O Livro das Chaves escrita por Melanie Cheshire Hersing


Capítulo 4
A Porta Secreta


Notas iniciais do capítulo

Gente linda do meu kokoro!
VOLTEI!! ^^ *se esconde das pedradas*

Então....o que dizer.... Foram muitos fatores que contribuíram para esse atraso épico (epicamente odioso) da minha parte. Primeiramente, eu estava sem tempo já que, devido as greves dos meus professores a aula do ano passado foi até JANEIRO!! Sério, recuperei até janeiro.
Só que ai, quando as ditas férias chegaram, eu dou um jeito de estragar meu PC... Então, já viu a novela mexicana em que a tia Mel tava né?
E o pior é que nem pude pôr no hiatos durante esse tempo ou dar sinal de vida porque, eu estava sem PC.
Maasssss!! Como a vida é linda (sqn) eu voltei! E voltei para ficar então, sem mais delongas, aqui está o super atrasadíssimo capítulo novo.

BOA LEITURA!
Bjus Mel!



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        Rin e Len viam a criatura cada vez mais próxima de si. Corriam o máximo que podiam, mas parecia que não estavam conseguindo despistá-la!

        Passaram correndo pelo jardim de Coraline, pisando em algumas flores pelas quais ouviriam um sermão caso conseguissem escapar com vida.

Porém bastou uma flor molhada pelo orvalho da noite, um escorregão e pronto. Rin havia caído.

— Len me espera! – gritou tentando se levantar, mas caindo novamente.

— Rin levanta! – ele voltou até ela.

— Eu acho que torci o tornozelo... – resmungou se apoiando no irmão.

— Tudo bem eu te levo! – respondeu apressado.

        Aquilo estava cada vez pior. Aquilo, aquela situação, parecia tentar importuná-los mais a cada segundo. Como se não bastasse um fantasma atrás deles, agora Rin tinha torcido o tornozelo e não poderia correr.

        Len, com a loira apoiada em si, teria de tentar correr pelos dois.

        Mas como faria isso!? Resolveu tentar despistar a garota novamente, seguindo a primeira estrada de terra que encontrou.

        E para o seu azar, ela dava para o antigo poço, o que os deixava encurralados.

— E agora!? – Rin se desesperou olhando para todos os lados no escuro, sem a mínima ideia de como escapar.

        Seria seu fim? Morreria ali? Tinha de haver outro jeito!

        Tudo estava em silêncio. Somente suas respirações descompassadas e, talvez, o som de seus corações acelerados, eram audíveis.

        Porém, logo eles ouviram o som de um galho se quebrando no mesmo caminho pelo qual vieram e olharam para lá de imediato, esperando vê-la a qualquer momento.

        Ela não estava lá, mas o som de galhos quebrando e árvores rangendo começou a soar de dentro da mata ao lado.

Era como se o som estivesse se mexendo, de forma que conseguiam acompanha-lo em seu trajeto até suas costas.

Ou seja, até o poço.

— L-Len... – Rin olhou para o poço com medo, ouvindo sons rastejantes vindos de seu interior.

— Rin, fica atrás de mim... – o outro falou, ficando entre ela e o poço.

        O som estava cada vez mais alto. Como se algo estivesse subindo poço acima. Seria aquela garota? Ali dentro!?

        Os dois congelaram de medo no lugar em que estavam. O som cada vez mais alto até que, de repente, quando já parecia estar vindo da borda do poço, ele parou.

        O silêncio voltou com ambos encarrando o velho poço fixamente, esperando que ela saísse dali a qualquer momento.

        E então, a tampa se moveu. Poucos centímetros, claro, mas o bastante para que um par de mãos horríveis pudesse segurar a borda da tampa, abrindo passagem.

        Len recuou, junto da irmã.

        A criatura empurrava a tampa lentamente, saindo do poço enquanto se contorcia de maneira perturbadora.

        Ela se aproximou devagar até estar distante do poço, e então investiu contra eles, que fecharam os olhos gritando de imediato.

— Mas o que está acontecendo aqui!? – ouviram uma voz atrás de si, se virando a tempo de ver Gumi, sua vizinha, chegando sonolenta com uma lanterna em mãos.

        Olharam para frente novamente: a criatura havia sumido e a única coisa em frente ao poço agora além deles era uma pequena chave negra, com a ponta em forma de botão.

        Os dois permaneceram em choque por algum tempo, até se virarem novamente para a esverdeada. O que diriam a ela?

— Ham... Não... Não é nada Gumi, já estávamos voltando. – Len mentiu.

— Voltando!? Mais por que vocês vieram até aqui? – a outra continuava intrigada, agora com os olhos brilhando de curiosidade.

— Gumi, não é nada. – Len ergueu a irmã, apoiando-a em seu ombro de novo – Afinal por que essa curiosidade repentina pela vida dos outros? É comum pra você ficar seguindo seus vizinhos no meio da noite? – completou um pouco rude assim que a viu prestes a questionar novamente, recebendo apenas uma feição mal-humorada em resposta.

— Ok então! Não me meto mais!... Mal-humorado... – resmungou voltando para casa incrivelmente rápido, deixando-os pra trás.

        Len ficou mal por ter agido assim com ela. Acabara de dispensar o que poderia ter sido uma grande amiga. Porém se não o fizesse ela continuaria a fazer perguntas para as quais ele não tinha uma resposta. E os dois acabariam se passando por loucos ao tentar explicar o ataque daquela... Coisa.

— Len... O que é aquilo? – Rin apontou para a chave em frente ao poço.

        Len hesitou. Aquela chave teria sido deixada pela criatura? Ou pertenceria a Gumi? Em qualquer uma das situações o loiro não achava uma boa ideia se aproximar do poço para pegá-la.

        ...Mas se fosse de Gumi, ele teria de devolvê-la, não? Com isso em mente somado a sua curiosidade, ele acabou por deixar que Rin, a qual estava tão curiosa quanto o mesmo, pegasse-a.

***

        A manhã estava fria e Len não tinha dormido direito. Passara a noite inteira pensando sobre o ocorrido, encarrando a chave e se perguntando de onde ela seria.

        Outra coisa que o intrigava era a boneca da irmã, a qual estava ao lado da cama. Rin insistiu que eles dormissem juntos depois do ocorrido por estar com medo, mas toda vez que ele pensava em fechar os olhos podia jurar ter visto a boneca se mexer. E assim, seu sono ia embora.

— Rin, onde conseguiu aquela boneca? – Len questionou enquanto caminhavam, o vento frio da manhã batendo em seu rosto.

— Foi um presente da Gumi. – respondeu a loira parando em frente à porta.

        Duas batidas depois SeeU já abrira a porta. Os cabelos despenteados indicando que acordara há pouco tempo.

— Ah, são vocês... Que fazem aqui a essa hora da manhã? – perguntou bocejando.

— Eu queria falar com a Gumi... Podemos entrar? – Rin perguntou.

— Hum... Ela tá rabugenta e não quer falar com vocês desde que chegou ontem à noite... Afinal o que houve entre vocês? – SeeU questionou.

— Nada não SeeU, nós só viemos aqui perguntar se isso era de vocês. – Len mostrou a chave.

— Nunca vi isso na minha vida... Gumi! Você perdeu alguma chave!? – gritou pra dentro de casa, recebendo uma reclamação da outra por tê-la acordado e uma resposta negativa – É, não é nossa. – SeeU respondeu e os dois assentiram, se despedindo e voltando para casa.

— Rin, preciso te mostrar algo. – Len falou na porta de seu quarto algum tempo depois.

— O que foi? – perguntou deitada, ainda assimilando tudo o que tinha acontecido com os dois em apenas dois dias.

— Eu acho que sei o que era aquela “coisa” de ontem à noite. – falou, recebendo um olhar preocupado da irmã.

— Tem certeza? – indagou, recebendo um aceno positivo com a cabeça por parte dele – Ok, me mostra... – levantou com certo desanimo em relação a esse assunto, o seguindo até seu quarto.

        Assim que entraram, Rin sentou na cama do irmão e ele pegou o livro de capa vermelha.

— Am....Len? Esse livro estava em branco lembra? Não tem nada ai! – ela falou.

— Na verdade, até ontem ele estava em branco mas... Hoje de manhã surgiu isso. – disse mostrando o livro a ela.

        A loira não acreditou no que viu. Ali, na quinta página do livro estava uma ilustração do fantasma da noite anterior e, logo depois de virá-la, tinha um texto na sexta página falando sobre ele. Como não tinham visto antes? Podia jurar que estava em branco! Seria uma pegadinha sem graça de Len?

— Len, se esse é o seu jeito de fazer piada da nossa situação saiba que não tem graça! – reclamou assustada.

— Quem dera fosse uma brincadeira minha, mas quando cheguei já estava assim. – falou tão nervoso quanto ela – E ontem antes de dormir eu achei outra coisa também... – mostrou a primeira página do livro – Nós não tínhamos visto porque estava colada na contracapa.

        Disse enquanto Rin lia, logo vendo-a largar o livro.

— Eu disse para colocarmos essas coisas de volta no sótão! E agora!? – exclamou – E-Essa coisa tem mesmo os m-males do mundo!?... – gaguejou olhando o livro.

— Eu não sei... – Len murmurou inquieto – Mas aqui fala daquele fantasma de ontem. – disse pegando o livro – Aqui diz que aquela era Sadako, uma garota que foi jogada dentro do poço há muitos anos porque tinham medo dela. Ela ficou viva sete dias dentro do poço tentando sair e acumulando o ódio antes de morrer e acabar voltando para assombrar as pessoas. – disse.

— Que horror! Isso está parecendo mais um filme de terror do que vida real... – resmungou com a voz tremula de medo – E como nós paramos essa coisa? – olhou para ele com os olhos marejados.

— Não tenho certeza mas... Acho que podemos trancá-la no poço quando tentar nos perseguir novamente. E até lá, mantemos distância de TVs e computadores... – disse.

— Ótimo – Rin resmungou – Além de ser assombrada não poderei fazer nada para me esquecer da situação...

— Daremos um jeito. – consolou – E... Acha que devemos falar para a tia Coraline? – questionou.

— Claro que não, ela jamais acreditaria numa história dessas... Um livro que aprisiona os males do mundo? Quem acreditaria nisso? – falou deitando na cama dele.

— É... Tem razão, parece mesmo loucura... Acho que teremos de dar um jeito nisso sozinhos. – deitou ao lado dela meio cansado.

***

        Rin acordou a noite com um barulhinho metálico ecoando pela casa, semelhante a um talher ou chave caindo. Ela e Len haviam se desculpado com Gumi pelo loiro ter sido rude com ela e passaram a tarde vendo ela e SeeU ensaiarem. E a pedidos da loira medrosa dormiram juntos novamente.

        Ela olhou envolta vendo que a casa estava em silêncio e, dessa vez pelo menos, não havia nada no quarto. Porém o barulho metálico ecoou novamente despertando sua curiosidade e uma pontada de medo também.

        Rin tentou se levantar sem sucesso, percebendo que Len tinha a abraçado enquanto dormia. Mas sendo irmãos isso já seria uma cena normal, não? Errado. Mesmo sendo irmãos havia anos que não dividiam sequer o mesmo quarto e, o fato é que ela andava se sentindo meio estranha perto dele de forma que essa situação era constrangedora.

— L-Len, acorda! – falou baixo tentando empurra-lo, mas ele nem sequer se mexeu a apertando ainda mais.

        Sentiu seu rosto queimar e olhou envolta vendo que o travesseiro estava quase caindo da cama. Pegou o travesseiro e, com cuidado, pôs em seu lugar vendo Len abraça-lo de forma que ela pudesse se afastar.

        Seu rosto estava ridiculamente vermelho e seu coração meio acelerado. Por que se sentia assim com ele!? Ela ficou um bom tempo se questionando isso enquanto seu rosto voltava a cor normal.

        Porém, seus pensamentos logo se afastaram do irmão assim que ouviu a porta de seu quarto ranger.

        Juntando a coragem que não tinha ela abriu a porta do quarto do irmão olhando para o corredor: não havia nada. E em seu quarto também não. Porém sua boneca havia sumido novamente.

— Para onde ela foi? – pensou alto olhando pelo quarto e logo ouvindo o barulho de passos no andar de baixo.

        Seguiu o som com um pouco de medo até a sala. Novamente nada, com exceção de sua boneca próxima da parede.

— O que você faz ai? – perguntou retórica ao pegar a boneca, vendo que ela estava com a chave negra que haviam encontrado próxima ao poço.

        E como se isso não a intrigasse o suficiente, ainda parecia ter algo ali, coberto pelo papel de parede. Algo que, após rasgar o papel de parede, se revelou uma porta secreta.

Rin olhou para a chave e depois para a porta, meio hesitante.

Depois de tantas assombrações em tão pouco tempo, seria mesmo uma boa ideia abri-la?


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Notas finais do capítulo

Então, quem não conhece a Samara/Sadako ainda, aqui estão os links! ^^
O Chamado 1: http://www.supercineonline.com/o-chamado-dublado/
A Invocação 1: http://www.supercineonline.com/filme-a-invocacao/
Quem não conhece A Invocação 1 e 2, são a continuação dos filmes o chamado.
Até o próximo cap! ^^
Prometo não atrasar tanto.



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