Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 2
Why Merlin?


Notas iniciais do capítulo

E aí, people? Prontos pra continuação?



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– Você é monitor-chefe também? – meus braços penderam ao lado do corpo. Não estava acreditando naquilo.

– Surpresa? Não sei por quê! Eu sou o melhor que eles podiam arrumar pra ocupar esse cargo “tão importante”! – riu debochado. – Quem você esperava? Parkison? Zabini ?

– Olha, pra falar a verdade, acho que esperava sim. – franzi o cenho. – Acho que esperava até o espírito de Salazar, menos você. – como, eu pergunto, como tinham escolhido aquele irresponsável para ser monitor-chefe?

Malfoy riu pelo nariz.

– Está com o senso de humor afiado hoje, Granger. – ele cruzou os braços e levantou uma sobrancelha.

– O que eu posso fazer? Você desperta isso em mim! – falei dramaticamente, tocando minha testa com a costa da mão.

– Hum, interessante. – ele ficou me encarando e, lentamente, abriu um sorriso. Aquilo não era um bom sinal.

Ficou assim por um tempo, sem falar nada.

– O QUÊ? – bati as mãos ao lado do corpo. Aquilo estava me deixando irritada... E um pouco constrangida.

– Nada. – descruzou os braços, deu de ombros e saiu andando. AAHH, qual é a dele?

A minh..., a nos..., ah, a cabine!, estava no final do corredor, na qual ele entrou e eu, a contragosto, depois de alguns segundos, também entrei. Assim que abri a porta, percebi que as suas malas já estavam acomodadas; não podia dizer o mesmo das minhas.

Entrei e comecei a me esticar para colocá-las no compartimento, e estava muito calma, até Malfoy se pronunciar:

– Ah, você é que vai ficar me seguindo agora? – olhei para trás e vi que ele estava com o tornozelo apoiado no seu joelho, e os braços abertos, esparramados no alto do encosto do banco. Se eu pulasse daquela altura e mirasse bem, poderia acertá-lo em lugares bem interessantes... Mas apenas respondi:

– Se toca, Malfoy! Eu lá tenho cara de rato pra ir atrás de lixo? – pulei para o chão e me sentei.

– Quer mesmo que eu responda? – ele levantou uma sobrancelha desafiadora. Devolvi com uma risada seca. Se eu fizesse qualquer coisa além disso iria acabar presa. Ele continuava me encarando quando perguntei:

– Você não parece surpreso em me ver como monitora.

– Surpreso não, era até previsível que fosse você. Mas preocupado, sim. Afinal, você vai sujar a cabine com esse seu sangue sujo, e eu corro o risco de me infectar... – ah, ele não.disse.isso.

– Ora seu... – comecei ameaçadoramente, me inclinando para frente, com a cara mais furiosa que tinha. Ele riu.

– O que vai fazer, Granger? Me fuzilar com os olhos? Estou morrendo de medo! – balançou as mãos no ar como uma garotinha assustada.

Ah, não! Aquela era demais! Onde estava a maldita da minha varinha? Eu queria ver ele debochar de mim quando eu o azarasse.

Tirei-a das minhas vestes e apontei para ele, que por um momento ficou sem ação.

– Immo... – comecei, quando Malfoy, do nada, levantou, também sacou sua varinha e disse:

– Expelliarmus! – minha varinha saiu voando da minha mão e foi parar na do loiro, que me olhava triunfante. Ah, mas não vai mesmo!

– Me devolve isso, Malfoy! – perdi completamente a cabeça e me joguei em cima dele, atacando com todas as unhas e punhos que tinha qualquer parte dele que eu tocava. Apesar de estra borbulhando de raiva, eu estava doentiamente bem por estar agredindo aquele convencido e causando algum dano nele.

Até que olhei para cima e quase murchei. ELE NÃO ESTAVA NEM SE MEXENDO! Por mais que eu socasse cada centímetro de pele que eu encontrava, ele não sentia nada, já que, eu começava a notar, ele era bem mais forte que eu. Tipo, BEM mais forte... E alto... E aquilo estava me deixando ainda mais furiosa com ele. Passei a bater com mais força, até que o trem deu um chacoalhão e me desequilibrei – de novo? Sério?. Aliás, desequilibramos, já que a Barbie humana decidiu que tinha que cair em cima de mim! O que estava acontecendo? Merlin estava de TPM e querendo se vingar em alguém? Pois que se vingue na Buldogue, em mim não.

– Saia de cima de mim! – tentei empurrá-lo, mas ele não se moveu nem um milímetro.

– Por quê? – perguntou, achando graça naquilo tudo.

– Ora, como assim por quê? Porque sim! Agora dá pra fazer o favor de sair... – comecei a dar socos no peito dele, até que ele agarrou meus pulsos e os prendeu no chão, ao lado da minha cabeça. – Mas o que você pensa que está... – protestei, até que percebi o quão perto ele estava. Seu nariz quase encostava o meu e seu hálito acariciava meu rosto. E, como se esse... Absurdo já não bastasse, eu ainda cometi o grande erro de olhar em seus olhos.

Senti como se houvesse sido tele transportada para os céus. Mas não um céu azul, calmo. Não, eu estava mergulhada na escuridão, em meio à uma tempestade, cercada de nuvens negras e misteriosas, convidando-me a desvendar seus enigmas, sendo seduzida pelo mistério. Estava me afogando naquele mar de ondas cinza, clamando por ar...

E de repente, meu bom-senso me chamou de volta á realidade. Eu não estava mais nas alturas e sim, no chão de uma cabine de trem, com Draco Malfoy em cima de mim, enquanto eu respirava pesada e rapidamente. Ele sorriu de lado.

– Eu te deixo nervosa, Granger? – olhou nos meu olhos, me confrontando. Busquei em meu ínfimo a raiva que sentia por ele; não seriam aqueles olhos que me fariam fraquejar. Quando respondi, minha voz estava razoavelmente firme.

– Nervosa não seria bem a palavra certa. Furiosa e completamente sanguinária? Uh, tá esquentando! – tentei debochar, mas acho que não tive muito sucesso. Malfoy revirou os olhos e chegou mais perto.

– Aham, sei. Agora me diga: eu mexo com você? – ele sussurrou no meu ouvido. – Desperto... Coisas em você? – roçou os lábios na parte sensível abaixo da orelha, me fazendo arfar. Eu queria dar uma cabeçada nele naquele momento. Estava na posição perfeita: um pouco de força concentrada para a direita e pronto! Mas eu não conseguia me mexer. Não porque ele me segurava, mas simplesmente não conseguia. O que estava acontecendo?

– S-saia de cima de mim. – foi tudo o que consegui dizer. “Opa, mas eu já não tinha dito isso?” Aêê, muito inteligente você, Hermione.

Ele riu roucamente em meu ouvido. Senti um arrepio correr pela minha espinha. Nojo, tenho certeza!

– Isso é um talvez? – ele afrouxou o aperto nos meus pulsos, e, por um momento incrivelmente raro de bondade por parte de Merlin, consegui reunir força o suficiente para agarrar Malfoy pelos ombros, concentrar força nos joelho direito e – finalmente, queria fazer isso há muito tempo – acertar uma bela joelhada no meio das “joias” dele.

Sério, eu juro que consegui ouvir aplausos nesse momento, misturado aos gemidos de dor dele. Aproveitando que estava fraco – de dor! –, rolei-o pro lado, levantei e me sentei.

– FICOU LOUCA? – ele meio gritou, meio rosnou, ficando apoiado em um joelho, ainda se segurando.

– Como eu disse, furiosa e sanguinária. Agora fique aí do seu lado. Já ameacei o futuro dos seus filhos, não me faça ameaçar o futuro dos seus dentes também. – dito isso, me voltei para a janela, mas continuava vendo a cena de Malfoy tentando se levantar pelo canto do olho. Eu estava rindo horrores por dentro! Na moral: a vingança é desvalorizada, aquilo foi incrível!

Menos de um minuto depois de Malfoy se recompor, as outras monitoras entraram: Luna, da Corvinal – graças a Merlin, alguém pra me salvar desse inferno! – e Hannah Abbott da Lufa-Lufa. Luna logo se sentou ao meu lado, me dirigindo um sorriso. Sorri de volta, e olhei para Hannah, que parecia dividida entre se acomodar ao nosso lado ou arriscar dividir o banco com o sonserino.

Após alguns instantes, ela, um pouco rápido demais – aliás, quase correndo -, se espremeu ao lado de Luna e ficou olhando para o teto, batendo os pés.

– Ah, esqueci de dizer: - Luna se pronunciou, chamando a atenção de todos. – encontrei com Minerva, e ela quer que a gente vá para a sala dela assim que chegarmos á Hogwarts, antes de irmos para a cerimônia de início. – pronunciou tudo isso com seu ar sonhador de sempre. confirmei com a cabeça, Malfoy deu apenas um resmungo e Hannah continuava olhando para o teto.

Depois disso, o clima continuou estranho, já que ninguém ali queria conversar na frente do Malfoy – e também porque Hannah não parava de batucar os dedos, vermelha que nem um pimentão. Sério, o que ela tinha? Por vezes, eu e Draco trocávamos olhares assassinos, mas sem se mexer, já que ele continuava um pouco debilitado!

Mas a verdade é que eu não estava muito pra conversa. Estava imersa nos meus próprios pensamentos: o que tinha acontecido ali? Digo, aquele idiota sempre tinha me irritado, ofendido e magoado, mas nunca me provocado daquele jeito. Eu sei que era apenas um truque pra que ele tenha alguma coisa pra usar contra mim depois, algo como “a Granger finge que me odeia, mas na verdade é caidinha por mim” – ele se acha irresistível, por favor, né? -, mas foi muito estranho, ainda mais a minha reação. Desde quando eu penso aquelas coisas sobre os olhos dele? Ou não consigo dar uma resposta á altura? Bah, também não interessa. Provavelmente era a raiva atrapalhando meu raciocínio, o que faz muito sentido, considerando de quem estamos falando.

Quando focalizei minha visão novamente, percebi que já estávamos quase em Hogwarts. Desviei minha atenção para o lado e vi que Malfoy me encarava, neutro. Fechei a cara e ele sorriu, irônico.

Aquele maluco!


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Notas finais do capítulo

E então?
Ah, pra deixar avisado, parte da fic já está pronta, então, de início, os capítulos vão vir rápido. Um por dia, o que acham?