Fallen From The Sky escrita por Tia Ally Valdez


Capítulo 15
A Casinha Das Bruxas Loucas Canibais


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!
MDS! COMO VOCÊ PODE POSTAR ENQUANTO ESCUTA DRAG ME DOWN E, EM SEGUIDA DOG DAYS ARE OVER?! SOCORRO! NÃO CONSIGO PARAR DE DANÇAR!! *u*
Bem, pulando o meu surto, como estão? Cheguei com mais um cap para vocês! Acho que o título já uma boa ideia do que vai acontecer. MUAHAHAHAHAHAHAAH! *cof* *cof*
OMG! THALIA EVANS SUA GATA! AMEI A SUA RECOMENDAÇÃO, SUA LINDA! MUITO OBRIGADA! CAPÍTULO TOTALMENTE DEDICADO PARA VOCÊ! :3
Bem, nem enrolo mais!
Fiquem com o cap!
P.O.V do nosso querido anjo da Terra!
Enjoy it! ;)



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Nico

Desnecessário dizer, mas eu quase morri do coração quando vi que, realmente, havia uma velhinha lá dentro. Mais precisamente, uma velhinha e uma jovem. E a velhinha arregalou os olhos ao me ver.

— Olá! – Ela sorriu simpaticamente. Tinha um rosto simpático. Cabelos grisalhos presos num coque e óculos redondos sobre a ponte do nariz. Os olhos eram de um azul claro e muito dócil. Realmente parecia uma daquelas velhinhas meigas e simpáticas que abrigam jovens esquisitos que se perdem pela floresta. – Em que podemos ajudar?

A jovem ao seu lado também parecia simpática. Ela tinha cabelos castanhos e olhos de um verde brilhante. Seu sorriso era tão meigo quanto seu rosto.

Thalia sorriu e se colocou à nossa frente.

— Bom dia... – Começou. – É que nós estávamos viajando para acampar e nosso carro quebrou. Nós entramos na floresta e agora estamos perdidos. Podem nos ajudar?

O sorriso simpático da velhinha cresceu.

— Oh, claro que sim, querida! Podem entrar! São todos bem vindos ao nosso lar! – Ela nos deu passagem para entrarmos. – Meu nome é Margareth e essa é minha neta, Emily.

— Muito prazer. – Emily nos lançou outro sorriso carinhoso. – Vou procurar quartos para vocês... Quantos serão?

— Bem... Podem ser quatro quartos para casal e um para solteiro. – Respondi, contendo um riso ao ver a expressão furiosa de Isabelle, que bufou baixo.

Ela sorriu.

— Então temos casais aqui?

Sorri e assenti.

— O único solteiro é aquele ali. – Apontei para Connor.

— Deixe-me adivinhar pela maneira como estão próximos... – Ela sorriu, indicando Percy e Annie. – Vocês dois são um. – Seu olhar foi para Travis e Katie. – Vocês são outro. – Ri baixo quando ela encarou Leo e Isabelle. – Vocês são mais um. – Finalmente, seu olhar veio para onde eu e Thalia estávamos. Ela segurava a minha mão com força. E eu suspeitava que ela estivesse tão assustada quanto eu em relação à velhinha simpática que não vendia maçãs envenenadas e sua netinha. – E, finalmente, vocês dois.

— Correto. – Leo sorriu, passando um dos braços pelos ombros de Isabelle, que só faltava acertá-lo com um soco. Ri baixo.

Emily sorriu docemente e nos guiou escadaria acima.

— Os chuveiros têm água quentinha e já coloquei algumas toalhas nos seus quartos. – Emily sorriu. – Desculpe pela euforia da minha avó. Não costumamos receber visitas.

— Eu imagino. – Sorri enquanto entrava em meu quarto junto com Thalia.

[...]

— Então... – Thalia saiu do banheiro secando os cabelos e já usando uma roupa para dormir: uma camiseta minha e shorts pretos. – Será que só eu fiquei com um mau pressentimento em relação à Margareth e Emily?

— Somos dois. – Suspirei enquanto me sentava na cama. Depois indiquei para que ela se sentasse. – Deixa eu pentear seu cabelo...

Thalia corou levemente, mas assentiu e deixou que eu pegasse a escova de cabelo que estava em sua mão. Sorri e comecei a pentear seu cabelo quando ela se sentou em minha frente.

— Sabe... – Começou. – Nunca me imaginei nessa situação.

— Eu nunca imaginei nem sequer abraçando uma garota que não fosse minha irmã! – Ri baixo. – Imagine namorando o anjo que caiu no quintal do vizinho!

Thalia riu baixo.

— Eu gosto muito de você, Nico. – Ela virou-se para me encarar quando terminei de pentear seu cabelo. Estava corada.

— E eu gosto muito de você, Lia... – Dei-lhe um selinho. – Quer jantar?

— Adoraria. – Ela riu baixo.

Sorri e segurei sua mão enquanto saíamos do quarto. Nesse meio caminho, Thalia me contava sobre sua vida na Cidade de Cristal, como se chamava.

— Pare de rir! – Ela reclamou enquanto nos sentávamos. Margareth e Emily ainda não haviam aparecido. – Não tem graça! – Apesar de me pedir para parar de rir, Thalia ria baixo.

— Você acertou o pé do seu irmão com uma flecha! – Ri mais alto. – Não tem como não rir!

— Melhor do que quebrar o nariz do meu médico! – Ela rebateu. Eu tentei forçar um olhar de raiva, que durou poucos segundos antes que nós dois começássemos a rir juntos.

— Vocês são tão lindos assim! – Ouvi a voz de Annabeth e virei-me para vê-la com uma regata cinza e shorts da mesma cor. Isabelle usava uma camisola preta (meio elegante demais). Katie usava uma camiseta branca e shorts verdes. – Rindo juntos...

Percy sorriu enquanto se sentava ao meu lado.

— É bom te ver feliz de verdade de novo.

— Eu sempre fui uma pessoa feliz. – Sorri de maneira convencida. Percy revirou os olhos. Sorri levemente, vendo Thalia, sentada à minha frente, conversar com Isabelle. – Ela me faz feliz... – Sorri de canto, olhando para a cara de Percy em seguida. – O que foi?

— Desde quando você ficou tão gay?

Bufei baixo e revirei os olhos.

— Vai se ferrar, Perseu.

Percy apenas riu.

— Que bom ver que já estão aqui! – A voz doce de Margareth chamou nossa atenção. Ela tinha uma torta, da qual saía um cheiro maravilhoso, nas mãos. Emily vinha logo atrás, com uma panela da qual saía um maravilhoso cheiro de ensopado. – O jantar está pronto! E esta é a sobremesa! – Ela nos mostrou a torta. – Vou colocar para esfriar.

Sorri quando Emily nos serviu o ensopado. Eu sabia que estava tudo calmo demais. Thalia e Isabelle me disseram várias vezes que, por onde o Anjo da Terra anda, monstros seguem seu rastro. Como aquele lugar poderia estar tão calmo? Eu não poderia ter ficado o dia inteiro numa casa sem que nada acontecesse!

Ignorei aquilo no momento, concentrando-me apenas no sabor maravilhoso de ensopado. Nem sabia quanto tempo se passou até que eu terminasse o meu prato de tão delicioso que estava.

— Esse ensopado está uma delícia! – Percy elogiou após uma longa colherada.

— Com certeza! – Concordei depois de acabar. Thalia tinha um sorriso no rosto ao me encarar enquanto levava sua última colher de ensopado à boca.

— Que bom que gostaram! – Margareth retirou os pratos. – Agora vem a torta!

— Eu amo torta! – Annabeth sorriu radiantemente. Com a exceção de Thalia, Katie, Isabelle e eu, estavam todos radiantes demais. Como se a ideia de passar uma noite naquela casa não fosse nem um pouco perigosa. Fiquei alerta no mesmo momento e dei um pequeno chute em Isabelle, que estava à minha esquerda. Ela percebeu também. Percebi a maneira como encarou Katie e, em seguida, Thalia.

Quando serviram a torta, comi um pequeno pedaço. Estava igualmente deliciosa. Mas havia algo a mais ali. Um pequeno sabor a mais. Levemente cítrico. Encarei Isabelle, que moveu os lábios numa mensagem silenciosa: “Poção do sono. Pare de comer”.

— Estou satisfeito! – Sorri, deixando um pequeno pedaço sobre a mesa. – E com sono. – Acrescentei.

Como se pensassem o mesmo, os Stoll bocejaram.

— Nós também!

Margareth sorriu docemente.

— Acho melhor vocês irem deitar. Amanhã nós te levaremos até a estrada!

— Muito obrigada! – Thalia agradeceu, bocejando baixo. Por um momento, pensei que estava sob o efeito da poção. – E boa noite!

— Durmam bem! – Emily sorriu.

Subi as escadas junto com Thalia, desejamos boa noite aos outros e entramos.

— Aí tem coisa... – Falei. – E não é coisa boa.

Thalia sorriu.

— Eu também acho. E acho melhor o senhor aproveitar o fato de ser imune a esse tipo de poção e ir dormir!

Dei-lhe um selinho.

— Só se você dormir comigo.

Thalia corou levemente, rindo baixo em seguida.

— Está me fazendo parecer uma boba apaixonada.

Sorri e deitei a nós dois na cama, adormecendo aos poucos.

Não sei por quanto tempo dormi. Só sei que, subitamente, acordei com uma pressão sobre minha boca. Eu quis gritar, mas abri os olhos e vi Emily acima de mim. Ela tinha o indicador nos lábios, pedindo (ou ordenando) para que eu fizesse silêncio. Uma adaga se encontrava em sua outra mão. Arregalei os olhos. Olhei para Thalia e a vi na mesma situação. Margareth já não parecia tão simpática assim com uma adaga em sua mão.

— Emily... – Chamou. – Tranque a porta, querida.

Emily assentiu e caminhou até a porta, trancando-a.

— Prontinho, vovó... – Emily sorriu cruelmente.

Margareth sorriu, soltando Thalia quando Emily amarrou seus pulsos. Thalia tentou se levantar, mas foi impedida quando, com um golpe, Emily a derrubou no chão e amarrou seus tornozelos também. Não tentei lutar quando Emily veio amarrar os meus pulsos e tornozelos. Thalia corria perigo. E qualquer movimento meu poderia culminar em sua morte. Ofeguei quando fui jogado no chão perto de onde ela estava. Estávamos de costas um para o outro.

— Ótimo! – Margareth sorriu. – Não sabe como é bom finalmente termos visitas aqui. Minha aparência já diz há quanto tempo eu não como, queridos... Eu passei anos rezando para que um mortal passasse e recebo anjos! Entre eles, o famoso anjo da Terra!

Tentei desamarrar meus pulsos. Porém, Emily me antecipou: ela pressionou a ponta da adaga contra meu peito. Ofeguei baixo.

— O coração do Anjo da Terra nos fará jovens por um longo tempo! – Margareth sorriu enquanto caminhava até mim. Engoli em seco.

— Fique longe dele! – Avisou Thalia.

— Ou o que? O que você vai fazer? – Emily sorriu cruelmente conforme caminhava até Thalia e, pelo som, atingisse seu rosto com um chute. – Está amarrada. E logo estará morta. Mas não se preocupe... É o seu sangue que vai me manter linda, minha cara.

Gemi de dor quando Margareth deslizou lâmina da adaga do meu ombro até o cotovelo. Ela pegou o copo sobre a mesa de cabeceira e deixou que meu sangue o enchesse. Senti as mãos de Thalia atrás de mim e as segurei com força. Ela retribuiu o gesto com a mesma força. Estava chorando baixo.

— Que lindos... – Margareth sorriu enquanto apreciava o sangue dentro do copo antes de bebê-lo num único gole.

No segundo seguinte, seus cabelos, antes grisalhos, tornaram-se negros e cacheados. Agora estavam soltos, em cachos que iam até seus ombros. Os olhos eram agora de um azul mais escuro.

— Perfeito! E isso foi só um gole do seu sangue! – Ela me encarou conforme garras cresciam em sua mão. – Imagine quando eu obter seu coração...

— Não acha isso meio selvagem e nojento? – Eu a encarei. – Tipo, você quer comer o meu coração. É meio nojento pensar nisso. Não vai nem cozinhar ou assar no forno? Quem sabe você não faz um churrasco de Anjo da Terra e...

Antes que eu dissesse mais alguma coisa, Margareth agarrou minha garganta.

— Vamos ver se ainda vai ter um sorriso no rosto quando eu arrancar a sua espinha!

— Vai comer crua também? – Perguntei, sufocando, e fui surpreendido por uma bofetada.

— Não toque nele! – Uma pequena descarga elétrica foi das mãos de Thalia para as minhas e eu gemi baixo. – Saia de perto dele!

— Não se preocupe, querida... Você será a próxima! – Emily sorriu de maneira debochada e se aproximou de Thalia, que, pelo som, cuspiu em seu rosto. – Maldita! – Emily caminhou até onde Margareth estava e a tirou do caminho. Ainda olhava para Thalia. – Vou fazer questão de te mostrar o coração dele, ainda pulsante, antes de te matar!

Tentei me debater quando garras surgiram nas mãos de Emily. Ela ergueu a mão direita e a pressionou contra meu peito quando, com ignorância, me virou até que eu estivesse deitado de costas. Senti minha pele arder no ponto em que ela encostara. Era como se estivessem jogando ácido na minha pele. Gritei alto de dor e tentei me debater. Mas Margareth me manteve firme onde eu estava conforme Emily continuava seu serviço. Meu coração batia acelerado.

— NÃO! – Thalia gritou. – PARE!

Eu não conseguia fazer nada que não fosse gritar. Aquilo ardia mais do que tudo. A sensação era de que minhas costelas estavam, lentamente, se partindo ao meio para que meu coração saísse mais facilmente. Se eu pudesse falar, pediria para que me matassem. A dor era intensa. A pior que eu já senti.

— PARE! – Thalia soluçou alto. – Por... Favor... – Sua voz falhou. – Não o machuque...

Tão lenta quanto começou, a dor cessou. Ofeguei quando, aos risos, Emily se afastou de mim.

— Ou o quê? O que você vai fazer, querida? – Ela segurou o rosto de Thalia com força. Sua mão direita estava coberta de sangue. Meu sangue. – Não há nada que você possa fazer. Eu vou matá-lo. E você vai assistir.

— Por favor... – Thalia conteve um soluço. – Me mate no lugar dele... Eu imploro.

Não!

Não, não, não, não!

— T-Thalia... – Tentei falar. – Não faça isso...

Emily riu alto.

— É uma ótima oferta... Mas eu vou matar aos dois de qualquer...

— Emily... – Margareth chamou. – Espere.

Emily voltou seu olhar para Margareth, que tinha um sorriso cruel.

— Maggie... Não teremos outra chance como essa... São dois anjos...

— Lembra-se do que nossa mãe disse sobre corações apaixonados?

Emily sorriu tão cruelmente quanto Margareth.

— Um coração apaixonado vale por dois... – Ela disse. Depois riu alto. – Isso é maravilhoso! – Seu olhar caiu sobre Thalia. – O amor acaba se tornando seu maior inimigo nesses casos. Porque agora, querida... Você vai sofrer antes que eu te mate.

Estremeci quando Emily voltou a caminhar em minha direção. Thalia gritou em desespero.

E eu voltei a gritar de dor quando ela fincou as garras em meu peito novamente. A dor era descomunal. A pior que eu já senti. Lágrimas de dor não foram contidas por mim. Senti gosto de sangue. Mas ainda gritava alto.

— EU FALEI PARA VOCÊ PARAR! – Ouvi a voz de Thalia e, em seguida, um trovão alto ribombou acima de nós. Um raio atravessou o teto, caindo sobre Margareth, que gritou alto de dor conforme seu corpo carbonizado tombava para frente.

— MAGGIE! – A dor, subitamente, acabou novamente. E Emily caminhou até o corpo deformado de Margareth. Parecia desesperada. Eu ofegava, sem conseguir respirar direito. Estava coberto de suor.

Senti as mãos de Thalia em meus pulsos conforme ela me desamarrava. Seu toque desceu para a corda em meus tornozelos e, em seguida, ela me abraçou com força.

— Fale comigo, Nico! – Ela pediu, soluçando. – Por favor! Fale comigo!

Tossi, tentando falar qualquer outra coisa, mas não me contive conforme me esforçava para dizer uma única palavra:

— C... – Tossi, tentando falar. – Comigo.

Ela apenas riu entre seus soluços e me abraçou mais forte.

— Idiota... – Murmurou. Apesar da dor e do cansaço extremo, consegui sorrir.

— Que gracinhas! – Ouvi a voz de Emily e ergui meu olhar para vê-la.

Juro: a menina do exorcista é mais bonita do que a forma real de Emily.

Os olhos dela estavam completamente brancos. Não havia nem íris nem pupila. Os dentes estavam afiados e mais lembravam os dentes de um tubarão. A boca cresceu até que seus cantos quase chegassem às orelhas. A pele era branca e coberta de veias (ou rachaduras, vai saber!) negras. O corpo mais alto e mais magro. Ainda tinha uma adaga nas mãos. O cabelo agora era preto e muito oleoso.

— É uma pena que tenham que morrer agora! – Ela sibilou, caminhando até onde nós estávamos. Thalia me apertou mais de encontro ao seu peito. – Não se preocupe, minha querida... Depois de matá-lo, eu matarei você! Você pode ter tirado minha irmã de mim, mas ao mesmo tempo me fez um imenso favor! Agora terei seus corações apenas para mim!

Com a adaga, Emily descreveu um perfeito arco. Senti sangue pingando em minha bochecha e olhei para Thalia, que agora tinha um corte no rosto. A força foi tanta que Thalia tombou com o golpe.

Emily agarrou meu tornozelo, cravando as garras no mesmo. Gemi alto de dor.

— Agora fique paradinho... – Sua língua, agora maior, deslizou pelos lábios inexistentes, como se imaginasse que sabor maravilhoso eu teria. Ofeguei, enojado, quando sua língua passou pelo meu rosto.

— Eu não sou um picolé... – Falei, com certa dificuldade. – Dá para parar de me lamber? Só os anjos sabem onde você já passou essa lín...

Emily rosnou e agarrou minha garganta antes que eu terminasse de falar. Depois bateu, com força, a minha cabeça contra o chão. Senti tontura.

— Ótimo... Assim é bem melhor... – Ela sorriu e eu observei, com horror, a adaga sendo erguida.

Porém, antes que Emily baixasse a lâmina, Thalia saltou sobre ela. Emily rosnou, cravando as garras no ombro direito de Thalia, que gritou alto, e forçando-a a ficar de joelhos.

— THALIA! – Usei todas as minhas forças para gritar. E mais força ainda para ficar de pé e me lançar sobre Emily, segurando seu pulso antes que ela matasse Thalia, que ofegou de dor quando consegui afastá-la de Emily.

Num movimento rápido demais até para mim, tirei a adaga de sua mão, imobilizando-a sob mim e pressionando a lâmina da adaga contra a sua garganta. Emily me encarava completamente chocada. Eu ofegava com o cansaço, mas me mantinha firme por cima dela.

— C-como? – Ela estremeceu. Enquanto voltava à forma humana. – Como me desarmou em questão de segundos? O que é você?

Sorri debochadamente conforme erguia a adaga.

— Muito prazer, sou o Anjo da Terra.

Antes que Emily dissesse mais alguma coisa, baixei a adaga, que se cravou em sua garganta. Sangue negro começou a sair de lá e Emily engasgou, se debatendo por alguns segundos antes de, finalmente, parar de se mexer. Ofeguei, saindo de cima dela e me arrastando para longe dali. Para perto de Thalia, que estava encolhida no chão, pressionando o ombro ferido com força.

— Lia... – Puxei-a de encontro ao meu peito, sentindo-a agarrar minha camiseta enquanto soluçava baixo. – Graças aos anjos você está bem.

Ela soluçou baixo.

— Eu pensei... Pensei que veria você morrer... – Ela soluçou um pouco mais alto. – Eu não quero e ver morrer, Nico... Eu não quero.

— Shh... – Pedi. – Está tudo bem, Thalia. Eu não vou morrer, ok? – Segurei seu rosto, erguendo-o levemente. – Eu vou viver para encher seu saco. Eu vou viver para matar Luke e vou viver para chutar o traseiro demoníaco de Cronos. Eu te prometo.

Ela sorriu entre suas lágrimas. Depois me encarou.

— Temos que acordar os outros...

Assenti, concordando. Já ia me levantar quando direcionei meu olhar para onde Emily estava. A cabeça dela não estava naquela posição!

— Thalia... – Chamei. Ela me encarou depois de um tempo, franzindo a sobrancelha ao ver minha expressão. – Corra. Agora.

Thalia me encarou, estranhando, enquanto se levantava. Disparei até onde a mochila se encontrava e a puxei até a porta.

Repentinamente, Thalia gritou, surpresa, e foi puxada para trás. Virei-me e vi Emily, agora com a garganta perfurada, mas ainda viva. Ela ia agarrar a garganta de Thalia, que foi mais rápida e, num movimento rápido, desferiu um chute contra o rosto de Emily, que já estava assumindo uma forma demoníaca novamente, que tombara com o chute.

— Nico! Vai! – Thalia me encarou enquanto se levantava.

— Não vou deixar você aqui!

— Vai logo!

— Não! – Fui até Thalia, mas me surpreendi quando garras se cravaram em minhas costas. Ofeguei alto de dor e me virei. Agora Emily sabe se teletransportar? Só pode ser piada!

— Nico! – Thalia quis vir até mim, mas, como um aviso, Emily pressionou as garras da outra mão contra a minha garganta. – Não se atreva! – Thalia esticou a mão até seu arco encostado ao lado da cama e tirou uma flecha da aljava, armando o arco.

— Abaixe seu arco!

— Solte-o!

Emily riu debochadamente.

— Você sabe o que eu sou, minha cara?

— Feia feito um ogro? – Sugeri e Emily, irritada, pressionou as garras com mais força contra as minhas costas. Ofeguei.

— Você é uma bruxa. – Thalia comentou. – Uma bruxa das trevas. Que pratica apenas a magia negra e usa rituais de sacrifício para permanecer jovem! – Ela não havia baixado o arco. – E eu sou Thalia Grace, filha de Zeus e herdeira do trono do Palácio de Cristal. E vou matar você.

Eu podia não ter visto, mas podia jurar que Emily arregalara os olhos. Tanto que o aperto em minha garganta diminuiu.

— Impossível! – Sua voz estava trêmula. – Você deveria estar morta!

Thalia não baixou o arco, apesar de estar surpresa.

— Como assim? – Como se uma luz acendesse em sua mente, ela arregalou os olhos.

Ao ver que Thalia estava surpresa, Emily riu alto.

— Sim, minha cara... Eu sei todas as transações de Akhlys. Eu sei pelo que você trocou a vida dele. E adivinhe quem apareceu na cabana de Akhlys logo depois querendo uma troca também?

Thalia estremeceu, mas não havia soltado o arco.

— T-Thalia... – Chamei, sufocando com a pressão que voltara à minha garganta. – Do que ela está falando?

Emily riu novamente.

— Então você não contou pra ele... – Sua voz era de puro deboche. – Acho que ele tinha o direito de saber. Você não acha?

Thalia conteve seus tremores. Ainda encarava Emily com o arco em mãos.

— Isso não é da sua conta!

— Mas é da conta dele! – Emily sibilou.

— Thalia... – Sufoquei. – Por favor...

Thalia soluçou baixo, ainda segurando firmemente o arco.

— Eu não queria que você soubesse... Porque sabia que você ficaria com raiva.

Emily riu debochadamente e apertou as garras contra a minha garganta com mais força. Senti um fio de sangue descer pelo meu pescoço.

Diga!

Thalia soluçou mais alto e, dessa vez, baixou o arco.

— Meu sangue... – Ela ergueu o olhar até que encontrasse o meu. – Eu dei uma gota do meu sangue em troca da sua vida.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Muita mancada? Pouca mancada? Querem me esganar? Me matar? MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAH! *cof* *cof*
Bem, já tenho o próximo cap quase prontinho. Então segurem seus forninhos! MUAHAHAHAHAHAH!
Até o próximo, amores!
Bjoks! *3*