Almost Is Never Enough escrita por Agente Black


Capítulo 2
Você Não Me Conhece


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Fico feliz, feliz mesmo pelos 21 acompanhamentos e 2 favoritações. Não esperava por isso, está fazendo mais sucesso do que minhas outras fics! XD
Peço para que me desculpem os erros, sem tempo para revisar.
Se não entenderem algo, podem me perguntar, Okay?



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–Kayla?!
-Oi, Tony. - respondo. Vejo os Vingadores e principalmente os garotos nos observarem.
-Stark, ela é nova demais pra ser sua namorada, não acha? - perguntou um louro de cabelo espetado, pelo que eu sei, o nome dele é Clint Barton.
-Não sou namorada dele, sou... - digo e olho nos olhos de Tony - ... Sou filha dele...
Uma ruiva que mais tarde eu descobri se chamar Natasha, quase colocou os olhos para fora, um outro louro, que mais tarde descobri se chamar Steve Rogers, abriu a boca totalmente chocado, Clint piscava os olhos rapidamente e fazia umas caras estranhas, como se fossem caretas, o outro louro, só que de cabelos mais compridos somente sorriu e quando percebeu que era verdade, ficou sério novamente e tinha um moreno, ah, esse eu conhecia bem. Era o doutor Robert Bruce Benner, eu simplesmente admirava seu trabalho, todas as garotas sempre tiveram um ídolo, o meu nunca foi cantores de música, atores ou até mesmo homens como o Tony, e sim ele. Seria tão fácil se ele fosse o meu pai... Mas ele nada fez, a não abrir um sorriso gentil de canto. Antigamente, quando tinha nove ou dez anos, eu sonhava em me casar com ele, mas meus sonhos foram frustrados quando descobri que ele estava noivo de Betty Ross, sua colega de trabalho.
Affs... Que inveja!
-Por que nunca nos contou?! - perguntou a ruiva indignada. Acho que os meninos não queriam ver essa discussão familiar.
-Parker, leve ele para o laboratório. - aconselhou Benner. Tão legal da parte dele.
-Espera! Se mexerem nas minhas armaduras, estão ferrados! - explicou Tony.
-Senhor Stark, se eu quisesse mexer, já teria feito. - lembrou Peter.
Não era surpresa pra mim, os Vingadores também estavam ajudando com o caso de Parker e Allen, Peter era o que mais estava perto deles, o doutor Benner ofereceu um trabalho para Parker como aprendiz e agora, o mesmo morava na Torre, o que significa que seremos "vizinhos de quarto".
Não me incomodo com o fato de morar no mesmo lugar com Parker, já é meio caminho andado, mas como farei com Barry?
Benner decidiu acompanhá-los até o laboratório.
Os garotos - acho que devo parar de chamá-los de garotos, Barry tem vinte e cinco anos e Peter vinte e três. O que me faz lembrar que sou a mais nova entre eles.
-Dá pra responder?! - insistiu a ruiva. - Por que não nos contou?!
-Porque eu não deixei.
A voz familiar de Fury preencheu o espaço vago daquela enorme sala - deve ser para o ego do Tony caber dentro, mas ainda acho pequena demais para isso -, não havia percebido que ele tinha chegado logo após a mim.
-Tio Fury? - chamei por ele e dei um abraço.
-Kaylinha... - ele respondeu meu abraço.
-"Tio Fury"? "Kaylinha"? - Tony perguntou confuso. Acho que ele não sabia que eu era tão ligada a Nick.
-Não se mete que o papo não é contigo. - respondi.
Natasha que nos observava abriu um sorriso.
-Essa é das minhas, tem certeza que é sua filha? - comentou ela.
-Claro que é. Afinal, eu quis brincar de Clint Barton e escondi que tinha uma filha.
Clint revirou os olhos e eu ri daquilo.
Benner acabou voltando e logo me cumprimentou.
-Eles disseram que você é uma das pessoas mais Inteligentes da faculdade.
-Modéstia deles. - dei de ombros. - Eu SOU, a pessoa mais Inteligente da faculdade.
-Esquece. Ela é igualzinha ao Stark. - disse Natasha.
-Que por acaso eu pago... - comentou Tony e logo se virou para o que parecia um mini-bar e pegou uma garrafa com um líquido que parecia ser whisky. - Quer? - ele me ofereceu.
-Não, só bebo bourbon. - respondi.
Tony se virou para Fury e acho que se lembrou do acordo que fizeram; Fury ia tomar conta de mim.
-É assim que tá cuidando dela?
-Eu podia ter pegado AIDS e você nem ia notar. - comentei. A fúria crescia dentro de mim.
-O que é AIDS? - perguntou Rogers.
Tony revirou os olhos e depois arregalhou os mesmos.
-Você já...? - ele perguntou.
-Talvez, quando eu arranjar um namorado.
Um silêncio se fez. Até Tony de novo perguntar:
-Não me diga que ela é a Agente encarregada de cuidar do raio e do aranha? Espera, aquele garoto no meu laboratório é o raio?
-A própria. - respondi.
-Ela não vai ficar na Torre! Até porque, eu sou o dono da Torre e você não manda nela.
Eu não perdi chance e logo me intrometi:
-Tecnicamente, você é meu pai e tudo o que é seu, é meu, então essa Torre também é minha. - todos me encaravam e Nick tinha um sorriso de canto. - O quê foi?!
Tony pareceu pensar mais e dessa vez, a sua resposta me enraiveceu:
-Ela é a minha filha e eu não vou admitir isso!
-Ah... Agora eu sou sua filha né? E durante os quatro anos que você me ignorou? Eu fui o quê? Uma responsabilidade que você esqueceu de assinar seu nome? Onde você esteve quando eu nasci? Quando eu deu meu primeiro passo e disse pela primeira "papai"? Vai me diga! Onde você esteve quando eu decidi fazer faculdade? Quando minha mãe morreu?! Quando eu chorava todas as noites para ter alguém comigo? Um apoio ou um... Ombro pra chorar?! Onde você esteve quando um garoto se aproximou de mim e quis ser meu namorado? Quando eu recusei o pedido do mesmo, você teria ficado feliz? Quando eu sofri um acidente que quase não pude mais andar? Onde? Onde você esteve?! Você não me conhece!
O estranho é que eu gritei como se fosse meus últimos suspiros e toda a mágoa que sentia estava deixando meu corpo, mas por incrível que eu pareça, eu não chorei em nenhum momento.
-Me dêem licença, preciso terminar um trabalho da minha faculdade... - comecei a caminhar por onde os outros haviam passado rumo ao laboratório, mas voltei, não podia perder essa chance. -A propósito - chamei sua atenção -, eu nunca precisei de você nesses momentos, então não vai ser agora que irei precisar. Continue com sua vida perfeita e eu juro não te entediar com minha história de como virei uma PSP. - sabia que havia pegado pesado, mas ele mereceu, também sabia que Steve faria uma outra pergunta, então logo a respondi - Antes que pergunte Steve, PSP significa Pessoas Sem Pais.
Enfim, saí dali. Sabia que os meninos ouviram tudo, afinal, quem não ouviu?
Ao chegar lá, Barry coçava a nuca e estava terrivelmente vermelho e Peter mantinha a cabeça baixa. Eu sei que eles ouviram, mas parecem não demonstrar pena, isso é bom.
Odeio que sintam pena de mim.
-O que vamos fazer? - Allen perguntou. - Peter e eu pensamos que... - não deixo ele terminar de falar.
-J.A.R.V.I.S.? - chamo.
"Boa tarde senhorita Stark. É muito bom ouvir novamente sua voz."
-De onde conhece o JARVIS? - pergunta Peter.
-Hackeei seu programa duas vezes num trabalho para a SHIELD. - pego meu celular e digito rapidamente, estou hackeando novamente -, quero dizer, três vezes.
Procuro pelo programa responsável pelas armaduras, o que não é difícil. Quando eu tinha doze anos, uma das primeiras cousas que Tony me ensinou foi informática, mas o lado obscuro. Logo, vejo um painel descer, com uma armadura denominada Mark-43, se não me engano, foi com essa que ele lutou contra Ultron.
A escotilha logo se abre, Barry e Peter vão dar uma olhada mais de perto, já eu, pego a chave do meu carro e me aproximo.
-Isso é incrível! - diz Allen.
-Licença meninos... - pego a chave e passo por cada lateral da armadura, causando arranhões dos grandes e em seguida, deixo minha assinatura:
K.S.
-Agora sim tá legal. - digo.
Eles riem e eu me junto. Acho que definitivamente encontrei pessoas que não me ferrem, em nenhum momento eles demonstraram me julgar pelas minhas atitudes erradas.
É isso que é ter amigos?
Porque se for, eu realmente gostei.
-Eu pensei que poderíamos fazer uma análise mais profunda sobre as formigas zumbis, acho bem interessante.
-Eu também acho fascinante! - exclamou Barry com certa alegria e logo deu um sorriso de canto. Nunca havia reparado nele, quero dizer, ele é do tipo "Geek", inteligente, bonito e fofo...
Eu acabei de achá-lo fofo?
-Estou de completo acordo. - comentou Peter. - o Parker é igual, tímido, inteligente e bonito.
A diferença é que Barry é mais extrovertido, apesar de não ser totalmente confiante - isso é uma coisa boa -, consegue ganhar mais simpatia por ser mais aberto. Já Peter é tímido, fica no canto dele e é óbvio quando ele está nervoso.
Decidimos fazer sobre as formigas mesmo, começaríamos com os textos e depois faríamos maquetes representando as formigas antes e depois de serem "zumbifcadas" e as moléculas de DNA alterado. Tínhamos uma semana para fazer isso tudo e espero que seja recompensado.
Nós nem nos damos conta que nem tínhamos almoçado, foi quando Natasha nos chamou para um almoço com o pessoal da Torre.
O próprio almoço foi mais para nos conhecer melhor, insistiram em perguntar para mim e Barry, já que eles conheciam o Peter. Os assuntos para mim não foram os mais confortáveis, já que falaram muito sobre mim e o Tony. Tony havia ido para o laboratório e se trancado lá, acho que ainda não viu o que fiz a sua preciosa armadura.
Descobri também que Barry trabalha na delegacia da cidade como criminalista forense, daí vem suas boas notas em ciências criminalistas. Já Peter, trabalha de estagiário no laboratório da empresa Osborn e também como fotógrafo para o jornal da cidade.
Sério que só eu que não tenho um emprego?
Bruce - é assim que ele prefere ser chamado -, perguntou como consegui trabalhar depois de gritar tanto e eu respondi:
-Se eu soubesse onde fica meu quarto, teria me trancado nele.
-Ah, vem, eu te mostro. - disse Natasha. Sei lá, simpatizei como ela e com todos, até mesmo com Thor, que é meio avoado. Como uma boa observadora, também notei seus olhares nada discretos para Steve e dele para ela. Aí tem!
Quando estávamos para entrar no elevador, vejo Tony vir furioso.
-O que você fez com minha armadura?!
-Como não tive festa de boas vindas, fiz a minha própria.
-Sua peste!
Não me abalei, sei que agi errado, mas dizem que tudo que é proíbido é mais gostoso né?
O elevador se fecha antes que ele possa me dar sermões, o que seria muito chato. Olho para a cara de Natasha e ela ri, no final, acabei explicando o que havia feito e os garotos ajudaram a contar - acho que não se importante de serem chamados de garotos.
Logo estávamos no corredor, Natasha explicou que nesse andar havia dois apartamentos, o meu e o de Peter, que acabou explicando que morava ali porque fazia um estágio e também porque seus tios que haviam morrido, pediram para a SHIELD cuidar de Peter.
A essa altura, a SHIELD não era segredo para nenhum de nós.
Peter caminhava má atrás com Barry, conversando baixinho. Já Natasha se virou e perguntou para mim:
-Qual deles é seu namorado?
A pergunta me pegou de surpresa, soltei uma risada nada discreta.
-Não tenho namorado.
-Sei... - ela comentou desconfiada.
-Nós estamos aqui... - comentou Barry, chamando nossa atenção.
Uma coisa é boa, com Natasha, Pepper, Peter e Benner aqui, não me sentirei nada entediada.
Ao me apresentar a meu quarto, notei o quão extravagante ele era, sinceramente, amei apesar de tudo, Natasha explicou que ela, Pepper, Jane - namorada de Thor -, Betty - noiva de Bruce - e Laura - esposa de Clint, aliás, eles têm um filho juntos -, ajudaram a decorar.
Estava perfeito, isso era porque Pepper sempre sonhou comigo morando na Torre e apesar de não saber que era eu, decorou mesmo assim, parece que só os Vingadores - com excessão de Natasha -, não sabiam que eu era a agente tão esperada. Romanoff só não sabia que eu era filha do Stark.
No final do tour, vimos o quanto era tarde e assim, acabei oferecendo uma carona a Barry. Sei que não era necessário sair novamente, mas quanto menos tempo nesse lugar, melhor.
Peguei minhas chaves e saí com meu carro, antes mesmo de sair, Barry e eu nos entreolhamos e dissemos:
-Maroon 5!
Liguei na música Animals, por mais que a tradução fosse meia... Estranha, amava aquela música do fundo da minha alma.
Durante todo o trageto, dávamos um tempo e ele me indicava o caminho de sua casa. Realmente, ele morava longe.
Ao chegar, estacionei em frente sua casa.
-Obrigada por hoje. - digo olhando para baixo, meio envergonhada, afinal, era a primeira vez que um garoto me acompanhava ou vice versa.
-Eu que agradeço. - viro para ele e de novo, aquele sorriso gentil. - Nos vemos amanhã na faculdade?
-Se eu estiver viva, sim. - brinco.
Ficamos num silêncio.
-Err... Tchau? - ele diz.
-Tchau.
Ele sai do carro e entra em casa, mas antes acena com a mão e eu? Bom, respondi o gesto e logo peguei velocidade e saí em disparada para a Torre.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews?