The Son Of Cruella De Vil escrita por Apple White


Capítulo 4
Capítulo quatro – Aparência inofensiva


Notas iniciais do capítulo

Eu sinceramente não tenho o que falar, apenas que esse é um dos meus caps preferidos até o momento.
Obrigado pelos 11 acompanhamentos e os comentários que, apesar de serem poucos, eu os amo mesmo e muito em breve irei respondê-los.
Bjs!



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Aula de educação física.

Eu podia ser bom em todas as matérias, mas a única matéria no qual eu era verdadeiramente ruim era educação física. E hoje seria o dia em que eu mais estaria distraído em toda a minha vida. Doce Imaginação se encontrava sentada na arquibancada do campo de futebol lendo um livro no qual não conseguia dizer ao certo sobre o que se tratava. Estava concentrada e nem sequer percebeu eu a encarando inúmeras vezes desde o momento em que sentou-se ali.

Recebi uma bolada na cabeça e vi Jay me olhando um pouco preocupado. Arrumei o capacete e fui até ele que havia me chamado para conversar, certamente pela falta de interesse no treino de futebol.

— O que é que deu em você? — Perguntou. — Temos um jogo importante mês que vem e precisamos de você, Carlos!

— Eu não sou bom! Jay, eu não sou bom!

— Claro que não é! — O encarei incrédulo e Jay deu um tapa na minha cabeça, me fazendo reclamar de dor e olhar para ele com uma expressão confusa. — Você está colocando isso na sua cabeça, garoto. Tire isso da sua cabeça! Você é um bom jogador! Você é um bom filho! VOCÊ — Me cutucou e olhou para mim. — ...É um bom vilão!

Pela milésima vez, Jay deu um tapa na minha cabeça com que fez que o capacete ficasse torto novamente. Ele deu um sorriso e foi para o meio do campo falar com o treinador. Dei novamente uma olhada para Doce Imaginação e ela já não estava mais lendo o seu livro, ainda segurava ele na página que estava, mas não lia-o. Fiquei surpreso quando a vi olhando para mim e rindo, certamente deve ter visto a minha conversa com Jay e o modo como ele falou comigo. Senti-me envergonhado pelo termo que ele usou para referir-se a mim. Vilão. Mas ela parecia não se preocupar com isso, ela apenas ria e balançava a cabeça negativamente enquanto voltava para o seu livro.

— Carlos!

Ouvi o treinador me chamar e a minha atenção saiu da garota de belos cabelos cacheados. Arrumei meu capacete e fui para o meio do campo onde Jay e o treinador estavam.

(...)

Finalmente era a hora do almoço e como eu sempre desejei, eu estava ao lado dos meus três melhores amigos. Colocávamos as conversas de mais de vinte e oito anos em dia e contávamos o que nos tinha acontecido desde a primeira maldição. Contei sobre a fuga da minha mãe, sobre como a maldição nos afetou e em como eu vim parar em StoryBrooke sem a minha mãe.

Eu ainda iria entender como aquilo aconteceu e daria algum jeito de sair dessa cidade e tentar encontrar a minha mãe, nem que eu tenha que viajar todo o país atrás dela se for preciso. Ria com algumas piadas de Evie sobre as garotas mimadas da escola quando eu vi Doce Imaginação entrar lentamente e ir pegar o seu almoço. Um idiota do terceiro ano bateu em seu ombro de propósito e a olhou com desdém em seguida. Não sei se foi o reflexo ou algo do gênero, mas podia jurar que seus olhos ficarem vermelhos quando ela o encarou com uma expressão um tanto quanto furiosa.

— Essa garota é estranha — Comentou Mal. — Tenho aula de ciências com ela e acredite, ela não é nem um pouco agradável — A encarei um tanto confuso e ela explicou. — Aquele garoto que esbarrou nela, o Ash, ele fez uma brincadeira de mal gosto com ela e o que veio em seguida foi pior.

— Ela virou um demônio? — Jau brincou e riu junto com Evie.

— Quase isso. Um lápis simplesmente voou e acabou acertando a sua mão — Olhei para a garota e ela comia lentamente e de uma forma bem delicada. — Vocês deveriam ter visto, o lápis simplesmente perfurou a mão do Ash — Mal riu e disse: — Não vou mentir dizendo que não gostei, pois eu achei bem legal.

— Acha que foi ela quem fez isso? — Evie perguntou.

— Não — Respondeu. — Ela havia saído da sala chorando antes disso.

— Então alguém a protegeu? — Perguntei e Mal assentiu. — Sabe o nome dela? — Os três me olharam e eu dei de ombros quando percebi.

— Diana — Mal respondeu. — Diana Illéa.

Então esse era o nome dela? Diana. A olhei um tanto curioso e ela continuava comendo o seu almoço numa mesa mais afastada da de todos. Ela estava sozinha, ou pelo menos durante os poucos minutos que a fiquei encarando comer quando vi Henry sentar-se com ela, mas ele não estava com seu almoço. Ela deu um sorriso sarcástico e começou a conversar com Henry de uma forma seca e sem vontade alguma. Ele deve ter falado para ela algo que a incomodou, pois a Diana pegou seu suco e derramou o liquido vermelho no menino.

Não consegui me segurar, ri assim como os demais ali naquele refeitório. Dando mais um de seus sorrisos sarcásticos, Doce Imaginação —vulgo Diana Illéa— saiu do refeitório e seguiu seu caminho para qualquer que fosse o lugar em que ela iria.

Diana era completamente diferente de Doce Imaginação. Uma era doce e amável a outra era mais agressiva e sarcástica. Mas ainda assim, eu havia gostado dela, de verdade. Ela sem um pingo de dúvidas seria uma ótima amiga e uma ótima pessoa dando conselhos, igual a Doce Imaginação. Pelo menos era isso o que eu pensava e eu esperava de todo o meu coração não ter pensado errado e me arrepender depois. Me levantei e fui pegar as minhas coisas para a próxima aula, história. Eu gostava de história, era uma das matérias mais interessantes naquela escola e uma das poucas aulas no qual eu não dormia.

Os corredores da escola estavam completamente vazios, e a única pessoa que estava ali era Diana que assim como eu faria, ela pegava suas coisas para a sua próxima aula. Seu armário era de frente para o meu no qual eu achei muita coincidência. Diana era a garota que eu imaginava ser a minha imaginação e seu armário ficava de frente para o meu. Era ou não era MUITA coincidência?

— Carlos De Vil...

Ouvi seu armário fechar e a encarei quando a ouvi chamar pelo meu nome completo. Ela sabia? Eu pensava que ela não me conhecesse, muito menos saberia de quem sou filho. Ah, mas é claro que ela sabia! Minha mãe é Cruella De Vil, como ela não saberia disso?

— O garoto que foi sugado por um buraco negro — Ela estava com os braços cruzados e apoiada no seu armário me olhando com curiosidades nos olhos. — Você não é nada cruel como algumas pessoas me disseram.

— Cruel? Eu?

— Pela criação que você recebeu vinda da Cruella... Como não imaginar que seu filho possa ser tão cruel quanto ela? — Fiquei calado e ela se aproximou. — Meu pensamento sobre você mudou quando lhe vi no campo.

— E como você me via?

— Rebelde, cruel, encrenqueiro... Essas coisas ruins.

— E como você me vê agora? — Perguntei e ela pareceu pensar um pouco. — E perdoe-me estar dizendo isso, mas você tem uma visão completamente errada em relação a minha mãe.

— Tenho é?

— Responda a minha pergunta!

— Autoritário! — Ela deu um sorriso e se aproximou mais um pouco. — Eu lhe acho engraçado, sabe? Você é completamente o oposto do que meus pais me falaram. É engraçado, bobo e até arrisco dizer que é inteligente.

— Pelo visto você sabe muito sobre mim. Mas eu não sei nada sobre você. Me permiti dizer o que acho de você? — Ela assentiu. — De cara achei que você fosse inofensiva, mas esse meu ponto de vista mudou quando jogou suco no Henry, neto da Branca de Neve e filho tanto da Salvadora quanto da Rainha Má. Você é bem corajosa!

— Ele é um garoto mimado! — Revirou os olhos. — Mas sabe, gostei de estar vendo o filho da Cruella De Vil pela primeira vez.

— Primeira vez?

— É — Sorriu. — Até mais!

A vi indo em direção a sua sala de aula no momento em que o sinal tocou para voltarmos para nossas aulas. Então era apenas eu que a imaginava? Admito que me senti um tanto desapontado quanto a isso, mas não podia fazer nada a respeito, eu deveria saber melhor do que ninguém que ela certamente nunca iria me imaginar.

Fui até a aula de história e agradeci pelo professor ainda não ter chegado. Sentei-me numa carteira que ficava ao lado da janela e abri meu caderno exatamente onde eu havia desenhado Doce Imaginação. Como elas duas podiam ser a mesma pessoa mas serem completamente diferentes uma da outra? De inofensiva Diana só tinha a aparência, pois ela conseguia se defender muito bem. E pelo que Mal contou sobre o que havia acontecido, ela era uma garota bastante sensível, Ash não deveria ter a feito chorar, eu não deixaria. Ela me protegia por pensamento, agora eu preciso protege-la, mesmo que ela não precise disso. Sinto que algo vem por aí, e eu não sabia se o que viria seria bom ou ruim.


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