Fallen From The Sky escrita por Tia Ally Valdez


Capítulo 13
Matar Trolls Não Te Faz Trollar Melhor


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEEEEEE MEUS AMORESSSSSS!
Como estão? E as aulas? Já voltaram? Estão sofrendo?
Pois é, amigos... Terceiro ano não é bom. Até porque, preciso acrescentar, eu vou ser tutora. É um projeto da escola onde os alunos do terceiro ano auxiliam alunos do segundo ou do primeiro ano com matemática, física ou química (no meu caso, física para o primeiro ano). Eu vou ficar todas as quintas até 15:30 na escola, então não vai ser fácil escrever como antes. É bem provável que eu só tenha tempo livre no final do dia ou nos finais de semana, mas prometo fazer o máximo possível para continuar escrevendo! Amo vocês! :3
Bem, o capítulo de hoje está a coisa mais fofa do mundo! E eu, realmente, espero que gostem. Ao final do capítulo, teremos uma pequena mensagem especial da Tia Ally nas notas finais! :3
Não vou mais enrolar!
P.O.V do nosso amado Necromante, que perde a vida, mas não perde a piada! :3
Enjoy it! ;)



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Nico

 

Acordei com dor. Muita dor. Minha cabeça latejava. Meu corpo todo doía. Tentei me levantar, o que causou uma imensa dor nas costelas. Tossi ao sufocar um gemido alto de dor.

E quase morri do coração quando Thalia, subitamente, me abraçou.

— Por Zeus, Nico! – Ela soluçou baixo. – Eu pensei que te perderia!

Tentei me lembrar do que havia acontecido. Tudo de que eu me lembrava era estar dirigindo em alta velocidade quando algo surgiu subitamente em meu campo de visão, fazendo com que eu batesse. Eu me lembrava do para-brisa se quebrando e de inúmeros estilhaços de vidro vindo em minha direção. Depois eu apaguei de vez.

— O que...

— O trailer... – Thalia soluçou. – Ele bateu e... Os estilhaços de vidro... Eles...

— Thalia... – Segurei seu rosto, secando as lágrimas. Doía vê-la chorar. Fazia com que eu me quebrasse em mil pedaços. – Ei... Está tudo bem. Eu estou aqui, viu só?

Ela soluçou novamente e me abraçou com força, soluçando baixo.

— Nunca mais faça isso, Nico... Nunca mais faça com que eu pense que perdi você...

Quando ela falou aquilo, não pude evitar me lembrar do pesadelo que tive, onde Thalia via meu corpo inerte antes de morrer (tecnicamente) em minha frente. Foi o pior pesadelo que já tive.

— Desculpe... – Foi tudo o que eu disse. Thalia me encarou por um longo momento antes que eu me inclinasse e, hesitante, a beijasse. Ela sorriu entre o beijo, o que me incentivou a aprofundá-lo. Suas mãos foram aos meus cabelos enquanto as minhas passeavam pela sua cintura e suas costas.

Tentei ser um pouco mais ousado e desci meus beijos pelo seu pescoço, fazendo uma trilha de lá até a clavícula. Thalia ofegou baixo, se alterando entre afagar e puxar meu cabelo.

— Nico... – Gemeu baixo... – Espere...

Percebi que já estava indo longe demais quando ela disse aquilo. E fiquei completamente vermelho ao me sentir excitado. Thalia notou meu rosto vermelho e riu.

— Pare de rir! – Eu juro que, se fosse um avestruz, enfiaria minha cabeça na terra naquele momento. Thalia ainda ria.

— Relaxa, Nico... – Ela me deu um selinho. – É normal.

Sorri levemente e a beijei novamente.

— Vamos dormir então...

Thalia sorriu, assentindo.

— Você acabou de acordar e já quer dormir?

Sorri levemente.

— Estou meio dolorido ainda.

Thalia riu baixo. Depois me abraçou. Deitei a nós dois no colchão e deixei que o sono tomasse conta do meu corpo.

[...]

Acordei com o som de um rugido alto e assustador. O sol ainda não havia nascido, o que indicava que era por volta de umas quatro da madrugada. Ou seja: algum ser vivo não queria que eu dormisse!

Levantei-me devagar. Thalia, que estava deitada sobre meu peito, levantou-se junto comigo, já pegando suas armas junto comigo. Saí da barraca, encontrando o mesmo troll que, ironicamente, me trollou enquanto eu dirigia ao colocar o pé subitamente na frente do trailer (gente, que coisa mais esquisita: fui trollado por um troll!).

— DE NOVO?! – Reclamou Katie enquanto suas asas surgiam. Ela, rapidamente, levantou voo, golpeando o troll com força e causando um belo de um arranhão em seu olho.

O troll rugiu alto, mas, assustadoramente, se fixou em mim depois de golpear Katie.

— KATIE! – Travis desviou do pé gigantesco do troll com uma velocidade sem igual, chegando até Katie e segurando-a em seus braços.

Tirei Umbra do bolso e parti pra cima do monstro, fazendo um talho fundo em seu tornozelo. Ele rugiu alto. Depois abaixou-se para me atacar.

Vi Isabelle se dirigir à Thalia e tocar em seu pulso, tomando sua forma. Ela correu até outra direção.

— EI! – Gritou. A voz extremamente parecida com a de Thalia. – OLHA QUEM ESTÁ AQUI! A FILHA DE ZEUS!

O troll rugiu, baixando a enorme mão para esmagar Isabelle quando Thalia surgiu em seu campo de visão.

— ESTOU AQUI!

O monstro rugiu, frustrado, e ergueu a mão novamente. E a adrenalina correu pelas minhas veias.

— EI COISA FEIA! – Chamei. – QUE TAL UM ANJO DA TERRA NOVINHO EM FOLHA?! APROVEITA QUE EU SOU GOSTOSO, MEU BEM!

O troll rugiu, baixando a mão enorme e quase me esmagando se eu não houvesse apontado Umbra para cima, perfurando sua mão. Senti uma força descomunal ser passada da espada para mim e bloqueei o fluxo de energia. Será que se eu sugar energia do troll eu vou ter o poder de trollar as pessoas?

O troll rugiu, puxando sua mão antes que eu o matasse. Cambaleei, sentindo o enorme poder fluir novamente para a espada antes que eu tivesse uma overdose. O monstrengo ergueu a mão enorme antes que eu me recuperasse, pronto para me arremessar para longe, quando, rapidamente, Thalia se colocou em minha frente e eu observei, com horror, seu corpo ser arremessado até bater com força contra um pinheiro e cair no chão, imóvel.

— THALIA! – Gritei, sentindo meus olhos arderem com as lágrimas de fúria. Depois encarei o monstrengo com um ódio que nunca pensei que teria. – VOCÊ VAI PAGAR!

Ergui Umbra novamente, dessa vez utilizando parte do poder do troll. Usei seu joelho como apoio e saltei alto, pousando com a mesma graciosidade de Thalia ao invés da minha típica graciosidade de mamute em seu braço. Ele tentou me atingir com a outra mão no momento em que saltei outra vez, gritando de ódio conforme percorria sua clavícula gigante ao mesmo tempo em que a lâmina de Umbra percorria sua garganta gigante. Finalizei o golpe cravando fundo a lâmina em seu ombro.

O monstro rugiu mais alto do que antes, fazendo com que meus ouvidos zumbissem. Saltei de seu ombro para o chão no momento em que, lentamente, o monstrengo tombou para frente.

Tossi ao atingir o chão com a graciosidade de um mamute, rolando pela terra até conseguir parar. Os outros já haviam saído de suas cabanas, arquejando ao ver a cena: eu, coberto de terra e sangue de troll, levantando-me do chão e me afastando do imenso troll; Isabelle dando algumas gotas de néctar para Katie, que estava inconsciente nos braços de Travis; e Thalia apagada noutro canto.

Thalia!

Virei-me para ela, transformando Umbra num cilindro novamente e correndo até Thalia, que estava inconsciente na grama. Tinha vários arranhões pelo corpo. Sangue gotejava dos seus lábios. E ela parecia respirar com certa dificuldade.

— Lia... – Ofeguei, puxando-a delicadamente para perto de mim. – Respire... Vai ficar tudo bem...

Thalia tossiu, abrindo os olhos devagar. A respiração soava molhada.

— Nico... – Murmurou. – Desculpe...

Consegui sorrir levemente, apesar de estar sentindo meus olhos arderem.

— Está tudo bem... Você vai ficar bem... – Peguei, de Isabelle, um cantil de néctar. – Não devia ter feito isso...

— Da próxima vez... – Thalia engoliu um longo gole de néctar. – Eu deixo ele quebrar todos os ossos do seu corpo.

Ri baixo.

— Fechado.

Thalia riu também, gemendo baixo de dor em seguida.

— Merda... Isso dói.

Sorri compreensivamente e segurei-a em meus braços, carregando-a até a nossa barraca e deitando-a com cuidado na parte mais macia possível do saco de dormir.

— Você vai melhorar, Thalia. – Prometi, afagando seus cabelos. Thalia sorria levemente.

— Não sei como ficaria sem você... – Murmurou. – S-se eu morrer...

— Não fale isso. – Calei-a. – Você não vai morrer. Eu te proíbo, entendeu?

Thalia riu baixo, tossindo um pouco em seguida.

— Você é demais, Nico.

— Eu sei que sou incrível. – Sorri fracamente. Thalia sorriu também, se acomodando em meus braços.

Eu prometi... Prometi que me fortaleceria para proteger Thalia. Prometi que não a deixaria morrer. Prometi que a protegeria com a minha vida. Se ela morrer, o que eu faço? O que vai ser de mim?

Eu não dormi depois daquilo. Apenas fiquei em silêncio, ouvindo o som da respiração calma de Thalia quando ela adormeceu. Fiquei acordado pelo resto da noite, observando-a e rezando a todos os anjos para que ela se recuperasse. Se Thalia morresse naquele momento, a culpa seria minha. E eu não teria mais como seguir em frente.

Nem percebi quando amanheceu. Apenas senti Thalia se mexer em meus braços e deixei escapar um suspiro de alívio. Ela estava viva. E estava bem.

— Nico? – Chamou em voz baixa. Ela se levantou, agora saudável, e me encarou com um olhar repreensor. – Você não dormiu?

— Você mesma disse que fiquei apagado por um bom tempo. – Defendi-me.

— Foi por minha causa, não foi?

Não consegui dizer não. Apenas assenti devagar. Thalia revirou os olhos, mas inclinou-se e me deu um selinho.

— Só não faça mais isso, ok? Não deixe de dormir por preocupação. Eu ainda vou te irritar mais um pouquinho. – Thalia tocou meu nariz com a ponta do indicador. Ela sorria marotamente. Não pude evitar retribuir seu sorriso. – Vamos sair. Antes que comecem a andar sem a gente.

Ri baixo e saímos, encontrando Percy, Annabeth, Travis, Connor e Katie comendo um pequeno lanche. Procurei por Leo e o encontrei falando com Isabelle. Ouvi algo parecido com “meus poderes” e sorri de canto. Então Isabelle é a primeira pessoa a quem Leo recorre para falar sobre seus poderes?

— Nico! – Isabelle sorriu ao me ver. – Acho bom se alimentar logo! Hoje vou te ensinar Umbracinese.

— E eu vou te ensinar esgrima. – Katie sorriu.

— E eu arco e flecha. – Thalia afagou meu cabelo. Sorri e beijei sua bochecha, caminhando até o círculo improvisado ao redor de uma toalha de piquenique com vários lanches.

— Separamos o de frango com requeijão para você. – Percy sorriu. – E tem suco de romã entre as caixinhas de suco. Comprei naquela padaria no começo da nossa missão.

Sorri, satisfeito, e peguei meu lanche e meu suco, abrindo-os com as mãos tremendo de fome.

— Devagar, Nico... – Thalia sorriu. – Eu imagino o tamanho da sua fome, mas acredito que dê para aguentar.

Ri baixo e mordi um pedaço do meu lanche. Thalia resmungou alguma coisa sobre não ter cappuccino para beber e pegou uma caixinha de suco de morango e um sanduíche de queijo, alface e tomate.

— Esse suco é bom! – Ela sorriu, esvaziando a caixinha em poucos segundos. – Os mortais são incríveis quando se trata de culinária!

— Espere só até ela ver a Nutella. – Percy me encarou e eu ri.

— Acho que Thalia vai roubar todo o estoque de Nutella do mundo.

— O que é Nutella? – Ela me encarou, confusa.

— Nutella é simplesmente a melhor coisa do mundo. – Leo sentou-se ao meu lado. – É deliciosa.

— Eu quero tirar isso a limpo! – Thalia sorriu.

— Assim que encontrarmos Nutella em algum lugar, eu compro para você provar. – Sorri. Thalia sorriu de volta e terminou seu lanche. Mordi o último pedaço do meu lanche e me levantei, bebendo os últimos goles do meu suco. – Estou pronto.

Isabelle sorriu.

— Vamos então.

[...]

— Muito bem, Nico. – Elogiou Isabelle depois que consegui solidificar as sombras ao meu redor. – Ainda tem mais algumas coisas. Mas só vou ensinar mais uma. – Ela sorriu. – E a minha favorita. Criar uma projeção sua feita com sombras.

— O quê?

Isabelle assentiu.

— É simples, Nico. Enquanto você move as sombras ao seu redor. Imagine-as tomando uma forma. Agora imagine você.

Enquanto ela falava, as sombras ao seu redor se moviam até formar uma projeção perfeita de Isabelle.

— Cara... Eu não sei se consigo.

Claro que não consegue. A voz debochada de James ecoou em minha cabeça. Você é um inútil, di Angelo. Nunca vai conseguir nada na sua vidinha.

Você não sabe fazer nada. A voz de Mark ecoou logo depois. Você não é ninguém. O que te faz achar que vai conseguir uma coisa complicada dessas?

Ignorei essas vozes e concentrei-me. As sombras se moveram ao meu redor.

Fracassado. A voz de Sherman surgiu em minha mente. Você é um fracasso, diAbo.

E, tão rápido quanto se moviam, as sombras se dissolveram.

Claro que não conseguiu.

Fracassado.

Fracassado.

Fracassado.

Isabelle me lançou um olhar de decepção.

— Não deixe o seu lado emocional interferir, Nico. Você deve controlar suas emoções. Se ficar com raiva, a descarga de energia será enorme, assim como o seu poder. E se você hesitar, não conseguirá. Numa luta, não devemos hesitar. Não devemos fraquejar, ou nossos poderes não funcionarão. – Ela me encarou. – Não reprima sua tristeza, Nico. E pare de mentir para si mesmo e guardar seu sofrimento para você. Isso só te trará dor e bloqueará seus poderes. – Ela se levantou. – O treino acabou.

Isabelle caminhou até sua tenda, onde arrumaria sua mochila e se prepararia para seguirmos em frente, já que Thalia e Katie decidiram me treinar quando encontrássemos um lugar seguro para ficar.

Caminhei até minha barraca, surpreendendo-me ao vê-la vazia.

“Pare de mentir para si mesmo e guardar seu sofrimento para você. Isso só te trará dor.”

Solucei, baixo, sentindo meus olhos arderem. Eu não podia chorar.

— Nico? – Thalia me assustou ao entrar na barraca. – Estava chorando?

Neguei rapidamente, secando qualquer vestígio de lágrimas antes de encará-la.

— Eu não estava chorando.

Thalia negou devagar.

— Por que estava chorando?

— Eu. Não. Estava. Chorando.

Thalia bufou baixo.

— Eu vi que você estava chorando, Nico.

— Não estava!

— O que aconteceu? O que está te deixando triste?

— Eu não estava chorando, Thalia!

— Estava sim! Eu vi! – Ela suspirou. – Por que você não me diz o que você tem?! Por que não fala a verdade para mim e me diz o que está sentindo? Não sou nenhum oráculo para...

— PORQUE EU TENHO MEDO! – Gritei, calando-a. Thalia recuou por um instante, assustada com a minha mudança repentina de comportamento. E eu já não continha as lágrimas. – Eu tenho medo... De parecer fraco. De parecer um covarde por contar.

— Por contar o que? – Thalia se aproximou. Vi uma movimentação na barraca e ela fez um movimento, mandando seja lá quem fosse embora. – Fale para mim Nico.

— Por contar o quanto eu sofri... – Solucei mais alto. – Por contar que algumas vezes eu quis morrer... Por contar quantas vezes eu já subi no terraço da escola e fiquei de pé na beirada... Por causa do que eles me diziam... – Eu já não continha meus soluços. Nem as lágrimas. – Eu tenho medo de parecer um covarde por não guardar essa dor apenas para mim. Por contar quantas vezes já abri o armário de medicamentos em casa e contava uma mentira qualquer para o meu pai. Quantas vezes eu já quis matá-los...

Solucei novamente, sentindo os braços de Thalia ao meu redor. Ela soluçava baixinho, mas se continha, deixando que eu soluçasse sobre seu ombro enquanto afagava meus cabelos. Eu sabia que ela estava se fazendo de forte para me fortalecer. E essa era uma das coisas que eu mais gostava em Thalia.

— Eu ainda tenho medo, Lia... – Solucei. – Eu ainda posso ouvi-los dizendo que sou um fracasso. Dizendo que sou um inútil. E eu devo ser mesmo um inútil... Um fracasso...

— Shh... – Sussurrou. – Você não é um fracasso, Nico. Você não é inútil. Você sempre teve poder suficiente para matar todos eles. E nunca o fez. Você é poderoso, mas é bom... E fará coisas maravilhosas. Coisa que nenhum fracassado faria. – Ela segurou meu rosto entre as mãos, erguendo o seu para que me encarasse. Os olhos azuis marejados. – Um fracassado não mataria um ogro. Nem um troll. Nem um Renegado poderoso como Octavian. Um fracassado não ri na cara da Morte. Um fracassado não sorri nos momentos mais difíceis ou tenta fazer os outros sorrirem em momentos difíceis. Um fracassado não arrisca sua vida para salvar a de alguém com quem se importa. Os fracassados são aqueles que se sentem superiores ao humilhar as pessoas boas. São aqueles que se sentem superiores ao maltratar pessoas maravilhosas como você. – Thalia me deu um selinho enquanto afagava meu cabelo. – Você é especial, Nico. Nunca duvide disso. Nunca duvide do seu valor. Ok?

Sorri, deixando que as últimas lágrimas fluíssem, e a beijei. Thalia sorriu de encontro aos meus lábios e retribuiu o beijo, ainda afagando meu cabelo conforme nos beijávamos cada vez mais intensamente. Um beijo que ficava cada vez mais quente até Percy entrar na barraca, fazendo com que nos separássemos num pulo, ambos vermelhos. Um sorriso malicioso surgiu em seu rosto e eu me contive para não socá-lo.

— Já estou vendo que está tudo bem por aqui. – Ele sorriu. – Temos que ir.

Dei-lhe a língua e peguei minha mochila no chão. Thalia me encarou enquanto fechava o zíper de sua jaqueta e guardava o saco de dormir na sua mochila.

— Está melhor agora? – Ela perguntou. Sorri e assenti.

— Obrigado. – Dei-lhe um selinho. – Não sabe como me sinto melhor depois disso.

Thalia sorriu. Depois me beijou. Eu amava aqueles beijos. E já não podia negar: estava perdidamente apaixonado por Thalia.

— Eu te prometo, Nico... – Ela segurou meu rosto com as duas mãos. – Eu vou fazer tudo ao meu alcance para que você se sinta especial.

Sorri quando Thalia se afastou um pouco. E joguei no lixo toda a minha timidez para falar o que eu falei a seguir:

— Apenas ter você ao meu lado faz com que eu me sinta especial.

Óbvio que fiquei mais vermelho do que um pimentão!

E é óbvio que Thalia riu baixo e me beijou outra vez. Eu amava quando ela sorria. Vê-la feliz era meu principal objetivo todos os dias. Assim como fazê-la sorrir.

— E então casal? – Leo sorriu na frente do grupo. – É pra hoje ou tá difícil?

— Vai se ferrar, Valdez! – Reclamei. Leo riu e esperou até que Thalia estivesse na frente, com Isabelle à sua esquerda e eu à sua direita. Katie se posicionou ao meu lado e começamos a caminhar.

Enquanto caminhava, lembrei-me do que Thalia me dissera enquanto a olhava de relance.

Eu vou fazer tudo ao meu alcance para que você se sinta especial...

Sorri levemente ao me lembrar dessas palavras. Thalia foi a primeira pessoa para quem consegui contar sobre a minha dor. E isso fazia com que eu me apaixonasse cada vez mais por ela.

Talvez não fosse tão necessário que Thalia me fizesse sentir especial.

Porque a sua presença já fazia com que eu me sentisse a pessoa mais especial do mundo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Choraram tanto quanto eu com essa dor toda que o Nico colocou para fora? E a Thalia sendo maravilinda ao dizer que ele é especial.
Pois é gente... O bullying é uma coisa horrível, que, infelizmente, realmente acontece. As pessoas que o sofrem podem chegar à mesma situação que o Nico quase chegou: tentar tirar a própria vida para acabar com o sofrimento. As pessoas que se julgam mais fortes fazem de tudo para desmotivar muitas pessoas. E eu estou aqui, usando nosso querido anjo da Terra como exemplo, para dizer: NUNCA deixem que alguém diga a vocês que vocês não são capazes de fazer coisas maravilhosas! Nunca deixem que alguém te coloque para baixo! Nunca se esqueçam do seu valor! Vocês são todos especiais para mim! E eu desejo o melhor a todos vocês! :3
Melhor parar antes que eu chore... Meus olhos tão marejados, gente. Esse assunto do passado do Nico foi forte demais para mim.
Não, eu nunca sofri bullying. Já passei (e estou passando) por coisa parecida: estou virando motivo de piada na minha sala por coisas ridículas: tipo uma caça legging que marca a calcinha. Vão me zoar como? "NOSSA, GENTE! ELA USA UMA CALCINHA! KKKKK"... Faz sentido? Não. Mas aquele povo é ridículo e vai ser meu último ano olhando na cara deles! E não vou ser abalada por vadias ridículas e metidinhos! u-u
Espero que tenham gostado do cap! Quero saber o que acharam! :3
Até o próximo! :3
Bjoks" *3*