The Son Of Cruella De Vil escrita por Apple White


Capítulo 7
Capítulo sete – Minha Doce Imaginação




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Diferente do costume, não cheguei na escola aborrecido ou com uma expressão séria no rosto. Pela primeira vez aquela escola irá me ver com um sorriso enorme no rosto e com um bom humor, e os meus amigos notaram isso assim que abri a porta e entrei na escola. Guardei alguns livros no meu armário e fiquei somente com o que eu precisava no momento.

Mal veio até mim e ficou me encarando durante um tempo, ela sabia que eu estava feliz e isso estava mais que estampado na minha cara. Dei um sorriso e beijei a sua bochecha, ela se assustou e disse um “Eca!” logo em seguida passou a mão na bochecha e eu ri. Jay e Evie vieram até nós e me olharam um tanto quanto maliciosos, eles também viram que eu estava feliz.

— Isso é por causa da conversa com a Diana?

— Não — Nem lembrava dela. — É por um motivo melhor, Evie.

— E que motivo seria esse? — Mal perguntou.

— Minha mãe está em Storybrooke!

A escola parou quando eu disse isso, o que eu achei estranho e engraçado.

— Cruella De Vil aqui?

— Sim. Isso não é ótimo?! — Jay parecia um tanto desconfortável, mas eu não me importei. Ele nunca foi com a cara da minha mãe.

— Quando ela chegou? — Evie perguntou.

— Ontem à noite, eu acho.

— Eu fico feliz por você estar feliz, Carlos, sério mesmo!

Eu sorri e abracei Evie, ela era a pessoa mais doce que eu já conheci. Fiquei sem expressão quando vi Diana vindo em nossa direção com um sorriso.

— Certo... A história é o seguinte. Meus pais hoje estarão fora de casa e eu nunca fui a uma festa, por que então não fazer uma? — Disse.

Ela deu um sorriso de orelha a orelha e deu uns pulinhos, entregando o seu convite em envelope preto para cada um de nós.

— O que você entende de festas? — Perguntei.

— Nada — Deu de ombros. — Mas acho que eu não te falei... Meus pais são Esmeralda e Febus e hoje eles têm uma joalheria na cidade, o que significa que são ricos e eu posso contratar alguém para preparar a festa por mim.

O sinal tocou e Diana foi embora, indo para a sua aula e me obrigando a fazer o mesmo. Teria aula de geografia com Jay, e assim que sentei abri o convite.

VOCÊ FOI CONVIDADO PARA A FESTA DE DIANA

EM COMEMORAÇÃO A PAZ EM STORYBROOKE

LOCAL: RESIDÊNCIA DE DIANA

HORÁRIO: 19HRS

NÃO SE ESQUEÇA: AMANHÃ SERÁ SÁBADO E DORMIR É PARA MANÉS!

VENHA DANÇAR E SE DIVERTIR ATÉ OS PRIMEIROS RAIOS DO SOL TOCAREM O TOPO DO RELÓGIO.

Eu definitivamente estava decepcionado com essa versão de Doce Imaginação. A minha imaginação nunca daria uma festa em comemoração a algo tão “ridículo” e principalmente não agiria de forma tão escrota e idiota como Diana age. Algumas vezes ficava envergonhado por ela ser igual a Doce Imaginação, como ela poderia existir e ser tão escrota realmente?

— Essa garota mal chegou na escola e já está fazendo show — Jay comentou.

— Essa escola já tem idiotas demais, acho que mais uma mimada e filhinha de papai não vai caber aqui — Ele riu e assentiu.

O professor entrou na sala de aula e logo começou com a sua explicação chata sobre a divisão do país em estados. Eu simplesmente O-D-I-A-V-A geografia com todas as minhas forças.

— Nós vamos para essa festa idiota!

Jay disse e tomou o convite das minhas mãos, me assustando e me deixando completamente confuso com a sua decisão repentina.

Foi então que eu entendi... Ele planejava ir para a festa de Diana para apenas zoar, ele iria ver o desastre que seria essa festa para ficar rindo depois, ele era esperto e esse era um ótimo modo para colocar Diana em seu lugar.

(...)

Na hora do almoço eu fiquei falando de como eu estava feliz por certas coisas estarem voltando ao normal e em como a minha mãe estava se tornando uma pessoa melhor e de como ela me traz um pouco de esperança. Confesso que já fui uma pessoa ruim no passado, antes de ir para Auradon, mas isso é uma história para depois...

As pessoas ficavam nos encarando, a nossa mesa era a mais animada e barulhenta de todas e eu tenho certeza que fazia mais de trinta anos que não viam um grupo de amigos tão animados e barulhentos como nós.

— Então, nós vamos mesmo para essa festa? — Perguntei.

Mal assentiu enquanto bebericava seu suco de laranja. Todos então havíamos concordado em ir na festa de Diana.

— Regina quer falar comigo!

Evie falou um depressa, ela parecia nervosa.

A olhamos espantados e ela deu um sorriso de lado, mas ainda assim, tenso.

— Hoje de manhã ela veio na casa em que estou morando com Debby, a mulher que cuida de mim. Ela disse que queria conversar comigo.

— Depois de ANOS te desprezando ela finalmente vai vir atrás de você? — Mal disse, e deu um sorriso debochado. — Evie, você não deveria ir! Pensa em tudo o que ela te fez... Ela te abandonou!

— Desculpe mas essa decisão é da Evie!

— Me desculpe se eu estou só tentando ser uma amiga, Carlos. Mas a minha opinião é que ela não vá, ela só vai se decepcionar ainda mais.

— A Regina mudou, de verdade. Ela até namorou com o Robin Hood, até que a esposa dele voltou dos mortos e Regina o mandou sair de Storybrooke para salvar a vida da Marian, sabe quantas vezes ela fez isso? Duas!

— Vão brigar mesmo por isso? — Questionou Jay.

Neguei com a cabeça e voltei a comer.

— Eu já tomei uma decisão, e sim, eu vou falar com ela! Já está mais do que na hora de eu acertar as coisas com a minha mãe.

— E se acertar com a sua mãe seria ela te dizer que prefere estar com o Henry do que com você? — Mal novamente sorriu debochada. — Ótimo!

— Vocês estão sendo TODOS uns infantis, sabia? — Jay comeu o último pedaço da sua pizza e apontou para cada um de nós. — Devíamos estar apoiando a Evie, devíamos... Estar juntos nessa!

— Você andou comendo muito chocolate de novo? — Perguntei e Jay me mostrou sua língua. Nojento!

Ao terminarmos de comer, fomos em direção a biblioteca. Tínhamos aula de literatura juntos e teríamos que escolher um livro para ler e fazer resenha.

Evie pegou um livro e veio até mim sorridente.

— O que acha de Peter Pan? — Perguntou e eu ri.

— A festa da Diana é sobre paz e você quer lembrar a era do Pan?

— Mas vamos admitir que ele era um cara muito legal — A encarei. — Não um “cara legal” mas um “cara legal”, entende?

Neguei e coloquei o livro no lugar, procurando outro para a doce e inocente Evie ler ao invés da falsa história de Peter Pan da Terra do Nunca.

— Você vai ler O Senhor dos Ladrões — A entreguei o livro.

— Até imagino o motivo!

Claro, o motivo era que na Ilha dos Perdidos eu era o Senhor dos Ladrões.

Não que me chamassem assim, mas eu me considerava o melhor de todos os ladrões daquela ilha e todos sabemos que eu realmente era o melhor.

Sem hesitar ela foi até a bibliotecária e alugou o livro que eu recomendei. Realmente esse livro seria bem melhor que Peter Pan.

O sinal tocou e fomos para a sala de aula e eu ainda nem tinha escolhido um livro para mim. Procuraria um depois da aula, e eu espero achar um no qual o título me agradasse mais do que quando eu estou me olhando no espelho e vendo o quanto eu sou diabolicamente lindo.

Era aula de artes, e por algum motivo era uma das aulas no qual eu mais gostava. A professora era a Finn, ela tinha nome de homem pois a sua mãe sempre quis ter um filho menino, e por isso a nomeou de Finn e ela simplesmente odiava o próprio nome mas nunca o mudava.

O tema da aula de hoje me pegou de surpresa. Teríamos que criar como imaginamos que é dentro de nossa imaginação, como é o nosso mundo imaginário. Foi então que me lembrei de Doce Imaginação e em como ela foi embora sem nem mesmo se despedir de mim. Limpei uma lágrima e torci para ninguém ter visto isso, e para a minha sorte ninguém viu.

Olhei para os alunos que estavam naquela sala e me surpreendi quando vi Diana bem na minha frente desenhando como ela acha que é o seu mundo imaginário. Fiquei olhando bem para ela e comecei a desenhá-la de modo perfeito e belo. Não era ela, claro que essa não era Diana Illéa! Essa era Doce Imaginação, a doce e linda Doce Imaginação.

O vestido branco que ia até metade de suas pernas estava do jeitinho que eu me lembrava. Os cabelos cacheados e selvagens ficavam na frente de seus olhos incrivelmente castanhos, e eu novamente senti falta deles me fitando enquanto conversávamos. Logo comecei a colori-la. A pele de uma cor que eu achava a mais bela das cores, os lábios levemente vermelhos e, claro, o seu cacho vermelho. Eu não podia esquecer daquele cacho.

Dei uma última olhada em Diana e por um momento a vi com o vestido de Doce Imaginação, e sorri em pensar que ela não tinha ido embora, que estava ali comigo como sempre esteve.

Mas essa ilusão foi embora quando Diana me olhou e lançou-me um olhar mortal. Ela não era tão doce quanto parecia ser. Podia ter um coração sensível e tudo, mas sabia se defender perfeitamente sozinha.

Ela não precisava de proteção, ou seja, eu não era capaz de protege-la. E por algum motivo me doía pensar isso.

Não deu tempo das professoras checarem o nosso trabalho. Assim que o sinal tocou indicando a última aula do dia eu cobri o quadro e o levei comigo. Meu armário era grande, ele caberia muito bem lá dentro. Eu precisava parar de imaginar Diana sendo Doce Imaginação. Oh, sim, eu preciso!


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