Ainda tenho Esperança! escrita por Ela Marie Lynch


Capítulo 27
Três primeiros meses...


Notas iniciais do capítulo

Finalmente...



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Já se passara três meses desde quando descobri do meu herdeiro, fruto do meu amor com Ally. Ainda estou um pouco assustado e me acostumando com isso, mas já consigo processar a realidade.  

 Até os dias de hoje não consegui um bom momento para contar sobre nosso bebê com meus pais. Estou tentando de todas as formas, pensar em alguma forma de contar, mas meu medo da reação dos dois me deixa meio que travado e sem coragem de abrir o assunto.

 Ally esta indo muito bem com tudo agora que temos o apoio de sua mãe. Penny parece mais animada e convertida com o assunto de termos mais um membro na família, ela ate dá palpites sobre nomes que poderemos escolher e ate já esta imaginando como seria tudo.  

 Bom, já estamos no final do mês de Maio e faltam apenas seis dias para entrarmos de férias de verão, e estou superanimado com isso. Ally esta estudando bastante, e por causa de sua perca de memoria, o conselho da escola abriu uma exceção dando para ela provas a mais para ela tentar passar de ano, e não tenho duvidas que ela ira passar, essa morena é demais. Ally vai muito bem em suas aulas particulares e aprende rápido qualquer conteúdo que “revê” e eu estou orgulho de saber que ela é inteligente o bastante e é focada o bastante para conseguir passar e ir para a faculdade. E falando em faculdade, não tenho ideia do que eu possa fazer; dou-me bem com fotografia, mas também amo musica e também me acho bom em tecnologia. São tantas opções que me deixa nervoso, e o pior de tudo, é que preciso decidir isso em um mês para eu fazer um prova e tentar passar em alguma faculdade federal. Sinto um pouco de pena da Ally nesse assunto, pois antes de toda essa confusão por causa do acidente, ela estava cheia de planos para seu futuro e já tinha decidido o que iria fazer. Ela queria tentar praticar algo que envolva medicina ou musica, ela ate tinha se inscrevido para fazer uma prova mais para o meio das férias, mas infelizmente a faculdade soube sobre seu caso e suspendeu sua vaga de inscrição para a prova, achando que ela não estava qualificada o bastante para passar para a segunda fase, asar deles, perderam uma pessoa brilhante, minha morena é muito inteligente e com toda certeza seria capaz, mas fazer o que... E sim, Ally ficou muito triste com isso, mas ela não deixou isso a abalar. Ela acredita que se com isso não deu certo, pode acontecer algo bem melhor depois, isso me deixa com mais orgulho ainda dessa garota.

 Mas, mudando um pouco de assunto... A minha relação com Dallas desde quando nos espancamos do ginásio do colégio, esta mais tensa. Não consigo olhar para ele sem me lembrar que ele beijou A FORÇA a MINHA namorada. E com isso, fico cada vez mais com vontade de avançar nele quando passamos um perto do outro. Normalmente, esse moreno esta andando meio estranho, com isso quero dizer; andando com os ombros erguidos, sorrindo mais, realmente estou um pouco desconfiado dele, não sinto raiva ou algum tipo de inveja por sua felicidade, apenas acho isso um pouco estranho, pois da ultima vez que o vi andando dessa forma, faz anos atrás, na época que ele namorava Ally.

 - Está concentrado em que? – Ally senta ao meu lado sem se mover muito, como se eu fosse um estranho, isso me incomoda um pouco, mas eu deixo isso um pouco de lado.

 - Estou pensando em como minha vida mudou de seis meses para cá. Tenho você novamente e estou me preparando para ser pai e ainda nem contei para meus pais sobre isso. – respiro fundo.

 - Estava pensando nisso um pouco antes de você chegar. Como estamos quase de férias e já vamos nos formar do ensino médio, estava pensando em dar isso como desculpa e marcar um jantar aqui em casa dizendo que estamos comemorando a nossa formatura, e quando for á hora, contamos... juntos. – Ally pega em minha mão quando pronuncia a palavra “juntos” e ficamos um tempo nos encarando, ate eu tomar a iniciativa de me aproximar de seus lábios e beija-la.

 - Acho uma ótima ideia – falei abafadamente durante o beijo.

 Beijamo-nos calmamente com sorrisos no meio de cada mini intervalo para podermos respirar. A deitei no sofá comigo ficando por cima dela colocando o peso do meu corpo em um de meus cotovelos. Ficamos nos beijando por um tempinho, até a morena finalizar com uma leve mordida sexy em meu lábio inferior.

 - Já disse para você que fico louco quando você faz isso!

 - Eu sei, mas eu adoro te provocar. Ainda mais dessa forma. – ela exibiu um sorrisinho de canto daqueles que deixa qualquer cara excitado e saio de cima dela.

 - Ah. Espere aqui. Eu já volto.

 Antes mesmo de eu pronunciar uma sequer palavra, Ally sai correndo e só percebo seu vulto subindo as escadas para o andar de cima.

 - Ally?!

 Levanto-me e sigo para o andar de cima a encontrando em seu quarto, prestes a subir em uma cadeira colocada, provavelmente por ela, em frente a seu guarda roupas, para tentar pegar algo.

 - Ei, ei. O que vai fazer? – falo me movendo para perto dela.

 Mesmo assim ela sobe em cima da cadeira, mas pela sua altura não alcança o topo, mesmo com os braços esticados, já que o topo do guarda-roupa é alto até mesmo para mim.

 - Quero pegar essa caixa. Mas não consigo alcançar, devo ter colocado muito para trás.  – ela aponta para uma caixa de cor vermelha de porte médio, e mesmo ela não conseguindo alcança-la, tenta sem parar.

 - Deixa comigo.

 A pego pela cintura e a coloco no piso. Subo em cima da cadeira e pego a caixa e dou a ela antes de voltar para o chão novamente.

 - Obrigada. – Ally agradece e vai em direção a sua cama com o objeto na mão e o abre. Vejo que dentro a vários cadernos que aparentemente ser diários.

 É mesmo!!! Por que não pensei nisso antes? Ela poderia ler seus antigos diário para tentar se lembra de alguma coisa! 

 Ao canto, há uma outra caixa de sapato toda encapada e decorada escrito na base “Nosso momentos... A&A!!!”. Minha morena pega essa caixinha e abre revelando que nela há varias fotos/lembranças nossas. Pego um bolo de fotos e começo a passar me lembrando de cada momento... Quando estávamos no parque, no shopping, deitados no meio da neve congelante abrindo e fechando as pernas e as mais para formar anjos e variar outras experiências.

 - Nossa Ally! Você guarda tudo!

 - Aqui é apenas a minoria. Achei outra caixa bem maior que tinha o quadruplo de fotos. Acho que essas devem ser as minha preferidas – ela ri pelo nariz – Eu não lembro o por quê separei. 

 - Talvez seja porque realmente seja as suas favoritas, pois também são as minhas!

 Ela olha para mim de uma forma tão puro e seu olhar sai algumas faíscas de brilho.

 - Ah! – exclama Ally e se levanta da cama indo em direção a prateleira onde fica seus milhares de antigos livros lidos, principalmente as series ‘A Seleção – Kiera Cass’ e “Divergente – Veronica Roth’ que são suas preferidas!

 Quando a morena se estica, dá para perceber uma leve ereção em sua barriga assim que sua camiseta sobe um pouco a deixando superfofa. Ally tira da prateleira um caderno marrom com a letra ‘A’ em EVA rosa com gliter e uma estrela prata colada ao canto esquerdo do caderno também feita com EVA com gliter. Não pude deixar de me recordar desse objeto; é o diário atual da Ally onde a maioria das coisas escritas nele é nossa historia do tempo mais feliz que tivemos. Nossas musicas, suas anotações do dia-a-dia e agênda.

 Na empolgação, quis pegar o diário, mas rapidamente Ally esquiva a mão e esconde o objeto atrás das costas.

 - Não toque no diário – a morena fala um pouco grossa – Eu acho que nem eu estou preparada para lê-lo.

  - Como assim? O diário não é seu? – perguntei um pouco confuso.

 - Sim, mas o problema é que eu não conheço a Ally que escreveu aqui. É como se eu fosse outra pessoa e estivesse xeretando algo que não é meu, por isso acho que não estou preparada... Preciso descobrir quem eu sou primeiro.

 Sorrio para ela e levemente concordo com suas palavras e a abraço. Pra falar a verdade, não tenho ideia do porque fiz isso, apenas senti que ela precisa de alguma ajuda para essa nova missão.

 - Eu quero ajudar você com isso. Quero te ajudar, a saber, novamente, quem você é. Posso te contar experiências e te levar a vários lugares que eram nosso preferidos.

 - Mas antes, você poderia me contar algo que realmente te marcou. Algo nosso... se é que tivemos alguma experiência do tipo.

 Nós nos soltamos do longo abraço e eu olho para ela.

 - Você não tem noção de quantas lembranças temos juntos, mas a minha preferida foi quando você pronunciou a palavra ‘SIM’...

 Comecei a contar para ela o dia em que a pedi em namoro enquanto ela prestava atenção em cada palavra, cada virgula... cada sentimento...

                                        (...) DIAS DEPOIS... (...)

 - Ally, Austin! – estávamos andando pelos corredores do colégio quando avistamos Tris e Dez – Como estão? – Trish perguntou enquanto puxava a mão de Dez “carinhosamente”.

 Ontem nós quatro ficamos juntos em minha, já que o “casal perfeito” reclamou que nós não nos víamos faz bastante tempo e realmente eles tinhas razão, estávamos muito afastados um do outro por isso chamei todos para minha casa aproveitar a piscina. Foi um dia muito divertido por sinal.

 Trish e Dez já sabem que Ally esta gravida, alias, a baixinha soube primeiro que eu e isso era uma das duas coisa eu Trish queria me contar no dia em que soquei Dallas. O casal jurou estar do nosso lado e que não iria contar a ninguém, eu acredito neles, pois eles são meus melhores amigos e sei que mesmo Dez sendo do jeito que ele é, uma das coisa que ele com toda  certeza tem de qualidade é guardar segredo e ser fiel aos amigos, e Trish a mesma coisa, isso é uma das coisa que faz o relacionamento deles evoluir.   

 - Ai Tris! Como quer que eu tenha um braço se você quer arranca-lo? – reclama Dez.

 - Desculpe – cinicamente Trish se desculpou – Só acho que deveria dar menos bola a aquelas liderezinhas de torcida prostitutas e prestar mais atenção em mim.

 - Ei! Eu não tenho culpa de ter recebido uma piscadela da Carie. Só sorri para ser educado.

 - Seu panaca, eu deveria te...

 - Calma gente. Bom dia para vocês também. – Ally pronunciou tentando cortar um pouco o estresse da Trish, por ela ter concluído uma teoria meio que nada a ver.

 Carie é apenas parceira e colega de Dez na aula de química, mas a baixinha insiste em achar que ela pode estar a fim dele. Carie é alta e magra, tem os cabelos louros praticamente do mesmo tom que o meu, e olhos azuis, mas sua postura e inteligência não é lá as mais atraentes. Mesmo ela sendo par perfeito para Dez, sei que ele não tem olhos para outra, a não ser Trish, que mesmo com esse jeito durão e agressivo é o que mais o trai nela, e mesmo assim, Carie gosta do Dallas. Há há; Como eu sei disso? Bom, longa historia, eu conto outra hora.

 - Trish, - começo – calma ai. Eles são só parceiros na aula química, nada a mais, e você sabe. Não sei por que insiste em colocar na sua cabeça que pode haver algum sentimento nisso? Dez ama você, ele não tem olhos para outra a não ser você.

 - Valew cara. – Dez agradeceu.

 Com toda certeza Trish não gostou deu ter me metido, mas acho que ela compreendeu que eu estava certo e acabou se calando para não ficar ruim para o lado dela.

 - Vamos nos alegra galera. – Ally começa – Hoje é nosso ultimo dia de aula do terceiro ano, e nós já vamos nos formar para entra na faculdade.

 - É mesmo, estava já me esquecendo disso, ate por que essa baixinha aqui me deixa atordoado.

 - Ei, eu não tenho culpa de você já ter nascido assim. 

 Rimos um pouco e fomos cada um para nossas salas de aula, pois só faltava dois minutos para o sinal bater. Minha aula agora é de – infelizmente – matemática e eu faço junto com Trish. Ally tem de historia e Dez de biologia.

  - Dez fala algo de você para mim? – pergunta á baixinha quando nós já estamos sentados apenas esperando o professor entrar na sala de aula.

 - Tanto que até fica chato

 - Eu não acho. – ela ri e eu a acompanho – Eu acho que eu devo pegar muito no pé dele. Eu sei que sou uma pessoa não muito fácil para se lidar, mas acho que meus ciúmes também pode ser considerado insuportável.

 - Bom, eu não posso falar nada. Você deveria falar com ele para tentar se resolver da melhor forma possível e tentar se controlar na hora que os ciúmes vir ao pé da letra, com isso quero dizer, sempre.  

 - Ei, não sou tão ciumenta. – olho para ela com um olhar não tão muito convencido assim – Tá bom, talvez um pouco. Mas antes de encerrar a conversa, queria saber... Como Ally esta lidando com tudo isso, quero dizer, saber que terá um filho. Estou preocupada com ela, faz tempo que não nos falamos, principalmente porque ela não tinha mais celular.

 - Ela esta bem. Tem dias que ela chora compulsivamente por causa disso e de não achar que esteja preparada para tal cargo, mas sempre quando isso acontece eu estou lá para consola-la.

 - Fico feliz que esteja perto dela quando precisa, mas eu queria ter essa proximidade também. Acho que tudo isso que aconteceu nos fez perder mais contato uma da outra, mesmo ela estando com outro numero de celular, eu tento mandar mensagem, mas ela se parece tão fria quando mando alguma coisa. Ela apenas responde ‘sim’ ou ‘não’, um simples emogi e quando pergunto algo que precise de mais palavras, ela responde brevemente e para de falar na hora, não sei o que esta acontecendo com ela.

 - É, normalmente ela esta andando fria. Achei que fosse apenas comigo por ela estar se acostumando, mas você acabou de me confirmar que não.

 O professor entra na sala e começa a fazer a chamada.

 - Conversamos depois. – fala Trish e ela volta para o lugar antes de ser chamada a atenção.

     (...)

 - Eu estou falando serio. Hoje é a ultima vez que eu ando de ônibus. – reclamei por conta do balançar que o trambolho que é chamado de meio de transporte faz – já cansei da minha vida sem meu carro. Se brincar acho que até desaprendi a dirigir.

  Ally gargalha do meu lado enquanto Dez e Trish riem nos bancos de trás.

 - É, vocês estão ai rindo porque não é com vocês. No meu caso isso foi muito injusto. Eu já sou um pai de família e já sei cuidar de mim o bastante para não ser mandado por ninguém.

 Não sei se é impressão minha, mas eu juro que vi o olhar da Ally brilhar quando falei que sou um pai de família.

— Ei, senhor “sei de tudo”. – começa Trish – É tão responsável que esqueceu da camisinha na hora H, né?

 - Isso é passado. – falei sem graça – Agora sou um novo homem.

 Um olhou para a cara do outro e novamente caíram na gargalhada. Ally só faltava entrar em trabalho de parto ali mesmo no banco do ônibus de tanto que a garota ria, e eu, apenas fiquei com cara de bobo até chegarmos ao nosso destino.

 Estávamos indo tomar sorvete para comemorar o ultimo dia de aula, e comemorar também por Ally ter ido bem em todas as matéria mesmo do estado que estava, quero dizer, a amnesia .

 - Em falar em carro. Cadê o seu ruivo?

 - O meu esta com alguns probleminhas no motor, mas assim que eu chegar irei dar um jeitinho nele.

 - Ummm... Meu namorado dando seu ‘jeitinho’ nas coisas – a baixinha aperta, com cuidado, as bochechas do ruivo formando um biquinho e beijando com selinhos depois.

 Para mim e para Ally a relação dos dois ainda é algo meio que um tabu. Olhamos um para a cara de besta um do outro e caímos na gargalhada, de novo.

     (...) 

 Chegamos na sorveteria e sentamos na “nossa” mesa que fica em um canto afastado perto da janela e chamamos a garçonete.

 -... querem que sabor? – perguntou ela

 - Eu quero uma bola Ferrero-Rocher, duas de pistache, três de Bombom e uma de Menta – pediu Ally.

 Todos nós a olhamos com espanto para a morena. Normalmente ela só pediria duas bolas de menta com frutas ou raramente mais uma de morango, mas agora ela exagerou pra caramba e olha que ela não pediu nenhuma do sabor preferido dela.

 - Que é gente. Eu amo sorvete, e vocês sabem muito bem disso.

 - É claro que sabemos disso, mas dessa vez você exagerou um pouquinho, não? - falei

 - Claro que não. Estou comento por dois agora, antigamente eu comia duas ou três bolas, agora são seis, sete... – concluiu ela da forma mais passiva possível, tão passiva que ate assustou.

 - Tá bom. – pronunciei

 - Quer alguma cobertura? – perguntou a garçonete simpática

 - Quero cobertura de chocolate, menta, morango, confetes coloridos, castanha picada e um pouco de leite em pó...

 Depois de anotado todos os nossos pedidos, a garçonete foi pegar nossos sorvetes e enquanto isso, ficamos conversando o quanto Ally esta comendo demais.

 - Ally minha querida amiga, tem certeza que é apenas um download que esta sendo carregado nessa sua barriguinha – Dez e suas famosas graças.

 - Eu acho que sim. Na verdade não fui na obstetra ainda para ver como está.

 - O QUE?! Austin, como você deixa isso acontecer. Ally você deveria ter ido assim que soube. Eu falei para você.

 - Eu sei, mas ainda não me senti confortável com isso. Nem parece real ainda que vou ter um filho.

 - Confortável ou não, realidade ou não, você precisa ir ver essa criança Ally Willow Dawson. Pelo menos já sabe a aonde ir?

 - Um médico, amigo de Penny, indicou uma medica boa. – interferi – Eu tento fazer essa moça se convencer que isso pode ser mais grave que imagina, mas ela não me entende.

 - Até eu aqui que não sou lá as pessoas mais responsáveis do mundo sei que isso é uma coisa seria, você também deveria se preocupar Ally. – Dez explica – Alias você é mãe desse bebê, e deveria estar se preocupando mais que qualquer um, com isso. Até parece que ele é um objeto qualquer, mas não é bem assim.

 - Nossa, soou estranho agora que você falou que eu “sou mãe desse bebê”. Nunca me coloquei nesse cargo desde quando descobri. 

 - Ele ou ela é um ser vivo Ally, um ser humano, nosso filho. Deve tratar o caso com tal razão. – falei – Você acreditando ou não, eu já amo essa criança. No começo estava aflito e sem saber o que fazer, mas agora ele já faz parte da família e principalmente de mim, e é muito importante. Então cuide dele ou dela do jeito que merece. Por favor...

 - Tá bom gente. Não precisa de tanto drama eu vou marcar para semana que vem assim que eu chegar em casa.

 Os sorvetes chegaram, e como o previsto, o de Ally era o maior, tanto que foi colocado em um pote um pouco maior que o de todo mundo, e ela comeu tudo na maior tranquilidade.

 Depois de ficarmos conversando um pouco e pagarmos a conta, Trish e Dez foram para suas casa e eu e Ally ficamos juntos e fomos para minha casa.

 - Você acha mesmo que não estou dando muita atenção Austin? – pergunta a morena quando já estamos no ônibus

 - A que você quer dizer?

 - Ao bebê. Acha mesmo que estou tratando o assunto como uma coisa banal?

 - Quem deve saber isso é você Ally. Eu não julgo ninguém, mas na minha opinião, você trata isso como se fosse um trabalho de escola ou uma simples lição de casa, você só faz quando quer, mas só que de acordo com o prazo e só acho que não é dessa forma que se deve tratar esse assunto. Com isso é o quanto antes possível.     

 Ela olha para mim com lagrimas nos olhos e chora no meu ombro. Acho que isso realmente a tocou. Que mãe iria gostar de ser chamada de irresponsável? Acho que nenhuma, né?

 - Calma meu amor, não precisa ficar assim. Até eu estou um pouco atordoado com isso tudo.

 - Mas não é assim Austin. Eu estou assustada com isso mesmo não parecendo e a melhor forma que encontrei de ignorar isso é tratando o assunto não tão importante como eu deveria tratar, mas isso não é o certo. De alguma forma eu estou o machucando e ele sente o que eu sinto...

 Eu a aconchego melhor em meu ombro e enquanto isso dou carinho em sua barriga em movimentos circulares imaginando que meu filho se localiza bem ali e isso me faz sorrir.

 Nós dois chegamos na minha casa e subimos para meu o meu quarto e ficamos deitados juntinhos em minha cama. Ela deitou sua cabeça em cima do meu peito e eu acariciava sua barriga levemente.  

 - Eu não sei se eu seria uma boa mãe.

 Ela respira fundo e eu faço o mesmo.

 - Eu não sei se serei o pai que esse bebê precisa, mas farei o meu melhor.

 Ela sorri e me beija e imediatamente eu retribuo.

  - Tá, - começo – para começar a sermos bons pais, precisamos marcar a medica.

 Ela concorda com a cabeça e eu me levanto para pegar o papel e o telefone que ficou comigo quando fomos da ultima vez ao médico.

  - Toma. – entrego a Ally e ela começa a discar o numero...

    (...)

  - Marquei para segunda-feira, o primeiro horário.

 Concordo com a cabeça e sorrio para ela a abraçando.

 - Fico feliz que esteja mais segura nesse assunto. E eu também vou á consulta com vocês. 

 - Eu também... E... Seja bem-vindo.

  Dormimos o resto da tarde, até meus pais chegarem e ela voltar para casa. Fiquei o resto da noite pensando em como seria meu filho e em como minha vida mudaria completamente quando ele ou ela nascesse... 


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Notas finais do capítulo

QUERO COMENTÁRIOS, FAVORITOS E RECOMENDAÇÕES. Capitulo que vem tenho SURPRESAS...
Beijos e até a próxima!!!



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