The Son Of Cruella De Vil escrita por Apple White


Capítulo 10
Capítulo dez – Ladrão de memórias


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está o primeiro capítulo bônus da fanfic.
Bjs!



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P.O.V AUTORA

Ao abrir seus olhos, Carlos se encontrou num lugar onde, de fato, não era a sua casa. Levantou-se e colocou a mão na cabeça por causa da dor. Sentiu algo molhado, e ao olhar, viu que era sangue. O garoto havia batido a cabeça numa pedra.

Estava no meio da floresta, mas ele não fazia a menor ideia de como havia chegado ali. Algumas árvores ao seu redor estavam derrubadas e até mesmo partidas ao meio. Seguiu uma trilha no qual o levou para uma estrada, e ao chegar lá, Carlos viu uma mulher. Ela tinha cabelos ruivos, pele branca e belos olhos azuis. O garoto nunca tinha a visto na sua vida, mas o olhar dela sobre ele parecia que ele a conhecia.

— Você é Carlos De Vil? — Ela perguntou.

— Sim

— Ótimo. Tenho alguns trabalhos para você! — E sorrindo maliciosamente, a mulher desapareceu numa grande nuvem verde.

***

Zelena havia sido presa e estava sem os seus poderes. Não gostava da ideia, mas ela tinha um plano em mente. A mulher era bem esperta, e apenas uma pessoa sabia o quão ela era esperta.

Estava sozinha naquela delegacia quando viu as roupas extravagantes e ridículas do garoto que estava trabalhando para ela durante um bom tempo. Sorriu ao vê-lo ali, e ele trazia consigo um prato de comida digno de uma Bruxa Má do Oeste.

— Você demorou...

— Ou você iria comer isso, ou então ficaria com fome. Não encontrei nenhum outro lugar no qual eu conseguisse roubar o almoço de alguém.

— Pensei que na Ilha dos Perdidos você fosse o melhor ladrão de todos — Zelena pegou o prato de comida e sentou-se no canto, apreciando o sabor do seu almoço. Carlos sentou perto das grades da cela e ficou observando a mulher que cuidou dele desde quando chegou naquela terrível cidade. — Ouvi rumores de que você conseguiu quebrar aquela maldita barreira mágica, mas foi por um segundo.

— Não estão mentindo — Sorriu convencido.

— Então por qual motivo você não consegue mais dar o seu melhor? Você era o melhor ladrão! Sem coração, sem misericórdia e, principalmente, nunca era pego!

— Isso foi antes...

— Antes de quê? De se acovardar e ficar do lado dos heróis?

Carlos abaixou a cabeça e segurou-se para não quebrar o cadeado daquela cela e espancar Zelena já que estava completamente indefesa. Olhou para a mulher e coçou a nuca, sem demonstrar que ela havia o magoado com aquelas duras palavras.

— O que eu faço ou deixo de fazer é problema meu! Se eu escolhi ser bom e ter um final feliz não tem nada a ver com você. E, como sempre, eu tenho mais chances de ter o meu final feliz do que você tem de acabar com Regina.

Ouviu um barulho atrás de si. Ao virar-se viu um Sr. Gold com um sorriso sínico no rosto e batendo palmas enquanto tentava se apoiar num armário perto da entrada da delegacia. Imediatamente o garoto levantou-se e pegou uma faquinha que a sua mãe havia lhe dado para aprender a defender-se.

— Você pelo visto consegue ver a verdade. Diferente dela.

Rumple apontou para a bruxa com uma expressão de desgosto estampado em seu rosto. Carlos apontou a faca em direção ao homem que sem se preocupar, passou pelo menino e se aproximou da cela de Zelena.

— Temos coisas para conversar, minha querida!

Ninguém sabia a verdade sobre a morte de Zelena, nem mesmo Carlos sabia o que havia acontecido. Mas ele estava lá. Ele viu quando Rumpelstiltskin enfiou a sua adaga contra Zelena e a matou. Mas ele não se lembrava, não tinha nem ideia de que aquilo havia acontecido.

Quando havia conseguido o que queria, Rumple se aproximou do garoto que tentou fugir do homem, mas acabou caindo. Afastando-se cada vez mais e mais, Carlos jogou a sua faca em Rumple que segurou e jogou para um lugar qualquer.

— Como isso pode ser filho de um vilão? — Rumple perguntou mais para si mesmo do que para Carlos. Ele guardou a sua adaga e abaixou-se enquanto encarava o menino. — Eu não vou te matar, rapaz. Não ainda.

— Você a matou... — Os olhos de Carlos lacrimejavam, ele havia criado um carinho por Zelena, ele a agradecia por ela ter cuidado dele. — VOCÊ A MATOU!

— E mataria de novo. E de novo. E de novo. E quantas vezes eu quisesse!

— Porquê?

— Porque eu sou o senhor das trevas!

Carlos enxugou as lágrimas em seu rosto. Olhou para a sua faca perto da janela da delegacia e xingou mentalmente por ela estar tão longe. Ele olhou para Rumple que ria do garoto. Carlos se sentia fraco, se sentia um idiota por ter medo de um homem covarde como aquele. Ele não nasceu para sentir medo, ele nasceu para ser o medo em pessoa.

Pela primeira vez desde que havia decidido ser um dos mocinhos, ele sentiu que havia feito a pior escolha em toda a sua vida. Sentia que sendo um mocinho, as pessoas iriam pisar em cima dele como se fosse um nada, e Carlos não queria isso. No fundo, ele adoraria ser quem pisava em cima das pessoas.

— O que você quer? — Perguntou.

— Que você esqueça tudo isso — Rumple o respondeu. — Esqueça o que você viu. Esqueça Zelena! Tenha uma vida que você acharia melhor do que a vida que tinha ajudando Zelena. Eu posso te dar isso!

— E se eu não quiser?

— Eu te darei isso de qualquer jeito!

Rumpelstiltskin aproximou sua mão sobre a cabeça do garoto que tentou recuar, mas já era tarde demais. O que o Senhor das Trevas fazia doía, doía muito. Carlos gritava pedindo socorro, mas parecia que ninguém o ouvia. Em sua mente só vinha as cenas do que havia acontecido a pouco tempo até o momento em que algo o arranca de sua mãe.

Fechou os olhos, se concentrando em fazer com que a dor passasse, mas não passava. Ao abrir os olhos estava num lugar diferente, e tudo que podia se lembrar era de que uma mulher baixa e simpática o havia encontrado na floresta.

O nome dessa mulher era Lucy.

***

DIAS ATUAIS...

Com os adolescentes ali inconscientes e presos num sono que duraria vinte e quatro horas, Úrsula adentrou mais na mansão. No quarto da filha mais velha, ela viu aquele colar brilhante e poderoso.

A falta daquele objeto seria perfeito para que toda Storybrooke sofresse alguns ataques acidentais gravíssimos, assim, isso obrigaria os heróis a se preocupar primeiro com a filha problemática de Esmeralda do que com as rainhas da escuridão tentando terem o seu final feliz e acabando de vez com o felizes para sempre dos mocinhos.

Pegar aquele colar estava sendo fácil, fácil até demais. Diana era só uma adolescente de quinze anos, uma adolescente burra e ingênua.

Desceu com o colar em suas mãos e sorriu ao ver todos aqueles adolescentes jogados por todo o andar de baixo da mansão. Malévola jogava fora toda a bebida no qual estava com uma poção que faria com que todos ficassem drogados e Cruella estava sentada no canto da parede acariciando os cabelos do seu filho que dormia.

Onde estaria Rumpelstiltskin numa hora como essas?

Ele estava fazendo a sua parte do plano, fazendo o que fazia de melhor. Apagando memórias inocentes para que os seus planos dessem certo.

— São somente vinte e quatro horas?

— Amanhã à noite o seu filho acordará! Pode confiar — Afirmou Malévola.

Rumpelstiltskin entrou devagar na delegacia de Storybrooke, onde lá apenas se encontrava Emma. Ela olhava uns papéis, certamente procurava alguma ficha criminal de Úrsula e Cruella, coisa no qual Rumple escondeu muito bem.

Ao notar o visitante inesperado, Emma pegou a sua arma e apontou para o homem. Arregalou os olhos ao vê-lo ali, não esperava vê-lo tão cedo.

— Rumpelstiltskin?

— Sentiu saudades? — O homem perguntou num tom divertido e sínico. — Certamente pensou que não me veria tão cedo.

— O que está fazendo aqui? Como conseguiu entrar novamente em Storybrooke.

— O que você acha?

— Cruella e Úrsula! — Emma enfim deu-se conta. Úrsula e Cruella estavam juntas com Rumpelstiltskin, o que significava que a cidade não estava à salvo. — Eu sabia!

— Não vim aqui para lhe dizer como consegui entrar na cidade, querida... — Ele se aproximou de Emma, mas ela ainda apontava a arma para ele. — Acontece que você é uma peça importante para o que eu vou fazer.

— E o que seria isso?

— Você esquecerá de que Cruella tem um filho! Todos esqueceram da existência de Carlos De Vil! — Ele disse com tamanha naturalidade que Emma até espantou-se.

— Por quê?

— Você entenderá isso mais tarde!

— O que você quer com o garoto? O que você tem contra ele?

— Não é totalmente o garoto... — Disse. — É você!

Rumple não deixou com que Emma fizesse mais perguntas ou falasse algo. Ele aproximou a mão na cabeça de Emma e com toda a força que conseguiu, começou a fazer o seu feitiço.

Emma gritava de dor, mas ninguém a escutava. Ela não sabia, mas tanto ela quanto algumas outras pessoas também sentiam a mesma dor. As memórias que essas pessoas tinham do garoto sumiam cada vez mais, e quando fecharam os olhos e abriram depois de cinco segundos, elas não lembravam mais de quem ele era.

— Emma...

Ela abriu os olhos ao ouvir a voz de Killian chamando-a. Estava sentada e olhando alguns papéis a procura de alguma ficha criminal de Cruella ou Úrsula, mas ela não encontrava nada.

— Você está bem? — Perguntou Killian.

— Estou — Respondeu. — Estou apenas com uma sensação estranha.


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Notas finais do capítulo

A história irá começar a fazer mais sentido a partir de agora, hehe.
Com a memória de boa parte de Storybrooke alterada, as coisas começarão a mudar a partir de agora. E o que vocês acham que podia ser aquele colar que a Úrsula roubou da casa da Diana?
Obrigados pelos comentários anteriores, vocês são um amor :3