Almost Is Never Enough escrita por Agente Black


Capítulo 12
Coisas Que Só Pais Entendem


Notas iniciais do capítulo

Bom, acho que fui rápida né? Bom, eu tenho a história escrita até o episódio 18! Yes, é muita criatividade!

Bom, voltando... O capítulo é voltado mais em três pessoas, Kayla (como sempre), Peter - sim, o capítulo é Starker - e Tony, também temos a pequena participação de Lucas (filho do Clint com a Laura). É meio que, uma homenagem não direta aos pais, não me foco muito no assunto, mas acho que dá pra entender a referência...

Me deu uma louca e decidi fazer umas perguntas a vocês ao decorrer dos capítulos, a de hoje é:

Vocês acham que a Kayla COMBINA mais com...?

—Barry Allen (Starllen)
—Peter Parker (Starker)
—Roy Harper (Starper)

Yes, até o Roy tá incluso, porque... (Não posso contar, senão é spoiler!)



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P.O.V's Kayla.

Bom, quando deu oito horas, Roy me deixou na torre e foi trabalhar. Ao entrar pela porta, já suspiro e me preparo para os sermões.

Cara, eles me tratam como se eu tivesse dez anos!

Ao pegar o elevador, J.A.R.V.I.S. me cumprimenta e logo chego ao meu andar.

-Olha só quem deu as caras... - comenta Natasha.

-Seria estranho se eu desse pé. - deixo claro que meu humor não é dos bons.

-Ui, magoou... - devolve Nat.

Chego a mesa de café da manhã, os de sempre estão na mesa, ou seja, os Vingadores, suas parceiras e Peter, mas hoje, Barry também está.

-Ele mora aqui agora? - pergunto me referindo a Allen.

-Bom dia Kayla. - diz Tony, sorrindo.

-Tá madrugando hoje? - pego uma jarra de suco na geladeira.

-Pois é, me acordaram cedo.

Era visível suas olheiras, com certeza ele não dormiu mais do que três horas essa noite.

-De quem é a blusa? - pergunta Steve.

-Roy. - respondo bebendo um gole.

Eles me encararam surpresos.

-Hum... - Tony maliciou. - Pegadora hein...

-Só que nunca né. - digo. - Vou dormir, tô cansada.

Quando eu estava prestes a sair, Tony me faz a passar vergonha de novo:

-Roy deve ser bom no que faz, porque você tá toda arranhada querida.

Espera, ele insinuou que eu e Roy fizemos...!

Dou um sorriso de canto pra ele, Tony sabe que eu não seria capaz, não é?

[...]

-Não, não e não! - digo a Clint.

A questão é:

Ele quer que eu cuide de seu filho enquanto ele tá fora, por uma noite. Mas eu não me dou bem com crianças, na verdade, nunca estive tão perto de uma.

-Kayla, é só uma noite! É o aniversário de casamento da Laura e eu, além do mais, todos vão sair essa noite, menos você... Por favorzinho... - ele pede quase implorando.

Ai Kayla, é cada a que você se mete...

-Tá, mas eu não sei cuidar de uma criança!

-Vocês vão se dar bem.

Clint saiu voado em direção do elevador, cara, ele vai me pagar por isso.

-Tá me devendo uma Barton! - grito. Olho para o pequeno Lucas, ele está olhando para mim sorrindo. - Okay bebê, somos só eu e você, infelizmente...

Ótimo, eu mereço, em pleno domingo a noite cuidando de crianças... Eu mereço mesmo.

As primeiras horas foram normais, tirando o fato de eu quase ter congelado e depois queimado a comida dele. Mas isso não aconteceu em horas.

Foram apenas quinze minutos.

Os quinze mais dolorosos e demorados da minha vida.

O menininho fica olhando para mim. Não sei o que ele tanta observa, talvez esteja tentando me deixar mais louca do que já sou. Sério, acho que Clint é um pai desnaturado, pra deixar o filho dele comigo só pode ser...

Foco Kayla, foco no objetivo!

Clint e Laura saíram às setes da noite e só voltam sete da manhã de amanhã. Contando... Já se passaram uma hora! Ainda faltam onze horas...

Onze horas!

Quando deu dez horas, as coisas se complicaram. Lucas começou a se cansar das minhas palhaçadas. Eu o sacudia, mas não adiantou muito, comecei a cantarolar, também não deu certo.

Eu comecei a me desesperar, quer dizer, é só eu e um bebê de um ano e pouquinho que chora milhões, eu nunca cuidei de uma criança, isso não está dando certo.

Kayla, pensa, pensa... Pensa droga!

-Que choro é esse...? - perguntou Peter, entrando do nada.

-Cara, ainda bem que você apareceu, Clint deixou o Lucas comigo, mas eu não sei cuidar de crianças... Me ajuda aqui, por favor.

-Tony ligou para mim, quando soube que você estava cuidando do Lucas, pediu para que eu viesse.

Nunca pensei que agradeceria tanto a Tony.

-Ainda bem...

Peter se aproximou de mim e pegou Lucas do meu colo. Sento-me no sofá e suspiro, Peter se senta ao meu lado e começa a interagir com o pequeno Lucas.

-Oh pequenino, você está bem? Ela estava perturbando? - Peter falava de um modo tão carinhoso, fofo e cuidadoso com o "Luquinhas", tenho certeza que ele daria um ótimo pai.

Peter o levou para cozinha e eu o segui.

-Ele está com fome, por isso chora. - ele me deu Lucas. -Vou fazer mingau para ele, vai encher sua barriguinha... - ele mexeu com Lucas, fazendo cosquinhas na barriga dele. -... Né, coisa fofa, mais fofo que ele não existe!

Peter me encarou e riu.

-Estou falando com voz de retardado não é?

-Não... Imagina...

Caímos na gargalhada, até o bebê riu, parecia que estávamos naqueles tipos de filmes em que o casal perfeito se casa, tem sua própria casa e vivem felizes com filhos.

Mas nunca imaginei Peter assim, além de um amigo, mas pelo que me falaram, ele consegue me enxergar assim.

Peter começa a fazer o mingau e continua conversando com o bebê, que ria milhões. Não há dúvidas, Peter será um ótimo pai, se por acaso isso vier acontecer.

Ele terminou e pediu para que eu sentasse Lucas no balcão, onde ele começou a dar aviãozinhos, o menino adorava e eu me divertia muito com a situação.

Quando ele terminou, lavei a louça e ele foi para sala com Luquinhas. Ao chegar, Peter não estava com a cara muito boa, o que terá acontecido?

-Que foi? - perguntei.

-Acho que ele... Ele... - Peter fazia ânsia de vômito. - Ele fez... O número dois... Na fralda... Tá fedendo demais...

Funguei e senti o cheiro desagradável, gente, isso fede... Oh se fede...!

-Temos que trocar a fralda dele. - digo.

Peter me olhou assustado e disse:

-Eu alimentei, você limpa.

Então nós dois nos dirigimos ao quarto do bebê no andar de Clint, Peter o pós deitado no fraldário e tirou as calças, o fedor logo subiu.

-Puts meu... Isso é uma bomba atômica? Gente isso fede muito...

Peter gargalhava com a mão no nariz, logo eu fiz o mesmo.

Tirei as tiras de colagem e levantei as pernas, em seguida peguei a fralda na ponta dos dedos e taquei em Peter e... Bom, pode imaginar que a cara e camisa dele ficou suja.

-Kayla! - ele protestou.

Ri nervosa.

-D-des... Descul... - eu não conseguia completar a frase, porque estava rindo demais. -... Desculpa, sério...

Depois disso, Peter foi tomar banho aqui mesmo no quarto e eu continuei a trocar a fralda. Bom, quem disse que filmes não nos ensina nada? Graças ao filme Juntos Por Acaso. Obrigada televisão...

Mas aí, do nada, Lucas começou a chorar... Sério? De novo não.

-Você não consegue controlar um bebê de um ano? - ouço a voz de Peter.

-Ele tem um ano e sete meses... - começo a falar, quando eu me viro, vejo Peter, sem camisa. Tá, confesso... O garoto tem tanque de lavar roupa trabalhado ali... Kayla, para com isso! - Peter, cadê a sua camisa? - pergunto e evito olhar para ele.

-Você acha que eu ia ficar com a camisa suja? - ele se direciona a mim e pega Lucas. - Você ainda não sabe acalmá-lo?

Peter começou a cantarolar e balançá-lo de um lado para o outro. Lucas se aconchegou em seus braços, pousando a cabeça nos ombros de Peter e se encolheu.

Depois de um tempo observando essa cena, vejo o quanto Peter é fofo, gentil e responsável, quer dizer, eu nunca saberia fazer a metade do que ele fez hoje, provavelmente teria matado o menino de fome e deixaria eu mesma louca.

Lucas dormiu nos braços de Peter. E já são uma da manhã. Eu estou cansada e Peter parece estar também.

-Onde vamos colocá-lo? - sussurrei para Peter.

-Acho que pode ser no meu quarto, se por acaso ele acordar.

-Okay.

Pegamos o elevador com muito cuidado, para não acordá-lo. Ao chegar ao andar de Peter, que também é o meu, entramos em seu quarto e colocamos Lucas no meio da cama.

-Pode ir, eu fico com ele. - disse Peter.

-Nem pensar deixar todos os créditos com você. - brinco.

Peter pega uma camisa no armário e a veste. Em seguida, sento do lado direito da cama e ele no esquerdo. As camas da torre são bem grandes, espaçosas e confortáveis.

Observo Lucas a dormir.

-Você já pensou em ter filhos? - pergunta ele.

-Nunca pensei em ter uma família, mas seria bem legal. - digo, já me deitando ao lado de Lucas e Peter também. - E você?

-Tenho a mesma opinião sobre o assunto. Quando eu tinha doze anos, as vizinhas da minha tia deixavam seus filhos para ela cuidar, eu acabava ajudando.

Ele sorri ao lembrar.

-É, longa noite... - comento.

-Longa noite... - ele boceja.

Acabamos dormindo ali mesmo, com a porta aberta.

[...]

P.O.V's Tony.

Depois de uma longa noite fora, os Vingadores e eu voltamos para Torre, afinal, ficamos todos na minha casa de Miami, só não contamos isso para Kayla.

Quando descobri que ela e o "Gaviãozinho" ficariam sozinhos, pedi para o Aranha que ajudasse ela.

Agora, estamos na torre novamente. Clint e Laura se perguntam onde deve estar aqueles três, eu também me pergunto.

-J.A.R.V.I.S., onde está o Aranha, Gavião Júnior e a Princesa Stark?

"Se estiver se referindo ao senhor Parker, Barton e a senhorita Kayla, eles estão no quarto do senhor Parker."

-J.A.R.V.I.S., me lembre de programá-lo para ter gírias em seu vocabulário.

Então, nós três nos dirigimos rumo ao elevador e fomos para o andar de Kayla. Ao chegar lá, a porta de Kayla está trancada e a de Peter... Aberta.

Pedi a J.A.R.V.I.S. que registrasse e esse momento com uma foto, ah... Essa vai pro mural da vergonha.

-Eles estão dormindo mesmo? - perguntou Clint.

Kayla estava toda encolhida e Lucas abraçava Peter.

-Que fofos! - disse Laura.

Clint foi e pegou seu filho, Peter estava babando no travesseiro, já Kayla, bom, eu me encaminhei até a cama e a peguei. Kayla é tão leve quanto uma pena, não pesa. Ela se aninhou mais, nunca tive tanto contato com ela.

A levei para seu quarto e coloquei-a na cama.

Eu nunca tive a oportunidade de colocá-la para dormir, nem vê-la fazer as coisas mais importantes da sua vida. Mas agora eu tenho.

Cara, ela cresceu.

Sinto por ter sido um idiota e a abandonado, acho que a palavra "responsabilidade" não combina comigo, mas se fosse possível, eu voltaria no tempo para aproveitar cada minuto da sua infância.

Mas querer não é poder.

Cobri ela com seu edredrom e apaguei as luzes. Ela se mexeu um pouco na cama e disse:

-...Tony?

-Ah, sim, sou eu... - caminho para perto dela.

-Você é um bom pai, de verdade.

-Bons sonhos, filha. - desejo a ela.

-Bom, sei lá o que, pai.

Saio do seu quarto e fecho a porta de seu quarto. É a primeira vez que ela me chama de pai depois de anos.

[...]

Peter e Kayla foram acordar lá para as três da tarde, ambos desesperados, pensavam que Lucas havia desaparecido.

Um pouco mais tarde, Kayla quis conversar comigo. Fomos ao laboratório, onde descobri que ela tem preparado uma armadura, um pouco diferente das minhas, mas com tecnologia de ponta.

Fazer o que? Somos Starks.

-E aí Princesa Stark, o que você quer?

-Lata Velha, tô querendo um emprego nas Indústrias Stark. - ela manda a real.

-Era isso? - pergunto descrente.

-Esperava o que? - ela perguntou se sentando em cima do balcão.

-Ah, sei lá... - penso em coisas fúteis. -... Um carro, que dessemos uma festa, algo do tipo. - dou de ombros.

-Vai me dar ou não o emprego?

-Começa depois do Natal. - digo.

Ela me abraça por impulso e eu retribuí.

-Obrigada, Lata Velha.

Ter proximidade com a Kayla? Bom, não parece ser tão ruim. Isso é uma das coisas que só pais entendem e que agora, eu começo a entender.

Afinal, é começo de dezembro e eu já sei o que fazer para o Natal.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de me responder, vejo vocês nos comentários! Comentem, please?