Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 17
Stupidity


Notas iniciais do capítulo

OOOIIIIIII PESSOAS LINDAS! Quanto tempo, hein? Quem mais aí sofreu com o surto de manutenção da Nyah?
Ok, eu sei que esse período foi o mais longo que eu fiquei sem postar um capítulo, mas foi porque eu estou começando a escrever uma outra fic - que eu só vou começar a postar um tempinho depois do fim dessa -, e eu meio que priorizei mais a outra. Mas aí está, mais um capítulo. Espero que gostem!! ;)



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Acho que ser organizadora de festa não estava fazendo bem pra mim. Sem brincadeira, a semana de preparativos nem tinha começado e 50% do meu cérebro já estava preocupado se prata ou dourado seria melhor e os outros 50% se seria boa ideia deixar o Blásio encarregado de... Qualquer coisa. Acho que não.

Enfim, a segunda-feira havia chegado e eu já estava com trezentas mil ideias. Mas admito, estava ansiosa pra começar a coloca-las em prática. Assim, antes de o Sol nascer eu já rondava na minha sala comunal, esperando que qualquer um acordasse. Como isso não aconteceu – ou talvez eu simplesmente estava muito impaciente pra esperar mais de 10 minutos -, desci para o Salão Principal.

Depois de uma boa meia-hora sentada lá, as pessoas começaram a chegar, e todas elas, sem exceção, olharam pelo menos uma vez pra mim. Já estava até me acostumando, de modo que não senti ‘necessidade’ de mandar elas se danarem. Só uma vontadezinha básica.

Não tinha visto Draco no meio do fluxo. Estranhei um pouco aquilo, já que ele não costumava sumir ou me deixar sozinha – pelo menos depois de que começamos a namorar. Onde ele estava? Seria possível que ainda estava dormindo?

O que piorava essa situação era que eu, num surto de coragem repentino, decidi me sentar na mesa da Grifinória hoje – e o fato de que, na hora que tinha chegado, não havia praticamente ninguém lá ajudou.

Maaaaas... Pelo menos uma vez as coisas deram certo pra mim: parece que só Harry ainda estava com raiva de mim – e Rony, com certeza -, já que fui muito bem recebida pelos meus outros colegas – acho que aquilo tinha o dedo da Gina. Só acho.

– Resolveu dar o ar da graça? – Neville alfinetou, sorrindo.

– Ah, sabe como é, de tempos em tempos tenho que visitar os mortais. – falei dramaticamente.

– Claro, principalmente quando os mortais tem notícias. – Gina anunciou, se sentando ao meu lado, agitada. – Queremos entrar pra organização.

Olhei para ela, um pouco surpresa, e logo soltei uma risada.

– Ah, que ÓTIMO! – suspirei aliviada. Por quê? Consulte o primeiro parágrafo. – Quantos?

– Eu, porque sei que essa festa vai ser um desastre se não tiver minhas ideias no meio e meu incrível senso de liderança...

– Gina!

– Ta bom! – levantou as mãos, rindo. – Neville e Simas.

– E... Harry e Ron? – perguntei, incerta.

– Ah, ainda com dor de cotovelo. Mas não se preocupa – adicionou ao ver minha cara de decepcionada -, daqui a pouco eles caem na real e até limpar a meleca do seu espirro eles vão tentar pra se redimir.

Suspirei e apoiei o queixo nas mãos.

– Pois é melhor que comecem a preparar os paninhos. – resmunguei.

Também, quem mandava eu ter amigos tão cabeça-dura?

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– Certo, o que vocês têm para mim?

Estávamos todos em uma sala do 3º andar: eu e os outros monitores, sentados em uma bancada, além de Gina, Neville, Simas e Blásio. Somente Draco não estava lá. Onde diabos ele tinha se enfiado?

– Preto e dourado. E vermelho. – Gina abriu os braços, visualizando algo á sua frente. Blásio colocou as mãos na cintura, contrariado, e se virou para ela.

– Ah, claro, e o que mais? Quer colocar uns leõezinhos de enfeite também?

– Eu não tinha pensado nisso, mas agora que mencionou, por que não?

– Ah, se vai ser assim, por que não colocamos águias azuis brilhantes e alguns zonzóbulos no teto? – Luna sugeriu, não notando o tom irônico da conversa.

– Não, enlouqueceu? – esse foi Simas. – Por favor, acho que todos concordamos que explosivos seriam uma boa decoração.

– Talvez com algumas plantas... – Neville adicionou, concordando com Simas.

– Com panos dourados! – Gina bateu o pé.

– Vai sonhando ruivinha. Se for ter alguma preferência, vai ser pela Sonserina.

– Bom, podia ser amarelo... – Hannah tentou.

– NÃO! – todos gritaram.

– GENTE! – essa fui eu, que me levantei, fazendo todo mundo calar a boca e prestar atenção em mim. – Primeiro, se vamos organizar esse baile, eu quero que tenha ordem. Segundo, é uma ideia muito estúpida tentar eleger uma casa pra protagonizar, ou isso vai virar um campo de guerra. Precisamos de cores neutras!

Mal terminei a frase e a porta se abriu, revelando Draco, parecendo um pouco perdido. Mas ao notar que todos o encaravam se empertigou e, de repente, assumiu uma postura determinada. Ao me localizar de pé na bancada andou até mim calma, mas perigosamente e, quando me alcançou, com uma mão pousada em minha cintura e a outra em minha nuca, me puxou para si.

Suspirei quando sua boca cobriu a minha, dividida entre o pudor e o meu alívio. Sim, porque não era exatamente confortável realizar aquela... Demonstração de afeto na frente de todas aquelas pessoas, mas por Merlin, não conseguia evitar retribuir a doçura feroz de seu beijo, enroscando as mãos em seus fios loiros. Suas investidas ficavam cada vez mais poderosas, e eu me derretia em seus braços.

Estava tão concentrada em minhas sensações, pela saudade que estava de Draco, que só acordei de meu transe com um pigarro aleatório na sala. Relutantemente, desgrudei meus lábios dos seus e, ainda olhando para ele, soltei a primeira coisa que pensei.

– Bom... Talvez nós pudéssemos dar uma preferência para a Sonserina mesmo...

– HERMIONE! – Gina gritou, e eu finalmente me toquei da situação, enquanto Draco ria. Ok, Terra chamando Hermione.

Completamente sem-graça passei a mão pelo cabelo, tentando arrumá-lo e continuei a falar – no entanto, notei que Draco não havia me soltado, me segurando possessivamente pela cintura. Sorri internamente com isso, mas ele parecia sério. Até demais.

– Certo, hã... Como disse, precisamos ser imparciais. Gina, gostei da sua sugestão do preto, mas que tal se misturássemos com o transparente?

– Hã... Como assim? – perguntou, um pouco confusa.

– Sim, como no Baile de Inverno do quarto ano, mas com um toque mais misterioso por ser um baile de máscaras.

– Ah, entendi. É, vai ficar bom! – exclamou, parecendo perdida em pensamentos. – Podemos misturar o gelo com cores mais escuras... Que passem um ar mais sexy... Sim, vai ficar bom! – sorriu.

– Tá, ótimo, agora que as princesas acabaram de decidir tudo, querem ouvir a o que os outros têm a dizer? – Blásio reclamou.

Revirei os olhos, segurando o sorriso.

– Fale Blásio. Nos ilumine com sua sabedoria. – falei dramaticamente, sentindo Draco sacudir ao meu lado, rindo.

Blásio sorriu e, depois de uma pausa, falou.

– Eu gostei da ideia.

...

Fiquei ali esperando ele continuar, mas não disse mais nada.

– Só isso?

– Sim, eu gostei, vamos usar essa ideia.

E eu continuava olhando pra ele.

– Mas...

– Não tente entender. – Draco riu no meu ouvido e, em meio aos vários arrepios que me percorreram de cima á baixo, continuei.

– Certo, o que mais?

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Em resumo, várias coisas foram decididas: Blásio e Gina ficaram encarregados de escolher os panos – acho que não foi uma decisão muito inteligente, mas agora já era; Luna e Hannah ficaram encarregadas da comida; Neville, como havia sugerido, ficou responsável pelas plantas – de preferência rosas!; Simas ficou responsável pelos PEQUENOS explosivos – sabe, tipo uns estalinhos brilhantes no teto, como se fossem pequenos fogos de artifício; e eu e Draco pegamos a parte dos convites.

E o resto da semana foi um caos! Blásio e Gina não concordavam em quase nada! Quando um falava preto, o outro falava branco; quando um falava sim, o outro falava não; e a decisão das cores estava a um passo de acabar em pancadaria.

Luna e Hannah também estavam tendo alguns problemas, já que Luna, em sua infinita... Criatividade, apresentava diversas receitas EXTRAVAGANTES demais – acho que a melhor escolha que ela já apresentou foi o pudim -, e Hannah não abria a boca pra opinar em nada, apenas concordava com Luna, por mais maluca que fosse a ideia.

Simas parecia estar prestes a explodir o castelo! A ideia dele era de tentar formular um novo tipo de explosivo, ou algo assim, e a cada tentativa era um andar que ia abaixo. Sério, como ele ainda tinha cabelo na cabeça era um mistério.

Neville era o único que parecia não estar tendo tantos problemas. Passava a maioria do tempo na biblioteca ou junto com a professora Sprout em busca de flores exóticas e rosas raras. Mas acho que estava levando esse serviço um pouco a sério demais – as olheiras confirmavam isso.

E pra terminar, eu e Draco estávamos tendo algumas dificuldades também. Primeiro: eu não estava tendo uma única ideia decente; tudo parecia ser muito clichê. Segundo: eu não tinha tempo pra cuidar da minha parte, já que estava praticamente cuidando da parte dos outros, que de dois em dois segundos estavam me procurando pra perguntar se estava bom ou quem estava certo. E o pior eram os constantes olhares sobre mim, que eu não sabia se era de “faz essa festa direito ou você já era” ou de “ainda não acredito com ela é hipócrita de ficar com o Malfoy”. Ou ainda mais se algum deles fosse quem quer que estivesse tentando me pegar, me deixando cada vez mais tensa.

E pra completar, Draco estava uma pilha de nervos. Digo, ele não era rude comigo ou algo assim, mas ele parecia, sei lá, quase que com medo de que uma Avada surgisse do nada e acertasse minha testa. Na moral, era como um cão de guarda, e eu não entendia por quê. Suas mãos raramente se afastavam e sempre que podia enfiar “minha namorada” na frase, ele fazia isso – na verdade, ás vezes até quando não dava, mas deixa quieto. E o pior é que sempre que eu tocava no assunto ele falava que eu estava exagerando, que ele estava perfeitamente normal. Mas ele não estava. E isso estava me deixando preocupada.

É, a coisa não estava muito boa. E como é que dizem? Nada é tão ruim que não possa piorar.

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É, o final de semana já havia chegado. E, sobre a minha semana... Eu não entendi nada. Digamos que as coisas estavam meio resolvidas e Minerva havia liberado os finais de semana até a festa para irmos á Hogsmeade comprar o que precisássemos. Então eu estava de volta àquela sala do 3º andar em que nos reunimos no início da semana para podermos partir.

Gina, Blásio, Simas e Neville já estavam lá, e eu rodava em círculos no meio da sala enquanto minha amiga e o sonserino soltavam uma alfinetada atrás da outra.

– É, mas você sabe muito bem que meu gosto é muito melhor do que o seu.

– Claro, se considerarmos o namorado que você arranjou... Tem certeza que isso é bom gosto?

– Ora seu...

Revirei os olhos, continuando minha trajetória circular. Neville estava desmaiado em um canto e Simas assistia á briga, com um besta sorriso na cara. E, finalmente, em meio aquilo tudo, Hannah, Luna e Draco finalmente apareceram, este praticamente atropelando tudo no caminho até chegar em mim.

– Ei, calma. Acho que não poderemos ir se você me atropelar. – ri, colocando as mãos em seu peito para acalmá-lo. Ele deu um sorriso sem-graça e passou a mão pelo cabelo – o que foi tão inocentemente fofo que meu sorriso aumentou.

– Olha, hã, antes de irmos eu tenho que trocar uma ideia com o Blásio, então... Espera aqui. – me pressionou nos ombros, como se quisesse me afundar no chão ali mesmo.

– Ah, ok. – levantei a sobrancelha, observando ele ir até Blásio, que continuava discutindo com Gina. Eu queria ver era como ele chamaria a atenção de Zabini pra fora daquilo.

Mas enquanto ele acidentalmente entrava no meio da briga daqueles dois, notei que Hannah conversava com alguém na porta. Não conseguia ver quem era, mas a lufana parecia bastante comovida, as sobrancelhas levantadas em sinal de compreensão. Segurava algo entre as mãos e eu estreitava cada vez mais os olhos, tentando enxergar. E, em meio ás sombras do corredor, consegui distinguir um tufo de cabelos ruivos.

Rony?

Hannah deu uma última acenada com a cabeça e entrou. Pude ver que o que ela segurava na mão era um bolinho, e estava vindo em minha direção.

– Mione, estava ali fora conversando com o Rony e, bem, ele pediu que eu lhe entregasse isso. – estendeu timidamente o bolinho, coberto com glacê vermelho e escrito “sorry” em letras douradas. Sorri com aquilo. Comida, típico dele!

– Por... Por que ele não entrou? – levantei a cabeça.

– Ele disse que preferiria conversar em algum lugar privado. Ele só ouviu a versão do Harry e, depois de Gina ter enchido a cabeça dele, quer ouvir o seu lado também. Além disso, ele também sente sua falta. Mas ainda assim queria que você recebesse isso, e ele disse que como eu sou sua amiga – sorriu -, seria melhor que fosse por mim. E depois que voltasse de Hogsmeade iria te encontrar, e pediu que você o esperasse na entrada do castelo.

– Ah Rony, sempre tão complicado. – balancei a cabeça e peguei o bolinho. – Bom, então á minha sorte que está mudando. – levantei o bolinho como que em um brinde e mordi.

– HERMIONE! – Draco gritou de algum lugar aleatório e ouvi passos apressados. Mas logo eles começaram a parecer distantes e minha visão ficou turva, o chão parecendo sumir sob meus pés.

E foi aí que eu percebi... Que sou realmente MUITO BURRA!


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Notas finais do capítulo

:)



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