Mais Um Dia Em Segredo escrita por LaisaMiranda


Capítulo 5
Apaixonado


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente... ufaaaa. Até que enfim o Nyah voltou. Não pude postar ontem então estou aqui postando no sábado. E segundo. Vi as 2 recomendações. *--------* Muito obrigada gente. ♥

Bom, esse capítulo vai começar diferente. Com a visão do Stephen, okay? Mas depois do flashback volta para a visão do James. Explicando só para não ficar confuso.

Eu amei escrever esse capítulo e tenho uma leve impressão que vocês também vão gostar.

Boa Leitura!



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Eu nem sei o que ainda estou fazendo nessa festa chata. É sempre a mesma coisa. Mas John, me pediu para vir e, como amigo, eu não poderia dizer não. Só não achei que Amanda ficaria grudada em mim a noite toda.

O que eu realmente quero é estar com James, mas ele provavelmente deve estar fazendo algo com Evelyn, como em quase todos os sábados.

— Por que você me trouxe aqui? Todo mundo está lá embaixo — pergunto a Amanda, enquanto ela me puxa para o andar de cima.

— Como se você não soubesse, Stephen. — Ela se vira e me lança um olhar malicioso. Está usando uma saia rodada xadrez, que mostra metade a poupa da bunda e uma tope preto. Seu cabelo loiro está preso em um rabo de cavalo.

Amanda me empurra para a parede mais próxima. O corredor na casa de John é vazio. Não é como a minha casa que tem móveis por toda parte. Antes que ela comece a fazer o que quer que esteja pensando comigo, tento abordar um assunto:

— Então, alguma novidade?

— Não, nenhuma — ela diz olhando para minha boca. Eu preciso ser mais convincente.

— Sério? Você sempre tem boas notícias.

— Deixe-me pensar. — Ela coloca o dedo na boca e depois se anima, lembrando de algo. — Eu descobri algo. Quero dizer, ainda estou investigando, mas tenho quase certeza.

Pergunto curioso o que é. De alguma forma, Amanda descobre coisas que sempre acontecem em Herman. É impressionante.

— Há um gay na nossa escola.

Sinto que meu coração parou de bater por um segundo. E agora parece que ele vai sair do meu peito de tanto que está batendo. Sobre o que ela está falando?

— Sério? — pergunto, tentando parecer o mais surpreso possível. E quem é?

— Ainda não posso dizer. Eu preciso de mais tempo. Mas você saberá, assim como o resto da escola, na hora certa.

Eu fico nervoso. Ela está falando sobre James? Mas como ela pode saber disso? Tenho medo de perguntar e Amanda achar estranho.

— Faz tempo que não ficamos juntos — diz ela, acariciando a parte de trás do meu pescoço.

— É verdade. — Eu tento evitar o assunto, mas acho que é melhor ser mais irretorquível na resposta. — Mas você sabe como eu sou, certo? Não gosto de me amarrar.

— E quem disse que eu quero me amarrar? É só que faz muito tempo... que não fazemos nada. — Ela tenta me beijar.

Eu viro meu rosto, ela vai direto para o meu pescoço e desce lentamente para a minha clavícula. É estranho não sentir nada. Só me sinto excitado quando James me toca. Afasto-a lentamente, tentando não fazê-la se sentir rejeitada.

— Acho melhor voltarmos lá para baixo.

Amanda olha para mim seriamente.

— Você está me rejeitando?

— Não. Eu só...

— Sabe Stephen, você não é mais o mesmo — ela me observa, depois dá de ombros como se não se importasse — Talvez você precise de uma ajudinha.

Ela toca meu membro por cima do meu jeans. Eu sinto aquela sensação que passa rapidamente, porque não é James quem está me tocando. Ela vem em minha direção, pronta para me beijar. Eu não separo, deixo ela me beijar e achar que estou gostando. Quanto mais rápido terminar, melhor. Não que eu vá transar com ela, eu não consigo dormir com ninguém além de James.

James? James?

Uma sensação horrível toca em meu peito e eu me afasto dela. Na minha visão periférica, percebo que alguém está nos observando. Virando o rosto, vejo que é James, parado ali me examinando com espanto e tristeza.

Amanda leva um tempo para perceber que James está ali. No entanto, quando ela tem idéia da sua presença, ela sorri me agarrando mais. James sai correndo, descendo as escadas. A minha vontade é de correr atrás dele, mas não posso. Como eu poderia com Amanda aqui? Ela pode suspeitar. Tento agir normalmente como se qualquer pessoa tivesse visto. Ela está rindo e tenta me beijar novamente. Eu preciso sair daqui, ir atrás de James e explicar o que aconteceu.

— Amanda? — Eu afasto-a com cuidado antes que ela possa tocar seus lábios nos meus. — Vou descer para pegar uma bebida pra gente. Por que você não me espera no quarto?

Ela sorri contente, gostando da minha ideia. Segura meus ombros para poder me beijar.

— É melhor guardar para depois — sorrio forçosamente e ela aceita.

Então, eu vou atrás de James.

***

“Yo hago.”

  “Yo hago.”

  “Tu haces.”

  “Tu haces.”

  “Él hace.”

  “Él hace.”

Eu estava ensinando alguns verbos a Stephen enquanto estávamos na casa dele. Sua mãe estava viajando a trabalho e seu pai ligou dizendo que ele chegaria bem tarde. Stephen me disse que achava que seu pai tinha um caso fora do casamento. Que ainda não tinha certeza de nada e que sentia muito por sua mãe, se isso fosse verdade. No entanto, achei melhor mudar de assunto. Eu o forcei a estudar espanhol, já que toda vez ele fazia algo para que nossos estudos se tornassem beijos e amassos.

"Você está indo muito bem", eu disse para encorajá-lo. "Agora tente formar uma frase com essa palavra."

"Está bem." Ele sorriu e pensou um pouco. "Quiero hacer el amor contigo." Ste disse isso de uma maneira sexy. Tentei não ficar vermelho, mas não funcionou.

"Bom. Veja, você está melhorando."

Eu fingi estar procurando algo no livro, enquanto percebia, pela visão periférica, que ele estava se aproximando da cama.

"Eu preciso te contar uma coisa", ele tinha um sorriso no rosto. “Eu olhei para ele querendo saber o que era.” Eu sei espanhol. Quero dizer, não sou como você, mas não sou tão ruim assim. "

"Você está fingindo esse tempo todo?"

"Eu precisava de um motivo para me aproximar de você. E quando vi que você estava ensinando espanhol... Além disso, você fica sexy falando esse idioma", ele sorriu para mim. "Está chateado?"

"Não. Eu apenas pensei que estava sendo útil."

"Isso é importante para você", disse ele, percebendo minha decepção.

"Bem, então você não precisa de ajuda." Comecei a colocar o livro na minha mochila, Stephen me abraçou por trás.

"Agora podemos fazer outras coisas." Ele beijou meu pescoço e depois mordeu minha orelha, eu tremi e tentei me distanciar, mas ele estava determinado a continuar.

Stephen me virou para ele e puxou a gola da minha camisa fechada até o topo, depois me beijou. Eu respondi ao beijo. Ele acariciou a parte de trás do meu pescoço enquanto sentava nas minhas pernas. Eu tive que inclinar minha cabeça para trás, porque ele era mais alto que eu.

Stephen olhou para mim, pela primeira vez, afastando seus lábios dos meus. Eu senti o volume entre as minhas pernas. E desta vez eu tive certeza de que não veio de mim. Ele tirou a camisa pela cabeça facilmente, e meus olhos foram tentados por seu corpo musculoso. Ele sorriu depois que me viu apreciá-lo. Stephen pegou minhas mãos e as colocou em seu peito, fazendo-me alisar seu corpo. Sua pele estava quente e macia. Comecei a respirar com mais força. Parecia que não havia ar suficiente. Ele me beijou novamente.

Senti o travesseiro atrás da cabeça e percebi que estava deitado na cama. Stephen parou e olhou nos meus olhos. Um segundo depois, percebi que ele estava desabotoando minha camisa.

Nós íamos fazer isso. Eu tinha que pará-lo. Por mais que meu corpo quisesse, eu não queria que acontecesse, porque algo me dizia que, no momento em que transasse com ele, Stephen não falaria mais comigo, ou pior, eu me tornaria seu alvo de desejo sexual.

Ele passou os dedos pelos meus lábios antes de colocar a língua de volta na minha boca. Eu tinha que afastá-lo. Onde estão minhas forças? Tudo o que eu podia ouvir eram nossas respirações vacilantes. Aproveitei que minhas mãos ainda estavam em seu corpo e tentei sem sucesso empurrá-lo, mas não consegui, e não porque ele era mais forte, mas porque minhas mãos não reagiram da maneira que meu cérebro queria. Stephen pegou minhas mãos e as entrelaçou com as dele, puxando-as para longe do seu peito e colocando-as perto da minha cabeça. Ele aproximou a cabeça, quase tocando minha testa.

"Eu quero você", ele disse entre respirações irregulares. Voltando a me beijar, ele estava ansioso. Tentei me concentrar no que era necessário e por um momento tive forças para afastá-lo.

"Stephen, espere!" Eu disse levantando a cabeça, tentando encontrar as palavras para fazê-lo parar, mas depois que encontrei seu olhar de desejo, esqueci completamente o que ia dizer.

Ele me beijou com fome, como se eu fosse um doce de chocolate. Cai derrotado novamente no colchão, não seria capaz de parar, não com ele assim. Não sentindo isso... Meu corpo estava reagindo, eu já estava excitado. Ele lambeu meu pescoço, ao mesmo tempo em que deslizou a manga da minha camisa sobre meus ombros. Fechei os olhos, me contorcendo. Quão bom era isso. Agora ele estava beijando minha barriga. E sua mão, sua mão estava descendo... Ele segurou meu membro por dentro da cueca, e desta vez eu não consegui controlar o som saindo da minha boca.

"Você não sabe quanto tempo eu esperei por isso", ele sussurrou no meu ouvido, voltando  me beijar logo em seguida.

***

Como ele pôde? Como ele consegue fazer isso? Ainda não consigo acreditar no que meus olhos viram. Eu sempre imaginei isso. Ste, às vezes, tinha que beijar essas garotas que sempre o perseguiram, cercando-o, afinal elas se jogavam nele, mas vendo com meus próprios olhos, era ainda pior.

Desço as escadas tentando segurar o choro que senti que chegaria a qualquer momento. Ando cegamente e paro em um quarto escuro. A sala tem uma sacada. Eu corro até lá, deixando o choro vir. Aperto o concreto com força, sentindo lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Fala sério? — ouço uma voz masculina e fico assustado. Um casal está agarrado em um canto e eu não os vi. — Você não tinha outro lugar para chorar?

— Desculpe, eu não vi ...

— Saia daqui! — Faço o que o cara pede, já secando minhas lágrimas quando saio da sala, o que não adianta muita coisa, porque não consigo parar de chorar. A melhor coisa era sair dessa festa, eu não aguentaria mais nenhuma humilhação.

Preciso encontrar Evelyn, tínhamos que sair antes que Ste decidisse vir atrás de mim. Isso se ele viesse. Eu não acho que ele terá coragem. Toda a escola está presente nesta casa. Alguém pode nos ver. Ver ele. Encontro Evelyn no mesmo cômodo em que a deixei, só que ela não está sozinha. Um garoto está falando com ela.

— Evelyn, precisamos ir — eu peço, ela não olha para mim.

— Agora não, James. Você não vê que estou ocupada. — Ela olha para mim sorrindo e vê meu estado. —  O que foi?

— Eu preciso sair daqui.

— Desculpe — é só o que ela diz ao garoto e depois saímos juntos. — O que aconteceu? Você estava chorando, James?

— Depois eu te explico, mas precisamos ir logo.

Saímos da casa de John e quando finalmente estamos perto de onde Evelyn estacionou o carro, ouço ele me chamando:

— James! James!

— Alguém está chamando você. — percebe Evelyn, olhando para trás. Eu a puxo, acelerando o passo. 

— Vamos. — Eu insisto.

— James! — ouço a voz se aproximando. Ele está vindo atrás de mim.

— Oh meu Deus, é o Reece. Ele está vindo. Ele quer te bater?

— James! — Stephen continua gritando. Como se ele não tivesse medo de alguém o ouvir.

Eu continuo andando o mais rápido que posso, mas não adianta muito, ele me alcança e puxa meu braço, me fazendo virar para olhar para ele.

— Precisamos conversar — sua voz está sem fôlego.

Evelyn está de pé ao nosso lado, sem entender nada. Eu tento disfarçar depois de tirar as mãos dele de mim.

— Reece, desculpe, eu não deveria ter feito o que fiz.

Evelyn ainda não entende nada, olhando de mim para Stephen. Ele está tão confuso quanto Evelyn com minhas palavras, mas logo entende que estou tentando disfarçar isso na frente dela. Eu sou tão estúpido, mesmo depois de tudo, ainda estou tentando ajudá-lo. No entanto, Stephen não parece se importar com a presença de Evelyn.

— Eu preciso te explicar o que você viu. — Começa devagar.

— O que você viu? — pergunta Evelyn, olhando para mim.

— Você se importaria? — Ste pergunta, pedindo que nos deixe em paz. Evelyn me olha seriamente.

— Está tudo bem, James? — ela pergunta preocupada. Deixando claro que só sairá com minha permissão. Afirmo com a cabeça. É o máximo que posso fazer. — Eu vou esperar no carro. — ela lança à Stephen um olhar furioso antes de sair.

— O que você viu...

— Eu não quero ouvir — peço, levantando a mão.

— Mas preciso contar o que aconteceu.

Inclino a cabeça tentando não chorar. Não posso chorar na frente dele. Isso é muita humilhação.

— James, o que você viu não é o que você está pensando.

— Não foi isso que você disse quando aquele cara nos viu atrás da lanchonete? - Ste não tem reação depois disso.

— É diferente.

— Verdade. Lá eram dois homens. — Ste tenta se aproximar, dou um passo atrás. — Eu cansei — digo como se fosse o suficiente.

— James ... — ele entende o que eu quis dizer — Por favor.

Eu me afasto e deixo o choro vir novamente. Ele não vem atrás de mim. Entro no carro limpando as lágrimas.

— Eu não queria dizer nada, mas... — Evelyn começa.

— Então não diga.

Ela apenas dirige.

 

— Como eu não percebi? — Evelyn está inconformada depois que eu confirmo que Stephen é o cara que eu estava saindo. — Na frente dos meus olhos. Na hora eu pensei que você tinha visto alguma coisa e ele tinha ficado bravo, mas depois no carro, vendo vocês...

Ela olha para mim. Estou encolhido na minha cama, abraçando o travesseiro.

— Desculpa. Estou aqui falando como uma idiota, enquanto você está sofrendo.

Ela se ajoelha e olha nos meus olhos lacrimejantes.

— Estou apaixonado por ele, Evelyn.

— Não, você está ferrado por ele. Isso sim. Como você deixou isso acontecer?

— Não resisti — começo a chorar de novo, ela me abraça.

— Eu entendo — Evelyn se deita ao meu lado. — Vamos encontrar uma maneira. Você vai esquecer ele. Eu vou te ajudar.


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Notas finais do capítulo

Entãoooooo?? Me digam o que acharam e o que esperam vir por aí em diante.

Não recebi muitos comentários, acho que porque o nyah estava em manutenção, mas tente comentar okay? Fico muito curiosa para saber o que vocês estão achando da história.

Terça feira eu volto a postar. Tomara que não tenha mais nenhuma manutenção para atrapalhar.

Beijos