Inesperado escrita por MaiDragneel


Capítulo 28
Dia 5: Sorveteria




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/644782/chapter/28

Lucy POV's onn.

Ele estava lindo, com uma roupa branca e me esperava no altar. Eu fui caminhando lentamente até ele. Lenta demais... Quando finalmente o alcançei ele se aproximou para sussurrar no meu ouvido e antes que eu perdesse seus olhos de vista...

—__ LOIRA! ACORDA!

Abri os olhos assustada. A primeira coisa que vi foi um lindo par de íris verdes, aquela visão me acalmou, mas não foi o suficiente para me fazer não ficar triste por ter acordado. Eu estava tendo um sonho tão lindo... Mas quando abri os olhos tudo e nada mudaram ao mesmo tempo, eu continuava olhando para os mesmos olhos, o que mudou foi a situação. No sonho eu me casava com o dono desses olhos, na realidade o dono desses olhos estava em cima de mim, tentando me acordar. Fiz biquinho.

—__ O que foi? ___ perguntou Sting.

—__ Você me acordou na melhor parte do meu sonho.

—__ E com o que você estava sonhando? Ou melhor: com quem?

—__ Ninguém.

—__ Aposto que era comigo. Você não resiste ao meu charme, minha cara Watson.

—__ E porque me acordou Holmes?

—__ Dois motivos. O primeiro é que são três da tarde... E o segundo é que temos um mistério a resolver na sorveteria.

—__ SÃO TRÊS DA TARDE?!

—__ Eu não esperaria menos. Você e a Erza voltaram tarde da casa da Mira...

—__ Assunto particular.

—__ Claro, claro. Vá se aprontar. Como eu disse temos um caso à ser resolvido na sorveteria às quatro da tarde. Você tem uma hora, Watson.

E com isso ele piscou para mim e saiu do quarto. É verdade! São três da tarde! Mas nem chegamos tão tarde assim, era três e meia quando voltamos... Porém ficamos até seis e meia conversando sobre o assunto Mira e Laxus aos sussurros para não acordar os meninos, que aliás foram dormir só quando chegamos. Eles estavam preocupados.

Eu e a Erza somos realmente parecidas. Mira não deixa as pessoas perceberem, mas somos observadoras demais. Não foi exatamnete descobrir, porque todos suspeitam disso desde sempre, mas eu descobri sobre a Mira amar o meu "irmão" antes de sair com o Sting para o cinema e Erza descobriu quando voltou com Rogue do encontro. Afinal ela também está fazendo uma maratona com ele, mas não falou abertamente, só disse que ele a levava a um lugar diferente todos os dias e ela transformava o encontro não planejado em um jeito de descobrir se ele gosta mesmo dela. Afinal os métodos da Erza são um pouco diferentes dos meus.

Olhei para o relógio. Droga! Perdi vinte minutos parada na cama pensando sobre o assunto. Corri para o  banheiro, afinal tenho ficar apresentável para sair com meu futuro marido... Lucy! Tire a merda do sonho de seus pensamentos, vocês ainda nem estão namorando! Você primeiro tem de terminar a maratona. Os últimos três dias são decisivos. Foi difícil, mas consegui tomar meu banho rapidamente sem pensar nesse assunto, depois do dia em que enganamos a garçonete, o terceiro dia, essa idéia vem mais vezes na minha mente, deve ser por isso que estou sonhando com isso, no termo literal, claro.

Coloquei um vestidinho verde e uma rasteirinha, devia estar fazendo 25ºC lá fora, fiz um rabo de cavalo amarrado com uma fita rosa pink e deixei a franja solta. Passei um rimeu e um leve brilho labial. Agora sim, estou pronta. Desci as escadas rapidamente, ele estava no sofá olhando atentamente para algo na estante.

—__ O que está olhando?

—__ O que é aquilo?

Olhei atentamente para ver do que ele estava falando, havia um buque de rosas azul escuras e um bilhete nele. Peguei o buque e o cheirei, eu definitivamente amo o cheiro das rosas. Peguei o bilhete e o abri.

                                           "Surprise!"

Olhei-o e ele estava sorrindo, eu lhe retribui o sorriso e lhe dei um beijo no rosto.

—__ São lindas!

—__ Que bom que gostou. Eu estava na dúvida em qual cor comprar, então eu fui na que me chamou mais a atenção.

—__ Eu amo rosas. São as flores mais cheirosas e mais bonitas que existem, em minha opinião. Elas tem beleza e não estão indefesas, os espinhos são sua força e é claro, elas simbolizam paz, amor, carinho, amizade entre outros sentimentos...

—__ Assim como as mulheres. Vamos, a sorveteria nos aguarda.

—__ Me dê um minuto.

Fui até a cozinha e voltei com um jarro de cristal cheio de água, coloquei as rosas e deixei-as na mesa de centro, onde todos poderiam apreciá-las, peguei uma rosa deixando as outras no jarro e subi para o quarto levando o cartão e a rosa, coloquei-os dentro de um de meus livros preferidos, Sherlock Holmes. Por que a escolha desse livro? Oras! Esse dia começou com Sherlock Holmes! Desci rapidamente as escadas.

—__ Vamos? ___ perguntei.

—__ Claro.

Andamos pelas ruas de Magnólia de mãos dadas, apesar de não ser a primeira vez que saíamos de mãos dadas só agora eu reparei que as pessoas olhavam. Uma senhora de cabelos verdes estava comentando com outra de cabelos azuis:

"Olha que lindos! Isso me lembra quando Joffrey me levou para um encontro romantico quando tínhamos 20 anos. Foi pouco antes de ele me pedir em casamento. Eu estava tão empolgada! É claro que ainda saímos juntos, mas quando se é jovem, não há limites para os lugares que pode ir."

A de cabelos azuis perguntou:

"Como pode ter tanta certeza de que eles terão um futuro juntos?"

A de cabelos verdes se espantou:

"Não percebeu?! Parece tão claro! Olha como o rapaz olha para ela, seu olhar é tão intenso que ele com toda certeza se colocaria em frente a uma bala para salvá-la se necessário, ele a olha como se o mundo inteiro girasse em torno dela, como se ela fosse uma força gravitacional e que ao lado dela o céu é o limite. Ele a ama, dá para perceber. Ela olha para baixo e cora cada vez que encontra os olhos dele, ela retribui o sentimento. É de se espantar que ainda não estejam juntos."

Foi a vez da de cabelos azuis se espantar:

"Com tudo isso que me disse, agora me diz que eles não estão juntos? Como você consegue reparar nessas coisas"

A de cabelos verdes riu.

"É uma questão de tempo... Eu não reparo, só estou reconhecendo o que já vivi e ainda vivo..."

Parei de prestar atenção nelas e corei.

—__ O que foi Loira?

—__ Está quente. Onde é a sorveteria?

Ele apontou para um predio de dois andares do outro lado da rua, em frente as senhoras de cabelos verdes e azuis, agora que reparei estava escrito Sorveteria em cursiva na vidraça esquerda. Entramos e subimos para o segundo andar, onde ficavam as mesas. Estava quase na hora de fechar e por incrível que pareça estava vazia, sentamos perto da janela, eu podia ver a senhora de cabelos verdes observando. Um garçom veio nos atender, pedimos um sorvete de menta para ele e um de chocolate para mim.

—__ Percebi que você estava um pouco alheia quando estávamos lá em baixo, concentrada em alguma coisa.

—__ Estava prestando atenção na conversa das senhoras ali em frente.

Ele deu uma breve espiada pela janela.

—__ Confesso que também estava alheio, mas confinado em meus próprios pensamentos, não prestei atenção ao que elas diziam. Era algo interessante, presumo.

—__ Falavam de nós. E... a senhora de cabelos verdes relembrava os velhos tempos com o... marido. Joffrey.

Corei e o vi corar por um instante, imerso em pensamentos que o deixavam ainda mais corado. Ia perguntar se havia algo errado, mas não foi necessário, o garçom chegou com os sorvetes e o tirou de seus devaneios...

Quando terminamos os sorvetes e havíamos pagado ouvimos um barulho estranho lá embaixo nas cozinhas, Sting arregalou os olhos e então um estrondo de estourar os tímpanos, tudo foi pelos ares e havia fogo por todos os lados.

—__ Gás! Droga!

—__ O que houve Sting? ___ perguntei assustada. O fogo chegava cada vez mais rápido no segundo andar.

—__ O gás explodiu, mas pelo que vejo todos saíram correndo na hora. Droga! Loira, venha comigo!

Eu estava aterrorizada. E se algo tivesse acontecido com o garçom gentil ou com o sorveteiro que devia estar esquentando a calda no fogão? Sting me puxou para janela e a quebrou. Então ele pulou.

—__ LUCY! CONFIE EM MIM! PULE NOS MEUS BRAÇOS! VENHA!

O fogo chegava mais perto, ao lado de Sting estava o garçom me olhando assustado e deitado ao seu lado um homem que devia ser o sorveteiro de roupas negras de fuligem, que outrora foram brancas e limpas. Ouvi o som dos bombeiros ao longe, alguém perto deve ter ligado para eles quando ouviu o barulho...

—__ LUCY! ___ gritou Sting novamente. Ele estava pedindo apenas para que eu confiasse nele. E eu confio. Pulei. Senti o vento no rosto por um instante e então braços fortes me pegando.

A senhora de cabelos azuis gritou.

—__ Elizabeth! Você viu isso?!

A de cabelos verdes sorriu.

—__ Eu sabia que ela ia pular. E tinha certeza que ele a pegaria, Margareth.

Confiança: OK

Lucy POV's off.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inesperado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.