Escape escrita por Miaka


Capítulo 25
Starting a new life... with you


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoaaaal! Capítulo compridinho para compensar o tempo sem escrever, não é? Quase um mês sem postar. Mas lembrando que Remember Me está no mesmo passo, então nem uma nem outra está indo mais rápido! Obrigada por continuarem a ler!



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Por mais que Judal sentisse um grande alívio com a chegada de Sinbad, ele estava completamente tenso. Ainda abraçando firme Hakuryuu, apoiando a cabeça dele contra seu peito, Judal podia senti-lo tremer. Os olhos azuis arregalados refletiam aquele o sangue que espirrava da perfuração feita entre os orbes daquele bandido. Judal se preocupou.

— Vai ficar tudo bem, Hakuryuu. - ele sussurrou. Os dedos pressionados em sua cabeça acabaram afagando os fios azulados para lhe transmitir conforto.

Mas eles nem ao menos perceberam quando um homem que tinha o rosto todo coberto por uma touca preta, aberta apenas na região dos olhos, apontou uma pistola em direção às costas de Judal. Escondido atrás do balcão da recepção, ele tinha certeza de que era o único que não fora visto enquanto os policiais algemavam o resto do bando.

A arma tremia em sua mão quando ele tentou apertar o gatilho.

Um único disparo chamou a atenção de todos, que rapidamente se colocaram em uma posição defensiva. O som de um corpo indo ao chão e o alto gemido indicaram de onde vinha aquele tiro, cuja origem era desconhecida devido ao eco que aquela ampla recepção proporcionava.

Ainda saía fumaça do cano da pistola que Sinbad voltava a armar enquanto caminhava em direção a Judal e Hakuryuu. Mas antes de se dirigir aos dois, ele fez questão de ir até aquele corpo e chutar a arma que havia caído próxima à mão do assassino. Ele se contorcia no chão e gritava ao ver o pulso perfurado pelo disparo do delegado.

— Da próxima vez você vai levar um furo desses no meio da testa como seu amiguinho! - ele se agachou e arrancou aquela touca para revelar seu rosto. - Só não vai levar agora porque vai me contar tudo sobre quem está atrás do Hakuryuu-kun!

— Si-Sinbad!

Judal o chamou e ele realmente se sentia bastante assustado quando via o delegado em ação. Ele se tornava outra pessoa, totalmente diferente do homem gentil e carinhoso que costumava ser. Frio e bastante analítico, o delegado Sinbad não hesitava em destravar sua arma quando era preciso.

— Estão machucados? - o moreno indagou ao perceber que Masrur vinha conter aquele homem.

— Eu não mandei você ficar em casa?!

O exclamar do mais alto surpreendeu Sinbad, que foi completamente ignorado.

— Eu vim trazer um pouco de comida para voc…

— Eu não quero nada! - esbravejou Judal com tanta agressividade que Hakuryuu se assustou. - Eu só queria que ficasse em casa! - ele prosseguiu. - Não entende que é perigoso sair por aí?! Que esses bandidos querem…

— Judal, chega!

Sinbad subitamente se colocou entre eles e empurrou Judal pelo peito, afastando-o de um decepcionado Hakuryuu. Ele estava tão empolgado para fazer aquela surpresa e, no final das contas, além de toda aquela comoção que poderia culminar em uma tragédia, havia irritado Judal.

— Não se meta! - retrucou ele.

— Me meto sim! - foi a vez de Sinbad elevar o tom. - Hakuryuu deve estar assustado com tudo o que aconteceu e ainda tem que ouvir sua bronca?! - ele foi bastante rígido.

Apenas naquele momento que Judal se atentou ao rapaz que se encolhia, abraçando a si mesmo com o braço livre. Os olhos azuis não o encaravam mais e ele observava o chão. Um leve rubor em suas bochechas condenava o quão constrangido ele estava ao ser tratado daquela forma.

— Tsc, que merda… - Judal farfalhou os próprios cabelos. - Oe, Hakuryuu.

— Me desculpa. - ele respondeu ainda sem encará-lo. - Vou voltar para casa agora mes...

Hakuryuu interrompeu a si mesmo quando sentiu Judal puxá-lo para perto e envolvê-lo firmemente em seus braços. O mais alto suspirou, cerrando os olhos e pedindo aos céus desculpas por ter sido tão estúpido. Hakuryuu era uma pessoa acostumada a receber maus tratos, tão passivo e obediente. Não era esse tipo de relação que Judal desejava ter com ele. Não queria ser temido ou respeitado. Queria ser… amado. Mas por que tudo aquilo parecia tão difícil?

— Me perdoa, Hakuryuu! - ele sussurrou baixinho. - Eu… Estou tão tenso com tudo o que aconteceu com o Ja’far. Com tanto medo de que aconteça algo assim com você… Que te tirem de mim.

A confissão de Judal vinha acompanhada de algumas lágrimas. Por que se sentia tão sensível após começar a se relacionar com Hakuryuu? A história que escutara de Rurumu e Sinbad sobre a infância de Ja’far, sobre o quão importante era o relacionamento do inspetor com o delegado… Se fosse há algum tempo atrás aquilo não teria o afetado tanto!

— Judal… - Hakuryuu correspondeu àquele abraço. - Não vai me perder! - ele ergueu o rosto para encará-lo. - Eu vou me cuidar e eu também quero cuidar de você!

Ele assentiu deixando que o mais baixo dedilhasse as poucas lágrimas que escorriam por seu rosto.

— Vamos prosseguir a investigação o mais breve possível!

Ambos se viraram para ver o delegado de braços cruzados observando aqueles marginais - os que permaneceram vivos - para dentro das viaturas. Todos devidamente algemados eram colocados para dentro e já eram encaminhados à delegacia.

— Delegado! - a voz doce de Yamuraiha chamou, um tanto quanto aflita. - Sei que estou no meio do serviço, mas… como está o Ja’far-san?

O desagrado estava estampado no rosto de Sinbad e aquilo chamou a atenção da legista.

— Ele não está bem?

— Na verdade… A saúde dele está boa, sim. Ele só… está precisando descansar.

Aquilo era o suficiente para que Yamuraiha entendesse aquela situação. Era completamente compreensível que Ja’far estivesse traumatizado após sofrer tanta violência.

— Não se sinta culpado, Sinbad-san… - foi tudo o que ela pôde dizer.

Ele apenas assentiu e tentou abrir um sorriso em meio à tanta melancolia.

— Posso vê-lo?

Sinbad piscou um tanto quanto desconfortável com aquele pedido. Afinal, seu último encontro com Ja’far não havia sido nada agradável. Mas ela era a melhor amiga de seu marido. Quem sabe a presença de Yamuraiha, ali, não o ajudaria?

— É claro…

— Sinbad-san, também vim visitar o Ja’far-dono. Posso ir com a Yamuraiha-dono?

— Hakuryuu? - Judal nada entendeu quando viu o moreno se manifestar.

— É o mínimo que posso fazer. Quando eu estava internado, o Ja’far-dono veio me visitar e me fez muito bem!

Sentindo-se bastante grato ao ver como seu esposo era querido, Sinbad sorriu.

— Posso aproveitar e pedir que você fique também, Sharrkan? - ele se voltou ao moreno que, com as mãos devidamente enluvadas, terminava de colher as evidências daquele atentado.

— Eu?!

— Sim. - o delegado assentiu. - Eu preciso ir até a delegacia e levar alguns documentos quanto ao estado do Ja’far, que vai ficar de licença um bom período. Além disso preciso abrir uma queixa formal contra o Barbarossa! Quero que fiquem de guarda na porta do quarto do Ja’far. Tenho medo de que aquele maldito esteja por perto!

— Mas é claro, delegado! Se tivesse dito antes teria vindo na mesma hora!

— Não, não se preocupe. É apenas enquanto estarei fora. Assim que eu fizer isso eu voltarei para cá e não vou sair até que o Ja’far receba alta. Isso deve acontecer no fim da tarde.

— Sim, senhor!

Tanto o tenente Sharrkan quanto a legista Yamuraiha bateram continência antes de deixarem a recepção e seguirem, acompanhados de Hakuryuu, por aquele corredor até o elevador mais próximo.

— Bem, parece que vou ter que ficar aqui mais um pouco! - Judal suspirou.

— Tome cuidado! Não deixe o Hakuryuu-kun sozinho. - advertindo-o Sinbad parecia preocupado.

— Nem você devia ficar sozinho. Não tenho ideia do que esse maldito Barbarossa pode fazer ainda…

— Ele quer me enlouquecer e não me matar. Pode ter certeza disso! Mas eu vou matar ele… antes que ele faça isso.

Judal se assustou. Um brilho avermelhado cintilava nos olhos dourados. Sinbad parecia tão obstinado ao declarar aquilo, como se assassinar Barbarossa fosse um desejo muito forte.

— Na-Não estou te entendendo, Sinbad!

— Dessa vez eu não vou esperar que o Barbarossa tire o Ja’far de mim como ele fez com a Serendine, Judal. Eu fiz uma promessa: eu vou matar o Barbarossa!

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— Então, Mor, eu vou ter que sair hoje pra ver um trampo que uma amiga me arranjou! Você pode ficar com as crianças, ?

Alibaba suspirava enquanto observava Toto que trazia cada bebê em um braço e convencia Morgiana a, mais uma vez, largar os filhos com ela.

— É que hoje eu vou estar ocupada, Toto-san!

Mordendo mais um pedaço daquela torrada - como Morgiana cozinhava bem, ele pensava, o loiro virou o pulso para encarar o relógio. Já estava atrasado para ir à mansão dos Jeoahaz Abraham. Afinal, da faculdade o caminho era bem mais perto do que da sua casa, de onde teria que pegar dois ônibus.

— Ocupada com o quê, fofa? - Toto se recostou no batente da porta. - Você passa dia e noite limpando a casa para esse babaca do Alibaba!

— Hoje eu vou procurar emprego em um mercado aqui perto, Toto-san. O Alibaba-san viu a oferta e quer que eu vá lá.

— Você não tem vergonha, Alibaba?! - a moça de seios fartos gritou para dentro do apartamento. - Fazendo sua mulher trabalhar assim?

— E o bêbado do seu marido não tem vergonha de ter que fazer você procurar emprego também? Os tempos são outros, Toto. Todos temos que trabalhar. - ele afastou a cadeira ao se levantar. - E é bom que você arranje quem tome conta dos seus filhos porque a Morgiana tem mais o que fazer!

— Não diga isso, Alibaba-san! Um dia também precisaremos deixar nossos filhos com alg...

As palavras de Morgiana foram cortadas pela gargalhada de Toto. Ela se apoiou ao batente para não cair de tanto que ria. Enquanto isso Alibaba estava mais corado que um tomate maduro. Ele decidiu ignorar aquilo, colocando a mochila em um ombro só e caminhando até a porta.

— Esse trouxa aqui vai te dar um filho, Morgiana?! Fala sério, vocês nem transaram ainda! Você toda linda e ele mandando você ir trabalhar! Pelo menos um beijo ele já te deu!?

Morgiana se sentia tão envergonhada quanto Alibaba. Talvez mais porque além do constrangimento havia também a dura realidade que, de fato, Alibaba ignorava todas as suas tentativas de seduzi-lo. Usava roupas curtas, como sempre mal vestia uma calcinha e tentava se mostrar para o rapaz, mas o loiro sequer a encarava naqueles momentos, evitava-a de todas as formas. De fato, Toto estava certa. Mas não podia permitir que Alibaba permanecesse sendo desmoralizado e não queria que pensassem que viviam um relacionamento de fachada.

— Eu tenho que ir, Morgiana. - Alibaba ficou entre as duas enquanto ignorava sua vizinha.

Era o momento ideal, a ruiva pensou.

— Bom trabalho, meu amor!

Sem pensar duas vezes, Morgiana se colocou nas pontas dos pés para alcançar os lábios de Alibaba. O loiro estava tão surpreso que não reagiu, sentindo os braços da jovem envolverem seu pescoço enquanto ela desfrutava do sabor de sua boca.

— Alibaba?!

Aquela voz foi responsável por romper aquele transe. Alibaba se virou para trás para encontrar Kougyoku. O que ela fazia ali? Kougyoku era proibida por Kouen a vir para a periferia onde seu noivo morava. A palidez era evidente no rosto da moça que chamava a atenção, bem vestida e bem penteada, tão elegante e diferente de Morgiana ou Toto.

— Eitaaaa, se eu ganhasse um beijo assim do meu marido quando ele saísse pro bar eu ia era puxar ele pra dentro e íamos nos amar beeeem gostoso!

Se houvesse um troféu para a pessoa mais inconveniente existente, decerto Toto seria a dona dele. Mas naquele momento, Alibaba não ouvia nenhuma de suas gracinhas. Kougyoku havia lhe surpreendido beijando Morgiana, que permanecia pendurada em seu pescoço.

— Ko-Kougyoku! Eu posso explicar!

Não é possível! - Kougyoku pensava, sentindo que seu plano B havia ido por água abaixo. Pior do que aquilo era ver que não só Judal estava apaixonado, envolvido com outra pessoa, como também Alibaba. Aliás, desde quando se importava se seu noivo tivesse outra? Sempre esteve indo para cama com Judal e ignorava completamente seu futuro marido. Era um casamento de fachada, não? Mas vê-lo ali, beijando outra, era extremamente cruel. Kougyoku se sentiu traída por mais que ela soubesse, pelo peso em sua consciência, pela criança que ela carregava e que era fruto de uma traição, que ela não tinha o direito de se sentir assim.

Kougyoku nada disse. Apenas deu meia-volta e desceu pelas escadas que havia acabado de subir. Foi o suficiente para que Alibaba empurrasse Morgiana e corresse atrás da moça.

Pior do que por em risco sua vida, já que devia se casar com a prima do mafioso que o ameaçava, era magoar Kougyoku. Era traí-la. E isso era algo que Alibaba jamais ousou fazer, por mais que conversassem tanto sobre como era difícil terem de se casar sem se amarem.

— KOUGYOKU!

Ela já cruzava o portão principal do prédio - tendo que desviar de algumas pilhas de lixo acumulado - quando Alibaba a alcançou. Ele a segurou firme pelo pulso e Kougyoku se debateu na tentativa de seguir seu caminho.

— Me solta, Alibaba!

— Kougyoku! Não é o que está pensando!

— Não estou pensando em nada! - retrucou ela. - Sei que não me ama! Não tem porque me dar explicações se está vivendo com uma mulherzinha agora! Pior: a prostituta da boate! Mas isso é problema seu, Alibaba!

Por que Kougyoku parecia tão magoada? Alibaba não entendia, já que sempre havia ficado bem claro que ambos não se interessavam um pelo outro. Eram noivos apenas por conveniência e, principalmente, por exigência de Kouen.

— Você tem que me entender! Eu não estou vivendo com ela como marido e mulher, Kougyoku! Eu a trouxe para cá porque ela conseguiu sua liberdade! - Alibaba tentava explicar.

— Ela estava de camisola na sua casa e te deu um beijo na boca!

— Porque ela acha que assim vai conseguir me conquistar e me fazer amar ela!

— MAS VOCÊ A AMA! Você sempre sonhou em tirar a Morgiana da prostituição para fazer dela sua mulher!

Alibaba suspirou e, com a mão livre, agitou os próprios fios dourados.

Kougyoku prendia o choro. Ela era orgulhosa demais para derramar lágrimas para algo que ela mesma considerava ínfima. Devia estar preocupada apenas com seu plano. Mas por que ver Alibaba com outra havia a machucado tanto?

— Me entende! - ele estalou a língua. - Eu não estou te enganando!

— Você nunca me enganou. Você sempre foi claro e eu também quando dizíamos que não nos amávamos como um casal!

O loiro então suspirou e a encarou. Kougyoku corou ao se ver confrontada pelo par de olhos dourados que, até então, hesitavam encará-la.

— Kougyoku… Você sente… ciúmes mesmo ao me ver com a Morgiana?

— O quê?! - ela exclamou desviando o olhar. - Não! Não é como…

— Você me ama, Kougyoku?

Aquela era uma pergunta que tinha uma resposta bastante dúbia. Claro que amava Alibaba. Era seu grande amigo, aliás, o primeiro amigo que teve, de verdade, em sua vida. Alguém tão especial que a vida maltratava tanto e que mesmo assim sempre tinha um sorriso, um ombro amigo a oferecer. Mas por que, durante tanto tempo, nunca pensou em vê-lo como um homem? Nem mesmo quando Kouen exigiu aquele casamento… E, subitamente, seu plano de usá-lo parecia ínfimo quando ela se sentia tão mal por vê-lo pertencer a outra.

— Me responda. - Alibaba a tirou de seus devaneios. - Por favor. Isso… vai facilitar muito as coisas entre nós.

Ela balançou a cabeça como se tentasse tirar de sua mente aqueles pensamentos e o confrontou.

— Me diga você, Alibaba! O que você sente por mim?!

— Você sabe como me sinto por você! É minha melhor amiga!

“Amiga”. Era apenas amiga dele.

Enquanto ela mordia o lábio inferior ao pensar naquilo, o telefone de Alibaba tocou e ele tirou o celular do bolso da calça jeans.

— Ah, me desculpe, Aladdin! Eu me atrasei um pouco, mas já estou chegando! - ele disse antes de desligar o aparelho. - Kougyoku, vamos ter que conversar depois. Estou atrasado para ir dar aula ao Aladdin. - explicou.

— Eu… Eu te dou carona até lá. Estou de carro.

— Já falei para não vir com esse carrão para a favela! - resmungou Alibaba ao encarar o impecável Aston Martin vermelho.

Kougyoku nada respondeu, ainda pensativa ao adentrar o carro, assim como Alibaba fez. Refletia sobre tudo o que estava acontecendo e, em especial, sobre aquela nova vida que ainda não tinha um pai. E se existia alguém ideal para assumir aquele papel… era Alibaba. Mesmo que ele amasse Morgiana, se soubesse que seria pai de um filho seu…

A mão de Kougyoku ficou pousada sobre o freio de mão, o qual ela hesitava subir para sair com o carro. Foi quando ela olhou para o lado e encarou Alibaba.

— Alibaba, eu... Eu quero transar com você!

Alibaba empalideceu ao ouvir aquela afirmação tão direta e tão inesperada. A ruiva estava ofegante ao encará-lo. Ele engoliu a seco.

— Eu quero ser sua, Alibaba!

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Sinbad voltou pouco depois de levar toda aquela documentação à delegacia. Ele correu ainda mais quando Judal avisou que ele receberia alta no fim da tarde. O delegado se apressou para passar em seu apartamento e buscar algumas roupas para que Ja’far saísse do hospital. Estava tão aliviado!

Assim que ele saiu do elevador e apareceu no corredor, avistou Hakuryuu saindo do quarto de Ja’far. Judal se levantou da poltrona onde estava sentado assim que viu o delegado se aproximar.

— Cheguei a tempo? - Sinbad perguntou, ofegante, com um grande sorriso no rosto. - Demorei um pouco mais porque trouxe algumas roupas para o Ja’far. - ele mostrou a pequena bolsa de viagem que trazia.

— Si-Sinbad… - Judal se aproximou. - Eu acho que… o Ja’far tem outros planos.

— Quê?! - ele arqueou uma sobrancelha.

— Sinbad?

O moreno viu a robusta mulher que aparecia na porta do quarto e o chamava para entrar. Um tanto quanto receoso com o que escutara de Judal, ele rapidamente seguiu para o quarto.

Chegando lá, uma surpresa: Ja’far estava completamente trocado, com roupas as quais Sinbad nunca havia o visto usar antes. Um moletom azul claro e uma calça larga verde, além de tênis novos também. Seus cabelos estavam devidamente penteados e ele estava pronto para sair. Mas por mais que estivesse arrumado, os curativos em seu braço e rosto, em conjunto com o abatimento dele condenavam que ele não estava nada bem. Ja’far precisava dele - Sinbad pensou.

— Ja’far! Onde arranjou essas roupas novas?! - ele cruzou os braços com um sorriso. - Rurumu-san, - ele se voltou a ela. - aposto que foi comprar tudo isso, não é? Não precisava gastar!

— É minha obrigação como mãe adotiva do Ja’far. - a moça explicou com uma expressão bastante séria.

Sinbad não se atentou àquele detalhe. Caminhou até a cama, onde Ja’far estava sentado com os pés pendurados e depositou um beijo carinhoso no topo dos fios brancos. Ele conseguiu sentir como o alvo se retraiu com seu toque. Era compreensível, afinal, estava tão fragilizado.

— Está tão bonito, meu amor! - ele foi o mais doce possível. - O médico já assinou a alta? Podemos ir pra casa?

— Então, Sinbad… - a mulher deu um passo a frente. - o Ja’far vai ficar na minha casa por um tempo.

— Anh?! - o moreno inclinou a cabeça para o lado. - Como assim?

— Nós conversamos e achamos melhor. Nesse momento o Ja’far não quer contato com ninguém que possa lembrar a ele do que ele passou.

— E eu vou lembrar a ele do que aconteceu?! - havia bastante indignação no questionamento de Sinbad. - Como?!

— Sinbad, não seja inocente. Você é um homem e tem suas necessid…

— Espera aí! - ele levantou as duas mãos. - Você está achando que eu vou querer levar o Ja’far pra cama? - o delegado foi direto e Rurumu respirou fundo. - É isso mesmo?! Você acha que eu tenho alguma vontade de pensar em sexo nesse momento que estamos passando? E mesmo assim, eu respeito o Ja’far acima de tudo! A recuperação dele é a única coisa em que estou pensando!

— Ele não deseja ficar com você, Sinbad! - Rurumu foi direta.

O moreno virou imediatamente para Ja’far que, apático, parecia nem ao menos ouvir aquela conversa. Mas ele tinha escutado tudo muito bem. Só não havia como aqueles olhos, tão opacos, encararem Sinbad.

— Ja’far, - ficando de frente para seu inspetor, Sinbad ergueu seu queixo e o encarou, por mais que Ja’far não o olhasse frente a frente. - você não quer vir pra nossa casa, meu amor? Eu preciso de você! - Sinbad sussurrou. - Preciso ter você ao meu lado, te proteger...

Não havia resposta. Sinbad apenas sentia Ja’far tremer enquanto as lágrimas caíam. O delegado sentiu a angústia crescer dentro de si, engolindo seu coração.

— Ja’far, me responda, meu amor. - ele insistiu tentando abrir um sorriso bastante nervoso. - Sabe… nossos vizinhos perguntaram como você está hoje. Eles estão bem preocupados!

— Você não tem ideia do que está fazendo?!

Sinbad apenas sentiu o ombro ser puxado pela mulher que era bem mais forte e o fez com que se afastasse de Sinbad. Ela estava furiosa.

— Como pode pressioná-lo nesse momento?! Não vê como ele está?! Ja’far precisa de carinho e compreensão agora e não de questionamentos!

— JÁ CHEGA! - exclamou o moreno. - Rurumu-san, com todo o respeito, eu agradeço muito por ter vindo, mas o Ja’far é MEU MARIDO. Eu tenho total direito de levá-lo para NOSSA casa! - ele enfatizou os pronomes possessivos.

— Não! Você não é dono do Ja’far, Sinbad! Já tem um tempo que percebo que você é bastante abusivo com ele!

— O quê?! Do que está falando?! - Sinbad estava indignado.

— Parece que se esquece de que o Ja’far passou por tudo isso por sua culpa! Porque não foi capaz de cuidar dele! Ele não quer ter um homem como você, que não pode oferecer segurança, ao lado dele! - usando de bastante autoridade, Rurumu gesticulava.

— Você veio aqui e colocou um bando de minhocas na cabeça do Ja’far para me afastar dele?! Por que, Rurumu-san?!

— Porque eu não quero perder o MEU filho. - foi a vez dela enfatizar aquele pronome que denotava posse.

Suspirando o delegado farfalhou os fios púrpura. Pedia a Deus, a qualquer força superior, que tivesse forças para tolerar tudo aquilo e conseguir resolver sua vida.

— O melhor a fazer agora é manter o Ja’far em segurança e o afastando de figuras masculinas que representem ameaça a ele.

— Ameaça? Acha que sou uma ameaça?!

— É um homem como os que… fizeram aquilo!

— E na sua casa também há muitos homens! Hina, o…

— Kikiriku saiu de casa mês passado. Ele se casou. - Rurumu o interrompeu. - Tenho um quarto disponível em casa para Ja’far.

— Ah, entendi! - em um tom irônico, Sinbad cruzou os braços. - Você perdeu seu filhote para o mundo e agora quer o Ja’far para substituí-lo?! Eu devo te lembrar que o Ja'far tem trinta anos?!

— CHEGA!

O exclamar de Ja’far foi fundamental para cessar aquela discussão. Ele puxava os cabelos brancos que, já desalinhados, ele bagunçava mais, enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.

— Olha o que você fez! - Rurumu culpou Sinbad.

— Pode me deixar a sós com ele? - Ja’far soluçou.

— Ja’far… - ela tentou.

Ele assentiu e Rurumu, vendo-se sem saída, decidiu deixá-los.

— Eu vou estar na porta se precisar.

Sinbad cruzou os braços e bufou, esperando a saída daquela que era sua sogra. Ja’far permaneceu em silêncio até que a porta tivesse se fechado. Mas Sinbad foi mais rápido.

— Eu não estou entendendo o que está acontecendo com a Rurumu! Ela tem me tratado como se eu fosse um monstro! - ele desabafou antes de se voltar a Ja’far. - Meu amor, eu cometi algum erro? Você está com raiva de mim?

Ja’far apenas balançou a cabeça negativamente tentando conter o próprio pranto.

— Então por que não quer vir pra casa comigo? Eu… Eu quero cuidar de você.

— Barbarossa estava certo. - Ja’far sussurrou.

— Como?!

— Fizeram aquilo comigo porque… porque eu não estou certo.

— Do que está falando? - Sinbad segurou uma das mãos de Ja’far, não dando tempo para que ele recuasse.

— Eles fizeram tudo aquilo porque sou um homem… Um homem vivendo com outro homem. Eles… diziam o tempo todo que eu estava gostando. Que eu gostava daquilo… Além disso, você nunca mais conseguiu nada em sua carreira depois que assumiu estar comigo, Sin. Isso é errado…

— Não, não, não! - Sinbad insistiu bastante preocupado ao ouvir as palavras de Ja’far. - Nosso amor é tão único, Ja’far. Não tem nada de errado em sermos dois homens. Somos duas pessoas que se amam! Você… - ele levou a mão livre ao rosto de Ja’far. - Você é uma pessoa que entende tão bem do que a alma das pessoas precisa! Já ajudou tanta gente! Eu sei que tudo está muito difícil, mas nós vamos te ajudar e você via se recuperar!

Ele voltou a balançar a cabeça negativamente, mas daquela vez pousou mais o rosto sobre a mão quente de Sinbad.

— Eu nunca mais vou querer… que me toquem daquele jeito.

Não havia mais como prender o choro. Ja’far desabou e chorou como uma criança.

Sinbad o abraçou com todo seu carinho. Ao mesmo tempo em que sentia tanta dor ao ver Ja’far tão… destruído, ele sentia raiva. Como Barbarossa fora capaz de machucá-lo tanto?! Era aquele seu intuito? Que perdesse Ja’far?

— Ja’far… - Sinbad se afastou por um instante, sem desfazer o abraço. - para mim, se você nunca mais quiser sexo comigo, eu vou estar satisfeito.

Ja’far piscou, bastante surpreso com aquela afirmação.

— Eu só quero ter você ao meu lado! Me fazendo companhia, dormindo ao meu lado, acordando ao meu lado! Não me abandone, por favor! - foi a vez de Sinbad fraquejar e deixar as lágrimas escaparem. - Sem você nada faz sentido! Por favor! O Barbarossa já me tirou quem eu amava uma vez! Não deixe que ele me tire… uma segunda vez!

Sinbad o abraçou firmemente e Ja’far, sem saber o que dizer ou como reagir, só pôde corresponder àquele gesto. Não havia mais temor em ser tocado por outro homem. Sin era tão diferente de qualquer outro. Sin era… único.

A porta se abriu, surpreendendo ambos que encararam Rurumu que trazia alguns papéis.

— Vamos, Ja’far? O médico já assinou sua alta e o táxi está nos esperando.

O coração do delegado falhou ao encarar o alvo. Ele se resignou a permanecer em silêncio ao trocar olhares com Ja’far.

— Rurumu-san… Eu sinto muito, mas eu vou voltar para minha casa.

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Da cozinha Ugo, o mordomo, ouvia claramente os gemidos altos que vinham da televisão da sala. E por mais que não tivesse nenhuma empregada ali mais, pois era dia de folga delas, ele não podia evitar corar violentamente enquanto terminava de tirar aquela torta do forno.

— Quanta vulgaridade, meu Deus!

— Ugo-kun, o vovô tá perguntando onde está a cerveja que ele pediu. - Aladdin aparecia.

— Eu não acredito que você está na sala com ele assistindo àquelas safadezas! - bastante nervoso, Ugo ajeitou os óculos de armação grossa.

— Vovô me chamou para assistir, Ugo-kun! E você devia fazer o mesmo! Ele quer que eu aprenda como é que se pega uma mulher!

— Você tem 10 anos de idade! - exclamou Ugo antes de marchar até a sala. - David-sama!

— Hm?!

Com os pés apoiados à mesa de centro, o avô de Aladdin estava bastante à vontade sentado no enorme sofá. No estofado havia algumas migalhas de salgadinhos - que Ugo já havia preparado a pedido dele.

— Não ouvi! - David falou alto entre os gemidos que continuavam a vir da televisão.

— Estou falando que é um absurdo um senhor da sua idade colocar uma criança para ver este tipo de devassidão. - ele apoiou os punhos à cintura.

— Quê?!

Aladdin, achando graça de tudo, pegou o controle do aparelho e abaixou o som.

— É um absurdo uma criança estar assistindo a filmes pornográficos e justo ao lado do avô! - daquela vez Ugo gritou.

— Você pode ter razão, Ugo, - ele se levantou. - mas eu acho mais absurdo é um empregado que tenta dar ordens no patrão!

O rosto de Ugo ficou completamente vermelho, o que deu um contraste interessante em conjunto com seu cabelo azul turquesa. Mas ele não se abateve. Trabalhava para uma família religiosa e aquilo era inadmissível.

— Eu falarei com Solomon-sama e com a Sheba-sama sobre esse absurdo, David-sama!

— Solomon foi criado da mesma maneira e olha o que ele conseguiu! Aquela minha nora deliciosa. E você? Um idiota que fica nos servindo?

— Eu… Eu não admito que...

A campainha tocou em um momento bastante conveniente, chamando a atenção de todos. David, mais rápido, logo trocou o canal que estava assistindo e lançou um sorriso divertido para Ugo que ficara completamente indignado. Aquele homem era asqueroso - ele pensava.

— Deve ser o Alibaba-kun!!!!

Aladdin correu até as enormes portas duplas de mogno. Assim que as abriu, ele sorriu alegre a encontrar seu amigo. Mas o loiro, por sua vez, parecia bastante abatido. A gola da camisa pólo estava abotoada errado e bastante desalinhada tendo uma parte para fora da calça jeans.

— Ah, Alibaba-kun?! O que aconteceu?! - ele se alarmou.

— Na-Nada… - ele gaguejou ao encarar o interior da mansão e ver que Aladdin não estava só. - Depois conversamos.

— Você não parece nada bem. - ele amparou o amigo. - Ugo-kun, traga um chá para o Alibaba-kun!

— AAAAAHHH!!!! - David interrompeu ao se aproximar de seu neto e seu amigo. - Então esse é o famoooooso Alibaba-kun?!

Alibaba piscou, tentando retomar sua postura quando encarou aquele homem que, definitivamente, não parecia ter idade para ser um avô. Ele tinha os cabelos longos e acinzentados, usava grandes argolas douradas como brincos, um par de cristalinos olhos azuis e… ele não tinha sobrancelhas. Mas talvez o que mais chamasse a atenção fosse a blusa que ele vestia, na qual estava estampado Fuleco, o mascote da Copa do Mundo de 2016. Um souvenir que David trazia da América do Sul.

— Muito prazer! - ele praticamente puxou a mão de Alibaba e a apertou. - Sou David, o avô do Aladdin!

— Ahh… Muito prazer, David-san!

O loiro se curvou rapidamente, sem saber muito o que fazer com a mão que lhe fora estendida.

— Ah, me desculpem, não é costume daqui cumprimentar assim! Foram muitos meses no Brasil! - ele ria, bastante divertido. - Então, Aladdin, vamos aproveitar que seu amigo chegou e vamos ao cinema?

— Mas eu tenho prova amanhã, vovô! O Alibaba-kun veio justamente para me ajudar a estudar!

— Bah, você é super inteligente! O vovô paga tudo, não se preocupe! Assim posso conhecer melhor o Alibaba-kun também, não é? Acho que seu amigo está um pouco tenso e precisa se animar!

— Aladdin, você tem que estudar! - Ugo exclamou.

— Eu tenho que fazer o que meu avô quer, Ugo-kun! - Aladdin respondeu mostrando a língua para o mordomo.

Seria uma tarde e, provavelmente, noite bastante longas.

—------xxxxxxx-------

Hakuryuu se manteve em silêncio durante o trajeto e aquilo chamou a atenção de Judal. Na verdade, desde que havia saído do quarto de Ja’far, Hakuryuu parecia pensativo.

Ao parar em alguns semáforos, Judal apoiava a mão sobre o joelho dele, acariciando-o e tentando chamar atenção, mas não havia resposta. Os olhos azuis continuavam focados no lado de fora da janela.

— Ja’far falou bem com você? - ele decidiu perguntar.

— Sim… - Hakuryuu assentiu sem encará-lo. - Ele está muito sensível, mas disse que ficou feliz em me ver.

— Que bom… - Judal suspirou. - Ele tratou Sinbad e eu como se fôssemos lixo!

— Vai demorar para que ele se recupere… - Hakuryuu suspirou.

— Pelo seu silêncio acho que a conversa entre vocês foi pesada.

Hakuryuu nada disse. Mordendo o lábio inferior ele entreolhou Judal, que fez como quem permanecesse atento apenas ao trânsito.

— Ja’far-san disse que… era errado nos apaixonarmos por alguém… do mesmo sexo.

— Quê?! - Judal indagou. - Ele realmente pirou! Justo ele falar uma asneira dessa!

— Ele disse que estava pagando pelo pecado dele de… ter se relacionado com um homem.

Mais um semáforo. O momento ideal para Judal parar o carro e encará-lo.

— E parece que você concordou com ele, não?!

— Anh!?

— Está me tratando como uma pedra de gelo! - reclamou o moreno. - Você viu como Ja’far está debilitado, transtornado, mas vai acreditar nessa sandice?!

— Ele disse que se eu fosse continuar ao seu lado… eu sofreria muito.

— E você acha que eu vou deixar você sofrer?! - Judal foi bastante rígido e Hakuryuu balançou a cabeça. - Eu nunca, ouviu bem? Nunca vou deixar que alguém encoste em você! Não estou dizendo que Sinbad tinha como evitar o que aconteceu, mas se algo acontecesse com você, Hakuryuu, eu já teria ido matar quem fez mal a você!

— Ju-Judal… - Hakuryuu gaguejou.

— O único erro que cometemos é sermos envolvidos… com pessoas más, Hakuryuu. - Judal suspirou e voltou a olhar para frente. - Nosso amor não faz mal a ninguém, exceto aos que querem nosso mal e não se conformam em ver nossa felicidade!

Hakuryuu não sabia o que dizer. Agradeceu ao ouvir a buzina do carro de trás, que já reclamava da demora de Judal em dar a partida. O moreno respondeu abaixando o vidro do carro e mostrando seu dedo médio ao motorista do veículo de trás. Hakuryuu não hesitou e riu da situação.

— Você é muito engraçado, Judal!

— Não. Eu sou realista. Apenas isso. - ele permaneceu sério. Mais um semáforo vermelho. - Droga! - socando o volante, Judal se irritou.

— Aliás, Judal, para onde estamos indo? Não conheço esse caminho? - Hakuryuu piscou.

— Hm? - ele coçou a cabeça. - Bem… Estamos indo viajar.

— Quê?! Viajar para onde?! - Hakuryuu arregalou o par de safiras.

— Não sei. - foi a vez de Judal rir. - Eu decidi que vou viver com você intensamente, Hakuryuu. E isso começa agora. Eu quero viajar com você! Não sei para onde, mas vamos seguir até onde der, ver algumas coisas… Quando cansarmos voltamos, okay?

— Judal… - ele não tinha palavras.

— Eu quero ser feliz com você, Hakuryuu.

Novamente Judal pousou a mão sobre o joelho de Hakuryuu e o mais jovem a capturou. O sorriso de Hakuryuu, naquele momento, foi o mais lindo que ele já tinha visto em toda sua vida.

— Eu te amo, Judal! - declarou Hakuryuu. Seu coração acelerou.

— Eu também, Hakuryuu! Para sempre!

Sem hesitações, Judal acelerou e Hakuryuu se segurou firme. Ele sabia que estaria seguro ao lado de quem amava. Mas mesmo se não estivesse… valia a pena.


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Notas finais do capítulo

Uffa, que capítulo! Foram tantos momentos que realmente não sei o que comentar. Mas como sempre eu adoro escrever as cenas do David e se preparem para essa saída deles!
Quando eu comecei a idealizar Escape, eu queria tratar do preconceito também que, mesmo na sociedade contemporânea ainda há quanto a homossexualidade. Idem a culpa de um estupro, como no caso de Ja'far, que crê agora que esteja pagando por um erro que, óbvio, não existe.
A Rurumu virou de mamãe e sogra linda que todos amam para sogra chata! Coitada! Mas ela tem um bom motivo para isso!
E Alibaba? Finalmente perdeu a virgindade com a Kougyoku? Ela vai conseguir arranjar um pai para o seu Judalzinho?
O próximo capítulo será bem quente! Preparem-se! ♥
Obrigada por lerem e, lembrem-se, eu demoro, mas respondo todas as reviews! Elogios, críticas, tomates, bater papo, mandem pra mim! ♥



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