Filha do medo escrita por Evil Maknae


Capítulo 5
Corridas e mais corridas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora :c

Eu definitivamente estive em uma má fase de bloqueio criativo.

Enfim boa leitura.



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Após longas, cansativas e demoradas horas, o Diretor me chamou.

Recebi um mapa que marcava os pontos em que as missões iniciariam, uma folha que continha explicações, uma espada simples e prateada e um olhar mesquinho e mortal de Otto, aquele que era apenas direcionado a mim. Sem palavras além, ele disse um seco “boa sorte”, como se desejasse exatamente o contrário.

Saí rapidamente da Base, tentando compensar o atraso e a burrice da noite passada, então, nem me despedi de Valentine, que havia ficado para participar da atividade dos cientistas. Enquanto corria para o primeiro ponto do mapa, tentei desafiar minha coordenação, pegando a folha de missões e olhando-a. Bem, está muito boa a coordenação.

A primeira me mandava escolher uma equipe, encontrando-a no ponto ordenado. Sem ao menos tentar entender, continuei correndo pela floresta onde era localizada a Base, onde centenas de humanos e Iluminados se perdiam e morriam, no entanto, eu a conhecia como a palma de minha mão, e isso era uma vantagem considerável. Pensando nisso, não me lembro de ter tempo suficiente para estudar cada caminho da floresta. Devia ser alguma das habilidades que você nasce dominando.

Depois de alguns minutos correndo, vi um grupo de pessoas, aproximadamente dezoito. Acima delas, uma placa que era exatamente o nome da missão. Algumas explicações estavam escritas; no máximo três pessoas deviam te ajudar, poderia se escolher livremente, mas não poderia abandona-los no meio do caminho.

Reparando nelas, havia uma variedade incrível de aparência, mas eu não conhecia nenhum. Perguntei-me quem eram, voluntários, veteranos...?

Com o atraso que havia penado em mente, escolhi aleatoriamente duas garotas.

Uma delas era pequena e baixa, tinha olhos e cabelos castanhos, uma expressão mal-humorada e deixava bem claro pelo rosto que não queria estar ali. Era tão branca que poderia se camuflar facilmente na neve, mas tinha alguns arranhões que pareciam ser bem profundos. Seja o que ela fosse, parecia lutar bem e violentamente. Por outro lado, era fofa.

A outra era ruiva e tinha olhos castanhos claros. Era alta por sua vez e tinha uma expressão inteligente e pacífica. Parecia ser uma pessoa bem fácil de lidar. Também tinha arranhões bem profundos e era bonita, simples e bonita.

Ambas seguravam espadas em suas mãos, mas a da garota baixa parecia ser mais brutal. Como se as almas que ela havia ceifado a rodeassem. Ok, isso pareceu estranho. Imaginação, pode sair agora.

Sem dizer uma palavra, ambas começaram a me seguir, sem nem querer saber meu nome. Se nenhuma havia perguntado sobre, entendi que não era necessário saberem, então me contentei.

–- Ok, não vão fazer isso mesmo? – A baixa começou a dizer em meio aos sons agradáveis e calmos da floresta, talvez em relação a apresentações. ­– Meu nome é Aimee. Tenho dezesseis e sou da Base do Sudeste. – Seu jeito de falar era como se não desse a mínima para nós, mas ao mesmo tempo senti simpatia nela.

–- Eu sou Barbara, tenho dezoito e sou da Base Norte. E você? – A ruiva, perguntou olhando pra mim, ainda correndo. A coordenação delas também é boa.

–- Clarisse. Clarisse Shadows. Base Sul. – Eu disse, ofegando, já cansada da corrida. – Hm, por que estão aqui?

–- Somos sua equipe. Você nos escolheu. – Aimee disse como se fosse obvio (e realmente era).

–- Não, não desse jeito. Não há a atividade na base de vocês? Não quiseram participar?

–- Sim, mas não podemos. – Barbara respondeu.

–- Por quê?

–- Bem, é uma forma de punição. Não participar dos eventos... – Aimee falou dessa vez.

–- Punição? – Perguntei sem entender.

–- Hum, acho que dar um soco no diretor da sua Base não poderia se passar impune. – Aimee disse – Na perspectiva deles – Ela olha, de forma séria. – Pois na minha, ele merecia morrer.

–- Espere, não é brincadeira? – Perguntei, pasma.

–- Claro que não. Eu gostaria muito de participar.

–- O que ele te fez para merecer a morte? – Questiono.

–- Ele me irritou. Menosprezava-nos , como se fosse maior que nós.

Eu havia entendido que ela quis dizer mental e socialmente, mas em um canto piadista da minha mente, pensei: “Bem, não é difícil ser maior que você”. Mas resolvi me calar. Talvez, depois dessa, eu também merecesse a morte. Na perspectiva dela.

–- E você, Barbara? – Ela perguntou. Realmente, Barbara parecia calada. Seja o que tivesse feito, não devia ter sido bom, mas de qualquer forma, havia se arrependido.

–- Hum, acho que tentar fugir da Base pode ter considerado um pequeno crime no nosso mundo. – Ela respondeu, depois de um tempo.

–- Tentar fugir? – Aimee entende tanto quanto eu; Nada.

–- É. Nunca lhes disseram que não se pode deixar de ser um Iluminado?

–- Não! – Eu e Aimee respondemos em uníssono.

–- Bem, eu não queria aturar tudo aquilo. Pressão dos pais, pressão da Base, pressão do mundo – ela suspira – Queria ser normal.

Nunca pensei que um dia poderia ser normal. Nunca pensei que um dia, pudesse me ver sem ser lutando contra as sombras.

Não parece ruim. Não mesmo.

–- E eles não gostaram da ideia. Uma vez Iluminada, sempre Iluminada. Não gostaram da minha atitude mesquinha. – Ela revirou os olhos.

–- Não fazia ideia de que era impossível deixar de ser o que somos. – Eu disse.

–- A maioria nem pensa na possibilidade. – Barbara continua.

Ia abrir a boca para dizer algo realmente inteligente, que nunca saberemos, porque Aimee me interrompeu.

–- Esperem. Onde estamos indo?

–-... – Fiquei sem resposta, porque não lembrei de que precisava olhar para a folha. Estávamos correndo aleatoriamente.

–- Ah, não me diga que você esqueceu-se de ver a missão. – Ela disse, com um pouco de raiva.

–- Não disse isso.

–- Então o quê?

–- Bem, eu estava testando vocês.

–- Olhe logo! – Ela gritou.

Olhei para a folha. A segunda missão se intitulava “Salve alguém”. Sem mais explicações. Li em voz alta para ver se minha equipe conseguiria decifrar.

Salvar alguém... Quem? Como saberíamos quem salvar? Sorte?

–- Não te entregaram mais nada? – Barbara perguntou. Já tínhamos parado de correr.

–- O que mais entregariam? – Perguntei.

–- Em bases mais desenvolvidas, já há um aparelho que detecta medos, então, seria mais fácil de encontrar alguém para salvar com esse aparelho. – Aimee responde. Eu concluí que realmente não sabia de metade do que acontecia com os Iluminados.

–- Não, não me entregaram. – Respondi finalmente.

–- Acho que teremos que descobrir. Ouçam atentamente se há algum grito ou sei lá. Nessa floresta há vitimas toda hora! – Barbara continuou.

–- Realmente. – Parei para ouvir os sons.

Alguns minutos sufocantes de atraso depois, ouvimos alguma coisa. Gritos. Vindos de não muito longe, a julgar pela intensidade.

–- Ouviram? – Aimee disse.

–- Sim! – Eu e Barbara respondemos em coro.

–- Então corram!

Então o fizemos. Corremos em direção ao som.

Alguns dois minutos de corrida, achamos uma pessoa em uma clareira. Uma pessoa loira. Um garoto loiro de silhueta magra. Com um medo a sua frente.

–- Philip! – Gritei para o garoto que “enfrentava” a sombra.

–- Você de novo! Me ajude! – Ele me olha desesperado.

–- Você tem problema mental ou o quê? – Perguntei. Ele era insistente.

–- Eu queria enfrenta-los... – Ele desviou de um golpe. – Mas não deu certo.

–- Pela última vez, não se meta com isso, seu idiota.

Barbara e Aimee não pareciam entender. Longa, longa história.

Corremos então para ajudar o loiro idiota.


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Notas finais do capítulo

Novamente, desculpem a demora...
Espero que tenha gostado :3

Até o próximo...

Sweet dreams :*



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