Ainda tenho Esperança! escrita por Ela Marie Lynch


Capítulo 11
"Legal! Posso ganhar o premiu Nobel de 'O BABACA DO ANO'"


Notas iniciais do capítulo

Oii amores! Estou aqui com mais um capitulo para vocês.
Fiquei um pouco triste por não ter tido muitos comentários, apenas dois :( :( :( :(
Bom, não posso chorar pelo leite derramado.
Ótima leitura!



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– Filho, o Dez ligou aqui em casa perguntando o por quê que não foi a escola ontem. O que houve? Não falou que não tinha ido ontem – pergunta minha mãe enquanto estamos tomando café da manha.

– Acho que me esqueci de te avisar, mas mesmo assim não estava com cabeça. Em todos esses dias eu não estava com cabeça. Eu indo ou não, não faria diferença alguma. E por que o Dez não ligou no meu celular?

– Ele disse que você não respondia as mensagens e não atendeu o celular quando te ligou.

– Acho que deixei meu celular no silencioso quando sai com Ally. Em falar em celular, vou pega-lo lá em cima.

Saio da mesa e subo as escadas para pegar o aparelho em meu quarto.

Pego o celular de cima da minha bancada do lado de minha cama e, vejo que tenho algumas mensagens não lidas. Quinze são do Dez, seis da Trish e três da maluca que posso chamar de Brook.

– Como a doida conseguiu meu numero? – falo para mim mesmo

Leio as mensagens de meus amigos e por pouco não excluo as mensagens de Brook, pois uma frase de uma das mensagens me chamou atenção...

Nos vemos mais tarde na sua casa amorzinho!”

Mas Brook não tinha viajado? Ata, que ótimo, ela voltou para atormentar minha doce vida. Estava muito bom para ser verdade.

Desço para a cozinha em segundos para tomar essa situação a limpo com minha mãe.

– Senhora Moon! Como assim a Brook vai vir em casa? Que palhaçada e essa? E eles não estavam viajando? – pergunto desesperado.

– Esqueci-me de te contar! A família Clark voltou ontem de viajem iram vir aqui em casa para passar o dia conosco hoje. Seu pai e eu temos que conversar sobre negócios com as pais de Brook, então aproveitei para convida-los para vir.

– Mãe, como você pode? Sabe que Brook é uma mimada, chata, sem graça, doida e ainda por cima é loca por mim. Por favor, mãe! Faz isso para seu loirinho, desmarcar essa loucura, por favor, por favor, por favor! – me ajoelho suplicando por piedade e já com o coração batendo á uns mil por hora só de pensar em ter um chiclete humano chamada Brook no meu pé por um dia todo.

– Austin, você sabe que os pais dela são ótimos em negócios e seria uma ótima para nós se fizéssemos uma parceria. Agora é minha vez de te pedir, por favor, para você se comportar e tratar Brook da melhor maneira possível? – fala ela se abaixando para ficar da minha altura como se eu fosse uma criança de cinco anos.

Levanto-me não acreditando no que minha mãe esta falando. Como ela quer que eu seja gentil com a garota mais assustadora da escola?

– Não acredito que esta me pedindo um absurdo desses! Mãe você está falando de Brook Clark e não de uma garota comum e gentil. Essa garota taca o terror dentro do hospício que as pessoas chamam de escola. Duvido que quando ela morrer não iram inventar uma lenda assombrada com essa garota, com também inventaram da “Loira do Banhei” e a “Samara”, mas dai a pior de todas vai se chamar “Brook a garota assombrada” e você sabe que ela também já maltratou muito a Ally e por pouco ela não quebrou a perna da minha namorada na educação física e...

– Calma Austin! Cuidado para não ter um ataque, nunca te vi falando tanto de uma só vez!

– Para você ver que o meu desespero não é brincadeira. Então, vai desmarcar? – pergunto com esperança nos olhos

Minha mãe me olha com um olhar incrédulo e sai da cozinha sem me responder nada. A sigo até a sala e bufo de tedio imaginando como meu sábado vai ser uma “beleza” para não falar o contrário.

– No máximo que pode fazer é convidar seus amigos para vir junto com Ally. Assim não fica tão “tedioso” – Mimi faz aspas com os dedos e passa direto em direção á escada sem falar mais nada.

– Até que não é má ideia – falo para mim mesmo e subo para meu quarto

(...)

– Espera! Você quer que eu vá à sua casa para ficar olhando para a cara daquela nojenta e ainda por cima levar a Ally? – pergunta Trish do outro lado da linha

– Exatamente. Por favor, eu preciso de alguém para segurar a chiclete humana, nem imagino o que ela poderia fazer se estivéssemos sozinhos, só sei que ela é capaz de fazer qualquer coisa.

– Mas vocês não vão estar sozinhos, seus pais vão estar junto com vocês, não?

– Como eu te disse, a maluca é capas de qualquer coisa. Agora, me ajuda, por favor, Trish. Eu te imploro!

– Então como você sabe que a Brook é capas de fazer tudo, e que ela é louca para afastar Ally de você. E tudo pode ficar ainda PIOR se a cobra descobrir que minha amiga não se lembra de nada. Então acho que não seja uma boa ideia deixar Ally no mesmo ambiente que a Brook, é só um aviso.

– Você tem razão! O que eu faço? Não quero ficar sozinho com a Brook do meu lado. Seria uma tortura.

– Liga para o Dez. Quem sabe ele não resolve alguma coisa e vocês saem para algum lugar enquanto ela está na sua casa. Sei lá, aprende a se virar sem mim pelo menos uma vez na vida. Agora com licença que eu tenho um compromisso importante na casa da minha amiga. Tchau e boa sorte

– Trish não... Desliga – Trish bate o telefone na minha cara sem me dar a oportunidade de continuar, mas fazer o que, Trish está apenas sendo Trish.

Olho no relógio e vejo que para a minha infelicidade, falta pouco para a família Clark chegar.

Decido tomar um banho e me trocar, já que ainda estou de pijama.

Entro no banho e ligo a água no frio para tentar esquecer os problemas que terei ainda hoje com a garota dos meus pesadelos. Depois de desligar a água, me visto com uma roupa simples. (camiseta com gola em V, All-star preto com listra vermelha na lateral e uma calça jeans rasgada e cabelo bagunçado como sempre)

Decido de ultima hora passar na casa de Ally para ver como ela está. Pego as chaves do carro e logo saio sem avisa.

A casa da morena não é tão longe da minha, apenas uns sete minutos leva para se chegar. E enquanto dirigia, liguei o radio em uma estação onde passava a música ‘Amnesia da banda 5 seconds of summer.’ (https://www.youtube.com/watch?v=4jwG3_oY0ME) me lembrei de Ally por o nome da canção ser totalmente a ver com ela.

Enquanto ouvia, lembrei-me também do jeito que minha morena levava a vida antes do acidente. Do jeito puro do olhar, do sorrido, o jeito desajeitado de andar, do jeito em que me falava á frase que mexia com meu coração a cada vez que ouvia: “Eu te amo”.

Sorri com meus pensamentos quando me dei conta de que já estava na frente da casa da garota que tanto meche comigo sem ter tantos motivos.

Saio do carro e vou direto para aporta principal da casa. Pressiono a campainha e sem demora uma morena aparece, com o cabelo preso com um rabo de cavalo e com roupas de dormir, para me recepcionar.

– Austin! Não esperava te encontrar – fala a mesma com o seu típico sorriso de anjo exposto.

– Oi Ally! Estava passando por aqui e decidi ver como você está. Ontem você desmaiou e me deixou preocupado.

– A sim! Me desculpe, não era minha intenção te preocupar, mas eu estou bem. Entra para conversarmos melhor – ela dá espaço para mim passar logo entro

– Está sozinha?

– Sim, quando acordei minha mãe já não estava em casa e não chegou até agora... Panquecas? – Ally estende um prato com a massa.

– Claro! Não tem como negar.

– É eu sei, sei como você gosta disso. – ela sorri divertido para mim

– Mas como é possível? Á cinco anos atrás mal nos falávamos! (tempo da amnesia da Ally)

– Não sei. Só sei que sei. Estranho – ela fala rindo

– É, seria legal também se... Esquece.

– O que? Pode falar, agora estou curiosa.

– Nada. Como te disse antes; vai descobrir no tempo certo.

Ally me olha com um olhar de tedio, mas logo disfarça.

Meu celular começa a vibrar em meu bolço e vejo que é uma mensagem de minha mãe.

“Austin, onde você está? Vem para casa agora independentemente do que está fazendo. Eles já chegaram e só estamos esperando você.”

– A não! – exclamo para mim mesmo

– O que houve? Algum problema? – pergunta Ally com seu tom puro de sempre

– Um problema grave. Lembra-se de Brook Clark?

– Aquela que era um terror e que não desgrudava do seu pé? Não tem como esquecer. E em falar nela, a doida continua doida?

Mesmo novamente sabendo que Ally está sobre estado de amnesia, começo a rir de sua pergunta, pois Ally vê Brook todos os dias na escola e faz menos de três semanas que elas quase tiveram uma briga por conta de Brook ter ficado me paquerando mesmo sabendo que namorava Ally, bom... Longa história.

Eu continuava a rir e Ally estreitava os olhos, isso só me fazia rir mais ainda. A morena apenas continua calada me observado ter a crise de risos.

– Austin! Qual é o problema? Isso não está tendo graça nenhuma

Tento me recompor, mas não consigo. Literalmente não sei o que deu em mim para rir tanto de uma coisa tão boba.

– Está bem, desisto. Não vou mais ficar lhe observando rindo da minha cara.

Ally pega os pratos que estavam em cima da bancada e coloca na pia sem dizer mais uma palavra enquanto eu ainda me recompunha de minha crise.

– Desculpa Ally. É que me lembrei de uma coisa que aconteceu a três semanas com vocês duas e isso me deixou meio...

– Idiota? Eu estou vendo. – Ally completa minha fase ainda com os braços cruzados

Ela parecia mesmo chateada, mas não seria para menos. Um idiota que seria eu está rindo por ela estar com um problema serio e realmente não é legal. Não gostaria se fosse comigo.

Reparo meu erro e fico com uma postura normal sem risos. Reparo que ela ainda estava com uma carinha triste e zangada ao mesmo tempo e isso me partiu o coração por dentro.

– Acabou com a cessão ridícula de risos histéricos que até o Japão ouviu? – pergunta ela ainda com os braços cruzados

– Me desculpe Ally. Não reparei que agora fui um extremo idiota. Não deveria ter rido de sua situação. – falo cabisbaixo por tê-la deixado, chateada.

– Eu realmente achei que tinha mudado e que seu coração estava amolecendo, mas infelizmente me enganei. Ontem no parque se mostrou tão compreensivo e hoje me mostra que é uma pessoa totalmente diferente da que imaginei.

Não acredito! Como pude ser tão burro? Vim a casa dela para ver se estava bem e eu mesmo acabei a deixando em um estado contrario. Sou um babaca de primeira. Se existisse um premio Nobel de quem é o mais babaca do ano, com certeza eu ganharia.

– Me desculpe. Eu...

– Vai embora! Não piore ainda mais a situação. Não precisa falar mais nada. – a morena me corta antes de terminar o que queria falar

– Ally eu...

– Vai embora – ela aponta para a porta com algumas lagrimas em seus olhos

Não tenho coragem de falar mais nada, apenas vou em direção á porta me sentindo a pessoa mais terrível do mundo.

– Boa sorte com a Brook! – fala ela com a voz dura e logo depois fecha a porta.

É, acho que hoje meu dia já está começando uma “beleza” e mal posso esperar para ver a Brook. Upeee viva o dia mais feliz da minha vida!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Desejo a todos um FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!
Beijos e até a próxima!!!



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