Contra o destino escrita por iamlblaurabia


Capítulo 2
Quando você começa a gostar...


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo... na verdade eu nem sei se ia voltar aqui, mas depois de receber um comentário de uma pessoa muito especial, resolvi dar continuidade a fic! Muito obrigada mais uma ver BrokenHearted15, você definitivamente deixou sua marca em meu coração, espero que você goste do capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/642276/chapter/2

— É você mesmo? - falei abraçando minha prima incrédula.

— Em carne e osso! - ela disse bagunçado meu cabelo e retribuindo o abraço - Tava com saudades de você coisinha.

— Nem preciso dizer que também estava, néh? - nós rimos.

— Ha Ni você anda crescendo muito rápido. - minha mãe falou abraçando a garota.

Depois de algum tempo, seguimos para o portão onde pegaríamos a conexão.

Graças à Ha Ni a viagem se tornou mais suportável. Claro que eu ainda estava odiando a ideia de ir morar na Coreia, mas com minha prima ali eu me sentia mais confortável.

Não pegamos no sono nem um segundo sequer, tínhamos muitas coisas para conversar e isso me fez relembrar os tempos em que ficávamos badernando durante a madrugada, escondidas da minha mãe.

— Senhores passageiros, aqui quem fala é o comandante da aeronave e estaremos aterrissando em solo coreano por volta de 10 minutos.

— Mas já? - falei surpresa - Passou tão rápido.

— Eu falei que se você se entretece passaria voando. - falou minha mãe tirando a venda dos olhos.

— Hm... - falei dando de ombros.

— Jessica Jung anime-se! - Ha Ni falou me empurrando de leve.

Sim eu tenho o mesmo sobrenome que a ex-integrante do SNSD, minha prima também obviamente, mas eu sou a única zoada por meus amigos, assim como pela própria Ha Ni que também tem a mania de me chamar assim. Mas até que eu gosto, ela é uma das únicas cantoras coreanas que eu acompanho, além de BoA, também sou louca pelo Donghae do SuJu e pelo boy group B.A.P.

— Não vai ser ruim como você está pensando. Aqui tem diversas academias de dança e uma das faculdades mais renomadas em publicidade.

Como vocês, talvez, já tenham percebido eu amo dançar. Desde pequena participo de concursos e me dedico bastante, e a pessoa que sempre esteve ao meu lado me dando apoio foi o meu pai, então depois que ele morreu eu meio que não tive mais disposição para praticar. Além disso, eu adoro publicidade, e foi no 8º ano que eu realmente decidi que era isso que eu ia estudar quando fosse para faculdade, nunca me interessei por outra coisa.

— Espero que vocês estejam certas... - falei receosa olhando para a bela vista.

Isso mesmo! Vocês não leram errado, a paisagem era linda, estava começando a ficar interessada. Pela vista, claro.

~ Algum tempo depois

O aeroporto era bem legal, as pessoas pareciam bem simpáticas e educadas, para onde você olhasse tudo era limpo e bem moderno.

Pegamos um táxi e seguimos rumo a casa dos meus avós. Incrível como as ruas eram limpas, mas nem todos dirigiam com prudência, mesmo assim não era pior que São Paulo.

— Amanhã vamos começar a procurar uma escola para as duas. – minha mãe falou – Precisamos adiantar a transferência, para que vocês não se prejudiquem tanto.

— Okay mamãe! – eu e Ha Ni falamos em uníssono rindo sem parar.

Não demorou muito para chegarmos a casa dos meus avós, era bem localizada, perto de tudo.

Retiramos as bagagens da mala com a ajuda do taxista, e logo depois seguimos para dentro do prédio. Minha mãe se identificou, e então o porteiro liberou nossa entrada.

Nem preciso dizer que quando meus avós e minha mãe se encontraram foi uma emoção só, néh?

— Como minhas netas estão grandinhas! – meu avô falou sorridente.

Da última vez que vimos eles, tínhamos 3 anos, mas sempre nos comunicávamos por cartas, mandando fotos ou pelo Skype.

Todos nós nos sentamos para lanchar, e em seguida fomos conhecer o apartamento. E ele é tipo assim, gigante. Apesar de estar sobrando um quarto eu e Ha Ni escolhemos dividir o mesmo quarto, enquanto que minha mãe ficou em outro.

Até que não estava tão ruim assim, mas eu ainda estava com raiva por ter saído do Brasil, sinto como se tivesse deixado meu pai para trás. Pronto, lembrar que deixei meu pai para trás, esse é o problema. Nesse momento senti uma dor aguda no peito, e então resolvi sair para espairecer.

— Lis, lembre-se que estamos em outro país. Tem certeza que não quer que eu vá com você? – minha prima perguntou preocupada.

— Não se preocupe, eu realmente preciso ficar sozinha um pouco. Pior seria se eu não falasse coreano.

— Cuidado Lis! Qualquer coisa me ligue. Você já salvou meu número novo, não salvo?

— Salvei! Eu prometo voltar viva. - me despedi fechando a porta.

Sai dali sem rumo, até que eu vi uma academia de dança, pude ouvir de longe a música One Shot (B.A.P.) tocando, e como eu realmente amo essa música não pude deixar de dar uma espiadinha. Bateu uma baita saudade no meu coração, ficar sem dançar para mim, era o mesmo que ficar sem andar, pode parecer exagero para alguns, mas pense na sua vida sem algo que você realmente gosta de fazer, aí você vai entender.

Continuei observando o grupo de jovens dançar, eles eram super profissionais, até que senti meu celular vibrar, era minha mãe pedindo que eu comprasse algumas coisas. Segui dali para o mercado que ela mandou, eram poucas coisas, então não demorei muito, mas no momento que saí do lugar acabei esbarrando com alguém.

— Aishh! Pensei que vocês eram educados. - falei brava, recolhendo as compras para me levantar.

— Me desculpe! Machuquei você? - perguntou a pessoa que havia esbarrado em mim estendendo a mão.

— Está tudo bem! - falei aceitando sua ajuda, afinal acidentes acontecem, só estava descontando a minha própria raiva, em alguém que não tinha nada a ver.

— Realmente me desculpe, estava fugindo das fãs. - ele suspirou e eu olhei para ele.

— Você é algum idol por aqui por acaso? - perguntei irônica rindo da cara dele.

— Você não sabe quem eu sou? - ele perguntou de olhos arregalados.

— Não! - respondi me recompondo.

— Você deveria saber, afinal você é daqui! - ele disse coçando a nuca.

— Não querido, cheguei aqui hoje, sou brasileira, minha mãe que é coreana.

— Ahh... Me chamo Kim SeokJin, mas todos me chamam de Jin, faço parte da Bangtan Boys.

— Bangtan o quê? - não consegui conter o riso.

— Bangtan Boys! – ele me olhava perplexo.

— Bang...tan... Ah sim! Minha prima já falou de vocês uma vez para mim. Me desculpe a falta de educação, só estou um pouco revoltada. Me chamo Lis Jung! – falei estendendo minha mão.

— Só um pouco? – o garoto exclamou apertando minha mão.

— Hahaha engraçadinho!

— Foi um prazer, mas agora eu preciso me mandar! – disse Jin correndo, sem ao menos deixar que eu me despedisse.

— Digo o mesmo, senhor Jin!

E foi aí que toda a desgraça da minha vida começou, mal sabia eu...

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, beijos de chocolate!