Mais Um Dia Em Segredo escrita por LaisaMiranda


Capítulo 18
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Bom, hoje não tem muito o que comentar aqui. Só agradecer mesmo pelas ideias que vocês me deram.

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/644679/chapter/18

Vou para a escola no outro dia determinado a conversar com Stephen. Só não sei como ainda.

Encontro com Evilyn antes das aulas começarem, só que ela está com Sam. Ele é do tamanho dela, nem menor, nem maior, exatamente da mesma altura. Seus cabelos são pretos e ele usa igual a Ste, com um topete. 

— Evilyn, posso falar com você? - pergunto e Sam já vira o rosto. Ele não gosta muito de mim, e a razão óbvia vocês já devem imaginar.

— Eu vou para aula. - diz ele com a cara fechada, dando um beijo nela e saindo logo depois. - Evilyn não fica contente. Ela não gosta que Sam me trate assim. Quer dizer, me ignore. Pois ele não fala comigo.

— Desculpa, James. Eu já falei com ele. Mas Sam precisa de um tempo...

— Tudo bem, eu preciso de um favor. - digo logo. O Sam é o menor dos meus problemas.

— O que é?

— Eu preciso que você avise o Stephen que eu vou esperar ele no antigo banheiro feminino.

— Era lá que vocês se encontravam? - ela sorri. Eu tinha me esquecido de que ela não sabia disso.

— Dá para você fazer isso? - Evilyn tira o sorriso do rosto.

— James, você não acha arriscado?

— Acho, mas é a última vez. E vai ser depois de todas as aulas.

— Tudo bem. Eu dou um jeito de falar com ele. Mas mudando de assunto - ela sorri de novo. - Você já viu que a votação começa hoje?

— Votação?

— Sim. Para o Rei e Rainha do baile de formatura, James.

— Ah. - Eu não estou nem aí para isso. Apesar de sermos obrigados a votar. Eu realmente tenho mais coisas com o que me preocupar, além desse baile idiota.

— Uau, você poderia fingir mais animação.

— Você sabe que não estou no clima para isso.

Evilyn entende na hora. É muito coisa acontecendo. Meu pai descobrindo sobre meu verdadeiro eu. Minha mãe voltando. Eu longe de Ste.

— Verdade. Mas talvez o baile te anime.

— Ainda falta muito para isso. - digo tentando fingir que talvez algum dia estaria mais animado, mas a verdade é que eu não tenho motivos para isso. Quer dizer, não é como se eu pudesse ir com quem eu gosto, né?

Para Evilyn o baile é muito importante. Ela sempre sonhou com esse dia, e lógico que estaria mais animada agora que tinha Sam.

 

—-

Não presto atenção nas aulas. Apesar de saber que tenho - que devo - com as provas se aproximando e os testes padronizados para a faculdade, mas eu não consigo parar de pensar no meu pai.

Ele havia me ignorado a manhã toda, sem contar a noite passada que ele preferiu não jantar enquanto eu não saísse da mesa. Quanto tempo isso duraria? Minha abuela disse que passaria e que ele só precisava de um tempo. O fato é que estou morrendo de medo de ele não falar mais comigo. Nunca mais na vida. Justo agora que eu vou me mudar para a faculdade. Isso se eu passar. Eu queria aproveitar esses últimos momentos com ele. Mesmo se for para não falar nada, como a gente sempre faz, mas só de poder saber que ele está ali do meu lado, tendo orgulho de mim, é o suficiente.

Depois da última aula consigo falar com Evilyn e ela me confirma que conversou com Ste. Disse que ele iria para o nosso esconderijo.

— Obrigada. - digo guardando meus livros no armário e pegando minha mochila.

— Depois me liga, tudo bem?

— Tá.

Evilyn me dá um beijo e sai. Olho para os lados. Ainda tem gente na escola, eu preciso esperar esvaziar mais. Enquanto eu espero percebo que um garoto está me observando, ele vira o rosto quando vê que encontrei seu olhar.

Ele usa óculos, mas apesar disso é bonito. Eu já o tinha visto antes, onde foi mesmo? Enquanto eu tento me lembrar, ele mais uma vez vira para mim, mas logo disfarça quando percebe que eu estou encarando-o. Então vai embora. Fico curioso. Eu sei que as pessoas vivem olhando para mim depois de que descobriram que eu sou gay. É claro, só pode ser por isso que ele está me observando. Porque eu sou gay. O que mais seria?

Sou discretamente até o corredor onde fica o banheiro. Chegando perto eu já não estou mais apreensivo. Ninguém passa por aqueles corredores. Eles nem são mais pintados. Herman é muito bonita. As salas são bem construídas e os corredores são belíssimos. Alguns fechados outros expostos a luz do sol (os próximos ao campo de futebol e a piscina). Mas aqui não tem luxo nenhum. É apenas um corredor velho.

Abro a porta com cuidado e vejo ele imediatamente. Ste vira-se depressa quando me escuta entrar.

— Você demorou. - Ste está ansioso.

— Desculpa. Eu tive que esperar mais. Precisamos tomar mais cuidado agora.

— Eu sei. - Ste se aproxima e olhou para minha boca. Eu quero beijá-lo também, mas precisamos conversar.

— É por isso que não podemos nos ver mais aqui. - digo enfim, me controlando. Ste fica preocupado.

— Você não quer dizer que não vamos...

— Não, Ste. Só não podemos nos ver mais na escola. Nunca mais. Essa é a última vez.

— Tudo bem. Então onde?

— Na minha casa não dá. - Não daria. Não agora que meu pai sabe de tudo. Eu quero conversar sobre isso com Ste, mas também nem tínhamos muito tempo agora.

— Então na minha. - ele está decidido.

— E sua mãe? - ele me observa calado. - Eu sei que ela sabe sobre mim. Eu vi a maneira como ela me encarou. Eu não quero...

— James, nem sempre ela está casa, você sabe. Podemos nos ver lá.

— Está bem. - concordo. Não é como se tivéssemos outras opções.

— Hoje. - olho para ele preocupado. - Ela não estará em casa. Apenas à noite.

— Tem certeza?

— Tenho. Eu tenho. - Ele me encara com aquele olhar ansioso.

Aceno e me aproximo dele.

— Você está bem?

— Bem melhor agora. - ele abre um sorriso, ainda não é aquele, mas é bom vê-lo sorrir de novo. Faz tanto tempo que eu não vejo, que acabei sorrindo também.

— Precisamos conversar, Ste. Eu preciso te contar o que está acontecendo. E você precisa me contar o que está acontecendo com você. Não tivemos tempo e não vamos ter agora.

Eu preciso dizer tanta coisa para ele. Mas principalmente o que tinha acontecido entre Nick e eu.

— Sim. - Ste se aproxima e beija meu rosto e depois minha boca. Afasto mais rápido do que queria. Eu preciso contar a verdade primeiro. Não aguento sentir esse sentimento de culpa dentro de mim.

— Precisamos ir. Eu passo na sua casa mais tarde.

Ste me observa e nota que tem algo de estranho, mas aceita. Afinal eu contaria tudo mais tarde.

***

A festa de Halloween acontecia em Herman. Todo ano eles abriam a escola de noite para realizar a festa para os alunos. Esse ano, como todos os outros, Evilyn e eu viemos combinando. Ela era Dorothy Gale e eu fui de Espantalho do Magico de Oz. A verdade era que Evilyn queria que eu fosse de Homem-de-lata, mas eu não podia. Eu me encontraria com Stephen depois. Isso se ele não mudasse de ideia. Já que ele tinha saído com os populares e não o vi mais.

— O que está olhando? - perguntou Evilyn, me fazendo perceber que eu não estava disfarçando ao procurar por ele.

— Nada.

Evilyn estava bonita, ao contrário de mim. Ela estava com um vestido azul e o cabelo estava dividido no meio, prendidos com laços azuis. Usava uma sapatilha vermelha. Ela estava apresentável, apesar de parecer uma criança. Já eu.

— Eu não sei como aceitei vir assim. - disse em desabafo. A verdade era que eu estava com medo de Ste me ver desse jeito.

Evilyn queria ter pintado meu rosto, mas não deixei. Busquei a roupa na loja a fantasia, junto com a dela. Então a fantasia ficou parecida com a do filme. Até com o chapéu verde pontudo eu estava. Só não pintei minha cara de amarelo.

— Você está super legal. Ficaria melhor se tivesse me deixado pintar seu rosto, mas...

Não respondi. Outra coisa me chamou atenção, ou melhor, outra pessoa. Vi Stephen entrando no ginásio, que estava todo enfeitado por monstros e caveiras. Ele não me viu. Além de ter muita gente entre nós, eu não achei que fosse me reconhecer desse jeito. Pelo visto ele estava fantasiado, mas eu ainda não sabia do quê.

— Eu preciso ir ao banheiro - disse para Evilyn. Eu precisava dar um jeito dele me ver. Eu tinha que saber se ainda íamos nos encontrar depois.

Entrei pela multidão de adolescentes fantasiados e andei em direção à ele. Amanda estava lá. Sexy. Linda. Como sempre. Ela estava tentando puxar Ste para uma dança, mas ele não parecia a vontade. Parei quando vi que ele estava cedendo. Ele girou ela com um sorriso no rosto.

O que eu estava fazendo? Como eu era idiota. Era melhor ficar na minha.

No momento em que estava prestes a me virar para ir embora, ele percebeu que eu estava olhando. Ste sorriu para mim e aproximou o rosto da Amanda. Ele disse alguma coisa para ela e depois veio até o meu encontro.

Fiquei nervoso e dei meia volta, voltando para onde eu estava. Ele tinha ficado louco? Eu tinha ficado louco? Alguém podia nos ver. Senti uma mão segurar a minha. Não tive coragem para virar, e levei um susto quando escutei a voz dele perto do meu ouvido.

— Eu vou te esperar no meu carro. Vai para lá.

Depois disso não senti mais sua mão. E fiquei feliz que o som estava alto e que as pessoas estavam grudadas umas nas outras. E que estivéssemos fantasiados. Quem sabe assim ninguém tenha percebido.

***

Chego na casa de Ste lá para as cinco da tarde. Ele abre a porta logo, como se já tivesse esperando do lado da porta. Vamos direto para o quarto dele.

— Tem certeza que sua mãe não vai chegar? - pergunto, me sentando na cama dele.

— Sim, pode ficar tranquilo. - Ste senta-se ao meu lado - Nem acredito que você está aqui, James, depois de tudo o que aconteceu. Eu tive tanto medo.

— Precisamos conversar. - Eu estou sério e com medo e ele percebe. Achei melhor começar com o mais fácil. - Eu tive que contar a verdade para o meu pai.

— Nossa. - Ele não esperava por essa. - E como foi?

— Nada bem. - Eu não consigo achar palavras para expressar o que eu senti naquele momento. Ste segurou minha mão me dando força. - Ele não está falando comigo desde ontem.

— Eu conheço essa sensação. Acredite.

— O que seu pai disse para você? - Ste tenta se lembrar, entretanto quando ele fala é como se não ligasse para que o pai tinha dito, mas eu sei que ele ficou magoado.

— Ele disse que isso é só uma fase. Que eu sou filho dele, que não é possível uma coisa dessas.

— Pelo menos ele te disse alguma coisa. Ele falou com você.

— James, meu pai não me ligou desde que foi embora. E ele disse que me ligaria, foi a última coisa que ele disse para mim. Ele provavelmente deve estar ocupado com coisas mais importantes.

— Sinto muito.

— Eu já estou acostumado - ele tenta sorrir.

— Ste, você não precisa fingir para mim. Eu sei que isso te machuca.

— Eu nunca... - Ste não consegue me olhar nos olhos. - Eu nunca conversei sobre isso com ninguém. A não ser com psicólogos, porque quando eu era mais novo meu pai me obrigou a ver alguns. Eles sempre foram tão ausentes, James. Meu pai e minha mãe. Ele eu até consigo entender. O Sr. Reece é um homem importante. Tem seus compromissos e coisa e tal, mas ela? Minha mãe trabalha viajando. Ela cuida de festas de casamentos de pessoas ricas e importantes e não importa onde seja, ela sempre viaja. Para lá e para cá. E eu sempre fiquei sozinho. Seja com uma babá, ou num colégio interno até os meus 13 anos. Ela poderia ter escolhido ficar com seu filho. Fazer casamentos só de vez em quando. Mas acho que foi mais fácil me trancar em um internato.

Ele nunca tinha me dito nada disso. Nada. Eu jamais poderia imaginar que tudo isso tinha acontecido na vida dele.

— Para de me olhar assim - pede Ste.

— Assim como?

— Desse jeito. Você está com pena de mim.

— Não. Eu só estou tentando imaginar como você pôde passar por isso tudo sozinho. É bom conhecer mais sobre você. É bom saber que você confia em mim para me contar isso.

Por alguma razão eu não acho que os seus amigos saibam disso.

— Mas e você?  

— Eu?

— É, seu pai. Você acha que ele vai conseguir te aceitar? - Dá para ver que ele quer empurrar o assunto para mim. Ste não parece gostar de falar sobre sua infância.

— Não sei. Minha abuela disse que sim. Mas eu não tenho certeza. Ele está com vergonha por ter um filho gay.

Ste abaixa a cabeça e levo um minuto para entender que ele está rindo.

— Por que está rindo?

— A quase um ano atrás eu nunca pensei que nada disso pudesse acontecer. E agora... Olha para mim. Eu sou gay. Meus pais sabem disso. Meu pai foi embora de casa e... Acho que a única coisa boa de tudo isso é você.

Eu quero chorar, mas não posso. Eu preciso ter coragem para dizer a verdade.

— O que foi? - Ste percebe algo estranho em mim.

— Aconteceu mais algumas coisas nesses últimos dias. - Ste aguarda que eu fale. - Além de ter contado a verdade para o meu pai... - Eu tenho que falar. - Minha mãe voltou.

Eu não consigo, mais uma vez.

— Sua mãe? Como assim?

— Sim, mas não é isso que eu preciso te falar. Antes de te contar tudo isso. Eu preciso... Ste eu preciso te contar uma coisa... que eu fiz. - A culpa já me invade de tal forma que já está estampada na minha cara.

— O quê? - pergunta ele como se não quisesse ouvir. Eu tinha que dizer, mas não consigo. As palavras não vem. Eu não sei como dizer isso. Só fico olhando para os olhos dele. — Você beijou ele, não foi?

Não respondo, mas não é preciso. Meu silêncio é minha confissão. Ste larga a mão a minha.

— Não significou nada. - tento convencê-lo disso.

— Você gostou? - ele faz a pergunta de repente, me pegando de surpresa.

— Stephen, é um beijo não tem como...

— Você sentiu alguma coisa, James? - Seus olhos estão desapontados por ter descoberto o que eu fiz. Me sinto pior ainda.

— Não. Não. - repito várias vezes. - Foi só um beijo. Eu gosto de você, Ste. - Eu preciso convencê-lo disso. Que eu gosto dele, não de Nick.

— Então prova.

— Como?

— Não sei. - Ele dá de ombros. - Cabe a você decidir.

A mim decidir? Como eu posso fazer isso? Fecho os olhos e então sinto. Sinto o que tenho que fazer.

Quando volto a enxergar claramente ele ainda está me encarando com aquele olhar. Não acredita que eu tenha beijado outra pessoa. Eu imagino o que ele está sentindo. Eu já senti isso várias vezes vindo dele, mas tenho certeza que se soubesse que ele havia beijado outro cara, seria muito pior, muito pior do que tê-lo visto com a Amanda.

Me levanto e me coloco na sua frente. Ste continua me observando, esperando que eu prove que gosto dele. Me aproximo devagar, não tirando os olhos dos seus e beijo sua testa com carinho, segurando no seu rosto.

Volto a olhar em seus olhos. Então me afasto um pouco e começo a desabotoar minha camisa, sem parar de olhar nos olhos dele. Depois que abro tudo me aproximo de novo e volto a beijar seu rosto com cuidado. Dessa vez sua bochecha, então seus olhos, sua boca, seu queixo. Sinto suas mãos correspondendo no meu peito.

Seguro seus pescoço e começo a distribuir pequenos beijos até chegar no seu pescoço. Ste tira a camisa dos meus braços e eu a deixo cair no chão, voltando com as minhas mãos ao seu corpo, só que desta vez na suas costas, por debaixo da camiseta. Ele está com as mãos no meu quadril, me aproximando. Subo os beijos até chegar na sua orelha então paro. Fico alguns segundos com a boca ali.

— Eu te amo, Ste - digo num sussurro audível e no momento seguinte sinto ele apertar minha costas e começar a beijar meu pescoço.

Afasto para olhar em seus olhos. Eu preciso olhar para ele. Ste abre os olhos devagar. No momento em que nossos olhares se encontram é o momento em que tenho a certeza que o amarei pelo resto da minha vida.

— Eu te amo. Eu te amo. - repito até que ele me segura com força me trazendo para junto dele. Nos beijamos. Levanto a sua camiseta, ele levanta os braços para facilitar a saída da peça do seu corpo. Passo os dedos pelo seu rosto e cabelos e volto a beijá-lo com todo o meu amor.

Sinto ele tirar o meu cinto, abrindo o zíper da minha calça logo em seguida. Ste desce minha calça com as mãos. Depois disso beija meu peito, minha barriga, sinto sua boca no meu corpo e agarro seu pequenos fios de cabelos. Tanto tempo que eu não sentia seu corpo no meu. Eu estou com saudades dele. De senti-lo perto de mim. E não sou o único. Ste também deve sentir falta disso. Ele se deita na cama, fazendo eu cair sob seu corpo. Paro de beijá-lo e olho para os seus olhos. Eles estão cobertos por desejos. Um desejo diferente de todos que eu já havia visto.

Ele me vira, fazendo-me cair de costas no colchão da cama, então começa a descer beijos pelo meu corpo. Fecho os olhos sentindo o prazer daquela sensação. Abro-os quando percebo que ele tinha se afastado. Ste está de joelhos tirando a própria calça do corpo. Aproveito que ele está fazendo isso para me ajeitar direito na cama.

Não há mais nenhum lugar que eu quero estar senão nos braços dele. Quando Ste volta a me beijar, já estamos completamente nus. É a primeira vez que eu me sinto a vontade. Sem vergonha por ter que fazer tal coisa com um homem, com ele. Eu o quero, mais do que nunca o quis na vida e não ligo para o que a sociedade vai dizer. Para o que meus pais ou os dele irão dizer. Eu só quero amá-lo e ser amado por ele.

Quando Ste toca em mim, esse tipo de som vem da minha garganta. Antes eu era tão inseguro e perplexos, mas agora as coisas são diferentes. Eu não sei dizer se é pelo fato de termos ditos que nos amamos ou por ter percebido que não há nada de errado com a gente.

Ste está sendo tão carinhoso. Ele me beija sem parar, gentilmente e não é apressado. Acaricio suas bochechas com as mãos e depois que deixo-o me beijar, esfrego meu rosto no dele. Movo o rosto bem devagar, sentindo sua pele na minha com os olhos fechados. Finalmente quando o sinto dentro de mim, me agarro à ele. A aflição daquela sensação me deixa querendo mais. Eu sinto como se ele estivesse me dando mais do que jamais me deu. Como se transformasse meu corpo. E eu permito, eu deixo. Eu quero, eu preciso. Eu só quero que ele me ame mais e mais.

Puxo seu cabelo e viro o rosto para que ele possa beijar meu pescoço. Eu adora essa sensação que ele me dá. De um prazer imenso. Aquela altura eu já não consigo controlar o som que sai da minha boca. Quando ele se move, um tanto rápido demais, eu não consigo segurar o grito. Ste se afasta um pouco.

— Eu estou te machucando? - pergunta preocupado.

— Não, não está. - tento dizer enquanto tento respirar. Passo aos mãos por seu rosto e o abraço. Ele entende que pode continuar.

—____________________________


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, eu sei que alguns de vocês queriam algo como "Hentai" (pelo menos foi a minha impressão em alguns comentários) mas o que acontece... Eu não sou muito chegada a escrever aquelas "cenas" de sexo tão explicito. E outra, eu sou uma mulher e não sei "exatamente" como funciona a coisa entre os homens. Tenho uma ideia é lógico, por causa dos mangás e tudo mais, mas escrever é outros quinhentos. Espero que vocês não tenha se decepcionado, porque isso (e as outras que já escrevi), é o mais perto que vou chegar. (quero dizer da escrita) Eu prefiro escrever coisas quentes sem extrapolar. Acho que dá para escrever algo Hot sem precisar ir a extremo. Tentei mostrar o sentimentos mesmo na hora H.Deixem a opinião de vocês sobre o que acharam, okay?

Eu estou super atrasada no próximo capítulo, mas vou tentar correr e escreve-lo todo antes de sexta. Não vou falhar com vocês, prometo. O feriado realmente me atrasou.

Sobre o baile. Vocês tem ideias? Porque assim, eu já tenho algo "bombástico', mas é um baile, e acontecer várias coisas nele pode ficar bem legal.

É isso. Espero que vocês tenham gostado. E deixem a opinião de vocês sobre esse capitulo. Beijos