Selection escrita por Pudim de Menta


Capítulo 30
XXIX - A carta


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee, desculpa a demora, mas mesmo de férias minha rotina foi bem cheia e eu queria responder os comentários de vocês antes de postar, espero que gostem.



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―Elite. ― Meu pai crispou os lábios, eu sabia que lá em seu intimo ele desejava que fosse um pesadelo.

―Mas esse sempre foi seu plano! ― Exaltei, estávamos na biblioteca de visitas com as portas trancadas.

―Eu dizia isso, por que achava que você o detestaria e debandaria, que você não chegaria tão longe. ― Ele sussurrou. ― E que nunca se apaixonaria por ele.

Fiquei muda, a expressão do meu pai era que falhara e com isso eu sentiria que falhara.

―Mas eu descobri algo, ainda posso mostrar que estou do lado de vocês. ― Declarei e comecei a contar sobre as passagens secretas, meu pai pareceu um pouco contente.

―Eu espero que você esteja do meu lado e Rose se for realmente escolher um lado, pense muito bem. ― Meu pai objetou e deixou a biblioteca, sem me dar nenhum abraço ou beijo no topo da testa.

Minha mãe e meu irmão entraram logo em seguida à despedida foi demorada, depois eles foram embora do palácio, junto com as outras famílias.

Sai da biblioteca e fiquei um pouco sem rumo, vagando pelo palácio, acabei optando a ir para meu quarto.

Fiquei bolando pela cama, enquanto as garotas arrumavam minhas malas, um guarda veio me orientar, disse que eu podia levar apenas uma criada e que escolhesse uma.

A decisão foi difícil, mas acabei escolhendo por Alice.

―A senhorita também terá seu guarda pessoal. ― Frisou o homem, fiquei contente com a ideia de Sirius ir, porém não foi o suficiente para tirar-me do meu baixo-astral.

Eu estava apaixonada por Scorpius, definitivamente atraída, talvez o amasse, mas achava cedo demais para considerar, mas se eu trilhasse esse caminho seria renunciar ao meu pai, por mais que a sua causa quisesse que eu usasse a coroa, não era o que o coração dele desejava e eu sabia que meu pai colocaria todas suas fichas em Lily, por que isso significava que eu voltaria para casa.

E eu simplesmente não suportava a ideia de perder meu pai, de gerar magoa, por que ele que me viu andar, eu falei primeiro “Papai”, do que “Mamãe”, era para ele que eu corria quando me machucava.

Entretanto a ideia de abrir mão de Scorpius, apenas de pensar nela era dolorosa e dolorosa demais, e eu sabia que qualquer relacionamento alem da amizade com Scorpius já implicava a possibilidade de um casamento dentro de meses e um casamento com Scorpius não eram simples alianças e um vestido branco, era uma coroa, um cargo e um reino.

Era a ideia de estar sempre na mídia, de dormir com peso nas costas, era morar num palácio onde tínhamos frequentes ataques.

Eu estava disposta até certo ponto enfrentar isso, mas não me sentia preparada, eu tinha apenas 17 anos, tudo bem que faria 18 em breve, mas era muito.

Levantei-me da minha cama e decidi ir à academia do Palácio, ia me distrair, eu a não usava, porém gostaria de me distrair um pouco, pensar em tudo que acontecia estava me deixando louca.

Abri as portas sem me preocupar, mas os clangs metálicos me acordaram, Scorpius esgrimava com Roxanne, no centro da academia, eu fiquei em uma encruzilhada, sai dali, temendo atrapalhar o encontro de Roxanne, mas feliz por ter atrapalhado um encontro, era paradoxal demais, eu me colocava no lugar de Rox, se alguém atrapalhasse meu encontro, ficaria furiosa, mas a ideia de num encontro, pelo menos por alguns segundos Scorpius voltar a atenção dele a mim era muito boa.

Dei mais algumas voltas pelo palácio, tecendo meu próximo passo dentro da competição, eu teria que escolher um lado, A realeza, que significava Scorpius, ou os rebeldes, que significava voltar aos braços de minha família.

Mas se eu escolhesse Scorpius e ele não me escolhesse? E seu eu escolhesse minha família e Scorpius me escolhesse, eu ficaria eternamente pensando no e se...

Talvez eu pudesse fazer a diferença por Illéa.

Tão pouco eu conhecia os ideias da ordem, como de Scorpius, talvez a questão fosse sanada com um pouco de água passando por debaixo da ponte.

Enterrei todo o dilema no fundo de minha mente e procurei me distrair e até certo ponto eu pensara o seguinte.

Darei o melhor na competição, não pelo príncipe, mas por Illéa e por mim, lutaria pelos meus ideais”.

Tomei uma decisão, eu estudaria tudo que uma rainha necessitava e ia empurrar com a barriga.

Marchei em direção ao meu quarto e comecei a ler o Teoria econômica, depois de vinte páginas e quarenta bocejadas algo muito mais interessante caiu do meio do livro.

Uma carta, endereçada a rainha e pela data supus que não era para a vossa Majestade Astória Malfoy casta Um.

Era para a garotinha Astória Greengrass casta sete que devia ter onze anos.

Abri a carta e me pus a ler.

Cara Ast.

Sou eu seu pai, sim, eu te deixei essa carta, talvez por que você seja a pessoa mais esperta para encontra-la.

No momento você tem nove anos e vivemos como sete, éramos quatro antes, fui recrutado a ordem da Fênix com 14 anos, eu trabalhava na casa de sua mãe e a recrutei também, quando tínhamos 17 anos.

Casamos-nos e nos infiltramos como Sete, para unir pessoas de castas baixas aos nossos ideais, mas sua mãe começou aos poucos debandar.

Continuei leal a causa, principalmente por você e sua irmã, eu quero que vocês vivam em um mundo sem segregação.

Quando eu saia para trabalhar não era para limpar a piscina na casa dos Zabine, era para mexer com a papelada na ordem, cresci na ordem e cresci muito, me tornei um líder, então a ameaça começou, dos Comensais, do governo, lembra em uma noite que cheguei muito machucado em casa e tarde e eu disse que fui assaltado?

Era uma mentira, na volta para casa, Comensais quase me sequestraram e me machucaram muito, dei a volta por Hudson para despistá-los e cheguei tarde, apenas para eles não descobrirem onde morávamos.

Sua mãe começou a ficar cada vez mais irritada e queria desertar, mas eu não podia, eu tinha que fazer isso por vocês, eu tinha que tornar Illéa, democrática, segura e igualitária, eu tinha que ajudar a erguer essa Illéa.

As ameaças aumentavam a cada dia, então fugi, nem contei para a sua mãe o porquê, ela acha que foi por que eu não a amava mais, mas Astória, diga a ela que eu a amo muito, infinitamente, que ela continua a ser a minha bussola, que ela sempre será meu primeiro e eterno amor.

Em suma, Astória eu sou um rebelde e todo aquele dinheiro que chega à nossa casa sou eu por debaixo dos panos que mando.

Por favor, siga minhas instruções, você e o príncipe nasceram bem próximos um do outro, por favor, se inscreva na Seleção, não se preocupe, tenho minhas conexões, você será Selecionada e chegará a Elite e creio que será a próxima rainha.

Provavelmente não conseguirá construir a Illéa dos sonhos no seu governo, mas se for Rainha use sua influência para o bem e crie um filho que defenda os ideais certos, que não os polarize como “Ideal da ordem” e “Ideal da Monarquia”.

Que faça as coisas não por jogo político, mas por que é o certo a fazer.

Se precisar de qualquer ajuda, procure o senhor Gold, ele é mais próximo do que você imagina.

Astória, eu tenho orgulho de você, muito mesmo, sei que tem potencia a ser uma rainha, que nasceu para isso, você é brilhante, bela, você é minha Astória e eu amo muito e também amo muito a sua irmã, você, sua mãe e sua irmã são meus tesouros.

Desejo-te toda sorte e beleza, num mundo azarado e feio.

Com amor Papai.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem ♥
Apareçam ai nos comentários, tenho saudades ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥



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