Ainda tenho Esperança! escrita por Ela Marie Lynch


Capítulo 1
Começo de um pesadelo real.


Notas iniciais do capítulo

Oii gente. Aqui estou eu com uma nova fic e espero que gostem de lê-la tanto quando adorei escrevê-la. Beijos e espero que Gostem!!!



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– Já vai Ally. Fica mais. Esta cedo e faz tanto tempo que não conversamos, estou sentindo a sua falta.

– Desculpe Austin. Preciso ir para a loja. Esses dias está cheio de clientes e meu pai não esta dando conta sozinho. Mas eu prometo que amanhã o dia é todo só nosso. – ela se empina com a ponta dos pés e me beija.

Paramos por falta de ar, mas seu olhar me faz mergulhar como se fosse uma piscina de profundidade infinita.

– Eu te amo – ela diz com o mesmo olhar

– Eu ainda mais. Minha vida é completamente conduzida por você.

Ela novamente fica da ponta dos pés e me rouba uma coisa que não me atrevo a reclamar: mais um beijo.

Fomos até a porta e ela sai em direção ao carro de seu pai que esta esperando em frente a minha casa. Antes de entrar, ela sorri para mim e grita à frase ‘eu te amo’ e me mostra um sorriso lindo que retribuo. Logo seu pai dá partida e fico observando até perdê-los de vista.

(...)

Passam-se mais ou menos duas horas. Ligo para Ally umas oito vezes, mas todas as chamadas caem na caixa postal. Fico cada vez mais preocupado, mas só deve ser coisa da minha mente.

Ligo a TV que está em um canal aberto passando um jornal qualquer. Quando vejo a imagem que esta exposta na tela, meu coração acelera em mais de dez mil por hora. Vejo o carro de Lester completamente em pedaços. Reconheço por conta de uma figura de propaganda da “Sonic Boom” na parte traseira.

– A acidente aconteceu a pouco mais de uma hora na rodovia principal da cidade de Miami. A perícia informou que a causa foi por conta de uma perda total de controle que fez o veiculo bater em um poste de energia. Fomos informados também que havia duas pessoas no automóvel, um homem que aparenta ter 50 anos que morreu minutos após o acidente e uma adolescente que aparenta 17 anos que está sendo levada neste momento para o hospital com estado grave. Mais notícias com o jornal oficial de Miami.

Não esperei cinco segundos para pegar a chave e ir direto para o hospital mais próximo do local do acidente que levou a vida de uma das pessoas que Ally mais amava e respeitava.

Passo em frente ao carro completamente desmontado por conta da força da batida e uma série de policiais e bombeiros em volta. Meu corpo começa a ficar em um completo desespero só de imaginar a MINHA Ally em um sono que duraria para sempre depois disso. Uma lagrima que não pude conter escorre de meus olhos focados no transito.

(...)

Chegar ao prédio do hospital vou direto a recepcionista perguntar sobre Ally, mas antes de ela respondeu se quer uma palavra, avisto-a passando pelo corredor em uma maca e totalmente desacordada. Ela continha vários ferimentos, dos mais graves aos mais simples. Meu olhar foi focado em seus lábios brancos com um corte; como queria estar provando-os agora, e tudo o que está acontecendo, ser uma completa mentira, mas não é...

Eu sigo a equipe médica até a ala da UTI, mas sou barrado para não entrar por uma das enfermeiras.

– Por favor! Eu preciso entrar. Preciso ficar com ela. Preciso vê-la. Por favor! – imploro

Enquanto isso, sou cada vez mais afastado de minha amada.

– Me desculpe senhor. Mas não poderá entrar. Espere na sala de espera e logo terá noticias.

– Mas eu...

– Sinto muito. – a enfermeira me da às costas e entra na ala me deixando desesperado por respostas.

Jogo-me de joelhos no chão e minhas lagrimas se desabam em um choro desesperador. Mas logo quando recupero as forças me levanto e vou em direção sala de (familiares desesperados) espera.

Ao virar o corredor, avisto três figuras borradas, mas conhecidas. Trish, Dez e Penny estão aparentemente muito abalados com tudo o que aconteceu há pouco, mas a pessoa que está mais abalada dos três é Penny. Ela treme e chora com poder. O dedo onde permanecia a metade de um par de alianças esta levada a seus lábios. Ao ver a cena, sinto uma grande pena por ela, pois perdeu seu marido que tanto a amava. Depois de abraçar e choras nos ombros de meus dois amigos, vou até ela e a abraço com força. Mas aquele abraço que no começo que era para consola-la sérvio mais para mim do que para ela.

– Eu o amava, Austin. Eu simplesmente o amava. Não posso acreditar que ele realmente se foi. – ela falava em completo desespero.

Eu não pude falar nada, pois também estava cem por certo abalado.

– Parece mentira. – continua ela - Ainda acho que vou acordar desse pesadelo e vou estar com ele ao meu lado e minha filha em seu quarto e segura.

Continuo não conseguindo dizer uma palavra, pois também sinto a dor de perder não apenas um sogro, mas também um grande amigo que apoiava cem por cento do meu relacionamento com sua filha. Lembro-me bem quando eu e Ally falamos para seus pais sobre o namoro, ele disse que me adorava e que não apenas me aprovava, mas sim, que eu era de casa e que já podíamos nos casar que ele presenciaria com prazer o acontecimento. Senti-me completamente sem ação na hora e pude ver que Ally também, mas levamos tudo em uma simples brincadeira. Uma pena que se realmente acontecer - que não duvido nada - ele não estará para presenciar. Acho que não existe genro que ame tanto seu sogro como meu relacionamento com Lester. Sentirei sua falta e de suas piadas sem nexo.

Eu e Penny nos soltamos do longo abraço reconfortante e ficamos sentados lado a lado esperando por alguma notícia, se quer de uma esperança que até agora não foi correspondida.

Ouvimos o toque do celular de alguém. Quando olho para o lado, avisto senhora Dawson se levantando de seu acento e indo para o lado de fora do prédio.

Quando volta ela pega sua bolça e coloca no ombro, mas antes de sair ela nos cumprimenta.

– Vou precisar cuidar dos papeis da mor... – ela não termina a frase e recomeça a soltar a dor que não coube em seu coração, pelos olhos.

– Entendemos – disse Trish em um tom calmo indo até ela e a abraçando – não precisa falar em voz alta. Esta tudo bem.

Elas se soltam e Penny volta para seu caminho fora do hospital.

– Não consigo imaginar sua dor. – diz Dez – Mesmo nunca ter tido um amor antes, deve ser triste perder a única pessoa que faz seu mundo mais feliz.

O encaro confuso e surpreso pelas suas palavras inteligentes, e vejo que Trish o olha do mesmo jeito, só que um pouco mais torto.

– Que foi gente. Isso não é verdade?

– Não sabia que o pateta sabia falar algo que faz sentindo, ainda mais sobre o amor. – Trish continua com a cara de surpresa se referindo a ele e eu só observo.

– Por isso que me chamam de, “O encantador do amor” – ele sussurra a ultima parte de sua frase.

– Tá, mas, “Ninguém te chama assim” – falo imitando o sussurro e logo depois exposto um sorriso amarelo – Só você para me fazer rir em uma hora dessas!

Todos nós sorrimos de uma forma não convincente e voltamos ao nosso estado anterior.

(...)

Passam-se mais ou menos uma hora e nada de noticias sobre Ally.

Levanto-me rapidamente e vou em direção a recepcionista que deixei no vácuo há algumas horas atrás.

– Por favor. Quero saber sobre a paciente Ally Dawson.

– Só um estante. – ela olha algo em seu computador e volta a olhar para mim.

– Não tenho nada aqui. O senhor terá que aguardar mais uns estantes.

– Mais do que já esperei? – meu tom começa a ficar agressivo

– Sim. Agora por favor, aguarde mais um pouco e já te informaremos o estado da paciente – sua expressão é fria e logo coloca sua cara de novo na tela de seu computador.

Eu apenas volto para meu lugar sem falar mais nada e simplesmente... Espero... Espero... E espero.

Meu celular toca, ou melhor, vibrar em meu bolço com uma ligação de minha mãe.

– Alô?

– Austin. A onde você está? Estou tentando falar com você há horas e você não atende o telefone.

– Me desculpa mãe deixei meu celular no vibra e me esqueci de colocar no estado normal e... – meus olhos voltam a ficar marejados e uma lagrima se solta.

– O que foi meu filho?

– A-A Ally. Ela...

– O que, que tem ela?

– Ela sofreu um acidente e...

– Calma meu amor. Se acalme. Agora estou no intervalo do trabalho e não posso ir pra ai, mas em que hospital você está?

Informo a ela e logo após me diz que sabe onde fica, e que assim que sair do trabalho, logo vem me encontrar e depois desligo a chamada.

Gostei da atitude dela de não pedir mais explicações, pois com certeza ela sabe o quão duro seria de falar em voz alta o que ouve.

– Você esta bem Austin? – Trish vem até mim

– Não, não esta tudo bem. Minha namorada esta em um estado grave e em uma UTI, meu sogro que não era apenas um sogro, mas também um amigo morreu, meu coração esta sangrando cada vez mais e minha vida depende totalmente da existência dela. Eu preciso da Ally para poder respirar em paz a cada segundo. Eu... Eu a amo incondicionalmente e não posso perdê-la agora que tudo esta bem, não apenas agora, mas não posso perdê-la nunca, NUNCA. – sinto minhas lagrimas novamente descendo pela minha pela sensível por conta da longa tristeza que estou sentindo.

Não posso perdê-la, eu a amo muito. Não posso viver sabendo que Ally não fara mais parte de minha vida, eu morreria de depressão ou até desgosto por saber que seu corpo não respira mais.

Trish percebe o meu estado e não diz mais nada, apenas sai. Depois de ela se sentar em uma cadeira ao lado de dez, pego meu celular e abro na galeria onde uma foto que tirei hoje com minha Ally, quando passou em casa para tomarmos o café da manhã juntos. Ela estava tão linda e sorridente, mal podia saber que agora estaria em um hospital em estado grave. Observo aquela foto e principalmente para seu olhar brilhante que ela expos e seu grande sorriso ao meu lado.

Pouco tempo depois de me perder por completo no olhar de Ally na foto, um homem de jaleco branco aparece na sala de espera.

– Familiares de Ally Dawson – chama ele

Eu sou o primeiro a me levantar e ir até ele. Logo depois chega Trish e Dez.

– Vocês são amigos de Ally certo?

– Sim. A mãe dela precisou sair para assinar uns papeis do enterro de seu marido que morreu também no mesmo acidente. – Trish toma o lugar para falar

– Sinto muito. Bom, sou o doutor Gray e cuido do caso da garota e tenho duas noticias desagradáveis e uma mais ou menos. Qual conto primeiro?

Nós três trocamos olhares e logo pedimos para o médico falar...


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Me respondam comentando e logo postarei o próximo, Beijos e até a próxima!!!