Uma princesa no Santuário escrita por LadyMalec


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^-^



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Grécia, Atenas, Santuário Ateniense…

Os cavaleiros dourados de Peixes e Câncer estavam voltando do Coliseu para as doze casas quando Afrodite começou a escutar uma conversa entre dois guardas do Santuário.

– Ficou sabendo? Uma princesa está visitando Atenas! – Comentou o primeiro guarda. –

– Mesmo? – Perguntou o segundo guarda, surpreso. – De onde ela é?

– Eu não sei. – Respondeu o primeiro guarda. – Só sei que ela é muito parecida com o guardião de Peixes. Tem até a mesma pinta abaixo do olho.

Ao ouvir aquilo, o mais belo dos oitenta e oito cavaleiros de Atena arregalou os olhos. Aquilo era impossível…!

– Afrodite? – Chamou Deathmask, sem entender. – Oe! Está tudo bem?

– Hm? – Fez Afrodite se voltando para o amigo. – Está sim. Vamos voltar.

Os dois voltaram para as doze casas. O italiano ficou no quarto templo e Afrodite seguiu, indo até o último. Chegando na casa de Peixes, o rapaz tomou um banho e, após sair dele, pegou uma caixa de madeira no fundo falso do armário, indo para a cama. Abriu o objeto e de dentro dele, retirou uma foto, onde estava ele e uma garotinha de cabelos azulados, com a mesma pinta que ele. Afrodite tinha sete anos na época e Aleyna, que era sua irmã, quatro anos.

– Aleyna… Será que é você? – Sussurrou Afrodite, com lágrimas nos olhos. –

No dia seguinte, o protetor do último templo saiu bem cedo, indo para Atenas. O rapaz não trajava sua armadura. Imaginou onde a tal princesa estaria e foi para perto do único hotel cinco estrelas da cidade. Afrodite ficou de tocaia até um pequeno grupo de guardas sair, rodeando alguém. O rapaz reconheceu o uniforme dos homens na mesma hora. Era a guarda real da Suécia. Ou seja… Era sua irmã que estava ali.

– Eu já disse que não quero um bando de homens me escoltando pela cidade! – Reclamou Aleyna, emburrada. – É uma ordem, não me sigam!

Os guardas assentiram porém contrariados. Afrodite estava emocionado ao ver a irmã tão perto. Mas… Como chegaria tão perto dela? Teria que segui-la nas sombras. E foi o que fez.

Durante a manhã, o cavaleiro seguiu a jovem. Foi quando percebeu que a mesma estava perdida. Seria uma chance perfeita para se revelar.

– Não acredito que me perdi. - Suspirou Aleyna, desanimada. –

Afrodite estava prestes a sair de seu esconderijo, quando homens suspeitos rodearam a jovem.

– Está perdida? – Perguntou o primeiro homem, cheio de más intenções. –

– Estou sim. – Respondeu Aleyna, inocente. – Sabem como volto para o centro de Atenas?

– Levamos você, princesa! – Sorriu o segundo homem. –

– Obrigada! – Agradeceu Aleyna, sorrindo. –

– Como sempre tão inocente. – Comentou Afrodite, saindo das sombras. –

– Quem é você? – Perguntou o terceiro homem, furioso –

– Vocês não precisam saber disso. – Falou Afrodite, se preparando. –

Furiosos, os homens partiram para cima do cavaleiro que derrotou todos, fazendo os mesmos correrem dali.

– Você está bem? – Perguntou Afrodite, preocupado. –

– Hm… – Fez Aleyna. A jovem olhava para o guerreiro como se estivesse vendo um fantasma. – Como soube que eles não prestavam?

– Intuição. – Riu Afrodite, olhando para a irmã. – Aleyna…

– Não pode ser… – Começou Aleyna. As lágrimas começaram a rolar pelo rosto da garota. – Disseram que você estava morto… Eu visito seu túmulo todo mês! E você estava vivo esse tempo todo.

– Como assim morto? – Perguntou Afrodite, surpreso. –

– Quando você sumiu do reino, papai ordenou que todos saíssem à sua procura. – Explicou Aleyna, secando o rosto com um lenço. – Tinha recompensa, lógico. Um dos guardas achou o corpo de uma criança dilacerado na floresta. Estavam sem os cabelos e o rosto desfigurado. Como quem só tinha permissão de ir na floresta em os membros da família real, nossos pais acreditaram ser você. Mamãe ficou louca ao ver o corpo da criança… Papai ordenou a morte de todos os animais e a destruição dela.

– Por Zeus… – Sussurrou Afrodite, em choque. – E nossos pais?

– Mamãe morreu pouco tempo depois da descoberta do corpo. – Respondeu Aleyna, triste. – Papai morreu tem dois meses. E… Estou de casamento marcado.

– Você não parece feliz. – Disse Afrodite, abraçando a irmã. –

– E não estou… – Concordou Aleyna, abraçando o irmão forte. – Não quero casar!

– Vem comigo. – Chamou Afrodite. –

O pisciano levou a irmã para o centro de Atenas, onde se sentaram em um café.

– O que está fazendo aqui em Atenas? – Perguntou Aleyna, surpresa, enquanto tomava um chá. –

– Eu sou um cavaleiro de Atena. – Sussurrou Afrodite. – E sim, eles existem.

– O Santuário também? – Perguntou Aleyna, espantada. –

– É onde eu vivo. – Riu Afrodite, bebendo um gole do café. – E seu noivo?

– Gerard é um bom rapaz, mas… – Suspirou Aleyna. – Não o amo. Não quero me casar com alguém que não amo!

– Vou pensar em algo para lhe ajudar. – Sorriu Afrodite. – Não vou deixar que se case por obrigação.

– Obrigada, irmão. – Agradecey Aleyna, sorrindo. –

A dupla de irmãos ficou conversando. Aleyna contara ao irmão tudo o que tinha acontecido no reino após o mesmo ter ido embora e Afrodite contou tudo sobre o Santuário e seu treinamento para se tornar um cavaleiro de ouro. Foi quando o cavaleiro percebeu que o Sol começava a se pôr.

– Tenho que ir. – Avisou Afrodite, se levantando. – A casa de Peixes não pode ficar muito tempo sem seu guardião. Por minha conta.

Os dois irmãos se abraçaram e Afrodite beijou a testa da mais nova, indo até o caixa. Pagou a conta e acenou para a irmã, indo embora.

Assim que chegou ao Santuário, Afrodite se comunicou com Atena, dizendo que precisava de uma audiência com ela naquele dia. Generosa, a deusa permitiu que seu protetor fosse até seu templo. E foi o que ele fez.

– Atena… – Cumprimentou Afrodite, ajoelhado perante a deusa. –

– Afrodite. – Sorriu Saori, gentilmente. – O que deseja de tão urgente?

– Não sei se a senhorita soube, mas uma princesa está visitando a cidade. – Começou Afrodite, olhando para a jovem. –

– Ah sim. – Concordou Saori. – Já ouvi os guardas falando sobre isso. Falaram que ela é bem parecida com você, inclusive.

– Ela é minha irmã. – Disse Afrodite. – É a princesa da Suécia.

– Quer dizer então que tem um príncipe entre meus cavaleiros dourados. – Riu Saori baixinho. – Quer que eu o libere da obrigação de ser um cavaleiro?

– Não! Jamais pediria isso. – Negou Afrodite. Um leve sorriso surgiu em seus lábios. – Apesar de tudo o que fiz no passado, sou feliz por servi-la, Atena. Mas é que… Minha irmã está de casamento marcado, mas ela não quer casar. Eu queria muito poder livrá-la desse compromisso. Se a senhorita permitisse que ela viesse morar comigo, eu seria eternamente grato!

– Está permitido. – Sorriu Saori. – Jamais negaria um pedido desses.

– Posso buscá-la hoje mesmo? – Perguntou Afrodite, grato e feliz. –

– Claro. – Assentiu Saori. – Se precisar de algum cavaleiro que esteja de folga hoje...

– Muito obrigado, Atena. – Agradeceu Afrodite. – Com sua licença. –

Afrodite se levantou, reverenciou a deusa e se retirou do templo de Atena. Passou em seu templo, onde pegou uma capa para disfarçar a irmã e desceu até o templo de Câncer, pedir ajuda para seu melhor amigo.

– Deathmask? – Chamou Afrodite. – Está aí?

– Estou aqui. – Respondeu Deathmask, aparecendo sem armadura. –

– Preciso da sua ajuda. – Disse Afrodite. – Não precisa colocar sua armadura. Vamos até a cidade.

– Certo. – Concordou Deathmask, sem entender. –

Os dois amigos desceram as casas que restavam para saírem do Santuário. Após saírem, foram direto para a cidade de Atenas e Afrodite levou o amigo até o hotel onde a irmã estava.

– Fique aqui fora. - Pediu Afrodite. – Se aparecer alguém, tipo um guarda com roupa estranha, me avise pelo cosmo.

– Ok. – Disse Deathmask, ainda sem entender. – Mas para que tudo isso?

– Depois eu te explico. – Respondeu Afrodite, se virando. –

O guerreiro entrou no hotel e foi direto até a recepção.

– Boa tarde, senhor. – Desejou a recepcionista, levemente encantada. - Em que posso ajudá-lo?

– Por favor, poderia telefonar para o quarto da princesa Aleyna? – Pediu Afrodite, sorrindo. – Sou o irmão dela.

– Infelizmente não posso, senhor. – Negou a recepcionista. –

– Por favor… – Insistiu Afrodite, usando seu charme. – É algo muito importante.

– Está bem. – Concordou a recepcionista. –

Como se estivesse hipnotizada, a mulher pegou o telefone. Discou o número do quarto da princesa e entregou o telefone para Afrodite.

– Alô? – Atendeu Aleyna. –

– Ale, sou eu, Afrodite. – Falou Afrodite, em tom baixo. – Desça com a menor bolsa que tiver e usando a pior roupa. Feche a conta. Você vai para aquele lugar comigo.

– Mesmo? – Perguntou Aleyna, eufórica. – Certo. Estou indo.

Os dois desligaram.

– Serei eternamente grato à senhorita. – Sorriu Afrodite, fazendo a recepcionista corar. –

Não demorou muito e Aleyna desceu. Estava vestida com a pior roupa e, em uma de suas mãos, uma mala pequena.

– Por favor, feche a minha conta. – Pediu Aleyna, sorrindo. –

– Mas a senhorita pagou por mais dias. – Disse a recepcionista, sem entender. –

– Divida como gorjeta entre os empregados. – Sorriu Aleyna, gentil. –

Ainda surpresa e sem entender, a mulher fechou a conta da garota e a liberou. Aleyna foi até o irmão que a vestiu com uma capa, colocando o capuz nela.

– Obrigada. – Agradeceu Aleyna, feliz. –

– Vamos. – Sorriu Afrodite, pegando a mão da irmã. –

Os dois saíram do local e Afrodite levou a irmã até o italiano.

– Deathmask. – Chamou Afrodite. – Podemos ir.

– Que demora! – Reclamou Deathmask, emburrado. –

– Peço perdão. – Falou Aleyna, curvando o corpo. – A culpa foi minha.

– Quem é ela? – Perguntou Deathmask, olhando para a garota. –

– Longa história. – Respondeu Afrodite, rindo. – Depois te explico.

– Afrodite… – Sussurrou Aleyna, apontando para um lugar. –

– Ah não. – Disse Afrodite, vendo os guardas reais ali perto. – Temos que ir. E rápido.

Os três começaram a andar em direção ao Santuário. Um dos guardas desconfiou e reconheceu os sapatos da princesa.

– A princesa está fugindo!! – Anunciou o guarda, aos gritos. –

– Princesa? – Repetiu Deathmask, surpreso. –

– Ale, como eles te reconheceram? – Perguntou Afrodite, com os olhos arregalados. –

– Os sapatos! – Respondeu Aleyna, com medo. –

Vendo os guardas começarem a correr, os três também correram. Porém, Aleyna estava lenta devido aos sapatos.

– Você tinha que ter pedido ajuda ao Mu! – Comentou Deathmask, correndo. –

– Devia mesmo! – Concordou Afrodite, correndo também. – Seria mais fácil com a telecinese dele!

Aleyna acabou tropeçando por causa dos sapatos, fazendo os dois rapazes pararem. Deathmask, suspirando, se abaixou e pegou a jovem, colocando-a nos ombros.

– Eh?! – Fez Aleyna, surpresa. Foi quando viu os guardas perto. – Não dá! Eles estão perto demais!

– Deathmask, leve a Aleyna para o Santuário. – Pediu Afrodite, se virando para os guardas. – Eu atraso eles!

– O quê?! – Perguntou Aleyna, entrando em desespero. – Não! Se eles reconhecerem você, vão te levar no meu lugar!!

– Que me levem. – Disse Afrodite, sorrindo. – Não quero minha irmã infeliz. Vai Deathmask!

– Irmã? – Repetiu Deathmask, surpreso. Vendo que o amigo ia se sacrificar pela irmã, resolveu ajudá-lo. – Tsc.

O cavaleiro de Câncer começou a correr, levando Aleyna consigo.

– Me solta!! – Gritou Aleyna chorando e batendo nas costas do italiano. – AFRODITE!!!

Continua.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^-^ Até o próximo capítulo *-*/



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