Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 11
Tell Me!


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas - de novo - por não ter postado ontem, eu realmente não pude. Mas aí está!



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Acordei sem abrir os olhos. A luz do sol queimava através de minhas pálpebras, quebrando a negritude que me cegava. Não ouvia nenhum barulho, apenas uma respiração ritmada, próxima de mim. Desgrudei um olho e, após observar ao redor, coloquei um pouco de força nos braços e me sentei – notando nessa hora que me encontrava deitada em uma cama, muito macia por sinal, rodeada por almofadas muito fofinhas. Onde estava?

Como continuava meio grogue, enxergava um pouco embaçado. Quando focalizei, pude constatar que estava em um quarto consideravelmente grande, todo decorado nas cores preto, verde e prata. Olhei para uma das almofadas ao meu lado e lá estava o símbolo: Sonserina. Desviei para a direção de onde vinha o leve farfalhar de uma respiração e dei de cara com Malfoy, completamente desajeitado, sentado em uma poltrona preta ao lado da cama, dormindo.

A situação era tão engraçada que era fofa. Tudo bem, eu não estava entendendo nada, mas não pude deixar de sorrir: Draco Malfoy, que sempre agia com aquela arrogância toda, com o queixo sempre levantado – pedindo pra ser socado, e com força -, se encontrava ali, lutando, inconscientemente, para manter a perna apoiada no braço da poltrona, enquanto a outra jazia esticada no chão. Seus braços estavam cruzados e a cabeça, caída sobre o ombro, os fios claros cobrindo-lhe os olhos.

Seu rosto, apesar de estar visivelmente distorcido pela preocupação, tinha os cantos da boca levemente repuxados em um discreto sorriso. Ri pelo nariz. Aquela contradição em sua expressão me fez lembrar dos velhos tempos: Draco poderia crescer o quanto quisesse, mas sempre teria dentro de si aquela criança abusada que exibia seu sorriso presunçoso sempre que conseguia o que queria. No entanto, ao contrário de antes, aquele sorriso não me fez torcer o nariz, e sim, sorrir de volta.

Levantei, toda atrofiada pelo tempo parada, e me espreguicei. Pela varanda aberta ao lado da poltrona, em meio ás cortinas ondulantes, pude ver que era final de tarde. É, eu não havia ficado apagada por tanto tempo assim, só não entendia por que...

Meu pensamento foi interrompido por um brilho prateado que basicamente baleou meu olho. Desviei do raio luminoso, cega e comecei a esfregar o olho, furiosa, esperando aquela rave sair da minha pupila.

Ao me acalmar, a curiosidade me levou a seguir em direção á origem da luz. Ela estava em cima de uma mesa preta ao lado da porta, onde havia um caderno de couro marrom, com uma cobra prateada na capa. Olhei aquilo, intrigada, e pesei os prós e os contras. Ta certo, aquilo não era meu, era do Malfoy, mas não parecia ser algo secreto. Não tinha nenhum título, nenhum aviso de “Não encoste” ou “Toque nisso e irei afogá-lo em um pote de gel de cabelo”... Ah, acho que não teria problema.

Com a caderneta ainda na mesa, estiquei a mão e abri na primeira página, lendo a primeira estrofe do que parecia uma... Letra de música?

“There’s gotta be another way out (Tem que haver outra maneira de sair)

I’ve been stuck in a cage with my doubt (Eu fui preso emu ma gaiola com minha dúvida)

I’ve tried forever getting out on my own (Eu tentei sempre sair por conta própria)

But every time I do this my way (Mas toda vez que eu faço isso do meu jeito)

I get caught in the lies of the enemy (Eu soup ego nas mentiras do inimigo)

I lay…” (Eu coloco...)

De repente, ouvi um pigarro. Virei a cabeça com a mesma força com que fechava o livro – espancava a primeira página com a capa –, vendo Malfoy acordado, sentado na poltrona e com a sobrancelha levantada, me olhando divertido.

– Vejo que já acordou. – levantou. Não sabia se ficava aliviada ou ainda mais nervosa com a sua calma. Me decidi pelo mais racional: o nervosismo.

– Olha, Malfoy, eu... – comecei a torcer as mãos, procurando uma desculpa que parecesse aceitável. Droga, cadê a minha cara-de-pau quando eu preciso dela?

Mas não foi preciso que a traíra aparecesse; Draco praticamente se materializou na minha frente em dois passos, me encurralando contra a mesa. Com cada um dos braços posicionados ao meu redor, ele aproximou a cabeça do meu pescoço, respirando em minha nuca.

Fiquei ali, esperando, até que senti seu corpo balançar por uma risada fraca. Eu parecia ter esquecido como se ficava em pé, tendo que me apoiar na mesa quando ele levou sua boca ao meu ouvido.

– Malfoy? Vamos continuar a nos tratar como inimigos, Granger? – sussurrou, passando os lábios pelo lóbulo. Suspirei levemente, sentindo ele sorrir.

– O... O que quer dizer com isso?

Eu tentei, juro que tentei ser firme, mas minha voz parecia mais como uma súplica. Ele se afastou, de forma a ver meu rosto; parecia um pouco confuso.

– Olha, sei que pode parecer estranho pra você, mas acho que não me beijaria se sentisse só ódio por mim, Hermione.

Um arrepio percorreu minha espinha ao ouvi-lo dizer meu nome, não de raiva ou nojo, mas de prazer, como se meu nome houvesse sido feito para ser dito por ele, tamanha era a harmonia. Reprimi outro suspiro.

– Pois eu acho que tenho o total direito de negar isso, porque eu tenho certeza que está apenas brincando comigo, e eu me recuso a deixar que me iluda, Malfoy.

Dito isso, me afastei. Ele continuou no mesmo lugar, de costas, apoiado na mesa. Ficamos um tempo em silêncio, até ele se pronunciar.

– Brincando? – sussurrou e se virou para mim. Ele parecia quase ofendido, mas aquilo não me comoveu – pelo menos não o suficiente; apenas me fez estourar de vez!

– Sim Malfoy, brincando! Você acha que eu sou idiota? Eu tentei me aproximar de você, tentei te entender, e você se fechou, me enxotou. Agora, do nada, vem me pedir pra falar que não te odeio depois de VOCÊ – apontei para ele – ter me beijado, sendo que eu nem sei dos seus sentimentos por mim? A que conclusão você esperava que eu chegasse?

Ele me avaliou por alguns segundos. De repente, avançou a passos largos em minha direção, parando a poucos milímetros de mim.

– Quer uma resposta, Hermione? Pois bem, eu vou lhe dar.

Mesmo em meio a toda aquela raiva, senti outro arrepio quando ele me chamou pelo primeiro nome, o que ele não pareceu notar.

Aliás, ele não parecia notar nada, apenas tomou uma pequena distância e, com rapidez e até um pouco de desespero, começou a desabotoar a blusa social preta que usava. Sei que o certo seria dizer para ele parar, mas não conseguia; havia uma determinação em seus olhos que chegava a me dar medo.

Além disso, eu queria entender, queria ver o que tinha a me mostrar. Dessa forma, fiquei ali parada, observando enquanto ele desabotoava o último botão, amassava a blusa e jogava no chão. Com o peito exposto, abriu os braços.

No entanto, não fiquei olhando para seu peitoral; me prendi a outro detalhe, um que sei que não deveria encarar, mas ainda sim não conseguia evitar: a marca negra, pálida, mas ainda visível em seu braço. Ainda era tão visível que conseguia ver as linhas da caveira, a negritude que tingia levemente sua pele, as curvas sinuosas da serpente que se enrolava... O símbolo de Voldemort.

Quando consegui me desligar daquela imagem, encontrei imediatamente as íris cinza de Draco: agora elas mostravam, claramente, desespero. Ele soltou uma risada seca.

– Você vê? Isso é o que eu sou! Isso vai estar sempre comigo, sempre aqui pra me assombrar. – pegou o braço marcado, apertando no lugar da marca. – Você quer saber por que eu não deixo as pessoas verem meu lado bom? Por que te afastei? Eu ganhei essa marca porque eu tentei fazer pelo menos uma coisa decente na vida; tentei proteger minha mãe, proteger a vida dela. Tentei ser um bom filho, digno de orgulho. Mas tudo o que eu recebi foram olhares de reprovação e medo, ouvindo-a chorar pelos cantos. – passou as mãos pelo cabelo, puxando os fios, parecendo torturado. – EU SÓ QUERIA PROTEGÊ-LA. – gritou, virando de costas pra mim.

Respirou por alguns segundos, então prosseguiu.

– Eu realmente não ligava para o meu pai, ele que havia nos colocado naquela situação, mas eu precisava salvar minha mãe. E era um inferno, estar sempre com medo de chegar em casa e achá-la sendo torturada, ou de fazer algo errado e Voldemort matá-la pra me castigar. – ele suspirou e, com os ombros caídos, se virou. Seu rosto transparecia uma mágoa inimaginável, e aquilo me feriu também, de tal forma que meu instinto era de correr até ele e o abraçar. Ele continuou.

– Um ex-comensal tem muitos inimigos, Hermione. Você não sabe quantas pessoas adorariam me ver morto. Eu te afastei porque eu não iria suportar te submeter a essa pressão, a esse perigo. Eu não iria me perdoar se algo acontecesse a você.

Aquilo foi um tapa na minha cara; eu estava esperando tudo, menos aquilo. Ele queria me proteger, tipo, de verdade? Aliás, desde quando ele se preocupa tanto comigo pra estar sempre me salvando? Queria perguntar isso, mas ele me antecedeu.

– O problema é que... – ele suspirou pesadamente – mesmo afastado você ainda está em perigo, então eu não consegui me manter longe. Meu lado egoísta falou mais alto.

Ele me olhou, como que esperando uma resposta e eu queria dá-la, mas na minha cabeça só rondava uma pergunta.

– Como assim, “ainda estou em perigo”? – levantei a sobrancelha. Ele passou a mão pelo rosto; parecia cansado.

– Eu estava no Três Vassouras hoje de tarde. Vi você conversando com alguém e logo vi que tinha algo errado. – andou até a mesa e se recostou nela, cruzando os braços.

– Ta, mas isso não é motivo. Quero dizer, a cara do Harry praticamente gritava “socorro, estou com um problema”, mas por que você se importaria com um problema dele? Vocês não se suportam!

– Você não entendeu. Eu vi que você estava correndo perigo conversando com ele. – falou naturalmente. Olhei para ele como se fosse maluco, o que devia estar.

– Olha, sei que você tem seus problemas com o Harry, mas isso não fez sentido. Digo, até você sabe que ele não machucaria ninguém por maldade e... – Malfoy balançava a cabeça negativamente, o que me fez parar.

– Não, eu sei disso. Mas o negócio é que...

– Então, não teria motivo pra você desconfiar dele...

– Hermione! – interrompeu, me fazendo calar a boca. – Potter não esteve em Hogsmeade.

Eu disse maluco? Não, eu o olhava como se fosse uma réplica barata de Sirius Black estilo Azkaban.

– V-você é doido? Acabou de falar que me viu conversar com ele e agora... – gesticulava, como se isso fosse me ajudar a entender a cabeça daquele retardado. É, não estava dando certo.

– Não, eu disse que vi você conversando com alguém. Alguém que quis se passar pelo Potter pra te atrair até aquele lugar. – desencostou da mesa e andou até mim. – Armaram pra você, Hermione, pra te machucar. – pousou sua mão no meu ombro.

Era incrível o que um simples toque podia fazer. Eu me via desarmada e necessitada de mais, incapaz de desviar da sua mão e da intensidade de seus olhar, por mais que minha consciência gritasse “Dê um tapa na cara desse maluco!”.

Pigarreei, deixando meus pensamentos de lado e voltando para o problema atual.

– Olha, isso que você falou... Isso é uma acusação muito séria. Como pode ter essa certeza de que Harry não esteve em Hogsmeade? – nesse momento, toquei em seu braço, próximo ao meu rosto. Ele pareceu momentaneamente surpreso pelo gesto – e eu também. Mas eu queria mostrar que não o estava acusando, só queria evitar problemas.

– Eu sei disso porque McGonagall me disse que havia liberado o Potter de todas as atividades hoje porque os dois queriam... Bom, “avaliar” a sala do Dumbledore. E enquanto você estava apagada eu estive com eles. Potter não saiu do castelo hoje. – sua mão desceu para meu braço, onde começou a fazer movimentos circulares com o polegar, mas nem aquilo conseguiu me acalmar.

Me afastei, andando lentamente até um canto aleatório do quarto, processando. Fiquei em silêncio por alguns segundos, tentando encontrar algo de absurdo naquilo, mas não havia.

Fazia total sentido Harry e Minerva quererem dar uma olhada na sala do antigo diretor com mais calma depois da guerra. Fazia sentido ela avisar Draco – mais ou menos, mas ta valendo – já que ele é monitor-chefe. Fazia sentido porque Rony havia estranhado ele aparecer no bar... “Você não tinha dito que ia ficar no castelo pra resolver uma coisa sua?”... Fazia sentido porque “Harry” estava muito estranho naquela hora, e ele nunca agia daquele jeito desesperado, nunca deixava mostrar que estava com medo, por mais que estivesse, como não notei isso?

E qualquer um que quisesse se passar por ele só tinha que tomar uma Poção Polissuco... Com isso tudo rondando minha cabeça, proferi ameaçadoramente:

– Aquele dementador... A ida até a Casa dos Grito... Armaram pra mim? – arregalei os olhos, desafiadora. Draco confirmou com a cabeça. Pisquei algumas vezes; meu olhar era uma mistura de ironia e raiva, e eu fuzilava o vento com ele.

– Quem foi o maldito? Porque eu não vejo motivo pra fazerem uma sacanagem dessas comigo! Se era uma brincadeira, sinto muito, mas eu não vi a mínima graça em ser ATACADA POR UM DEMENTADOR!

Pelamor, eu não tinha feito nada pra ninguém, qual é? Mas o pior é que aquilo não tinha a menor cara de pegadinha, era algo mais sério. Alguém queria me atingir, mas quem? E por quê?

– Hermione, se eu soubesse quem fez isso, juro que o desgraçado estaria cuspindo os próprios dentes agora, mas não temos como saber. Pelo menos, não ainda. – seu tom de voz chamou minha atenção. Ao olhá-lo, ele exibia seu famoso sorriso de lado.

– O que você sugere?

Ele tentava reprimir o sorriso, mas estava falhando vergonhosamente. Pigarreou e se aproximou a passos lentos – como se estivesse pisando em um campo minado.

– Booom, devido ás atuais circunstâncias... Acho que não vou poder deixar você sem supervisão. – levantou a sobrancelha, sugestivo. Eu apenas joguei a cabeça para o lado, confusa. Malfoy suspirou. – Vou virar seu guarda-costas, Hermione.

Minha cabeça voou pra trás, em um súbito entendimento. Hum, não sabia o que pensar.

– Ah, é, tudo bem, olha... Pode parecer uma ideia brilhante na sua cabeça, mas você não acha que as pessoas poderiam estranhar se de repente nós aparecêssemos juntos como os melhores amigos, de mãozinha dada e cantando “It’s raining men”? – Draco me olhou confuso por essa última parte. – Esquece. Mas sério, seria muito suspeito, não?

– Hermione, Hermione, Hermione, eu sei ser discreto, pode acreditar. – colocou a mão no peito, se gabando. Revirei os olhos, fazendo-o rir – Agora falando sério, não é seguro deixar você sozinha levando em conta as coisas que já aconteceram: o ataque do dementador... O incidente na aula de feitiços... – de repente, ele pareceu se lembrar de algo - E teve o episódio com o Nott também... Hum... – com essa última frase, ele mergulhou nos próprios pensamentos. Quase conseguia ver as engrenagens de seu cérebro quando chamei sua atenção de novo.

– Ei, como assim? O que aquela aula de feitiços tem a ver? – perguntei, tentando não ficar vermelha ao me lembrar de todas as coisas que disse para ele naquele dia. Mas Draco apenas respondeu:

– Você não acha mesmo que aquela azaração foi para o Finnigan, né? – franziu a testa.

– Sim, eu achei, porque, sabe, acertou ELE! – apontei para a porta, como se Simas estivesse ali.

– Ok, mas acontece que... Bom, naquele dia eu meio que... Conjurei uma proteção temporária ao seu redor. Nada muito forte, mas fez afeito. Aquela azaração que atingiu o Finnigan havia ricocheteado no meu feitiço e acertou ele, que estava na reta.

Olhava para Malfoy incrédula. Ele havia conjurado uma proteção pra mim? E agora estava se oferecendo para ser meu segurança? Ele... Ele... Nossa. Mesmo confusa, eu me senti amolecer por dentro, não esperava nada daquilo. Nada. Era um choque atrás do outro e eu estava me segurando firmemente pra não... Sei lá, abraçá-lo.

– Olha, você realmente não precisava... – comecei incerta, mas ele me interrompeu.

– Hermione Granger, eu vou protegê-la, goste você ou não. – me segurou pelos ombros. – Eu não me esforcei tanto tempo pra ficar longe de você por nada. Se quiserem te machucar, vão ter que passar por cima do meu cadáver, o que eles não vão. – me puxou para perto e depositou um beijo na minha testa. Fechei os olhos, aproveitando seu toque. Sentia seus dedos apertando levemente meu braço, sua boca pressionando meu rosto, tudo... Mas ele se afastou rápido demais, e me senti estranha quando fez isso.

– Está liberada da ronda hoje, pode ficar aqui e descansar se quiser. – apontou para sua cama, enquanto abria a porta.

Antes que saísse, respirei profundamente e...

– Draco! – chamei. Ele se virou imediatamente, parecendo não acreditar no que ouvia. Sorri hesitante e ele, depois de constatar que sim, aquilo estava acontecendo, sorriu também.

– O quê? – falou, tentando manter a voz neutra – falhou vergonhosamente, parte 2.

– Só queria dizer... Que acho que não precisamos mais nos chamar pelo sobrenome. Não somos inimigos, certo? – brinquei, mas havia um questionamento sério na minha pergunta. Ele notou, de modo que respondeu no mesmo tom.

– Você não faz ideia. – piscou o olho e saiu.

E ali, deixada junto com meu torpor de raiva, surpresa e, admito, um pouco de felicidade, me permiti fechar os olhos e sorrir.


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Notas finais do capítulo

E aí? Acalmaram um pouco os corações em relação ao Harry? Ou pioraram o estado de nervos? kkkkkkk
Obs: fiquem tranquilos que esta fic não irá virar um musical, ok? - nada contra!