Obsessão escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Novo capítulo na área. Espero que gostem!
Por favor, deixem sua opinião nos comentários, pois só com as críticas de seus/suas leitores/as um/a escritor/a pode crescer.



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O mês de Novembro entrou junto com a baixa do clima. Apesar de ainda ser Outono, o frio era maior do que no início das aulas. Hermione e Draco não se falavam, nem se enfrentavam. Ele não tirou mais satisfações pelo acontecido em Hogsmeade e muito menos falaram daquela noite do Terceiro Andar. Mas, para a surpresa de Hermione, Draco articulou para que eles fizessem dupla em uma das aulas de Poções. Apesar disso, Draco fingiu que foi um completo e terrível acidente.

— Não ache que vou fazer a Poção sozinha, Malfoy. – Ela sussurrou.

— Eu não pedi para você fazer sozinha, Granger. – Ele também sussurrava.

— E ai de você se fizer alguma coisa errada. Não posso abaixar meu desempenho por causa de você.

— Você fala assim como se eu tivesse notas ruins.

— Digamos que seu desempenho não é o melhor de Hogwarts, Malfoy.

— Senhorita Granger e Senhor Malfoy, os dois gostariam de dividir com a turma essa incrível discussão que estão tendo? – Snape perguntou.

— Desculpa, Senhor. – Hermione falou de cabeça baixa. Malfoy, porém, não disse nada.

— Hoje – Snape começou a dizer –, vocês irão abrir o livro de vocês e farão a Poção da página 257. Vocês têm exatamente uma hora para fazê-la, nem um minuto a mais... Podem começar.

Hermione e Draco abriram seus respectivos livros. Hermione começou a pegar os ingredientes para colocar para o Cadeirão. Draco olhava para ela.

— Não vai fazer nada, não? – Ela perguntou.

— O que você quer que eu faça? – Hermione se sentiu confusa por um segundo. Aquela pergunta não era típica de Malfoy.

— Controle a temperatura do Caldeirão.

— Como assim? Não é só ligar a fogo?

— É... Se você quiser que o Caldeirão exploda!

Hermione e Draco fizeram a Poção calados. Estavam tensos pela proximidade. Ela dava as coordenadas e ele fazia sem questionar. Foram os primeiros a terminar.

— Vejamos... – disse Snape olhando a Poção deles. – Parabéns, Senhor Malfoy. Ótima Poção.

— Ahn? – Hermione olhou para Harry e Ron. Achava um absurdo que Snape não tivesse a parabenizado, afinal, o mérito era mais dela que de Malfoy. – Eu também fiz a Poção, Senhor. – Ela disse com cautela.

— Lhe perguntei algo, Senhorita Granger? – Snape perguntou.

— Não, Senhor. – Ela abaixou a cabeça.

Após a aula, Hermione foi falar com Draco.

— Seu idiota! – Ela disse enquanto eles deixavam as Masmorras.

— Idiota, eu?

— Eu que te disse o que era pra fazer. Sem mim você não teria feito aquela Poção! E você não disse nada pro Snape!

— Sabe, Granger... Achei que você estaria acostumada com essas coisas... Esse é o preço que se paga por ser Sangue-Ruim. – Ele tinha um sorriso no rosto. Porém, Hermione tinha lágrimas nos olhos. Sem querer ouvir mais nada de Malfoy, ela foi direto para a Sala Comunal da Grifinória.

— Seu imbecil! – Ron falou para Malfoy assim que Hermione foi em direção à saída das Masmorras. Ele e Harry foram atrás da amiga.

— Não fica assim, Hermione. – Harry falou ao entrar na Sala Comunal da Grifinória.

— Você sabe que o Malfoy é assim... – Ron falou.

— Não é a primeira vez que ele te ofende. – Ela não respondeu aos amigos. – Hermione... Você está chorando?

— Claro que não. – Ela disse subindo rapidamente as escadas do dormitório.

— O que deu nela? – Ron perguntou.

— Eu não sei...

— Tem alguma coisa acontecendo. Desde o Terceiro Ano que ela não escuta uma ofensa do Malfoy e fica calada.

— Eu sei que tem alguma coisa acontecendo, Ron... – Harry se sentou numa poltrona do lado da lareira. – Mas, eu não faço ideia do que pode ser.

— Será que ele tem chantageado ela? Ameaçado? – Harry ficou pensativo com a pergunta de Ron.

— Acho que não... – Harry falou por fim.

Quase no final da tarde, Harry, Ron e Hermione foram até a Cabana do Hagrid e, ao saírem pelo quadro da Mulher Gorda, notaram que Malfoy estava perambulando pelo Sétimo Andar.

— Aí tem coisa! – Ron disse. Porém, Harry não deu cabo ao assunto, pois percebeu que Hermione não queria falar de Malfoy. Saíram da Cabana de Hagrid ao escurecer, já que ele não permitira que eles ficassem mais.

As noites de Inverno eram bem entediantes, já que não podiam sair do Castelo após escurecer e naquela estação isso acontecia bem cedo. Apesar de ainda ser Novembro, o clima já era característico de Inverno.

Hermione ficava na Biblioteca ou às vezes na Torre da Grifinória estudando. Durante as semanas que se seguiram, Hermione notou que Draco estava indo com bastante frequência a Biblioteca. Também começou a vê-lo com bastante frequência no Sétimo Andar, além de continuar tentando fazer dupla com ela em algumas aulas. Depois daquela aula de Poções fizeram dupla em mais duas delas e em todas elas apenas ele recebeu o mérito pelo sucesso da Poção. Inicialmente, ela pensou que tudo que ele queria era aumentar seu desempenho e se mostrar para os professores. Mas, então, após a segunda semana de Draco tendo tal comportamento, ela começou a se indagar do que realmente poderia ser. Por um segundo passou por sua cabeça que ele queria ficar perto dela, lembrando-se das duas vezes que se beijaram, mas no segundo seguinte, tratou de esquecer essa hipótese. Tentava ao máximo não se lembrar dos beijos, pois, apesar de negar para si mesma, ficara muito abalada com as situações que esteve vivendo com Draco.

Num dia à noite, enquanto Harry e Ron conversavam sobre Quadribol, Hermione estava na Biblioteca. Quase ninguém estava lá. Ela procurava um livro complementar de Aritmancia em uma das prateleiras do fundo do local.

— Granger? – Hermione se assustou deixando um livro cair no chão.

— Malfoy?

— Estudando?

— Estou. – Ela disse se abaixando e pegando o livro. Ele a observou. – O que você quer? – Ela disse devolvendo o livro para a prateleira.

— Você tem feito muito essa pergunta, Granger.

— Eu pararia de fazer se você voltasse a agir como antes.

— Como antes?

— Ficando o mais longe possível de mim. – Ela cruzou os braços e se encostou nas prateleiras.

— E quem disse que estou me aproximando de você? – Ela indagou seriamente.

— Acho que nos anos anteriores você não agiu dessa forma. Ao contrário, saia de um lugar se eu estivesse nele. O que você está tramando? É algo contra o Harry? – Malfoy riu.

— O Potter! Por que todos acham que tudo que eu faço é por causa do Potter?

— Porque tudo que você gosta de fazer é provocá-lo. Você não gosta dele e faz de tudo, sempre fez de tudo, para que ele se desse mal. Ou melhor, você sempre fez de tudo para que todos nós nos déssemos mal. – Ela disse se referindo a ela, Harry e Ron. Malfoy ficou parado, olhando para Hermione, com um sorriso no rosto. Ela, ao terminar de falar, começou a encará-lo. Ele se aproximou a lentos passos e Hermione engoliu em seco quando ele parou a apenas centímetros dela. Sem saber o porquê, Hermione deu um pequeno passo a frente, ficando ainda mais perto dele. Ele sorriu para ela e retribuiu o sorriso. Esqueceu-se de quem era Draco Malfoy, apenas queria que se beijassem novamente. A respiração de ambos estava pesada, estavam tensos com a situação. Fecharam os olhos no mesmo momento, e se beijaram. Hermione tinha as mãos sobre os ombros de Draco e ele tinha as mãos na cintura dela. Eles puxavam o corpo do outro contra si e aumentavam a intensidade do beijo.

A biblioteca estava silenciosa e não tinha nada que poderia atrapalhar os dois, a não ser seus pensamentos. Draco imaginou como o pai agiria se descobrisse que havia beijado uma Nascida Trouxa e no mesmo momento ele se afastou de Hermione. Eles se olharam, ofegantes. Ele pedia desculpas com o olhar e saiu rapidamente da biblioteca. Ambos se sentiam confusos. Hermione ficou paralisada por bastante tempo, até que resolveu ir embora também. Levou um livro consigo, mas não foi diretamente para a Torre da Grifinória. Não queria ter que responder a Harry e Ron porque estava calada. Perambulou pelo Castelo por algum tempo até que deu conta que estava perto das Masmorras. Abraçou o livro contra si e fechou os olhos. Sentia-se exausta e confusa. Não queria que os Sonserinos a vissem ali, mas tampouco queria ir embora. Subitamente ela se virou para trás com intensão de ir para a Torre da Grifinória, mas se deparou com Draco. Pensou que ele iria fazer algum tipo de brincadeira, mas se surpreendeu quando ele não o fez. Ele parou onde estava e a encarou. Segundos depois, ele voltou a andar, dirigindo-se para as Masmorras. Hermione soltou um denso suspirou e se dirigiu para a Torre da Grifinória.


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