Obsessão escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Novo capítulo na área. Espero que gostem!
Por favor, deixem sua opinião nos comentários, pois só com as críticas de seus/suas leitores/as um/a escritor/a pode crescer.



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Quando Hermione chegou na área externa do Castelo em que tinham combinado, sentiu-se bem em ter levado Harry e Ron. Com Draco estavam Crabbe, Goyle e Pansy.

— Pronta para perder, Granger?

— Eu é que pergunto, Malfoy. – Ele riu.

Draco e Hermione começavam a se posicionar para iniciar o duelo, porém Harry os interrompeu.

— Esperem!

— O que foi, Potter? – Malfoy perguntou impaciente.

— Quais as regras?

— Regras?

— É isso mesmo. – Hermione afirmou aliviada por Harry ter se lembrado. – Temos que ter regras. Nada de Maldições Imperdoáveis, Malfoy.

— Tudo bem.

— E nenhum feitiços que a leve para a enfermaria – Ron disse.

— Até seu amigo, Granger, sabe que você vai perder. – Draco riu. Hermione o encarou. – Mas não. Se não, não é duelo.

— Tudo bem. – Hermione falou.

— Hermione!

— Tudo bem, Ron. Pode ir pra lá. – Ela disse firme.

Draco e Hermione se posicionaram. Porém, não se cumprimentaram como os bruxos fazem quando vão duelar. Apesar de não terem combinado nada sobre pular essa parte, Hermione suspeitava que Draco não a respeitaria.

— Estupore! – Ele gritou.

— Protego! – Ela gritou no mesmo momento. – Expelliarmus! – Ela gritou em seguida, mas Draco foi mais rápido e desviou.

— Estupefaça! – Ele gritou.

— Protego! – Ela conseguiu se proteger novamente. – Levicorpus! – Ela gritou, porém Draco não foi tão esperto, de cabeça para baixo, foi elevado ao ar. Hermione sorriu triunfante.

— Liberacorpus! – Goyle gritou e Malfoy voltou ao chão.

— Idiota! Trapaceiro! – Ron gritou.

— Mobilicorpus! – Hermione gritou antes que Draco lançasse um feitiço sobre ela. Ele foi novamente elevado ao ar, mas desta vez com Hermione no controle. Após alguns segundos, ela o soltou bruscamente no chão.

— Sempersartium! – Draco gritou antes de se levantar e uma serpente saiu da varinha dele.

— Vipera Evanesca! – Hermione gritou antes que Harry chegasse até ela.

— Everte Statum! – Draco gritou e Hermione foi lançada para longe, rodopiando no ar. Draco, Crabbe, Goyle e Pansy riram. – Estupore! – Ele gritou quando ela começava a levantar.

— Protego! – Ela gritou ao perceber que Draco iria conjurar outro feitiço. – Locomotor Mortis! – Ela gritou em seguida. As pernas de Malfoy foram paralisadas. – Estupefaça! – Ela gritou em seguida, sem dar tempo de Malfoy conjurar outro feitiço contra ela. Ele caiu no chão, inconsciente. Hermione olhou para os três amigos de Malfoy e sorriu vitoriosa. Harry e Ron foram até ela comemorar.

— Vamos ter que leva-lo na enfermaria. – Pansy falava descontroladamente. – Ele não acorda.

— Seus idiotas! – Hermione disse chegando perto deles. – Ennervate! – Draco começou a acordar.

— O que você fez, Hermione? – Ron perguntou inconformado.

— Já ganhei, Ron. – Ela falou alegre. – O que importa agora?!

O trio saiu deixando Pansy, Crabbe e Goyle olhando atônitos para eles, enquanto Draco se levantava.

— Acho que alguém vai ter que beijar a Sangue-Ruim. – Pansy falou se divertindo.

— Quê?

— Você perdeu, Malfoy. – Ela falou.

— Por culpa de vocês! – Ele disse rispidamente.

— Nossa? Não éramos nós que estávamos duelando. – Ela retrucou.

— Mas não me acordaram! Seus incompetentes. Se tivessem revertido o feitiço antes da Granger ir embora eu teria vencido.

— Não adianta, Draco. – Pansy falou. – Você vai ter que beijar a Sangue-Ruim.

— Eu? Eu não vou encostar as minhas mãos naquela nojeira.

— Você apostou. – Goyle lembrou.

— Cala a boca, seu idiota.

*****

— Eu estou doido para ver a cara do Malfoy! – Ron exclamou enquanto passavam pelo retrato da Mulher Gorda.

— Eu também – Hermione disse ainda degustando o sabor da vitória.

— Acho que deveríamos comemorar, não é? – Ron perguntou.

— Tenho que fazer uma lição de Runas Antigas.

— Fala sério, Hermione! É final de semana e você acabou de derrotar o idiota do Malfoy.

— Vai, Hermione... – Harry se pronunciou pela primeira vez. – Vamos fazer alguma coisa que não seja estudar.

— Não... Prefiro fazer minha lição logo.

— Ah... Hermione! – Harry protestou.

— É sério. A vitória foi ótima, mas vou estudar.

— Já que você insiste... – Harry se deu por vencido.

Ele e Ron foram até a Cabana do Hagrid, mas não o encontraram, porém encontraram Fred e George no caminho e, em seguida, Luna.

Hermione, ao terminar a lição, sentiu-se um pouco sufocada. Resolveu ir até a Torre de Astronomia observar o céu do fim de tarde. Quando ela estava saindo da Sala Comunal da Grifinória, Pansy, Crabbe e Goyle – que estavam por perto – obrigaram Malfoy a segui-la.

— Vocês acham que podem me obrigar a algo? – Ele protestou. Porém, para não continuar escutando os amigos falarem, acabou concordando. – Tudo bem. Eu vou seguir a Sangue-Ruim, mas vocês fiquem aqui.

— Claro que não! – Pansy protestou.

— Então, eu não vou. – Draco disse.

— Você apostou. – Ela lhe lembrou.

— Eu sei. – Ele admitiu contra sua própria vontade. – E vou cumprir, mas vocês ficam aqui.

— E como vamos saber se você realmente cumpriu a aposta?

— Sou um homem de palavra. – Ele respondeu.

— Ok. – Ela disse se dando por vencida, sabia que discutir com Draco não era nunca uma boa opção.

Hermione – seguida por Draco – chegou até a Torre de Astronomia. Subiu e ficou observando a tarde de Outono cair. Fechou os olhos e deixou que o vento levasse toda a energia pesada que estava sentindo.

Draco estava escondido a observando. Queria ir embora e dizer a todos que a beijara, mas, pensou, e se forem perguntar a ela? Draco não gostava de perder um desafio. E, deixar de beijá-la seria ser derrotado duplamente. Deu um passo a frente, mas pensou que por causa do beijo poderiam infernizá-lo com brincadeirinhas por um longo tempo. E se o beijo chegasse aos ouvidos de seu pai? Draco congelou. Engoliu em seco e sem saber o porquê, por um impulso, deu mais alguns passos a frente.

— Granger?

— Malfoy? – Hermione estava surpresa. Ele a encarou, ficando parado. – O que quer? – Ela perguntou.

— Nada. – Ele engoliu em seco novamente. Hermione voltou a olhar para o horizonte. – Granger? – Ele a chamou após alguns segundos de silêncio.

— O que é? – Ela perguntou impaciente, virando-se novamente para ele.

— Pode vir aqui? – Draco estava a apenas alguns passos à frente do final da escada de caracol.

— O que você quer, Malfoy? – Ela perguntou desconfiada.

— Falar com você.

— O que você está tramando?

— Nada.

— Não acredito.

Lentamente, Malfoy tirou a varinha do bolso e a colocou no chão, um pouco distante de onde ele estava. Após coloca-la lá, voltou para perto da escada.

— E agora? – Hermione hesitou, mas deu três passos a frente.

— Vai falar o que você quer?

— Ainda não, Granger.

— Qual é o seu jogo, Malfoy?

— Chega mais perto. – Ele pediu. Ela hesitou, mas se aproximou ficando a mais ou menos um metro dele.

Não falaram por alguns segundos. Ambos tinham as respirações agitadas, e ambos tentavam controlá-las. Hermione tentava ler a expressão de Draco para desvendar o que ele queria com ela, mas não conseguia. Draco olhava para Hermione, mas não conseguia nem beijá-la nem ir embora. Ela queria entender o que ele queria, mas não conseguia perguntar e tampouco ir embora.

De repente, Draco, rapidamente, puxou Hermione para si, virou-se a encostando entre uma pilastra e ele.

— O que... – Hermione foi interrompida por um beijo. Incialmente, Draco estava tenso, mas segundos depois, entregou-se ao momento. Ele pressionava seu corpo contra o dela, aumentando a intensidade do beijo. Hermione, por sua vez, tinha as mãos sobre o tórax de Draco, tentando afastá-lo, em vão. Ele pressionou seus dedos frios e finos, porém firmes, na cintura dela, fazendo com que ela se rendesse, de certa forma, parando de tentar afastá-lo. Ela permitiu-se sentir todas as reações que a língua avassaladora de Draco lhe causava, porém quando finalmente ia se entregar por completo, enlaçando seus braços no pescoço dele, puxando-o mais para si, lembrou-se de quem estava beijando: Draco Malfoy. O idiota metido a Sangue-Puro que a desprezava por ser Nascida Trouxa, que desprezava seus amigos e que sempre fizera de tudo para prejudicar Harry. Então, ela puxou uma força que não sabia que onde tirou e o empurrou.

— Quem está pensando que é, Draco Malfoy? – Ela gritou e passou a mão nos lábios como se estivesse limpando algo muito nojento. – Eu não sei qual o seu jogo, muito menos o que você quer, mas é bom que me deixe fora de tudo, tudo que esteja armando! – Ela se virou para ir embora, mas deu meia volta e olhou para ele. – E é bom que ninguém fique sabendo dessa nojeira que acabou de acontecer ou eu não respondo por mim. E acho que depois do duelo de hoje você sabe muito bem do que sou capaz! – Hermione falou depressa sem parar nem para respirar. Saiu logo em seguida deixando Draco paralisado e sem saber o que fazer. Depressa, ela desceu as escadas da Torre de Astronomia e foi correndo para a Sala Comunal da Grifinória, passou direto para seu dormitório, fazendo com que alguns alunos olhassem para ela.

Draco, depois um ou dois minutos tentando processar tudo que acontecera, pegou sua varinha e saiu da Torre de Astronomia. Esqueceu-se por completo de Pansy, Crabbe e Goyle. Foi direto para as Masmorras, quando os encontrou saindo da Sala Comunal da Sonserina.

— E ai? – Pansy perguntou.

Draco não sabia se contava a verdade ou mentia. Não tinha medo de Hermione, seu orgulho falava mais alto. Mas pensava que seria melhor que ninguém soubesse do beijo. Seria uma vergonha para ele e para sua família caso esse fato fosse muito falado e as consequências não valeriam o gosto de ver Hermione sendo humilhada.

— Não deu certo. Ela não ficou muito tempo por lá. Acho que foi encontrar os amiguinhos dela.

— Então, depois você tenta de novo. – Pansy insistiu.

— Quem você acha que é Pansy? Você não é ninguém... Você não é ninguém que tem poder de dizer o que eu tenho ou não que fazer.

— Mas...

— Mas nada, Pansy – Draco estava nervoso. – Acho que papai não vai gostar nada de saber que você anda me pressionando para beijar uma Sangue-Ruim. Agora, saiam da minha frente. – Draco deixou os amigos parados e entrou na Sala Comunal da Sonserina, indo direto para seu dormitório. Confuso, Draco se sentou em sua cama. Sentia que queria mais, que tudo que queria era vê-la e beijá-la novamente. Levantou bruscamente e chutou a cama com força para tentar extravasar um pouco da raiva que sentia.


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