Selection escrita por Pudim de Menta


Capítulo 20
XX - "Valiosa filha de Illéa"


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, primeiro as noticias boas, alcançamos 107 leitores, ihuullllllll, estou muito feliz ♥, obrigada gente ♥
A má noticia e que não vai ter atualização no carnaval, "mas pq tia Pudim?", bom, eu vou para um evento e lá não pode usar nem cel, nem PC, nem tablet, ou seja, a única coisa q vou poder levar é maquina fotográfica.
E para quem acompanha A Seleção Mágica, eu vou organizar tudo amanhã, pq daqui a pouco eu vou ter que sair.



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Respirei fundo e tentei articular qualquer resposta a Scorpius.

― O que o rei gostaria de tratar? ― Perguntei formal, olhando para Scorpius, e do jeito que nos olhávamos, parecia que o beijo no corredor, na estufa ou nossas conversas nunca haviam ocorrido.

― Desculpe senhorita Weasley, mas não pode ser discutido na presença de outras pessoas. ― ele explicou e suas mãos estavam para trás das costas. ― Me acompanhe.

Não soou como um pedido, mas sim uma ordem, uma ordem de uma pessoa fria e que não me conhecia, não Scorpius.

― Claro Alteza. ― fui em direção a ele e os dois guardas, vi os olhos dele as sobrancelhas se mexerem de forma tão mínima, como se ficasse surpreso por tê-lo chamado de “Alteza”, considerado que ele me pediu para chama-lo de Scorpius, mas ele me chamou de senhorita.

E por algum motivo aquilo doeu.

Começamos a andar, o único sons que eu captava era a respiração de Scorpius e os passos rítmicos dos guardas, a enfermaria era distante, assim que chegamos o medo me tomou.

O rei Draco estava em frente a uma maca, mas não consegui ver quem estava a ocupando, Astória e Luke estavam em um canto e o menino estava abraçado à mãe e uma enfermeira se movimentava pelo local.

― Enfermeira. ― o rei chamou. ― Por favor, leve Luke para fora e gostaria que se retirasse, isso é um assunto privado do reino.

A enfermeira meneou a cabeça e seu crachá estava intitulado Papoula Pomfrey, ela era uma senhora idosa e se movimentava com dificuldade, porém vi um bordado na manga do jaleco, uma fênix.

Ignorei o detalhe e ela me lançou um olhar para ficar alerta, mas meu sangue já estava correndo rápido desde que o rei falara “Assunto privado do reino”.

Ela pegou Luke pela mão e saiu e o rei veio em minha direção e pude ver quem ocupava a maca, o rebelde que mexeu comigo e Roxanne e que Sirius atirou, o asqueroso havia sobrevivido.

― Senhorita Weasley, tu entendes a gravidade da situação? ― o monarca fez uma pergunta, suspeitei que fosse retórica e preferi ficar em silêncio e nem menear a cabeça. ― esse rebelde te acusou de ser de alguma organização rebelde, a famosa ordem da fênix.

― Com que prova? ― tentei soar firme.

― Ele argumenta que a senhorita usava um relicário, que é um equipamento de comunicação da ordem da fênix e a senhorita poderia entrega-lo, provaria sua inocência. ― o rei declarou.

― O rebelde em questão quebrou meu relicário e afirmo que o relicário é apenas uma lembrança de casa. ― argumentei.

― Ela estava com outra garota. ― alguém se meteu na conversa, a voz soava baixa e a pessoa falava com esforço, era o rebelde. ― Roxanne Johnson.

― E o relicário?  ― Interrogou a alteza.

― Não sei! ― o rebelde respondeu, o rei tocou em um curativo no tórax do homem e começou a apertar, mesmo o cara sendo um nojento o que o rei fez me deu um pouco de asco. ― Tá. ― ele deu um grito de dor. ― Eu quebrei no corredor 29.

Eu não sabia os números dos corredores, mas por algum motivo àquele rebelde tinha muito conhecimento técnico do castelo.

― Um dos guardas busque a senhorita Johnson e outro veja o corredor, se o tal relicário não está por lá, os dois investiguem o quarto dela, se necessário revirem tudo. ― O monarca ordenou.

― Draco não seja ridículo. ― Astória intercedeu ao meu favor. ― Você leva em conta a opinião de um rebelde dos comensais da morte e ignora a opinião de uma valiosa filha Illéa.

Ele pareceu sem argumentos, ficamos em silêncio, eu estava com medo.

Passou talvez quarenta minutos, eu estava tão nervosa, então podia ser menos tempo do que eu pensara.

Os guardas chegaram, trouxeram Roxanne como se ela fosse uma prisioneira.

― Tratem-na direito. ― ordenou a rainha. ― Ela é uma senhorita, Selecionada, com chances de se tornar rainha, ela não é uma criminosa e o mesmo vale para senhorita Weasley.

Os guardas a soltaram e Roxanne contou a história dela, quando o tal rebelde nos abordou.

― Ele falou coisas tão desconexas sobre Rose ser uma rebelde, porém não acredito nele, o homem em questão quebrou o relicário dela, e ameaçou nos violentar e nos sequestrar e com todo o respeito vossa alteza, se eu fosse o senhor estaria mais preocupado com isso, pois poderia acontecer com sua esposa e outras selecionadas, não estaria preocupado com a acusação de um rebelde sobre uma selecionada, no qual ele apenas conhece por meio de tabloides de fofoca. Afinal ele é um traidor, e por ela ser uma selecionada e sacrificado a companhia da família e outras coisas, apenas para estar aqui já a torna uma patriota ― Roxanne falou de forma tão convicta que até eu me convenci que não era uma rebelde, apesar de ser. ― Uma verdadeira filha de Illéa.

― Deixe de ser ridículo Draco. ― Astória intercedeu novamente e o rei fez cara feia para ela, porem a rainha não se intimidou.

― Por enquanto investigaremos, a senhorita Weasley ficara detida. ― o rei deu seu veredicto e a rainha o encarou e ele acrescentou algo. ― Assim como esse comensal.

― Pai. ― Scorpius que ficara calado até então o chamou, mas o monarca não deixou o filho falar, mas no momento pouco estava preocupada com isso, a palavra “investigaremos” me assustou, o rei tinha todo poder em suas mãos, poderia descobrir até quantos chicletes grudei debaixo da carteira escolar, facilmente poderia descobrir o envolvimento de minha família e provavelmente pela manhã seria executada como uma traidora.

Os dois guardas me algemaram, as algemas eram bem mais pesadas do que pareciam, saímos da enfermaria, tanto a rainha quanto Scorpius pareciam surpresos, mas não tive tempo suficiente para analisar as expressões deles.

Tentei me concentrar e não fazer cara de culpada, por mais mínimo que fosse meus atos, ser uma rebelde na Seleção era traição de alto nível.

Por que eu concordei com essa enrascada, e pior ainda, podia ter envolvido Roxanne.

Enquanto andávamos pelos corredores eu podia sentir os olhares queimando nas minhas costas, os olhares dos guardas que passavam por nós, os olhares das criadas, e em um dos corredores topamos com Sirius, nossa conversa não foi por palavras, mas por olhares, talvez ele tenha dito algo como.

“Não importa o que houve, darei um jeito.”

Mas ali ele não era James Potter, filho de alguém influente no conselho e de uma senadora, ele era apenas Sirius Blackhart, um seis que era órfão e sem nenhum poder político.

E eu tinha cavado a minha própria cova e estava perdida.

 


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Notas finais do capítulo

Beijos



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