Almost Is Never Enough escrita por Agente Black


Capítulo 18
Coisas Que Acontecem No Natal (Parte 3)


Notas iniciais do capítulo

Hey peoples amadas! Gente, sobre o último capítulo, o final não era uma pergunta mas fiquei feliz em ver que o pessoal se manifestou legal! Tipo, foi mais ou menos assim:

—Todos amam o Roy.
—Todos querem o Barry longe da Kayla.
—Ninguém quer saber do Peter.

Bom, tá na cara que eu não vou revelar spoiler e tô amando ver essa participação de vocês, mas eu já sei com ela fica, inclusive já estou o capítulo do casamento deles! (Yes! Casamentooooo)
Bom, a história tem muito pra correr então, sem delongas!

Pergunta (decisiva):

Quais são as paixões de Kayla depois de ciências? (Capítulo 1) (2 passatempos).

Bom, quem acerta, ganha o trecho do próximo capítulo, vai ter treta com o Peter!!! Yessssss!

Sem delongas!



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(Notas Importantes)

P.O.V's Kayla.

Steve, depois que o pessoal já estava cansado de tanto mico, pegou o microfone e fez um anúncio:

-Amigos, então... - ele chamou a atenção de todos - Que bom que estejam gostando, mas todos nós sabemos o que o Natal significa, paz, amor, familiaridade e principalmente, a morte de Cristo. Então, peço que vocês reflitam sobre esse ano, suas atitudes, o que vocês fizeram, tanto para bem ou para o mau, vocês já agradeceram a Deus por tudo? Cada livramento? Cada milagre? Então, antes que esse ano acabe, ou até mesmo essa noite, fale com Deus, o agradeça por tudo o que vocês têm, pelo o que não tem também, tudo, simplesmente, tudo.

O silêncio de reflexão chega, tudo que o Steve disse é verdade, temos sempre que agradecer a Deus, não só hoje ou um no ano, mas todos os dias.

Steve chamou eu, Clint, Barry e Natasha para cantarmos Mary, Did You Know? na versão do Pentatonix.

Começamos a cantar, eu interpretava Mitch, Steve o Avi, Natasha Kirtie, Clint o Kevin e Barry o Scott.

"...Maria, você sabia,

Que seu bebê daria a visão para o homem cego?

Maria, você sabia,

Que seu bebê acalmaria uma tempestade com a mão?

Você sabia,

Que seu bebê andou por onde os anjos passaram?

E quando você beija seu bebezinho,

Você beija a face de Deus.

Oh Maria, você sabia?..."

Depois de contarmos, voltamos aos nossos lugares e retomamos os nossas conversas e atividades, e a noite continuou, mas continuei refletindo sobre tudo que aconteceu comigo. Muitos não acreditam, mas eu sim. Isso também não é assunto que se discuta, cada um tem a sua religião, suas manias e suas preferências.

Mas sim, eu tenho a minha religião, posso muitas vezes não demonstrar, mas sim, eu acredito em Deus.

-Kayla? - Roy me chama.

-Oi? - pergunto.

-Eu vou pegar uma bebida, você quer? - ele diz.

Eu olhei para balcão, Natasha estava lá, cabisbaixa e parecia irritada com algo.

-Deixa que eu pego, aproveito e falo com a Nat.

Me direcionei ao bar e pedi dois martinis. Me sentei ao lado de Natasha e puxei assunto.

-O que foi?

-A piriguete oxigenada olhando pro Steve.

Logo vejo a tal piriguete, quero dizer, a tal mulher, Sharon Carter, ela não somente olhava para Steve, mas também conversava e mexia com ele.

-Quer saber? Se eu fosse você iria lá e me metia na conversa, educadamente. - digo a ela.

Natasha saiu rapidinho do balcão e foi atrás de Steve, já eu voltei pra mesa e entreguei a bebida a Roy.

Depois de um tempo, o pessoal começou a ir embora e só ficaram os Vingadores, Oliver e Felicity, Peter e Gwen, Caitlin e Ronnie, Barry e Íris, Roy e eu.

Acabamos juntando uma mesa junto com os outros, a maioria já estava fora de si, Tony continuava a zombar dos outros, Oliver e Clint estavam disputando quem era o melhor no arco, ou seja, flechas para todos os lados, literalmente. Natasha e Steve pareciam terem se acertado, Pepper tentava amenizar as besteiras que Tony fazia. Jane e Thor, assim como Betty e Bruce já haviam ido se deitar, Laura foi ver Lucas, Gwen e Peter conversam animadamente, Barry e Íris tinham ido para o bar, acho que eles discutiram, porque logo depois ela foi embora e Felicity começou a conversar com ele. Roy foi no banheiro tem uns dez minutos e até agora não voltou.

Já eu, bom, me encontro no exato momento na sacada, apoiada sobre o parapeito. A noite está fria, mas não neva, as ruas estão vazias e somente as luzes do centro iluminam essa parte da cidade, afinal, são duas e pouquinha da manhã, para ser exata, duas e sete.

Sinto a aproximação de alguém, a princípio pensei ser Tony por causa do cheiro forte de bebida, mas não era ele, me surpreendo ao ver que é Barry. Sei que não está bêbado, o Flash não fica bêbado, deve ter tomado um banho de álcool para que eu acreditasse no que ele está prestes a fazer.

Mas o que ele vai fazer?

-Barry, você está bem? - pergunto.

Ele não me respondeu, se manteve inquieto, ele quer falar alguma coisa?

-Barry... - antes que eu terminasse a frase, ele me beijou.

Esse beijo não foi como o primeiro, porque no primeiro eu realmente senti algo, não sei o quê, mas senti. Dessa vez, nada, absolutamente nada, talvez eu estivesse mesmo bêbada naquele dia, talvez, ou eu simplesmente, não goste mais dele.

Eu gosto de outra pessoa.

-Hey, larga ela! - a voz de Roy.

Barry parou de me beijar e encarou Roy, os olhares de ambos transmitiam irritação incerta. Mas ao ver Roy, eu sorri por dentro. Não que eu gostasse da situação, mas é impossível não sorrir ou ficar feliz quando o vejo.

Barry desferiu um soco em Roy, mas Roy se defendeu e do nada uma luta que nem aquelas que acontecem no MMA começou. Eu só vi Ronnie e Oliver vindo separar a briga.

-Por quê?! - gritou Barry. - Por que você apareceu, de novo!

Depois dessa confusão, cada um tomou seu rumo, Barry estava fora de controle, com certeza e o pior de tudo é que ele estava lúcido e todos nós sabemos disso.

Depois disso, o pessoal começou a se dispersar.

Nesse momento, estou novamente na sacada, junto com Roy. Roy está com um corte no lábio inferior, um pouco inchado, seu olho esquerdo está vermelho e embaixo do maxilar roxo, suas bochechas estão rosadas, o corte no supercílio continua intacto, mas ele está bem, ele diz que está bem.

Mas eu sei que não.

Essa é a segunda vez que ele se mete numa briga hoje, tenho certeza disso. Mas da primeira vez, ele não estava tão machucado assim. Barry não estava muito diferente, posso afirmar com toda certeza que ele está muito mais ferido.

Achei meio exagerado, de ambas as partes.

Sua roupa está um pouco bagunçada, mas ele continua bonito, tanto no estilo quanto no rosto, apesar dos ferimentos, ele continua bonito, está mais atraente ainda.

Será que ele é a definição perfeita do filho de Afrodite?

-Vai ficar me castigando mentalmente? - pergunta ele.

-Não estou te castigando. - respondo rapidamente.

-Já sei, está "procurando detalhes no meu rosto", não é? - ele diz sarcasticamente.

Ri, ele ainda se lembra da primeira vez que o olhei com tanta persistência... Sei lá, só sei que o olhei para ele igual olhei no dia que caí de bicicleta.

-Não estou fazendo isso. - digo sorrindo. - Estou, pensando no que vem acontecido ultimamente, você, Barry... - ele me interrompe.

-Não fale dele, por favor. - ele pede.

-Roy, vamos falar do quê então? - digo, deixo um pouco de raiva transparecer em minhas palavras. - Você e Barry se agrediram como dois trogloditas, estou decepcionada, com os dois!

Ele olha pra baixo, mas não parece estar arrependido.

-Olha... - ele me encara -, eu sei que o que eu fiz foi errado -, levanto uma das minhas sombrancelhas -, tá, foi muito errado, mas eu não podia deixar ele... Ele te tocar!

-Eu sei me defender. - retruco, mas ele não me deixa continuar.

-Então interrompi algo?! - ele diz bravamente. Seus olhos já não são mais os mesmo, há raiva, fúria e tantas outras coisas que já não sei o que dizer.

Mordo o interior da minha bochecha, deixei ele pensar que queria que Barry continuasse.

-Não, não interrompeu, eu chego a agradecer por ter parado aquilo, mas não precisava ter começado uma briga! Por que fez aquilo? - pergunto confusa das minhas próprias palavras.

Ele suspira. Olho para suas mãos, elas agarram o parapeito com força, pois as juntas começam a tomar a coloração branca. Eu nunca vi Roy assim, talvez eu o conheça pouco, muito pouco.

Será que a raiva é um efeito do Mirakuru? Realmente, não sei.

-Eu não queria mas ver ele perto de você, eu estou sobrecarregado de tantos pensamentos que descontei minha raiva nele, mas... Eu não consigo sentir por isso, me arrepender dessa decisão. Para mim, foi o certo a se fazer. - ele retorna a me olhar - Proteger você.

Ele apóia o cotovelo sobre o parapeito, o imito. Só há nós dois nesse andar, estamos só. O vento sopra forte aqui, já que estamos na cobertura. Roy tira o cardigan e põe sobre meus ombros, agradeço ele.

Eu entendo o que ele diz, mesmo que ache sem sentido, sem nexo, ilógico. Se ele fez isso, é porque ele sente algo por mim, só não sei se é fraternal ou... De outro jeito.

Nós ficamos em silêncio, só o ruído do vento e nossas respirações elevadas. É estranho, nós estamos sem assunto, mas acho que isso era meio imprevisível, moramos no mesmo quarto e conversamos todos os dias, uma hora iria acabar assunto.

Mas eu ainda tenho coisas a contar a ele e ele a mim.

-Eu preciso ter certeza de uma coisa. - ele fala e depois fica ereto.

Fico igual a ele, estamos frente a frente.

-Do que precisa ter certeza? - pergunto.

-Disso...

Ele me envolve, me trazendo para perto, seu braço envolveu meu pescoço e seus lábios se selaram com os meus. Fecho os olhos, eu me entrego a sensação de que, agora sei como é o nosso beijo, quando eu questionei sobre o que aconteceria se nos beijassemos hoje, não esperava um beijo de verdade, mas dessa vez, sei o que acontece. O beijo é calmo, gentil e carinhoso.

Nos separamos por falta de ar, mas logo retomamos. Roy me segurou pela cintura, como sou baixa, ele me sentou no parapeito, pode parecer perigoso, mas me sinto segura ao seu lado. A intensidade é tomada por nós, ele mordeu meu lábio inferior e eu fiz a mesma coisa, ele se soltou de mim e encostou o dedo na boca, quando retirou, pude ver: eu mordi em cima do machucado dele.

-Desculpa. - digo, mas logo ele me puxa para perto de novo.

Ele me suspende no ar, agarro sua cintura com minhas pernas e Roy me leva para dentro. A essa altura, já não sei onde estão meus saltos, ou o cardigan de Roy que antes estava comigo. Não sinto frio no momento.

Ele me deita sobre o sofá. Lembro que da última vez que estive assim foi com Barry. E o resto foi desastre.

Ele me beija, calmamente. Logo depois, de separa de mim e se deita ao meu lado no sofá, ficamos exprimidos, mas de um jeito agradável.

-Sabe, agora... Agora eu sei, o motivo de... De, estarmos estranhos... - Digo pausadamente, dando intervalos para respirar. - Pelo menos, eu me achei estranha.

-Eu só tenho pensado... Pensado como te contar o que estou sentindo, quero dizer... Eu não paro de pensar em você. Você chegou tão devagar e eu me deixei envolver de tal modo... Eu... Eu não posso negar que estou apaixonado por você. - ele balança a cabeça, negativamente. - E, esse beijo era inevitável, iria acontecer mais cedo ou mais tarde... - suspirou -, mas o melhor de tudo é que aconteceu agora...

-Que bom... - respondo. - Vamos contar a eles? Quer dizer... - fico meio insegura -, estamos juntos?

-Estamos... - ele diz rapidamente, mas logo completa -, se você quiser.

-Você não pediu... - digo timidamente. Encaro seus olhos por um instante, eles são escuros e me trazem uma certa vibração, uma sensação de segurança e tranquilidade. Como se eu ficasse "zen".

-Acho que não preciso. - ele sorri.

Ele me beija.

O beijo não é como o nosso primeiro. Uma coisa que eu sempre estive certa era de que não gostava de "ficar" com alguém, e, por incrível que pareça, Roy é o terceiro cara que me beija. O segundo foi Barry, mas eu estava bêbada e não se compara, já o primeiro, eu não conheço. Isso foi durante a iniciação da faculdade, foi um desafio que tive que cumprir, mas isso não vem ao caso agora, mas a questão é:

Eu perdi o meu "BV" com dezoito anos e eu nunca conheci quem foi que me beijou. Meus olhos estavam vendados.

Beijar o Roy é simplesmente bom. Eu gosto de sentir o gosto de seus lábios, eles são doces e me passam o pressentimento de que estou fazendo algo certo. Não sei o motivo, mas gosto de sentir. Me permito fechar os olhos e me entregar, suas mãos passeiam pelas minhas costas e os meus braços envolvem seu pescoço, uma das minhas mãos desliza pelo seu rosto e chego a seu cabelo, puxo ele para mais perto, Roy coloca suas mãos no meu rosto e também me puxa.

Nos separamos, mas continuamos com as testas coladas, narizes se tocando. Abro meus olhos devagar e fito os seus, tão escuros como a noite, tão cheios de brilho como as estrelas e tão tranquilizadores como, como qualquer coisa tranquila.

-É melhor deixarmos entre nós mesmos, por enquanto. - ele sorri de canto e pega minha mão e beija minha bochecha e me diz - Nós estamos juntos, de verdade.

Dou um selinho rápido. Acabamos voltando para o quarto, nada demais aconteceu, só o de sempre:

Dormi abraçada a ele, só que dessa vez, não precisamos fingir que nada acontece ou que não sentimos nada um pelo o outro. Nós sabemos disso.

Roy acariciava meus cabelos e brincava com uma mecha, quando dei por mim, já estava tão sonolenta e que nem vi a hora passar, quatro da manhã.

Antes de pegar no sono, só me lembro de Roy falar:

-Feliz Natal, namorada. - e assim, ele beijou o topo da minha cabeça e me envolveu nos seus braços.

Afinal, esse Natal foi inesquecível.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews, favoritos, recomendações...? Vocês realmente gostaram? Kayla e Roy? Porque senão...