Fallen From The Sky escrita por Tia Ally Valdez


Capítulo 12
I Will Not Fall In Love - Especial Lizzy


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi meu povo! :3
Pois é, gente. O ano letivo começou. Minha sala tá a mesma bosta. Só mudou o lugar. Os professores são os mesmos. As vadias são as mesmas. Os chatos são os mesmos e minha panelinha de friends conseguiu ficar juntinha novamente! Amo aquele povo maluco, gente! :3
E eu trouxe, junto com o feriadão, um especial Lizzy que não tem tanto Lizzy, mas entenderemos o porquê mais para frente. Não vou enrolar tanto porque estou com sono! Heheh!
Aqui está o cap!
P.O.V da nossa Divabelle! :3
Enjoy it! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/642554/chapter/12

Isabelle

— Que ótimo... – Nico jogou as mãos para o alto. – Agora eu tenho asas também?

— Ainda não. – Respondi. – Um anjo nascido na Terra só ganha suas asas quando seu treino está concluído.

— Maravilha... – Nico revirou os olhos. – Isso está ficando cada vez melhor.

Revirei os olhos.

— Você não existe... – Encarei Thalia, que parecia perplexa com tudo. – E agora?

Thalia ergueu o olhar.

— Agora eu vou ter que treinar Nico. Ele deve aprender tudo. Magia, combate, uso de armas e até mesmo treinar seus poderes. – Ela me encarou. – E você irá ensiná-lo a Umbracinese.

Revirei os olhos.

— Eu não sou professora.

— Vai ter que ser se quiser que vençamos essa guerra!

— Tá bom! Maravilha! Ótimo! – Joguei as mãos para o alto enquanto nos despedíamos de Dionísio, caminhando até o trailer. – De guerreira a professora de creche.

— Ei! – Reclamou Nico. – Não sou criança!

— Mas age como uma! Fala sério! Você não consegue ficar dois minutos sem fazer uma piada idiota! Ou você é uma criança, ou você é um suicida!

— Ou talvez eu tenha senso de humor.

— Eu tenho senso de humor! – Falei. Leo soltou uma risada nasal. Fuzilei-o com o olhar. O que ele queria naquele momento? Uma espada no meio dos olhos? – Eu tenho sim!

— Você é muito séria. – Disse Leo. - Nem sorrir você faz!

— Ela sorri sim! – Disse Nico. Acenei a cabeça em sua direção em agradecimento. – Ela sorri assim. – Ele franziu as sobrancelhas e fez um olhar sério. Quase carrancudo, arrancando risos dos outros ali. Até mesmo de Thalia, aquela traíra.

— Isso é bullying comigo. – Cruzei os braços. Nico negou devagar.

— Você não faz ideia do que é bullying, Izzy. Eu só estava fazendo uma piada idiota.

Revirei os olhos e deixei escapar um sorriso.

— Acabou de admitir que sofria bullying. – Dei um sorriso vitorioso e troquei um high-five com Percy, que me passou seu amuleto, enquanto entrava no trailer. Nico lançou-me um olhar atônito, o que arrancou mais risada dos outros ao redor.

— Espera... Estava fingindo?

— Sou ótima atriz, não sou? Pena que não tenho marca pra isso. Porém, de tanto assumir a aparência de outras pessoas, acabei virando uma atriz. E Percy apostou comigo o seu amuleto que eu não conseguiria fazer você admitir que sofria bullying.

— E eu não sofria! – Ele cruzou os braços, emburrado como uma criança sem doce. – Isso não valeu!

Thalia revirou os olhos com um sorriso. Nico entrou por último e caminhou até o banco do motorista. Thalia sentou-se ao seu lado.

— Valeu sim! – Percy sorriu vitorioso.

— Parabéns, primo! Conseguiu o que queria! Quer um prêmio? Meus óculos talvez?

Percy deu-lhe a língua.

— Engraçadinho.

Nico riu.

— Confesse seu amor por eles e eu serei o padrinho do casamento!

Os outros riram.

— Qual a próxima parada? – Questionou Leo.

— O problema é esse. – Disse Thalia. – Não faço ideia de onde ir.

— Podemos dar uma de Winchester e viajar pelo país procurando indícios de criaturas sobrenaturais e acabando com elas. – Sugeriu Nico. Annabeth revirou os olhos.

— Não é hora de mostrar que assiste Supernatural, Nico. – Ela disse. – Podemos procurar pelo novo acampamento de Luke. Se conseguirmos matar Luke, teremos uma vantagem.

Thalia negou devagar.

— Ir até Luke é a última coisa que vou querer no momento. E Nico precisa treinar mais.

— Percebe-se. – Comentei. Nico deu a língua e voltou a dirigir.

— Beleza, então. Vamos fugir de Luke por enquanto e treinar às vezes. O que acham de um... – Ele arregalou os olhos e freou bruscamente, fazendo com que eu e os outros tombássemos para frente.

— Qual o seu problema?! – Reclamei.

— Aquilo ali é o problema! – Nico apontou para uma determinada direção. Thalia arregalou os olhos.

— Troll! – Alertou. Bem no momento em que o maldito Troll arrancou o teto do veículo.

— AH, CARA! É NOVO! – Reclamou Leo. – Seu estúpido!

O troll rugiu alto, baixando a mão enorme e agarrando Leo, que gritou alto conforme era erguido no ar a metros do chão.

— LEO! – Fiz minhas asas surgirem e decolei a toda velocidade, subindo até o Troll, que segurava Leo com força. Materializei minha espada favorita e golpeei com força o olho do monstro, fazendo-o rugir e soltar Leo, que logo começou a despencar, gritando alto e agudo. Ri internamente e mergulhei, pegando-o no ar e deixando-o em segurança no trailer. Materializei um arco e uma aljava usando as sombras e passei para Thalia.

— Pelos anjos, Isabelle! – Thalia sorriu. – Estava com saudades de usar um arco!

— Eu imagino! – Sorri enquanto Thalia armava o arco e soltava a corda, atingindo pontos no troll que nenhum arqueiro no mundo acertaria.

— Lembre-me de mudar seu nome para Thalia Queen. – Nico voltou a dirigir, dando voltar ao redor do troll.

— Queen? – Questionou Thalia. – Por quê?

Nico apenas riu.

— Thalia, você tem que ver séries!

Thalia revirou os olhos, disparando outra flecha.

— Você não existe, Nico... – Ela virou-se para os outros. – Segurem-se!

Utilizando as sombras, improvisei cintos de segurança para os outros enquanto Katie, Thalia e eu cuidávamos do troll.

— Podemos ajudar! – Reclamou Percy.

— Ajudem ficando vivos! – Disse Thalia. – Trolls não são fáceis de matar!

— Como se alguma coisa aqui fosse fácil de matar! – Reclamou Nico. – Fala sério! Parece até...

Antes que ele dissesse, o troll posicionou o pé em frente ao veículo, fazendo com que Nico, devido à velocidade, colidisse violentamente. Fortaleci as sombras ao redor dos outros e para Thalia e Katie enquanto eu, desprotegida, ia para frente. Bati o corpo com força em algo duro e senti dor. Agradeci o fato de anjos terem ossos mais firmes e duros e tossi. Por alguns segundos, tudo ficou escuro.

Quando minha visão retornou, levantei-me com dificuldade, olhando em volta para ver se estava tudo bem.

— Estão todos bem? – Olhei para trás, vendo que o cinto com as sombras funcionara. Percy havia apagado. Annabeth se encontrava perto dele, tentando acordá-lo. Travis ajudava Connor a levantar e Leo vomitava pela janela destruída. Thalia tirava um estilhaço de vidro do tornozelo e Katie equilibrava-se sobre a espada. Estavam todos bem, apesar de tudo. – Nico?

Caminhei até o banco da frente, com medo do que veria. Nico não havia me respondido. E eu reconhecia o contorno de sua silhueta imóvel contra o banco da frente. E vi que o para-brisa estava completamente destruído. Alguns estilhaços de vidro estavam no chão. Eu já sabia onde estavam os outros. Thalia recuperou-se e encarou o banco da frente. Depois arregalou os olhos ao ver o estado do para-brisa.

— Nico! – Ela mancou o mais rápido que pôde até o banco da frente. Mas eu estava chegando primeiro.

Não acredito! Já era! Ele está morto! A guerra já era! Perdemos!

Quando cheguei até ele, arquejei. Não porque o que eu vi foi um corpo. Mas porque o que eu vi era impossível.

Nico tinha um ferimento na cabeça, que sangrava. Apesar de tudo, estava vivo. Nenhum estilhaço se encontrava em seu corpo, mas flutuando a centímetros dele. Assustei-me ao perceber um vulto saindo do banco da frente, quase como se tivesse mantido Nico vivo. Um espírito... Pequenos e grandes cacos de vidro se encontravam flutuando sobre o vulto e, logo, atravessando a forma escura e disforme enquanto caíam, aos poucos, no chão da van. Aparentemente, apenas eu havia visto que, de fato, alguém havia salvado a vida de Nico.

— Izzy! – Disse Thalia. – Me ajude a tirá-lo do banco.

Usando as sombras, fiz uma pequena adaga, cortando o cinto de segurança de Nico. Thalia o puxou do banco. Ela rasgou um pedaço da regata que usava e o pressionou contra o ferimento. Olhei para cima. Aparentemente, o troll devia ter achado que morremos no acidente.

— Ah, graças aos anjos... – Thalia soluçou baixo, abraçando-o. – Está vivo. – Ela encarou Leo e Annabeth, que lançavam um olhar preocupado para ela.

— Percy também está. – Disse Annabeth. – Só deve ter batido a cabeça.

— E lá se vai o segundo veículo... – Reclamou Leo. – Agora eu sei porque meu pai hesitou em comprar a van. Eu não consegui ficar nem por uma semana sem destruir ela. E o trailer não chegou a durar nem ao menos um dia!

Thalia pegou um pequeno frasco de néctar, colocando o conteúdo, aos poucos, na boca de Nico. Ela tirou um segundo e o estendeu para Annabeth.

— Ele é parte anjo... Vai melhorar.

Annabeth agradeceu Thalia e pegou o frasco. Leo caminhou até mim.

— Você está bem?

— Se eu fosse humana, teria morrido. – Sorri de canto. – Estou bem. Só dói se eu rir.

Leo sorriu.

— Que bom. Seria muito chato não ter ninguém para eu irritar.

Revirei os olhos e o empurrei levemente. Leo riu e, ao perceber que eu andava com dificuldade, me ajudou a caminhar até uma das camas.

E, no momento em que sua pele tocou a minha, tive uma das piores visões de qualquer memória que já tivesse visto.

Uma casa...

Uma casa em chamas...

Gritos...

Um garotinho... Oito anos...

— MAMÃE!

Arquejei alto, contendo uma lágrima com todas as minhas forças. Aquela lembrança de Leo era tão forte que eu pude sentir a tristeza contida nela. A dor de se perder a própria mãe.

Leo percebeu meu olhar e sorriu compreensivamente.

— Você viu, não? – Ele suspirou. – Nico me disse que você também absorve as memórias. E você pegou minha pior memória...

— Sua mãe...

Leo soluçou baixo, mas se conteve.

— Morreu em um incêndio. Agora que descobri meu poder... Eu soube que fui eu... Eu causei o incêndio... Eu matei minha mãe...

— Leo... – Comecei. – Não precisa dizer se for muito ruim...

Leo negou devagar.

— A porta havia emperrado. Minha mãe não estava conseguindo sair... E eu entrei em pânico... Você disse que, às vezes, nossos poderes estão ligados às emoções. Eu senti tanto medo naquele dia que causei o incêndio... – Ele tocou meu rosto. E eu pude ver mais imagens horríveis daquele dia.

— Mamãe! – O garotinho socou a porta.

— Leo! – Uma voz feminina respondeu do lado de dentro. – Está tudo bem, mi hijo... Vai dar tudo certo, ok?

— Mamãe... Por favor... O papai já chamou ajuda!

Um soluço ecoou do lado de dentro, junto com tosses.

— Eu te amo, Leo... Você é um garoto especial para mim...

— Pare... – Balancei a cabeça. – Eu não quero mais ver.

Leo se afastou com um olhar compreensivo.

— Desculpe...

Sorri fracamente.

— Tudo bem... Eu tenho lembranças horríveis também... – Virei-me para Thalia, que dobrava sua jaqueta cuidadosamente, para que servisse como um travesseiro para Nico. – Por um momento... Pensei que...

— Eu também pensei. – Leo suspirou. – Você também viu?

Arregalei os olhos ao encará-lo.

— Vi o...

— É. – Disse Leo. – O vulto. Aquela coisa salvou Nico.

— Talvez seja a mãe dele.

Leo negou devagar.

— Eu tive a sensação de que conhecia aquela pessoa de algum lugar, mas não consegui me lembrar dela. – Ele me encarou. – No começo dessa nossa missão, Nico mencionou um nome. Bianca... Disse que era irmã dele, mas... – Leo encarou Nico, que continuava inconsciente. – Mas eu nunca ouvi falar de nenhuma Bianca na família. Não é estranho?

— Não... Não é estranho... – Encarei o mesmo ponto que Leo encarava. – Na verdade, é compreensível.

[...]

Duas horas haviam se passado desde que o veículo bateu. Katie e os Stoll resolveram juntar tudo o que tínhamos de valor no veículo (incluindo sacos de dormir e travesseiros, que, com um pouco de magia, puderam caber perfeitamente na mochila). Thalia ainda monitorava Nico, que não havia acordado. Leo pegava alguns pequenos parafusos e peças do trailer (não sei pra quê. Esse rapaz é problemático). Percy havia acordado uma hora atrás e agora ajudava Annabeth a checar os suprimentos nas mochilas.

— Precisamos ir... – Falei. – Thalia... Se Nico não acordar...

— Eu carrego ele. – Cortou Thalia. – Pelo menos até acharmos um local seguro para acampar...

Assenti enquanto Thalia, aproveitando que seu tornozelo estava recuperado, se abaixava e pegava Nico em seus braços. Leo pareceu perceber que unir e separar pecinhas do trailer, montando e desmontando, aparentemente, nada, estava sendo completamente inútil e levantou-se, guardando as pecinhas em um dos inúmeros bolsos de sua jaqueta.

— Então... Para onde vamos? – Perguntou.

— Não é óbvio? – Katie sorriu. – Vamos nos embrenhar na floresta!

[...]

— Acho que aqui está bom... – Falei quando pude ver um grande espaço aberto na floresta, sob a luz das estrelas. – Vamos dormir aqui.

Thalia ofegou, deitando Nico num saco de dormir enquanto Leo voltava a tirar pequenas peças do bolso.

— Vou precisar das jaquetas de todo mundo para fazer uma... – Ele arregalou os olhos quando estalei os dedos, fazendo com que seis barracas surgissem ao nosso redor. – Barraca. – Leo bufou quando lancei-lhe uma piscadela. – Chata.

— Pois bem... São seis barracas. Percy e Annie dividem uma, Thalia e Nico dividem a segunda, Travis e Katie dividem a terceira e Connor, Leo e eu ficamos sozinhos nas outras três.

Leo ergueu a mão.

— Por que eu tenho que dormir sozinho?

Revirei os olhos.

— Se quiser, eu faço um bichinho de pelúcia ou você pode ir dormir com o Connor.

Connor fuzilou Travis, que começou a rir, com o olhar.

— Pode ser com você? – Leo sorriu maliciosamente. Aproximei-me dele, com um falso sorriso sedutor.

— Pode... – Me aproximei o suficiente para Leo se inclinar para frente. – Daqui a mil anos.

Afastei-me subitamente, fazendo com que Leo caísse quase que de cara na terra.

— Você é tão sem graça... – Bufou enquanto tirava a sujeira da roupa. Os outros apenas riam.

— Acho melhor tentar outra garota, Leo... – Thalia sorriu. – Porque Isabelle é a última que você vai conquistar.

— Espero que seja mesmo a última... – Leo sorriu maliciosamente. – Porque, pelos anjos... Eu vou casar com essa moça.

— Vai sonhando, Faísca. – Mandei-lhe um beijo no ar e entrei na cabana.

Sorri levemente ao ouvir Nico tossir, seguido de palavras e soluços baixos de Thalia. Ela estava abrindo o coração novamente, como nunca pensei que faria depois de tudo o que Luke lhe fez.

Ao pensar em Thalia se apaixonando, me veio Leo à cabeça.

Espera! Por que diabos o Valdez me veio à cabeça?

Sacudi a cabeça para me livrar desse pensamento e apenas me deitei.

Eu não estou apaixonada!

E eu não vou me apaixonar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Isabelle é diva ou não é? :3 Adoro essa menina, meus deuses!
E aí? Será que foi a Bianca mesmo que salvou o Nico? O que acharam disso? E dessa trollagem da Izzy no Nico, que finalmente (ou nem tanto) admitiu que sofria bullying? E esse momento Lizzycom as lembranças do Leo? Não foi fofo? :3 E as referências? Entenderam as duas? "Winchester" e "Thalia Queen"? Digam para mim! :3
Nos vemos nos reviews, seus lindos! Digam o que acharam! :3
Um bom Carnaval para vocês! :3
Bjoks! *3*