Obsessão escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643229/chapter/1

Hermione chegou à estação de King’s Cross e foi em direção a Plataforma 9 ¾ olhando para os lados a procura de Harry ou Ron. Ao chegar a frente da Plataforma 9 ¾, olhou para os lados para assegurar que nenhum Trouxa a visse e concentrada passou pela parede. Ao chegar do outro lado, olhou em volta ainda procurando pelos amigos, porém foi interrompida.

— Olha, olha. De volta a Hogwarts, Sangue-Ruim? – Malfoy perguntou. Crabbe e Goyle riram.

— Não enche, Malfoy.

— Ah... É? Quem vai me impedir? – Ele perguntou dando dois passos à frente.

— Ah... – ela disse como alguém que se lembra de algo. – Esqueci-me do seu incrível e patológico amor por mim... – Malfoy, Crabbe e Goyle riram.

— Você só pode estar de brincadeira. – Ele falou ficando sério.

— Então por que você não me deixa em paz? É a única explicação lógica para isso.

Malfoy cruzou os braços.

— Acho que você é quem tem um incrível e patológico amor por mim... – Ele sorriu ironicamente. – Sou um Malfoy, Granger. Um Sangue-Puro como eu jamais olharia para alguém inferior, Sangue-Ruim, como você.

— Sério, Malfoy? – Ela riu.

— Qual a graça, Sangue-Ruim?

— Você tem o mesmo discurso desde que entramos pra Hogwarts... Que falta de criatividade!

— Acha que vou gastar minha criatividade com você, Granger?

Hermione não teve tempo de responder, pois naquele momento, Harry e Ron chegaram à Plataforma.

— Hermione! – Ron exclamou.

— Ron! – Hermione abraçou o amigo. – Harry! – ela o abraçou após abraçar Ron.

— Tudo bem? – Harry perguntou à amiga.

— Melhor agora. – Ela respondeu sorrindo. – Estava com saudades de vocês.

— Estávamos com saudades de você também – Ron falou.

— Passei as férias na Toca – Harry falou – Você recebeu minha coruja?

— Recebi, mas não pude ir. Viajei com meus pais.

— Foi legal? – Ron perguntou.

— Foi ótimo. Estava com saudades deles.

— Ahh... Que bonito! – Draco exclamou de forma sarcástica – A Sangue-Ruim estava com saudades dos papaizinhos trouxas.

— Cala boca, Malfoy – Harry falou.

— Ou o que, Potter?

— Vamos – Ron disse – Não vale a pena perder tempo com ele.

— Nossa, você me impressionou agora, Weasley – Draco falou em tom de provocação.

_ O que você ainda está fazendo aqui, Malfoy? – Hermione perguntou impaciente. – Será que a nossa companhia é tão boa assim?

— Cuidado, heim – Harry falou para Crabbe e Goyle – Acho que o amigo de vocês está querendo mudar de lado.

— Cala a boca, Potter. – Malfoy respondeu ríspido.

— Fala sério, Malfoy. Você é ridículo. – Hermione falou indo em direção ao trem. Harry e Ron a seguiram.

*****

Já na cabine, Ron perguntou:

— O que o Malfoy queria, Hermione?

— Encher o saco. – Ela respondeu com os olhos numa reportagem do Profeta Diário.

— Mas ele te ofendeu?

— Não falou nada, além de me chamar de Sangue-Ruim. – Ela fingia não dar importância, apesar de ainda tomar como ofensa.

— Não liga. Ele é um idiota.

— Eu sei.

— Pasquim? – Luna abriu a porta da cabine.

— Oi, Luna. – Harry a cumprimentou.

— Oi, Harry.

— Quer se sentar aqui?

— Obrigada. – Luna entrou e fechou a porta. Sentou-se ao lado de Hermione. Ron e Harry estavam sentados de frente das meninas.

O silêncio pairou por alguns segundos.

— Aconteceu alguma coisa, Harry? – Hermione perguntou deixando o Profeta Diário de lado.

— Não.

— Está calado.

— Não é nada.

*****

— Maldita Sangue-Ruim! – Draco exclamou raivoso em sua cabine.

— O que foi, Draco? – Crabbe perguntou.

— O que foi o quê, idiota?

— Por que você está assim?

— Porque eu odeio aquela Sangue-Ruim, isso é motivo suficiente pra você? – Crabbe ficou quieto. – Como eles ousam me desafiar?! Potter, filho de Sangue-Ruim. Weasley, traidor de sangue. Eu sou Draco Malfoy. Tenho Sangue-Puro. Sou um Malfoy.

— Deixe-os pra lá. – Pansy falou. – Eles não valem o seu tempo.

— Eu pedi sua opinião? – Draco indagou Pansy. A menina se calou, olhando de cara fechada para Draco. Em seguida, ela pegou uma edição do Profeta Diário que estava no banco ao seu lado.

*****

Os alunos chegaram em Hogwarts e foram para o Grande Salão. Após a cerimonia de seleção das Casas dos alunos do primeiro ano e alguns avisos do professor Dumbledore o banquete se iniciou.

— Todo ano a mesma coisa. – Hermione falou olhando para Ron que estava sentado exatamente a sua frente.

— O que? – Ele perguntou enquanto mastigava uma coxa de frango.

— Você... Comendo como se nunca tivesse visto comida na vida. – Hermione sorria. Ron deu os ombros e mordeu mais uma vez a coxa de frango.

— Aconteceu alguma coisa, Harry? – Luna perguntou para o amigo que estava sentado entre ela e Hermione.

— Nada... – Ele sussurrou pensativo. – É só que... Que... Sinto falta do Sirius. Estou me sentindo sozinho. – Ele continuava sussurrando, mas mesmo assim, Hermione ouviu.

— Harry – Hermione falou num tom de voz baixo –, você não está sozinho. Você tem a gente. Além disso, é só um tempo. Logo que Sirius conseguir provar sua inocência diante do Ministério você poderá ir morar com ele.

— Obrigado, Hermione. – Ele olhou e sorriu para a amiga. Em seguida, voltou a tomar seu Suco de Abóbora.

— Soubemos que o Malfoy te incomodou na estação. – Fred disse à Hermione. Ele estava sentado ao lado de Ron e George ao lado dele.

— Não se preocupem... Ele só foi o idiota de sempre. Prefiro esquecer isso.

— Tem certeza? – George perguntou. – Se quiser nós damos um susto nele.

Hermione sorriu para os gêmeos.

— Não, obrigada.

— Não? – Ron perguntou deixando a comida de lado pela primeira vez. – Ele merece.

— Deixa pra lá, Ron. Não quero problemas.

— Mas quem terá problemas são eles, não você. – Ron falou se referindo aos gêmeos.

— Mesmo assim, deixa pra lá.

Draco encarou Hermione por alguns segundos. Ron, Fred e George olharam para trás, e Draco desviou o olhar.

— Eu ainda acho que a gente devia dar uma lição nele. – Fred comentou.

— Façam se quiserem, mas não por mim. – Hermione voltou sua atenção para sua refeição.

*****

Já na Sala Comunal da Grifinória, Ron perguntou a Hermione:

— Este ano você não escolheu todas as matérias eletivas não, né?

— Não. – Hermione respondeu enquanto lia uma página do novo livro de Poções. – A professora McGonagall deixou claro no terceiro ano que eu não poderia usar o Vira-Tempo novamente.

— Você escolheu o que?

— Aritmancia e Runas Antigas.

— E você, Harry?

— Trato das Criaturas Mágicas e Adivinhação – Harry respondeu lendo uma notícia do Profeta Diário.

— Ficamos juntos em Adivinhação. Escolhi Estudo dos Trouxas também.

— Por quê? – Hermione perguntou. – Seu pai sabe muito sobre eles.

— Justamente por isso. Papai diz que é muito interessante. – Eles ficaram quietos por alguns segundos. – Inclusive ele queria conversar mais com vocês. – Ele falou se referindo a Hermione e Harry.

— Será um prazer. – Harry ainda olhava o Profeta Diário.

— Qual a primeira aula de amanhã?

— Não sei. – Harry respondeu.

— Hermione?

— Poções.

— Caramba! Aguentar o Snape na primeira aula?

— É... – Harry concordou colocando o jornal de lado. – Vamos visitar o Hagrid?

— Vamos. – Ron se levantou.

— Hermione? – Harry chamou. Ela olhou para o amigo.

— Não... Vão vocês.

— Fala sério, Hermione. Você lê isso depois.

— Vão... Vocês. – Ela falou lentamente, voltando para a leitura.

— Ela não cansa de estudar? – Ron perguntou enquanto passavam pelo quadro da Mulher Gorda.

— Acho que não.

— Eu acho que ela está estranha.

— Estranha? Como?

— Sei lá... Acho que ela ficou mal pelo Malfoy ter a chamado de Sangue-Ruim.

—Isso não é um elogio, Ron...

— Eu sei... Mas, ela já devia estar acostumada... Pelo menos vindo do idiota do Malfoy.

— Será que aconteceu alguma coisa? – Harry e Ron terminavam de descer as escadas.

— Não sei...

— Olhem só... Se não é o filho da Sangue-Ruim e o Traidor de Sangue – A voz de Draco Malfoy tirou Harry e Ron de sua conversa.

— Não enche, Malfoy. – Harry falou.

— Seu idiota! – Ron falou indo para cima de Draco e Harry o segurou.

— Calma, Weasley. – Draco ria.

— O que você falou para a Hermione, seu idiota?

— Nada... – Draco deu os ombros – Por quê?

— Porque ela está chateada!

— Ui, fiquei com pena da Sangue-Ruim. – Crabbe e Goyle riram.

— Deixe-o pra lá, Ron. – Harry tentava arrastar o amigo para longe de Draco. – Não vale a pena.

— Qual é, Harry?

— Quer arrumar confusão no primeiro dia?

— Harry, é noite. E, estamos indo ver o Hagrid. Isso não seria arrumar confusão? – Ron sussurrou.

— É diferente.

Os amigos ficaram calados até chegar à cabana do Guarda-Caça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Obsessão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.