Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 10
Capítulo 10




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/644969/chapter/10

Capítulo dez.

POV EDWARD.

— Você pode deixar de ser tosco por alguns míseros instantes da sua vida? — Rosnei para Jasper.

Seu machismo havia ultrapassado os limites. E eu só pensava que como estava sendo castigado, queria muito que ele fosse também.

— O que aconteceu com ela é sua culpa, Edward.

Eu fortemente tentei me controlar. Eu estava tentando muito controlar, mas com essa declaração eu só agi como normalmente. Sem pensar muito, eu soquei a face do meu amigo. Ele havia ofendido a MINHA mulher, ou ex, que seja, ela um dia foi minha e ninguém poderia trata-la assim na minha frente.

— Você quer saber, Jasper? Deixe sua esposa longe dela também! Eu estou avisando!

Eu ameacei sem pensar muito e fiz meu caminho para saída, como Isabella havia feito há poucos minutos. Eu pensei em encontra-la e oferecer uma carona, mas ela não estava em lugar nenhum.

Eu dirigi rapidamente para casa e ainda pensando nas palavras de Jasper, finalmente reconhecendo que a culpa era mesmo minha. E milhões de arrependimentos me rondando. Eu não deveria tê-la deixado, jamais. E era algo que eu não poderia me perdoar, nem hoje, nem nunca.

Quando meu carro entrou na garagem, eu lembrei do rosto surpreso de Isabella ao chegar na casa de Jasper. Havia uma luz nela. E eu sabia que essa luz resplandecia por sua liberdade. Ela estava bonita e ela realmente parecia a menina de dezoito anos que deveria ser.

Soquei o volante.

O sentimento preso dentro de mim parecia me sufocar a cada dia que passava. E quando entrei em casa e avistei Tânia, só pensei que tudo iria piorar. Nossa convivência se tornava a cada dia pior. As brigas sem motivos estava afetando o que tínhamos de melhor: o sexo. Principalmente porque eu gritava o nome de Isabella enquanto gozava, inconscientemente do que fazia.

— Onde esteve? — Sabia que outra brigaria se iniciaria com minha noiva louca quando ela disparou perguntar contra mim.

— Na rua, Tânia — Secamente eu falei.

Tânia me lançou um olhar oco e eu vi seu ódio atravessar seus olhos por mais de uma vez, em frações de segundos.

— É Isabella de novo? Hoje eu me livro dela! — Gritou.

Eu não consegui acompanhar sua corrida ao segundo andar, mesmo com tamanha agilidade. Eu vi Tânia abrir com rebeldia a porta do quarto onde Isabella viveu, e quando eu cheguei ela abria o closet, jogando todas as peças de roupa pelo chão e as pisoteando. Ela foi até as gavetas, enquanto eu tentava segurá-la, e sapatos e bolsas voaram pelo quarto.

Isabella guardava tudo aquilo com tanto amor...

— Apenas pare com isso, Tânia — Eu tentava neutralizá-la, seus gritos eram ensurdecedores.

— Essa vadia está destruindo tudo! — Ela voltou a dizer.

Eu a segurei, enquanto ela passava seus braços por meu ombro e chorava, declarando seu amor, cravando suas unhas em meu pescoço. Eu tentava não gemer de dor, enquanto ignorava seus apelos e olhava ao redor do quarto, demorando em fitar a cama em que ela dormia. A cama que por muitas noites do mês passado eu havia deitado e tentado guardar o seu cheiro em minha mente. Mas ele já estava indo... Ele simplesmente estava indo embora, assim como ela foi.

— Nós vamos para longe... — Eu sussurrei para Tânia — Nem Isabella poderá nos encontrar na Suécia.

Lá... Minha última esperança em senti-la.

Tânia aconchegou-se mais contra mim, apreciando o que eu havia dito. E eu suspirei porque ela finalmente ficou calma.

(...)

— Ande Tânia, vamos nos atrasar para o leilão.

Quando a noite chegou, eu tentava apressar Tânia para que não nos atrasássemos para a festa. Um leilão de obras de artes e todo dinheiro arrecadado seria distribuído para diversas instituições de caridade. Isabella sempre estava presente nesses eventos, ela havia entrado para o grupo de organização, no lugar de minha mãe após o casamento. Mas com o divórcio, bom... Ela foi banida.

— Estou pronta — Tânia sorriu enquanto descia as escadas.

Lembrei-me desse momento, diversas vezes enquanto a via descendo pela escada, por um segundo meu coração palpitava descompassado, achando que outra mulher sairia dali. Nessa noite, ela não estava diferente de outra. Deslumbrante. Eu não podia negar o quanto ela era bonita, mas algo me dizia que o jeito que se vestia não combinava com a noite. Principalmente por sua ostentação com joias diversas.

— Tânia... Você está incrível.

Isabella viera a minha mente. E eu sabia que ela saberia o que vestir em um evento como este.

Eu encarei o vestido de Tânia, quando ela dizia que não estava exagerada. Fiquei receoso, mas me calei. O vestido longo arrastava no chão enquanto andávamos. Era cor de vinho e se parecia muito com um de Isabella. Muito parecido para o meu próprio deleite. Mas diferente de minha ex-esposa, Tânia usava diamantes em sua orelha. Pescoço e dedos.

Eu apenas nos guiei até o carro e dirigi com cuidado, pensando em quantas pessoas reparariam naquilo. Ou melhor, o quanto eu desejava que ninguém reparasse em minha noiva.

— Eu amo festinhas! Estou tão animada! — Ela divagou como se fosse realmente a melhor festa.

Quando adentramos ao salão, onde o leilão acontecia, todos os meus receios se confirmaram. Olhares voltados para a extravagancia de Tânia só parecia incentiva-la, enquanto ela dava o seu melhor sorriso para as câmeras. Eu imaginei quantas revistas nos daria a primeira página.

A noite inteira fomos tomados por flashes, enquanto Tânia me fazia arrematar alguns quadros que ela nem se quer sabia de quem eram. Era tão fácil notar que sua busca incessável por status estava tão gritante, que todos ao nosso redor percebia. Mais uma vez, Isabella viera a mente, a forma como ela era sempre tão discreta, tão ao contrário de Tânia, me fazia suspirar de saudades.

As duas eram como água e vinho.

Quando a noite chegou ao fim, eu estava mais que ansioso para ir para casa e deitar. Dormir um pouco e esquecer a noite parecia ser o ideal. Mas... Tânia nunca pararia de me surpreender. Ela parou rigidamente, e inclinou-se para uma repórter, que repetia sua pergunta pela decima vez naquela noite.

— Senhor Molina, o que acha sobre a ostentação de sua noiva em um evento beneficente?

Ela havia paralisado. Eu imaginei o que faria a seguir, e mais, imaginei como Isabella reagiria. Ela nunca pararia. Ela nunca alimentaria uma picuinha com a impressa. No máximo sorriria e passaria despercebida.

— Qual o problema com minhas joias? — Ela perguntou e ela parecia tão ofendida.

— Boa noite! — Eu intervim rapidamente — Tânia está produzida assim porque temos outro evento para irmos.

Eu repuxei meus lábios em um sorriso, enquanto não muito gentilmente arrastava Tânia para o carro. Eu andei rapidamente, enquanto não me preocupava mais com o que diria. Eu realmente não queria mais saber, só desparecer.

Joguei Tânia no carro, lhe dando um olhar zangado.

— Você só pode ter enlouquecido! — Vociferei ao entrar também.

— Ela... — Tânia tentou argumentar, mas na verdade era mimada demais para defender-se. Tudo que tinha feito fora exatamente por isso. Ela não aguentava uma afronta calada.

— Escute bem: o motivo do meu casamento com Isabella foi porque ela era bonita, pratica e muito obediente. Não me faça me arrepender desse divorcio — Ameacei — Eu ainda pretendo seguir uma carreira politica e não quero nenhuma mulher exibida ao meu lado. O que você fez hoje foi inadmissível.

Eu dizia com rispidez e pela expressão surpresa que Tânia esboçava, ela não esperava aquela reação.

Eu liguei o carro e acelerei na autoestrada. Cortando os outros carros na pista, estava estressado e exausto. E a futilidade da mulher ao meu lado me cansava ainda mais. Sua vida era compras, salão de beleza, restaurantes e baladas. Eu apreciava isso, não havia nenhum problema. Mas eu também prezava por minha tranquilidade. E sair em todas as manchetes não estava ficando bom para os meus negócios. E isso tudo sem acrescentar ao fato que ela não servia para ser domesticada. Não se entendia com os funcionários, nunca acordava a tempo do café da manhã e não estava atenta aos meus compromissos. Não recebia bem meus amigos e não se envolvia muito na sociedade que eu convivia. Estava sempre falando alto e mascando seu chiclete, rindo demasiadamente sobre piadas sem sentindo. E eu não conseguia entender porque só enxergava isso agora, já que estava com ela há mais de três anos.

— Não entendi o motivo da sua ignorância, Eddie — ela iniciou com sua voz fina e melodiosa.

Eu estacionei o carro em frente a minha casa – nunca nossa casa. E saí, deixando-a sozinha. Ela que viesse por conta própria.

No quarto, eu chutava os sapatos, enquanto os saltos de Tânia ecoavam pelo cômodo. Ela estava em silêncio e eu respirei fundo pela tranquilidade.

Quando eu deitei, ela subitamente veio, já sem seu vestido. Apenas com um par de calcinha e sutiã dar cor deles.

— Poxa, eu tenho tentado ser uma boa garota para você — Continuou, enquanto investia beijos por meu pescoço — Diga que me ama? Faz tanto tempo que você não fala...

Eu não conseguia recordar a última vez que havia dito isto a ela. Respirei fundo.

— Tânia... — Disse em tom baixo.

— Diga, Eddie, por favor, diga... — Ela pediu de novo, adoçando sua voz.

Eu mudei nossas posições, dessa vez ela estava em baixo, presa pelo meu corpo. Eu rasguei a lateral da sua calcinha e ouvi um risinho de satisfação. Queria calá-la, então a beijei.

— Sabe, amor... — Iniciou novamente — Eu achei que você fosse ficar bravo por me ver dentro do vestido da mortinha.

Eu travei na cama. Ela tinha a mania de se referir a Isabella assim.

Meu corpo descolou do dela, e eu franzi o cenho. Palavras de baixo calão vieram à mente e eu fiquei cego de ódio. Como ela teve a ousadia de sair com um dos vestidos de Isabella no corpo?

POV Bella.

Após uma pequena discussão com James durante o jantar na noite passada, pelo leilão que ele queria ir a todo custo, sentia a vontade de saber como Edward e sua noiva estavam lá.

James estava impaciente para sair comigo em público e eu prometi que seria em breve. Eu prometi que após o jantar que Esme daria, nós poderíamos ir a um restaurante de sua escolha. Daríamos um beijo em publico e faríamos um show para qualquer pessoa que pudesse nos ver, e então, todos saberiam que eu era dele. Mesmo não me sentindo bem com isso, faria por James. Ele merecia um pouco de atenção e consideração.

— Bom dia, família.

— Olhe isto — Minha mãe empurrou uma revista para minhas mãos.

Fiquei a manchete pasma.

“Ex ou atual. Quem acha que Edward Cullen fez uma péssima escolha trocando Isabella Swan por Tânia Denali levante a mão.”

Abaixo havia uma foto minha e de Tânia, com um X em vermelho entre nós duas.

— Página cinco — Renée alertou.

Foi o que eu fiz, e fiquei ainda mais pasma.

O mais novo casal – ou nem tão novo assim – chegaram ao evento social que foi realizado na noite de ontem, no grande salão do Hotel Empire, por volta das nove da noite. Tânia trajava uma peça bastante conhecida por nós, que posso afirmar com toda certeza a vocês, caros leitores, que era um dos vestidos de Isabella. Aliás, pode observar na imagem a baixo quando a nossa morena o usou no casamento de sua amiga intima Alice Whitlock.

Amigos da família Cullen já havia mencionado anteriormente que Isabella havia deixado a mansão, localizada nas montanhas de Seattle, somente com a roupa do corpo; faz total sentido ver Tânia neste vestido então.

Uma fonte nos contou que houve um impasse entre Edward e a repórter da People na noite de ontem, enquanto uma pergunta sobre a aparição de sua noiva com diamantes em um evento beneficente significava. O bonitão respondeu que eles estavam indo para outro evento, mas seguido por nossos paparazzi, vimos que Edward Cullen apenas dirigiu rapidamente para sua casa.

Isabella não compareceu ao leilão. Ela que participava da cúpula de organização desde casara com Edward, está fora das participações do comitê desde o dia que deixara sua casa.

A socialite Victoria Volturi fez um comentário escandaloso sobre Edward e sua noiva, quando deixava o hotel por volta da meia noite, ela sorriu para nossa câmera e adicionou maliciosamente: “quem reaproveita as roupas da ex-mulher do seu futuro marido? E quem diabos ela pensa que é para vir aqui usando tanto diamante!? Santo Deus, a mulher parecia a própria luminária de sua sala de estar. Eu perguntaria a Edward o que ele tinha na cabeça quando trocou gato por lebre”.

Somente o Cullen poderá responder.

Enquanto isso, fiquem atentos ao próximo capítulo dessa novela. Promete esquentar.

Beijinhos, Emily Bass.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!