a toalha do cabelo. Quando me encarei no espelho, mordi o lábio, vendo o quanto de perna tinha de fora. Eu era baixinha e magrela. Mas aquele vestido me fez ter longas pernas e eu ri com isso.

Ignorei.

Sequei o cabelo e tentei fazer algum formato com o secador, o que ficou realmente bom. Então eu fui para o segundo passo. Enquanto colocava meu relógio e anéis, pensando na maquiagem. Coloquei brincos grandes, ao qual eu nunca estava habituada a usar. Zircônias negras enfeitavam a joia, que ficou bem em mim. Eu complementei com a maquiagem que imaginei em minha mente. Um preto marcante. Nada de blush, e um batom... Diferente. Ao contrário do meu rosa cintilante, um batom vermelho fosco pintou meus lábios e eu suspirei. Odiando o que via no espelho.

Eu ouvi um barulho vir do andar de baixo e mordi os lábios, tensa. Corri para pegar as sandálias de salto pretas. E a pequena bolsa carteira. Borrifei um pouco mais de perfume, antes de andar disparada para o andar de baixo.

— Senhora... Eu... — O homem ficou sem palavras quando me observava. Por mais que George fosse visivelmente gay, seus olhos prendiam sobre minhas pernas — Eu estava subindo para avisá-la...

— Me avisar? — Questionei.

— Senhor Cullen ligou... — Ele parou, dando-me outra olhada e baixou sua cabeça — Ele avisou que iria sozinho ao evento de hoje.

Ele o quê? Perguntei a mim mesma, enquanto esperava por mais informação. Não viera, então eu só encarei George e pensei no quão estupida eu era. Eu tinha encontrado esse vestido no fundo do closet! Eu estava dentro dele, me sentindo uma vagabunda de quinta, tudo para agradá-lo, visto que minhas roupas o envergonhavam... E ele não viria. E nem se quer se deu ao trabalho de avisar diretamente para mim!

Eu avancei para o telefone na mesa no centro da sala de estar. Eu disquei o número do celular de Edward. Eu estava tão brava... Tão... mas ele não atendia. E quando mais eu insistia, mais era em vão. Mas na sétima tentativa, ele atendeu.

— Onde você está? — Eu rosnei. Nem acreditando no meu tom. Ouvi a música alta do outro lado da linha. E alguns gemidos.

— Você está me atrapalhando, caralho! — Ele rosnou.

Meus olhos queimaram.

— Estou indo para casa dos meus pais. Eu só volto amanhã. — Disse, após desligar na casa dele.

Eu não pensei duas vezes. Eu fiz meu caminho para a saída, gritando pelo meu motorista. Ele assustou-se, mas retirou o carro quando ordenei. Eu entrei, segurando meu choro e disse meu caminho para ele. E deixei que o silêncio esmagador beirasse entre nós dois.

Thomé me deixou em frente ao meu prédio. Minha antiga casa.

— Você pode voltar — Disse. Ele assentiu.

Eu desci do carro e caminhei para o hall de entrada. Ouvindo o barulho agonizante do meu salto e sentindo o vento gelado bater na minha perna. Um sentimento de nostalgia me bateu quando finalmente entrei no local. Eu sorri para meu porteiro e chamei o elevador, enquanto prendia mais uma vez o choro insistente.

Quando saí da caixa de aço, andei pelo curto corredor e toquei a campainha. Uma, duas, três vezes. Até que meu pai atendesse a porta. A confusão no seu rosto era nítida. Ele provavelmente havia saído da cama, despertando de seu sono.

— O que aconteceu, Isabella? — A voz da minha mãe logo surgiu, atrás dele. Severa me acordando do transe.

— Nada — Eu murmurei enquanto meu pai me puxava, fechando a porta.

Eu andei rumo ao segundo andar, sem dar atenção ao interrogatório que eles faziam. Agora eu podia finalmente sentir meu rosto molhar. Quando eu me tranquei em meu quarto, finalmente chorei.

Tudo estava igual. Perfeito. Do jeito que eu havia deixado, há seis meses praticamente. Coloquei lentamente minha bolsa em cima da penteadeira e me desfiz dos saltos. Corri para cama, me enrolando no meu lençol que cheirava a sabão e amaciante. Fechei meus olhos e quis que um sono profundo me atingisse, mas pelo contrário, o sono era a última coisa que apareceria. Havia me deixado sem aviso prévio. Eu apenas encarei o relógio da parede e vi a hora passar...

Meia noite.

Uma hora.

Uma e quarenta...

Ouvi um toque, de inicio me assustei com o barulho que quebrava meu silêncio, mas logo levantei, correndo para minha bolsa e alcançando o celular.

— Avonde você está? — A voz era feminina do outro lado — Seu marido está com outra mulher aqui. Eu só topei essa comemoração idiota de casamento por sua causa, para você sair de casa. Imagine minha surpresa quando Edward surge com uma vadia chamada Tânia. O que houve? — Alice disparou sem entender, ela parecia brava. E a música abafada.

— Na casa dos meus pais. Ele não quis me levar. Sair com essa vadia certamente é mais interessante — Respondi, sentindo a ardência nos olhos retornar.

E lá estava eu, outra vez, chorando por causa do idiota.

— Ai amiga, sinto muito. Provavelmente amanhã ele e a mulher estarão em capas de revista — Eu chorei silenciosamente — Ai amiga... Você gosta dele, não é?

— Não! — Gritei em resposta.

— Então por que está chorando?

— Você não tem noção do que eu vivo, Alice. Amanhã todas as revistas estarão zombando de mim, mais uma vez. Você entende isso? Eu preciso dormir, Alice — Eu disse, e sem esperar resposta desliguei.

Voltei para cama e olhei o relógio. Continuando a fitar a horas.

Duas...

Três...

Quatro...

Cinco...

Seis...

Sete...

Oito...

Toc-toc-toc.

As batidas me assustaram, como o celular fizera. Eu deitei rapidamente, virando-me de costas para a porta, e soube que a mesma fora aberta.

— Ela chegou ontem e veio direto para cá — Meu pai. Ele disse baixo, mas eu pude ouvir — Acho que ela estava triste. Não é melhor deixa-la dormir?

Ouvi alguém pigarrear e fiquei tensa. Fechei meus olhos e esperei uma resposta.

— Eu vou leva-la para casa, Charlie — A voz era dura... Como uma rocha — De onde ela não deveria ter saído nunca. Não sem minha permissão. Eu peço para ela ligar mais tarde, se assim for melhor para você.

Eu ouvi seus passos e de repente, mãos atingiram meu corpo. Edward me suspendeu, e eu fiquei completamente surpresa de como cabia perfeitamente em seu abraço. Ele cheirava bem, provavelmente tinha acabado de tomar banho. O cheiro da sua loção pós-barba era muito atraente. Eu me aconcheguei em seu pescoço e suspirei.

— Eu sei que você está acordada — Ele sussurrou para mim — Mas continue fingindo dormir. É melhor para você.

Fiquei imóvel, sem se quer respirar. O caminho até o carro fora rápido, ele me deixou delicadamente no banco de trás, deitada e dirigiu calmamente para casa.

Eu senti seus braços em torno de mim novamente, mas dessa vez, parecia estar mesmo em um sono, não consegui abrir meus olhos, quando ele me carregava para dentro.

— Ah meu Deus, o que houve com ela? — Ouvi alguém perguntar.

Edward provavelmente me deixou no sofá. Tentei abrir os olhos novamente, sem sucesso.

— Bêbada de sono, Alice — Resmungou ele.

— Por que ela está com... Esse vestido? — Era um homem que dizia. Jasper.

— Por que ela estava pronta para ir conosco. Mas... Seu amigo preferiu levar aquela vagabunda ao invés de Bella — Então eu consegui abrir os olhos, finalmente.

A claridade me afetou um pouco. Minha sala era realmente clara. Toda em tons de cinza e bege.

— Olha como você fala da...-

— Ouça-me bem, eu não tenho medo de você Edward Cullen! E quer saber? Eu daria todo meu dinheiro para vê-la longe de você e desse seu mal caráter! — Alice crispou contra ele e eu senti minha cabeça doer. Me sentei tão rapidamente, tentando dizer algo, mas ela me impediu e Edward estava tão quieto — E eu sabia que esse vestido te deixaria um tesão!


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Notas finais do capítulo

E sobre esse capítulo, hein? Só eu amo/odeio Edward na mesma frequência?