Codinome: Estelar escrita por Ana Clara Medeiros


Capítulo 6
VI - A noite em que Dick Grayson chorou


Notas iniciais do capítulo

Totalmente desnorteada após receber a estrondosa verdade, Estelar tenta encontrar pelas respostas que tanto queria dentro de si mesma, e usufrui de um momento face a face com seu eterno amante, Dick Grayson.

A autora desde já avisa: chorei litros e mais litros com esse capítulo. Espero demais que gostem! E perdoem a demora para este bendito sair!



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O frio cortante da noite parecia querer petrificar meu corpo inteiro. Por gostar muito do calor, me recusava a sobrevoar os céus terrestres durante a escuridão do céu, principalmente em áreas de forte ascendência ao gélido. Gotham tinha o pior dos climas: quase sempre frio, quase sempre escuro...

E lá estava eu, perfurando nuvens e mais nuvens, banhada apenas pelo brilho da lua e das luzes da gigante cidade, a procura daquele cujo amor verdadeiro se dava somente pelas sombras.

Meu coração quase parou quando Cyborg me contou a verdade. Bruce Wayne havia se aposentado alguns anos antes, e desde então, em segredo, Dick treinava Tim Drake a fim de não deixar o legado do homem morcego morrer. Com a autorização do próprio Bruce, levou adiante o nome que tanto o fazia ficar por trás de tudo. Em todas as nossas conversas sobre seu passado, lembrava-me bem de como o nome “Batman” instigava algo estranho dentro de Dick, uma mistura de admiração com desdém, de amor com ódio.

Se as provas já não estivessem tão na minha cara, as quais vieram a se tornar nítidas como água em meus pensamentos após os ditos de Cyborg, eu desacreditaria e muito toda aquela história, contudo, estava nítido. Desde a primeira vez que eu encontrara o “Batman” pedindo um favor, até mesmo o momento em que nossos corpos chegaram a ficar um tanto próximos nas batalhas das Noites Mais Densas. Um laço como o meu e o de Dick era impossível de ser apagado, muito menos ignorado. Então os sonhos... A sensação de casa, de lar, de calor do sol... O tempo todo, meu próprio subconciente queria deixar claro para mim o que eu me negava a ver, iludida pelo achar que Dick estava o mais longe possível de mim.

Tentando me acalmar, Victor achou que seu toque me confortaria, o que só me irritou ainda mais. Desde que os Jovens Titãs passaram a não ser mais o mesmo de antes, meus sentimentos estavam uma loucura, e aquilo era realmente perigoso. Não quis ao menos que se aproximasse, apenas me dissesse quem mais sabia de toda aquela mentira.

– Todo mundo, Kory. – Atingindo-me como uma faca afiada no peito.

Minha raça prezava, junto com os sentimentos, a confiança. Meus laços criados com todos da família Titã, até mesmo com Dick, baseavam-se fortemente nisso. Eu nunca havia os deixado na mão, muito menos mentido. Entender que tudo aquilo havia sido feito somente para a minha proteção, por mais que fosse uma causa nobre, me bagunçou e me magoou profundamente. Não suportei ficar naquela torre nem por mais um minuto após aquela traumática conversa. Saí sobrevoando os céus, chegando até o espaço.

A Terra, majestosa e brilhante, domada por azul, branco e verde, tudo isso diante de mim. A minha mãe em forma de planeta, os braços que me acolheram durante todo o tempo... Mais acima, além das estrelas, cinturões e órbitas, eu podia enxergar a tragetória que dava para meu sistema interplanetário, consequentemente, Tamaran.

A partir daquela troca de oralhes com o universo inteiro, pude ouvir minha voz interior entrar de embate com minha razão, me deixando perceber o que eu realmente tinha que fazer. Desta vez, sem arrependimento. Finalmente me senti segura, tanto pelas minhas futuras ações como pelas minhas emoções. Aquela era a Kory.

Eu agora sabia porque estava ali.

Quando decidi regressar a São Francisco, a noite já havia domado o céu. Contudo, ao invés de seguir reto para a Torre Titã, fui mais além, seguindo pelo leste tão bem conhecido.

Não demoraria muito para que o chamado surgisse. Os índices de criminalidade de Gotham – de acordo com o computador do Cyborg – haviam caído, mas não desaparecido totalmente. Em algum beco escuro ou coisa do tipo, sempre entre as sombras, o Batman estaria lá. Esperei pouco menos de minutos para que o símbolo do morcego fosse refletido nas nuvens, e seguindo o sinal, o encontrei.

As chamadas “artes marciais” aprendidas na Terra me chamavam bastante atenção. Como todo bom guerreiro, a força aplicada nos movimentos e os pontos precisos para que a morte viesse como primeira consequência eram as prioridades a serem atingidas. Já nas tais lutas terrestres, havia uma leveza, uma espécie de dança que era mortal e bonita ao mesmo tempo. Tornou-se ao ponto de apenas admirar Dick enquanto o próprio dava tudo de si em batalha...

Porém, algo estava diferente. Não tinha mais dança, beleza, nem nada daquelas coisas que eu conseguia ver e amar. Era tudo mais bruto, mais seco, como se não passasse de uma obrigação, de uma limpeza feita à esmurros.

Ao abater o último dos bandidos, já ouvindo o som das sirenes, os olhos de Dick encontraram os meus, nos deixando quietos por um momento, somente encarando nossas verdades. Nada, exatamente nada foi dito. Tudo o que fiz foi apontar para o topo do prédio mais próximo e voar até ele, esperando pelo então Batman logo em seguida.

Por mais que tivesse sonhado com o nosso reencontro por noites e noites, não sabia como reagir a aquilo, tanto que fiquei de costas para ele durante um bom tempo, tempo suficiente para que ele começasse a falar.

– Acho que não adianta mais fingir. – Se eu não tivesse a confirmação do meu corpo e de Cyborg, não acreditaria que aquele era Dick. O tom de voz tornara-se tão grave e obscuro... – Como descobriu?

– Isso realmente importa? – Perguntei, pronta para enfrentá-lo frente a frente. Foi encarando seus olhos na máscara de morcego que percebi o quanto eu o reconhecia, apesar das afrontosas primeiras impressões depois de tanto tempo longe. Quase me permiti sorrir, porém não era momento para aquilo.

Ficou cabisbaixo logo em seguida, creio que procurando pelas palavras certas. Dick podia ter se tornado o Batman para todo mundo, menos para mim. Seria sempre o mesmo Dick Grayson sem uniformes e mentiras.

– Prefere ir para à mansão? Acha melhor me ver sem o traje? Alguns ainda não se acostumaram...

– Não preciso de um lugar em específico, muito menos ver sua pele. Eu vejo você, escuto sua voz e contato seus olhos. É tudo o que preciso. – Apesar daquele fato me machucar, soltei as frases da maneira mais terna que consegui. Tudo tão óbvio e eu não percebi nada... Aquele meu momento de fraqueza foi o bastante para ousar Dick a se aproximar um pouco.

– Kory, eu entendo como você se sente...

– Ahn, entende? – Perguntei irônica. – Por causa da sua saída, os Titãs deixaram de ser o que um dia já foram. Minha família se desfragmentou em pedaços por sua culpa! Ainda por cima tem a cara de pau de fazer com que todos mintam para mim. Sério, Richard? – Chamá-lo pelo primeiro nome foi nauseantemente estranho, mas preciso. – Achou mesmo que “me protegeria” fingindo ter ido embora de vez, vivendo nesse segredo compartilhado com o resto da população deste planeta, menos comigo, que agora o Batman é cheio de responsabilidades e não pode se distrair com coisas como mulheres... – Tentei soar como ele, chegando a copiar sua voz. Dick não esboçou uma única mudança de feição sequer.

– Não podíamos arriscar, entenda isso! Se caso você soubesse que eu estava saindo para me tornar o Batman, obviamente teria me impedido, além de que você iria querer estar ao meu lado para ajudar a combater o mal aqui. Confesse! – Esbravejou.

– O que klorbags* vocês acham que eu sou? Uma criancinha que não sabe medir seus atos?! – Já podia sentir meus olhos arderem de fúria.

– Nada disso. Eu vejo uma tamaraneana totalmente guiada pelos sentimentos. Os outros podem até ter dúvidas, porém você sabe melhor do que ninguém que eu conheço cada canto desse seu coração, Kory. – As mãos de Dick seguraram meus ombros com força, chacoalhando-me um pouco. – Por mais que tente ver tudo por um ângulo mais racional, não adiantaria. Suas emoções são sua pele.

– A cada dia que se passa percebo o quanto é horrível ser desse jeito aqui na Terra! – Após minha colocação, um silêncio destruidor nos cercou. Chegando até a ser rude, desvacilei de seus braços, podendo sentir a candura que eles transmitiam apesar da então nova distância em relação ao meu corpo. Mordi o lábio a fim de conter as lágrimas. – Quando os laços são quebrados por algum motivo, a amizade, o amor... Nada volta a ser como era antes. Acha mesmo que vou conseguir encarar Donna e Cyborg do mesmo jeito depois disso tudo? Aposto que até a Ravena sabe do seu segredo sem nunca mais ter dado as caras! Você sabia disso! Colocou o último fio de esperança que me prendia aos Titãs em prova suspeitando que hora ou outra eu iria descobrir tudo, colocando tudo a perder. Você me fez perder tudo que amava, Dick Grayson!!

Naquela altura da discursão, não duvidei de que o mundo inteiro tivesse me escutado.

Permanecendo na postura de durão, o mais novo Batman nada fez além de caminhar até mim e, carregado de certo êxito, segurou minha mão. Não esperava por aquilo de maneira alguma. Apesar das luvas que ele usava, era como se estivéssemos totalmente nus, envoltos apenas por nós mesmos em uma espécie de bolha. Sua cabeça manteve-se baixa, o olhar fixo em meus dedos.

– Eu montei os Jovens Titãs, Kory. Por anos e anos, batalhamos lado a lado, passamos por mil e coisas e sorrisos, choramos... Acha mesmo que eu desistiria de mão beijada da minha família? Ainda mais para assumir o lugar dele... – Parecia que Dick podia enxergar o interior de seu corpo. – Não foi uma decisão fácil. Nada me era tentadora nessa proposta de ser o novo Batman, mas querendo ou não, devo muita coisa ao Bruce: um amigo, um bom parceiro, um pai. Assumir o seu lugar era o mínimo que eu podia fazer para suavizar todos os anos em que passei sobre as asas do morcegão, dando somente dor de cabeça e gastos. – Seu risinho frouxo me fez sorrir de canto de boca. – Querendo ou não, minha dívida com ele é bem mais cara. Pensei em continuar nos Titãs mesmo tendo de carregar esse farto, mas com a Liga da Justiça e toda Gotham somente para mim, ficaria muito complicado. Além de tudo, ainda sobra você.

– Acha que não posso cuidar de mim mesma sozinha? – Pus as mãos na cintura, tentando fazer a pose mais rígida que possuia. Ele não iria conseguir quebrar meus muros, eu não permitira que fosse tão fácil.

– Essa não é a questão, Kory! Eu observei os Titãs em combate várias vezes durante as batalhas. Não quero te ofender, mas conheço cada um deles a mais tempo e bem melhor que você, ao ponto de saber que não importa o quanto tentassem, aquilo não seria para sempre. Não sei como é no seu planeta, mas aposto que até as famílias tamaraneanas se desmancham. Uma hora ou outra, todos nos cresceríamos e ficaríamos a fim de montar nossas próprias famílias nós mesmos. É assim que o mundo funciona, Kory. Não percebe que todos estão seguindo em frente? Eu precisava fazer com que você...

– Quer dizer que para me fazer seguir em frente, eu teria de criar mágoa e rancor dos meus amigos, das únicas pessoas que me receberam bem e cuidaram de mim, além de claro, perder o maior dos meus laços? – Quando as coisas tornaram-se ainda mais claras na minha cabeça, não pude conter as lágrimas, muito menos a expressão de espanto e decepção. - ...Então... Aquilo o que você me disse quando estávamos na piscina...

Os Jovens Titãs haviam acabado de combater a mais nova ameaça de Trigon. Estávamos todos comemorando e tentando relaxar os nervos após uma batalha bem desgastante. Mesmo com os encontros e desencontros, eu e Dick continuávamos nos encontrando e... Bom, aproveitávamos o nosso tempo da maneira mais gostosa e maravilhosa possível. Aquela noite, no entanto, foi o fim de tudo, que por coincidência se encaixou três dias antes da desistência de Dick para com os Jovens Titãs.

Entre carícias e muitos beijos dentro daquelas águas, começamos a discutir sobre o futuro, o que acarretou uma série de perguntas em relação a nós. No fim de tudo, já decidida a ir embora dali, perguntei-lhe se ainda me amava. A resposta me veio tão afiada e letal: não.

Foi a partir daquele dia que o mundo começou a desabar sobre minha cabeça.

– Você mentiu para mim fingindo não me amar mais, tudo para que eu esquecesse e seguisse em frente?! – Alguns feixes de raios escaparam dos meus olhos, atingindo uma das esculturas de concreto que rodeavam a borda do prédio. Ajoelhei-me e segurei meus próprios braços, tentando me acalmar o máximo que eu podia. Os sentimentos precisavam de controle, eu precisava de controle mais do que qualquer coisa!

Todas aquelas revelações, tudo de uma só vez me borbadeando. Senti-me tão inútil e indefesa quanto quando eu estava fugindo do povo da Cidadela. A grande princesa Koriand’r destruída não por armas, e sim por mentiras e quebras de laços. Se meus antigos sequestradores ainda procurassem por oportunidades de me matarem, aquela seria, sem sobra de dúvidas, a mais fácil e eficiente delas.

Acima de tudo, parecia que os eventuais acontecimentos só enfatizavam ainda mais minha decisão. Ainda guardaria os titãs comigo apesar de tudo, mas já não havia mais uma família para mim na Terra, muito menos um amor.

Uma dívida, apenas.

Relembrei ainda mais dos meus motivos para aquele encontro, do porquê queria encarar a verdade frente a frente. Convicta disso e suspirando o máximo para me conter, sabendo que podia machucá-lo mesmo sem querer, utilizei toda a minha força de vontade para me equilibrar firme sobre os dois pés, estando próxima a aquele corpo tão diferente por fora. A cabeça de Dick permanecia baixa, sem expressão ou som. Aquilo mais parecia uma deixa para a certeza de que nada seria como antes, mesmo sabendo que ele ainda poderia me amar. Ao fim de tudo, até aquela nossa conversa estava perdida.

– Só quero mantê-lo a par do que acontecerá a partir de amanhã. – Falei, encarando as estrelas. Ambas, tanto eu quanto o pontinho brilhante no meio daquela imensidão negra, tínhamos coisas em comum. O fogo, o brilho... Dick me explicara isso após ter sido batizada pelo codinome Estelar. – ...Estou definitivamente deixando a Terra. – Seu corpo pareceu tremer, contudo continuou quieto. Dei de ombros e retornei ao meu falatório. – Quando aconteceu aquela tragédia no nosso casamento e fui embora, não passei somente por aquelas rotas que lhe contei. Eu estive em Tamaran durante um tempo. Ainda há vida lá, vida esta a qual acreditou em mim mesmo depois de todo o sofrimento. Eles ainda acreditam no poder da monarquia, Dick. Agarraram-se em mim como uma esperança luminosa, esperança essa que enxerguei ao pisar aqui na Terra. Preciso salvar o resto do meu povo que sobrou. Preciso, acima de tudo, assumir o dever o qual nasci para fazer. Vou dar aos tamaraneanos o que a Terra deu a mim. – Fui andando até uma das pontas do telhado. – Não falei com nenhum dos Titãs sobre isso ainda, e logo aviso para não se sentir responsável. Por mais que esse sofrimento tenha sido horrível, ele realmente me fez enxergar coisas que eu precisava ver. Essa ideia vem em mim desde muito tempo...

– Soube que fui chamada para entrar na Liga da Justiça. – Soltei um risinho irônico ao escutar aquilo. Mas é claro que ele sabia! Devia muito bem ter votado a favor da minha entrada. – Eles são uma família tanto quanto os Titãs, além de ótimos seres humanos. Você poderia reconstruir sua vida entrando para a equipe. A base dos mesmos fica no espaço, o que facilita para que você possa assumir seus deveres em Tamaran e ainda continue na Terra.

– A oferta foi generosa, confesso, mas não quero me concentrar em mais ninguém além de mim. Tamaran é primordial, por mais que a Terra tenha me tido como uma filha. Estarei em débito com seu planeta para sempre, contudo, já chega de construir famílias aqui. Sei onde é meu verdadeiro lar e é para lá que eu irei. – Virei-me a tempo de vê-lo tirando a máscara. Seus cabelos haviam crescido um pouco mais, mas nem tanto. O azul dos olhos brilhava de uma maneira estranha. Suas linhas estavam petrificadas, muito rígidas. Tão belo... – Eu quis te encontrar mesmo depois de tudo não para procurar por certa aprovação de seus olhos, e sim para, de qualquer forma, me despedir. Você não é qualquer um, Dick Grayson. No fim, continuo por acreditar que possa haver sinceridade entre nós, e este é o adeus mais real que tenho para lhe dar.

Por um instante, percebi o quanto me faria bem sorrir entre as lágrimas já caídas. Foi o que fiz. A expressão de Dick foi de espanto, e ao perceber que eu estava pronta para cruzar os céus, pediu para que eu ficasse mais um instante. Vindo apressadamente até mim, segurou minha mão mais uma vez e olhou no fundo dos meus olhos.

– Admitir meus erros... Nunca pensei que fosse dizer isso, mas pela primeira vez, percebo que me tornei igual a Bruce... Não só pelo uniforme, pelo dever. Meu coração parece ter assumido junto com meu corpo o título de cavaleiro das trevas. Você sabe muito bem que nunca quis ser como ele. Não enxergar o mal que lhe causei, um por um... Faz com que eu me sinta um monstro. Kory, me perdoe. Por favor.

Sem conseguir mais suportar mais que aquilo, apenas assenti com a cabeça e voei alto, me dando tempo suficiente de perceber a única lágrima que escorria pelo rosto de Dick Grayson ao me ver partindo.

Klorbag = Expressão tamaraneana para "idiota"


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Notas finais do capítulo

As coisas nunca pareceram tão claras para Estelar, agora decidida a deixar a Terra para reconstruir seu planeta natal, Tamaran. O último capítulo da fanfic "Codinome Estelar" promete muita emoção em uma despedida incrível, além de várias surpresas!!



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