Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Cheguei, chegueeeei, chegueeei.



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Capítulo quatorze

Fazia sol. O dia estava bonito e o céu nunca esteve tão azul. Eu observei o enorme jardim ao meu redor, e encarei os brinquedos de madeiras para crianças. Fitei especialmente a menininha de cabelos negros que se balançava ali. E ao longo, a morena que sorria para mim e acenava. Aliás, as duas acenavam, enquanto a maior empurrava a menininha em seu balanço.

De repente, elas pareciam tão perto. Eu podia fitar o rosa no vestido a menina. Sua pequena franja que cobria sua testa. Seu sorriso banguela, enquanto ela insistia em sorrir, tirando meu ar. Ela parecia tão familiar. Mas eu não a conhecia. Eu conhecia a mulher que usava um vestido azul claro, e tinha os cabelos do mesmo tom da menina, ela também sorria do mesmo modo. Isabella estava deslumbrante, com o sol exibindo toda sua glória sobre ela. Então eu comecei a andar para elas. Eu precisava chegar até elas.

Eu tive minha visão borrada quando o sol refletiu em algo que estava em Isabella. Logo eu pude fitar a grossa aliança em seu dedo esquerdo. Então... Ela estava casada? Algo quebrou em meu coração, enquanto eu continuava a andar, mas nunca conseguindo me aproximar de fato.

Seu sorriso continuava na minha direção. E a criança imitava seu gesto. E quando mais perto eu chegava, mas percebia a semelhança entre Isabella e ela. As duas pareciam uma só. A menina, porém, exibia lindos olhos verdes. Como os de minha mãe. Fora isso, ela parecia uma linda miniatura de Isabella. E cada vez eu me sentia deslocado, como se não encaixasse no cenário. Com quem elas estavam ali?

Agora eu estava cerca de cinco passos de distancia das duas. Pronto para esclarecer minhas duvidas, mas o sorriso no rosto de Isabella sumiu. Ela parecia intrigada. E eu sabia que meu rosto não tinha nenhuma reação. Eu ainda continuei fascinado por sua beleza. Ela estava diferente, de todo modo, parecia bem mais velha. E suave. Madura, na verdade. Eu reparei em seu corpo, que tinham curvas que não tinham antes. Ela estava um pouco mais cheia. Seus seios estavam maiores. E o contorno do seu rosto mais firme. O modelo de seu cabelo diferente. E a determinação em seus olhos mais gélidos.

Então eu revezei meus olhos na criança. Quantos anos ela parecia ter? Cinco? Agora ela também não sorria. Isabella havia parado de balança-la, e a menina parecia profundamente chateada com isso.

— Mamãe — Ela reclamou — O papai está bem?

Eu fiquei realmente surpreso, quando ela revezou seu olhar com o de Isabella, e então fitou a mim. Eu olhei para trás, pronto para encarar o homem que as tinha roubado e mim, mas nós estávamos sozinhos no lugar.

— Eu não sei, querida — Isabella respondeu. Passando a mão por seu vestido e completando os passos que faltavam até a mim — Você está bem, meu amor? Você está tão pálido. Acho que pegou sol demais. — Ela me disse calmamente. Colocou sua mão esquerda sobre meu peito, e então eu tive o vislumbre de sua aliança. E eu conhecia aquele anel...

Ela segurou minha mão. Minha mão esquerda, e ali eu pude ver um anel similar ao dela.

— Por Deus, Edward, diga algo! Estou ficando preocupada! — Declarou impaciente.

Mas eu ainda estava assustado. Eu... O marido? O pai? Aquela era a minha vida? A minha filha? Ninguém havia as tomado de mim? Sim. Sim, eram minhas.

Eu cerquei meus braços em torno dela, agarrando-a mim. Desesperado. Minha. Era minha.

Logo a pequena menina no balanço, desceu, e correu com seus sapatinhos brancos para nós.

— Papai! Papai! Eu também quero o abraço! — Ela grunhiu enciumada. E eu sorri, visivelmente emocionado. Ela se jogou em meus braços, quando eu deixei sua mãe, e nada parecia melhor que aquilo. E nem mais certo — Eu te amo!

Era incrível. Eu ouvi o pequeno ser declarar seu amor. E aquilo havia sido incrível.

— Eu também amo você —E a sinceridade da reciproca havia me surpreendido.

Eu ouvi Bella rir, abraçando-se a mim e beijando a bochecha da menina em meus braços.

— E eu amo vocês dois. Para sempre — Ela sussurrou.

TRIM. TRIM. TRIM.

Abri os olhos, sem ar, encarando o emaranhado de lençóis ao meu redor. A mulher que estava ali desligou o despertador com agilidade, voltando a dormir. Ela não era Isabella. E a criança também não estava ali.

Um sonho.

Não havia passado de um sonho.

Respirei diversas vezes, ainda tentando me recuperar. Eu podia sentir o cheiro das flores ainda. Como na primavera. Eu ainda podia sentir minha pele queimar, pelo sol. Ainda podia sentir a leve brisa do vento que corria. Ainda podia ouvir a voz melodiosa e alegre da menina. Ainda conseguia visualizar a linda mulher que estava naquele sonho. Tão diferente da minha Bella atual. Aquela parecia mais velha, madura e incrivelmente experiente. Dona de si. Que me faria morrer de ciúmes a todo tempo.

Mas havia sido um sonho.

Eu me levantei, ainda angustiado, aquela sensação de vazio que me consumia. Eu fui para o banheiro e me desfiz do meu pijama, eu tomei banho ainda pensando nelas. E após sair, elas ainda estavam em minha mente.

Eu me vesti silenciosamente, pensando em alguma coisa para expulsar aquilo de mim. Eu deixei o quarto quando Tânia se incomodou com o barulho. Não passava das oito da manhã.

Eu me sentei sozinho a mesa, para tomar o café da manhã, enquanto insistia para George me fazer companhia. Era o pior momento, eu fitei minha casa e tudo estava diferente. Não era só a ausência dela então, mas também as mudanças constantes que Tânia havia feito por ali. Ela não tinha algum senso de decoração, então estampas de animais estavam pela sala de estar. E na sala de jantar havia um enorme tapete de couro de zebra. O que me fez lamentar pelo animal.

Eu sorri em desgosto, pensando em como os detalhes me consumia, fazendo a diferença. Tânia com quase trinta não conseguia ter o comportamento ímpar que uma menina de dezoito tinha. Era sempre movida as suas mesquinharias. Emotiva, mimada, dramática, infantil. Impulsiva.

Sim... Victoria estava completamente certa. Quem troca gatos por lebres? Edward Cullen, com certeza.

Eu terminei o café quando o silêncio pareceu insuportável.

O caminho nunca pareceu tão longo como agora, as ruas nunca pareceram tão desbotadas e as pessoas tão infelizes. Parecia que meu amargor tinha passado para todos.

Eu ignorei o vazio devastador quando os olhares na empresa vieram sobre mim, provavelmente já deveriam ter aberto o jornal e visto mais um escândalo da minha noiva neles. Ninguém nunca diziam nada, e eu estava completamente em paz quando cheguei no meu andar.

— Senhor Cullen — Susan me encarou e eu sabia que vinham problemas.

Eu entrei na minha sala e deixei que ela viesse comigo, eu depositei minha pasta na mesa e me sentei.

— Qual é o problema, Rosalie?

— Ligaram da Construtora McCoy. Eles querem desfazer o contrato.

— O que eles falaram? — Perguntei calmamente.

— Basicamente o mesmo que os Newton.

A politica de privacidade estava ficando arruinada. Rosalie me olhou e mordeu seu lábio, então eu só fiz um sinal para que ela desatasse a falar.

— É Tânia, me perdoe à ousadia, mas quando Isabella apareceu, as coisas prosperaram. As pessoas gostavam da sua postura na época. Elas confiavam em você. Os contrato choviam em nossas cabeças. Mas agora... A senhorita Denali tem estado muito em revistas, por motivos tão... Banais. Ela tem arrastado a Cullen Inc. junto. Se continuarmos assim, a empresa pode entrar no vermelho.

Vermelho. Eu suspirei fundo. Era esse o plano da Tânia? Me afundar como seu pai afundou?

— Eu não sei o que devo fazer, Rosalie — Fui sincero e ela suspirou.

— Cogitou uma viagem para Suécia? Senhorita Denali pode amar a fazenda. Isso poderia ajudar a empresa nesse momento.

O difícil seria convencer Tânia a isso.

Eu agradeci a Rosalie e a dispensei.

No horário de almoço liguei para avisar a Tânia que almoçaria com ela. Eu cheguei em casa. Eu precisei de muitas reuniões para fazer o McCoy voltar atrás na sua decisão de romper o contrato. Eu não perderia muito dinheiro, mas a longo prazo, seria um rombo impossível de tapar.

Tânia estava furiosa na mesa. Eu resolvi nem tomar banho, apenas lavei a mão e me sentei as pressas.

— Negócios são assim, Tânia. Eu nem sempre estarei no horário combinado — Expliquei. Eu a vi sorrir falsamente — Eu estive pensando... E acho que devido aos últimos acontecimento, seria melhor que você passasse uns dias na Suécia. O que você acha?

— Não vai rolar, amorzinho — Ela se antecipou — Você não tem um calendário? Estamos há um mês o casamento. Eu tenho muitas coisas para arrumar.

O casamento... Eu havia me esquecido disso. Como eu podia me esquecer disso?

POV BELLA.

— Foi tão estranho... — Disse para Alice.

Nós havíamos acabado de almoçar e resolvemos pegar um pouco de sol na cobertura. Alice esteve calada toda a manhã e me impediu de falar sobre o que havia acontecido de noite. Pela manhã, o jornal estava estampado uma foto de Alice e Jasper, e a manchete venenosa dizia “quem cala, consente”. Ninguém ouviu Alice dizer sim ou não, ela só ficou ali em silêncio, quando sua vida era exposta para as dezenas de pessoas ao nosso redor.

— Ele ficou ali abraçado comigo. Por muito tempo. E depois foi embora, sem nem dizer um adeus decente.

Ela não queria falar sobre ela. Mas eu decididamente precisava falar sobre mim. Havia sentido tanta falta. E tinha tanta coisa para desabafar.

— Você não fez nada para impedir? — Questionou.

Seus olhos e chapéu me impediam de ver seu rosto. Mas eu sabia que sua expressão era séria.

— O que eu iria fazer? — Perguntei.

— Dizer o que sente, seria uma boa opção — Ela murmurou sem humor.

— Você só pode estar maluca se cogita isso — Suspirei — Não quer mesmo falar nada sobre você?

— Por que nós não falamos sobre você? — Ela disse, virando sua cabeça na minha direção — Seu casamento é daqui uns meses, certo?

— Dois meses — Eu tentei soar animada.

— Um mês depois dele, interessante — Ela sorriu — Duvido que esse casamento saia.

— De quem? — Grunhi e ela riu novamente.

— Dos dois — Eu mordi meu lábio, mas não disse nada sobre isso.

— Tudo bem. E o sexo do bebê?

— Um garotão — Ela respondeu e voltou a ficar séria — Jasper queria chamar de Alec. Mas agora eu não sei mais de nada.

Pela primeira vez demonstrou sentir algo. Eu sabia que sua tristeza estava perceptível pela pronuncia do nome dele.

— Alec é um nome muito bonito. Não fique assim, Alice, Edward me disse que ele pediu para que trouxesse você. Ele ama você e estava preocupado sobre como você ficaria, e não mandou levar você até seus pais. Isso pode dizer algo.

Ela me encarou e pareceu pensar, respirando meio ofegante.

— Você acha mesmo que quer dizer algo? Quer dizer, depois do que Tânia fez?

Era esperança. Ela tirou seus óculos e eu vi a esperança em seus olhos.

— Não mentirei, eu realmente não sei. Mas o fato dele ter a mandado para cá, diz algo sim. Então não fique triste desse jeito, há esperança.

— Eu sei — Ela respirou profundamente, enquanto eu tentava acalmá-la — Sua mãe disse que isso pode ser facilmente contornado.

— Sim. Na imprensa será fácil... O problema é... Vinicius. Vocês precisam calar a ele.

— Eu sei... Se Jasper me perdoar, é isso que nós vamos fazer.

— Ele ama você. Ele vai te perdoar — Eu insisti novamente e ela assentiu.

— Eu quero muito que você seja feliz também, Bella — Alice paralisou e então me fitou novamente — Você merece mais que qualquer pessoa.


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