Amor à venda. escrita por Nina Olli


Capítulo 25
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Eu sei, foi absurda essa minha demora!!!! Culpem a vida adulta pagadora de boletos que ferra com essa escritora que quer escrever mas o trabalho não deixa. Enfim... Espero que gostem... Boa leitura :)



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"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida". (Platão)

Vincent observava o peito de Amelia subir e descer numa respiração vagarosa. A líder de equipe parecia serena apesar de todos os procedimentos a que fora submetida. 

Quando Ronnie chegou ao hospital com a filha, foi preciso uma lavagem estomacal para dizimar todo o conteúdo tóxico do organismo de Amelia. Com isso, o braço da líder de equipe estava com diversas marcas causadas pelas agulhas, e era esse local arroxeado que Vincent acariciava suavemente. Pouco tempo depois, sentiu uma mão pousando em seu ombro. 

E ele se levantou para encarar a senhora de cabelos loiros. 

— Alguma novidade?

— Infelizmente não, meu bem. Ainda na mesma. — Ronnie soltou um muxoxo. — Ela ficará em observação. — a senhora tampou o rosto tentando abafar um soluço. — Como ela pode fazer isso comigo? — Ronnie o encarou, revelando a sua face molhada de lágrimas. — Como essa menina pode ser tão egoísta com você? Deus! No dia do seu casamento.

Vincent envolveu a senhora em um abraço terno. 

— Não se preocupe comigo. E Amelia é muito forte, ela vai ficar bem.

— Estou tão assustada. — Ronnie fungou triste. — Ela parece ser forte, mas a minha menina é frágil, Vince. Amelia é muito sozinha, e nem mesmo eu consigo me aproximar dela. — a velha senhora desabou de novo.

— Ronnie, você precisa se acalmar. E descansar. — Vincent tentou consolá-la.

— Eu não quero dormir. — Ronnie andou até a cama de Amelia, porém, as suas pernas cambalearam.

— Mas você precisa, está quase desmaiando. O que Amelia dirá quando acordar e te encontrar nesse estado? — Vincent insistiu. — Eu estou aqui. E eu não a deixarei sozinha, pode ir tranquila.

— E a sua esposa, Vince? — Ronnie foi cessando o choro aos poucos. — Eu queria tanto me desculpar com ela por ter te incomodado, eu simplesmente não sabia a quem recorrer, eu-

— Não se preocupe com Gilan, ela compreendeu a situação. Apenas vá descansar, por favor. — Vincent pediu, massageando os ombros de Ronnie num gesto de carinho.

A senhora apenas assentiu, se despedindo de Vincent com um pequeno beijo em seu rosto e o acariciando em seguida.

— Eu gostaria que tudo tivesse sido diferente entre vocês. — Ronnie admitiu antes de ir.

Vincent procurou alguma maneira de ficar confortável na poltrona do quarto, mas parecia que nenhuma posição o agradava. 

Sentia o seu corpo dolorido e exausto, implorando por um pouco de descanso. Mas a sua mente trabalhava contra ele.

Fixou o seu olhar na máquina de monitoração de batimentos e o som constante do bip o mantinha apaticamente concentrado. Entretanto, os seus pensamentos não estavam naquele quarto de hospital.

Lembrou-se do momento em que Gilan surgiu no jardim usando o seu vestido branco. Era como se elementos reais se misturassem ao jogo que ambos criaram. Se emocionar com a presença da própria noiva seria algo completamente aceitável em um casamento, se não fosse o fato de que havia uma mentira por trás daquilo tudo. 

E era essa maldita mentira que o deixava pairando entre sentimentos tão distintos. Vincent passou as mãos pelos cabelos e suspirou nervoso. Ele nem ao menos sabia dizer o que acontecia com ele. Deixou um sorriso escapar, lembrando-se de Gilan usando um par de pantufas. A assistente era sempre tão natural e adorável, de uma forma que Vincent nunca havia visto ninguém ser. 

Gilan era real. Dizia o que precisava dizer, sorria apenas se estivesse à vontade e tinha a personalidade mais teimosa que ele já tivera o prazer de conhecer.

Mas a presença da assistente em sua vida era algo incerto. Não poderia dizer por quanto tempo ela permaneceria, e muito menos medir com exatidão o que ela significava. A admirava, a queria por perto, e em certos momentos, o seu corpo comprovava que a desejava. Muito. Bem mais do que deveria. E talvez, em outras circunstâncias, ele poderia ter se apaixonado por ela. 

Poderia

E foi com a imagem de Gilan naquele altar improvisado, que Vincent finalmente se ajeitou na poltrona e dormiu.

xXx

A luz que vinha da fresta da janela o despertou devagar. Amelia ainda dormia tranquilamente ao seu lado, mantendo o mesmo ritmo sereno de antes. Se levantou a fim de checar o medicamento e percebeu que a enfermeira já havia passado por ali. Checou as horas em seu celular e saiu do quarto sem fazer barulho.

Digitou os números e aguardou ser atendido.

— Sara? É o Parker. Eu sinto muito te ligar tão cedo mas preciso de um grande favor. — a voz do outro lado da linha concordou imediatamente, e Vincent continuou. — Preciso que envie algo para o meu apartamento. Gilan está sozinha e… Sim, você não ouviu errado. É uma longa história. — revirou os olhos, impaciente.

Depois de instruir a secretária, Vincent desligou o telefone e avistou a figura de Elaine se aproximando no corredor.

— Como soube? — ele a abraçou. 

— Ronnie me contou. — Elaine soou seca. — E me avisou que eu o encontraria aqui.

A mãe o encarou estranhamente, sem revelar muita coisa em sua expressão.  Mas Vincent logo entendeu.

— Eu não podia deixar de vir, Mãe.

— Não mesmo? — Elaine ergueu uma das sobrancelhas.

— O que eu poderia ter feito? — Vincent elevou a voz. — Jamais deixaria Ronnie sozinha. A senhora me criou melhor do que isso.

— Eu tenho as minhas dúvidas. — Elaine murmurou sarcástica e Vincent a olhou boquiaberto. — Existem muitas soluções para um mesmo problema, mas às vezes só enxergamos aquilo que nos convém.

— Eu agi da melhor maneira que pude. — ele se defendeu.

— Deixando Gil sozinha em sua primeira noite? Essa foi a melhor maneira que você encontrou?

— Gilan compreendeu os meus motivos.

— Eu não esperaria menos dela. Gil tem bons sentimentos, entretanto, o que importa aqui são as suas atitudes e não as dela.

— O que a senhora quer dizer com isso?

— Você ainda ama Amelia? — Elaine perguntou sem rodeios.

— Pelo amor de Deus. — Vincent se afastou andando alguns passos pelo corredor.

— Não estou perguntando nada absurdo, Vincent.

— É claro que é um absurdo. — ele retrucou inconformado. — A senhora não vê que essa pergunta ofende e desrespeita a Gilan?

— O que a ofende e a desrespeita é você deixá-la sozinha todas as vezes que Amelia aparece. — a voz de Elaine saiu calma apesar de sua expressão severa.

Vincent arregalou os seus olhos na direção da mãe.

— Não pense que eu não percebi o que aconteceu no leilão. — Elaine revelou, prensando levemente os lábios antes de voltar a falar. — Você ainda ama Amelia? —  ela repetiu.

— Eu sou um homem casado.

— Resposta errada, meu filho.

— Francamente, o que a senhora quer de mim? — Vincent se sentia inquieto. 

— Que você se decida, meu amor. — Elaine diminuiu a distância entre eles e acariciou a bochecha do filho com o seu polegar. — Não adianta passar a noite cuidando de Amelia, enquanto as suas preocupações estão tão distantes daqui.

Vincent não conseguiu sequer argumentar. O seu corpo se fazia presente, como a sua consciência o mandava, porém, cada pequeno pensamento o levava de volta ao seu apartamento. As pantufas, o cheiro de cereja e o olhar decepcionado de Gilan segundos antes de deixá-la sozinha. Pela segunda vez. 

Mesmo depois de lhe prometer que faria o possível para cada momento valer à pena. Era um mentiroso de merda. E até a sua própria mãe conseguia ver isso.

— Vincent… — Elaine o chamou. — Não quebre a cabeça procurando por respostas inúteis, apenas descubra onde o seu coração realmente está e tenha um pouco de fé nele.

xXx

O som do interfone fez com que Gil acordasse um tanto assustada. Olhou para os lados sem reconhecer de imediato o ambiente. Ah, é claro. Sou uma mulher casada e agora moro com o meu marido. Revirou os olhos.

Levantou-se sonolenta e seguiu o barulho estridente tentando encontrar o maldito interfone, ainda não estava familiarizada com o apartamento. Atendeu com a voz mais educada que pode e o porteiro lhe informou de uma entrega em nome de Vincent Parker que a aguardava na portaria. Gil encarou o elevador um pouco receosa.

— E como eu recebo essa encomenda? — Gil perguntou tímida. — Não entendi muito bem como funciona esse sistema do elevador.

Sentiu-se estúpida por admitir isso, e uma pontada de raiva ferveu a sua cabeça. Vincent bem que poderia tê-la instruído melhor antes de sair desesperado no meio da noite. O porteiro deixou escapar uma leve risada, mas por sorte, foi bastante paciente ao explicar. Gil encontrou a tal da chave mestra e aguardou o entregador aparecer no hall particular. Em poucos minutos, tinha em suas mãos uma cesta exuberante de café da manhã. 

Será que Vincent pensa que está alimentando um exército?

Tinha tanta comida na geladeira e nos armários daquela casa que não havia a menor necessidade dele enviar ainda mais. Porém, talvez, o chefe apenas não gostasse da ideia de alguém mexendo em suas coisas enquanto ele estivesse ausente.

Portanto, Gil resolveu não se fazer de rogada e aceitou a cesta de bom grado, afinal, ele tivera o cuidado de enviar até mesmo o seu café com canela, e uma coisa era estar brava com Vincent e outra bem diferente era desperdiçar comida.

Ainda passava o jornal matinal quando Gil se jogou no sofá e ligou a televisão e ela se perguntou que tipo de lunático acorda alguém às sete da manhã de um domingo? O chefe poderia ter pedido para o entregador aparecer um pouco mais tarde. 

Mas apesar de ter o sono interrompido, não sentia um pingo de vontade de voltar a dormir. Pensou em fazer um tour pelo apartamento e fuçar em tudo o que tivesse oportunidade. Mas logo balançou a cabeça afastando essa ideia. Curiosidade era o seu grande defeito, e da última vez, os resultados disso foram bastante complexos. Ainda se perguntava se deveria ter concordado em escutar toda aquela história do passado de Vincent. Se não fosse tão intrometida, provavelmente não estaria no sofá dele assistindo uma matéria sobre acasalamento de calhandras¹ na manhã seguinte do seu casamento. 

Até os passarinhos estão acasalando e você não, Gilan. 

Seria cômico se não fosse trágico.

Decidiu se arrumar e dar uma volta pela cidade. Além do tédio, ficar esperando por Vincent acarretaria em uma chuva de pensamentos desnecessários. Mas para onde ir? Não poderia visitar Kerya ou Elaine, ambas esperavam que Gil estivesse desfrutando de uma curta, porém apaixonada, lua de mel.

Na realidade, não poderia visitar ninguém que conhecesse, uma vez que todos estiveram presentes na cerimônia e não faria o menor sentido encontrá-la batendo perna por aí um dia após se casar.

De repente, teve uma ideia. Anotou o endereço e pediu um táxi. Já que teria que enfrentar um dia solitário, que, pelo menos, ele valesse à pena.

xXx

 

Gil olhou para cima, admirada com a altura daquela torre. 

Devia ter, pelo menos, uns cinquenta andares ali, a mais alta da cidade, e se perguntou como nunca a havia visitado antes. Comprou o ticket e esperou a sua vez numa fila razoavelmente grande, afinal, era domingo, o dia favorito dos turistas. 

Quando finalmente chegou ao topo a visão era simplesmente deslumbrante. Ela era capaz de ver a cidade em 360 graus. Cada pequena casa. Cada árvore. Cada construção e monumento. Era tão adorável quanto observar aquelas maquetes de miniaturas. O céu estava limpo e quase sem nuvens, o que possibilitava uma vista até mesmo das montanhas no horizonte. Era tão bonito. Sua cidade era realmente linda.

Lá de cima, Gil conseguia ver alguns pontos turísticos. Enxergava o parque bem minúsculo, e sorriu ao lembrar-se da tarde que trabalhara ali na companhia de Matt. Sentia tanta falta de conversar com o produtor, mas após aquela declaração inesperada Gil não se permitiu mais procurá-lo, mesmo que a sua vontade para isso fosse quase esmagadora.

Era conflitante demais estar ao lado dele enquanto nutria tantos sentimentos por Vincent. E a última coisa que ela queria era magoar uma pessoa como Matt, ele merecia muito mais do que isso.

Saindo da torre, resolveu estender o passeio para uma visita ao distrito histórico, no qual se podia conhecer os prédios mais antigos da cidade. Um grupo de turistas franceses tentavam compreender o guia, e Gil se infiltrou entre eles. Vez ou outra, ela corrigia mentalmente algumas informações do guia. Era uma mania irritante, admitiu, mas o que podia fazer se conhecia todas as histórias daquela cidade?

O dia passou depressa demais. Já era quase noite e Gil sentiu o seu estômago reclamar. Percebeu que o celular não estava em sua bolsa e sentiu uma pontada de preocupação por Vincent. 

Ela nem sequer o avisou que sairia. Mas logo ignorou o pensamento, a verdade era que o chefe estava ocupado demais para lembrar-se dela.

Gil estava à procura de um ponto de táxi, quando passou em frente a uma banca de lembranças da cidade. Um chaveiro chamou a sua atenção, ele tinha o formato dos prédios da cidade que ficavam à margem do rio. Nele, estava gravada a frase "Me lembrei de você". 

Gil leu com cuidado aquelas palavras, antes de pegar o objeto e pagá-lo no caixa.

xXx

Quando Gil girou a chave no elevador e subiu até o seu andar, mal colocou os pés dentro do apartamento quando avistou a figura de Vincent sentada no sofá com a cabeça entre os joelhos.

— Vincent? 

O chefe a fitou com surpresa. Os seus olhos estavam avermelhados e com profundas marcas ao redor. Ele se levantou de repente e correu em sua direção.

Gil sentiu os braços dele a envolverem com brutalidade, fazendo-a parecer ainda menor do que de fato era. Vincent a apertava com tanta força que ela sentia até mesmo os menores tremores que vinham do corpo dele.

— Gilan! — ele disse entre um suspiro de alívio. — Você está bem? — Vincent se afastou um pouco e segurou em seu queixo, a analisando. 

Gil deu um passo para trás e o encarou com dúvida. 

— Eu só fiquei entediada. — respondeu um pouco sem graça, e realmente, deveria ter levado o seu celular. 

Vincent a soltou bruscamente e parecia querer dizer alguma coisa, mas apenas lhe deu as costas e andou até a janela da sala, entrando em seguida na sacada. Gil o seguiu e ficou ao lado dele em silêncio, observando a movimentação da cidade.

Aquela era uma boa vista.

— Custava levar a porcaria do celular? — Vincent bateu a mão na grade com força. 

— Eu esqueci.

A fisionomia de Vincent, que antes era de preocupação, se transformou em irritação pura.

— Merda! — o chefe praguejou alto demais. — Você não pode sumir dessa maneira, você tem noção do quanto eu fiquei preocupado?

— Eu sou adulta, Vincent. Não é para tanto.

— Não é para tanto? — ele riu nervoso. — Se acontecesse algo com você, o que eu diria para a sua irmã? Kerya pensa que você está segura comigo e eu preciso garantir que isso seja verdade.

— Não se preocupe com isso. Minha irmã jamais saberá da nossa noite de núpcias. — Gil não resistiu em ironizar.

— Você acha isso engraçado, Gilan? Eu simplesmente saí correndo do hospital assim que pude e quando chego aqui, você sumiu. Sumiu! — ele se aproximou ameaçadoramente. — Não avisa onde está. Não leva o celular. E eu sequer podia perguntar sobre o seu paradeiro. Porra! — ele bufou, e Gil pode jurar que os seus olhos escuros brilhavam mais que o normal. — Eu estou te esperando há horas. Eu- — Vincent simplesmente se calou.

— Você fala como se eu tivesse cometido um crime, eu apenas fui dar uma volta, e além do mais-

— Eu pensei que você tivesse ido embora. — ele disse num sussurro quase inaudível.

Gil sentiu a sua voz travar imediatamente.

— Esquece. — o chefe fixou o seu olhar nos carros que passavam na grande avenida em frente ao edifício. — Eu reagi mal. Você tem razão. É dona de si mesma e sabe o que faz.

— Vincent… — Gil o chamou, o obrigando a encará-la. — Eu não tive a intenção de preocupá-lo.

O chefe apenas assentiu. E então, Gil percebeu. Aquilo não era sobre ela. Era sobre um sentimento que não conhecia. 

Porque Gil jamais havia sido abandonada. 

A morte do pai e da mãe não era um abandono, era uma fatalidade. Mas sempre tivera Kerya, sempre tivera alguém que lhe lembrasse todos os dias o quanto era amada. O quanto era querida. Nunca sentiu essa rejeição, nunca sentiu a dor de ser deixada para trás. E isso era tudo o que Vincent conhecia. Com o pai e com Amelia.

O chefe soltou um longo suspiro e fez menção de voltar para dentro do apartamento, mas foi impedido pelos pequenos dedos de Gil segurando o seu antebraço. Vincent a olhou e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Gil se jogou em cima do chefe entrelaçando os braços em volta do pescoço dele.

A hesitação de Vincent não passou batida, mas logo, Gil sentiu as mãos dele acariciarem a sua cintura, a friccionando contra o seu corpo e devolvendo finalmente o abraço. 

Ficaram assim por alguns minutos. Gil queria dizer tantas coisas mas não sabia como começar. Deixou que aquele silêncio familiar pairasse sobre eles mais uma vez e a sua mente a fez refletir algo completamente avulso. E deixou escapar uma risada frouxa contra o peito de Vincent.

— Eu realmente gostaria de saber o que tem de tão engraçado nessa situação toda. — o chefe murmurou ainda sem afastá-la.

— Como eu poderia ir embora sem as minhas roupas? As minhas coisas estão todas aqui, Vincent.

O chefe pendeu a cabeça para trás e também sorriu. 

— Eu deveria saber que você jamais deixaria aquelas pantufas de cachorrinhos para trás.

— Eu não faria isso. — Gil soou mais séria do que deveria e Vincent a olhou com atenção. — Abandonar você, quero dizer... Eu não poderia fazer isso.

— Por causa do contrato. Eu sei. — ele concluiu. 

Por causa de você. Gil quis dizer.

 


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Notas finais do capítulo

Até semana que vem... o/



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