- Então você acha que a Lauren vai tentar criar uma situação onde pareça que ela e o Jacob realmente ficaram juntos é isso? - estava abraçada ao Justin, pois havíamos acabado de acordar depois da nossa tórrida noite de amor vamos dizer assim.

- Só pode por que a Brenda comentou que ela disse “ quando se está grávida tudo fica mais fácil”. - me virei de modo que pudesse ver o seu rosto.

- E o que nós podemos fazer para ajudar a eles por que se não me engano eles chegam hoje pela tarde ou início da noite. - as mãos do Justin acariciavam minhas costas.

- O Kevin disse que a única maneira será avisarmos os dois para que eles fiquem atentos a ela alias todos vão ajudar e vai chegar uma prima minha super descolada que é amiga da Lauren mais não é conivente com essas coisas então quem sabe ela também não nós ajuda a antecipar as coisas... - o interrompi.

- Quando ela pensar em fazer nós a pegamos é isso?

- Sim é isso. Entendeu de uma vez por todas que eu não estou com aquela garota?

- Fui idiota não é? - olhei timidamente pra ele.

- Não foi idiota e sim à ciumenta mais linda que já tive ao meu lado. - senti seus braços se fechando em torno de mim. O contato da nossa pele nua me fez estremecer.

- Humm e que prima é essa que vai chegar. - tentei perguntar como quem não quer nada.

- Ela é filha da irmã da minha mãe que mora em Londres. Ela foi criada por lá rodeada de luxo, mas ela nem parece ter tanto dinheiro. Eu acho que você e ela vão se dar super bem e somos amigos... - o fuzilei com o olhar.

- Sei... Que tipo de amigos? - tentei parecer indignada.

- Na verdade somos mais para irmãos ok? - ele sorriu pra mim.

- Como pode eu ter virado uma romântica, ciumenta, boba em tão pouco tempo. - deitei derrotada com as costas no colchão.

- Então somos dois por que eu também estou igual você. Susan você tem idéia do quanto eu amo você em tão pouco tempo? - nos viramos um de frente para outro.

- Eu te amo e você é o cara mais incrível e maravilhoso que eu já conheci na minha vida. - ele sorriu enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

- Viu eu disse que era melhor que os outros você duvidou de mim. - ele tinha um ar brincalhão que o deixava ainda mais irresistível. Porém no fundo imaginei que o fato de ter tido alguns caras antes dele fazia com que ele se sentisse um pouco inseguro em relação a isso.

- Não tem como negar você é o melhor, pode se gabar disso. - ele literalmente gargalhou enquanto um semblante de alivio ocupava seu rosto.

- Nesse caso você sabe que pode utilizar dos meus serviços quando quiser eu realmente não me importo. - seu sorriso era malicioso.

- Vou pensar sobre isso. - ele fez cara de surpreso.

- Credo você tinha que dizer “ Justin pode começar agora mesmo eu realmente estou desesperada precisando de você” e como eu sou um cara legal claro que iria resolver seu problema com maior prazer, alias saliente a palavra prazer.

- Ah mais eu não tenho problema nenhum pode acreditar. - engoli um suspiro quando seus lábios deslizavam pelo meu pescoço.

- Tem certeza por que... - sua mão sem o menor pudor desceu para minha intimidade. E detalhe estávamos sem nada apenas um fino lençol nos cobria. - Não é o que parece. - ele continuava a me estimular.

- Mas tipo isso é sacanagem é obvio que desse jeito eu vou querer você. - ele olhou em meus olhos.

- Sempre vai me querer? - havia uma intensidade em sua pergunta.

- Sempre. Acha que vou deixar você sair da minha vida tão facilmente?

- Espero que me queira mesmo por aqui por que não tem lugar que mais eu queira ficar do que ao seu lado e tipo nossa noite, foi realmente tudo e Susan é sério, eu nunca me senti assim e quando eu digo eu te amo acredite é a mais pura verdade e eu nunca na minha vida disse isso para mulher nenhuma por que simplesmente nunca amei ninguém. - sinceramente eu era meio durona, mas dessa vez eu me emocionei. Ouvir o que eu acabei de ouvir de um cara que tem todas que ele quiser a qualquer momento realmente ele deve me amar.

- E você vai me querer sempre ao seu lado? - ele sorriu.

- Sempre e vou te provar mais cedo do que imagina.
O celular dele começou a tocar insistentemente e ele o pegou para atender.

Olhei no relógio já passava um pouco das dez da manhã.  Eu fui tentar levantar para lhe dar mais privacidade mais ele me impediu me puxando para eu me sentar em seu colo.

- Oi mãe. Sim logo estarei ai, mas tipo não vou sozinho, quero que você e o papai conheçam a minha namorada tudo bem? Beijos.

Quando o cara decide apresentar a garota pra família é por que a coisa realmente está ficando séria ou já é séria.

- Não disse que eu sempre iria querer você ao meu lado? Você vai comigo não vai?

- Vou aonde não sei eu vou? - ele riu da minha pergunta confusa.

- Todo domingo eu almoço com os meus pais, eles reúnem alguns amigos enfim e é algo como sagrado em nossa família estarmos juntos hoje.

- E você quer minha companhia é isso? - não poderia negar a alegria que sentia ainda mais quando um sorriso estampou meu rosto.

- Quero que a minha namorada esteja comigo é isso. - o abracei demonstrando o quanto estava feliz por isso.

- Jamais imaginei que ter uma namorada me deixaria tão feliz. - me levantei rapidamente. - Hei eu preciso de você... - gargalhei.

- Amor você me teve a noite toda não acha que foi o bastante não? - estava com o lençol envolta do meu corpo e ele acabou ficando pelado e o amigo dele evidenciava que se pudesse teria mais.

- A imagem diz por si mesmo. - ele se sentou tentando esconder a ereção evidente e seu rosto ficou em um tom rosado.

- Você está com vergonha de mim? - me aproximei dele lentamente.

- Constrangido afinal você tem razão nos amamos praticamente a noite toda e eu acordo assim. Você vai pensar que eu sou algum tipo de tarado.

- Vem tomar banho comigo que lá eu te ajudo com esse pequeno problema. - ele sorriu mais me deteve ali segurando meu pulso.

- Eu sei que eu já disse isso mais enfim eu te amo Susan e prometo que não vou te trair ou sair com outras garotas como eu fazia antes. Você é a única que vai me ter, mas você poderia prometer pra mim que também não vai sair com outro que não seja eu?

Eu podia e muito entender o que ele sentia por que ambos temos um histórico de vários relacionamentos em nossa vida e a insegurança grita claro entre nós diante do fato de que agora nos amamos e queremos ficar juntos.

- Prometo que não vou sair com mais ninguém que não seja você, eu te amo muito pra simplesmente colocar outro na minha cama ou na minha vida. - seus braços se fecharam em torno de mim me colocando sentada sobre ele. Passei uma perna de cada lado.

O contado da nossa intimidade fez aquele mesmo calor subir pelo meu corpo e claro ele percebeu diante da umidade evidente que se formou por ali.

- Te peguei por que você também me quer. - ele deu um sorriso triunfante.

- E como é que eu poderia não querer em? Seu amigo pronto pra mim, seu corpo gritando em minha direção. Confesso meu corpo quer o seu, minha boca quer seu beijo e minha intimidade sente-se vazia sem você por lá. - se ele já estava no ponto agora então nem se fale.

- Precisamos resolver isso não é mesmo? Por que tipo podemos ficar louco. - como sempre um palhaço.

Justin me deitou me fazendo sua novamente, tomando meu corpo para si e me levando a sentir prazer da sua maneira particularmente deliciosa e nada do que vivi até hoje se compara ao que sinto agora ao lado dele.


XXXXXX


- Mãe, pai essa é a Susan minha namorada. - vergonha era o mínimo que eu sentia, além disso, tinha as mãos suando, um tremor de nervoso e claro o estômago revirando.

Afinal estamos falando de sogra e nessa questão podemos esperar de tudo não é mesmo? Quem diria eu uma independente e baladeira menina até ontem e hoje uma recatada namorada.

- Prazer Susan. - estendi minha mão em um gesto educado quando senti o pai do Justin me puxando e me abraçando eu nesse gesto quase cai em cima do homem e ao invés de me ajudar Justin ria da cena.

- Finalmente uma garota para dar jeito nesse menino. A primeira namorada dele, sinceramente pensei que nem estaria vivo para ver algo assim. - ele me beijou a face uma vez de cada lado.

- Seja bem vinda  nossa família Susan. - um pouco mais controlada a mãe eu diria mais de qualquer maneira tão carinhosa e espontânea quanto o marido. - E minha nossa você é linda, vem vou lhe apresentar as minhas amigas.

Justin me deu um selinho e com olhar nitidamente me dizia “ boa sorte”  enquanto levantava a mão em um gesto de “ não posso fazer nada ela gostou de você”.

- Finalmente uma mulher para dar jeito nesse menino. - eu sorri. - Justin nos deixava de cabelos em pé, agora me diga do que adianta tanto tratamento de beleza.

- Não adianta muita coisa não é mesmo.

- Alias você irá me acompanhar em minhas idas a salão, spar, academia enfim essas coisas? - ela se virou pra mim e resolvi abrir o jogo ali mesmo.

- Olha Donna eu acho que o Justin se esqueceu de um pequeno detalhe que a meu ver é muito importante.

- Que detalhe. - ela não parecia brava mais curiosa. - Você tem uma filha ou filho é isso? Já foi casada? Humm...

- Não tenho filho ou filha, nunca fui casada e também não quero dar o golpe do baú, mas devo dizer que eu não tenho onde cair morta. Bom na verdade eu tenho o meu apartamento que fica em um bairro nem um pouco luxuoso e tipo eu trabalho como garçonete na universidade na parte da tarde enquanto pela manhã eu faço Arquitetura.

- Ah mais então você não poderia ser mais perfeita. Vai trazer meu filho para a realidade do mundo. - fiz uma cara do tipo “OH”.

- Pensei que fosse me expulsar daqui depois de saber disso tudo. - admiração era pouco.

- Como mãe sinceramente tudo que eu mais temia era que meu filho namorasse e casasse com uma dessas moças da sociedade por que elas sim são umas caça heranças e pior estimuladas pelos pais. Não vê o pobre do Jacob Black tendo que aturar a filha da Victoria. - nitidamente sua cara era de nojo.

- A senhora... Digo você e seu marido me parecem ser totalmente diferentes.
- E somos. A nossa riqueza veio através do trabalho duro. Somos filhos de imigrantes italianos que vieram para os EUA fugindo da segunda guerra. Nossos avôs sofreram e muito e sempre nos ensinaram a sermos honestos, trabalhadores e mais que isso amáveis e gentis. Meu avô dizia “um homem com riqueza mais sem seus valores não é nada a não ser um homem com dinheiro.”

- Fico feliz por ver que posso ser aceita por vocês. Eu realmente amo o Justin desde a primeira vez que eu o vi e quem me apresentou a ele foi o Jacob que também está namorando uma pessoa como eu, que vive a mesmas coisas que eu vivo e ela é minha melhor amiga.

- Ah finalmente ele se livrou daquela Lauren. Jacob é um garoto de ouro e eu era amiga da Sarah mãe dele. Um mulher simples também, não era aceita na sociedade por ser “ índia” como essas ai costumavam a chamar por trás. Mas vou te dizer minha filha que Sarah foi e é muito mais amada que essas mulheres todas que eu conheço.

- Nessie comentou a respeito disso comigo. - sorri e começamos a andar novamente.

Fui formalmente apresentada às amigas da Donna. Algumas me receberam com sorrisos e abraços, outras se mantiveram mais afastadas e era nitidamente visível a decepção e eu entendia o porquê, algumas delas queriam que suas filhas que estavam ao lado delas fossem a “ escolhida” do Justin.

Sentia seus olhares em minha direção o tempo todo e vez ou outra eu sorria pra ele.

- Vá lá ficar com ele. - Donna colocou a mão sobre a minha. - Jamais pensei que fosse ver meu menino com um olhar tão apaixonado e esse sorriso no rosto.

- Ele é lindo é eu sou realmente louca por ele. - ela sorriu.

- Isso é tudo que eu posso querer que você o ame e o faça feliz. Agora vai lá. - assenti e me levantei depois de pedir licença.

Justin sorria e mantinha seu olhar fixo a mim enquanto eu caminhava até ele e quando estava quase chegando perto dele uma fulana do cabelo loiro chega não sei de onde e dependura no pescoço dele.

Ele me olhou e eu sabia que ele não tinha culpa. Olhei pra trás e vi a mãe dele com um olhar preocupado. Resolvi agir de maneira diferente. Acelerei o passo e parei na frente dos dois.

- O cidadã quer fazer o favor de sair do pescoço do meu namorado. - falei sorrindo e educadamente.

- Justin não tem namorada. - mais tava pedindo para levar uma bofetada no rosto. - Espera eu conheço você... Ah já sei garçonete na universidade. - havia desprezo em seu tom de voz.

- Cai fora Kelly. - Justin a tirou do pescoço dele. - E sim essa é minha namorada e sim ela é garçonete a que a torna mil vezes melhor que você que somente sabe usar o cérebro pra guardar a senha do cartão de crédito por que nem para satisfazer um homem você serve por que a minha garçonete e minha namorada é mil vezes melhor que você, alias não tem nem comparação. - com essa até eu fiquei envergonhada.

- Podia ter dormido sem essa. - ela me fuzilou com olhar. - Tchauzinho. - saímos em direção à piscina.

- Me desculpe por isso. - havia carinho e amor em seu pedido.

- Nem esquenta. Se eu quero namorar você terei que conviver com isso não tem jeito. - isso era verdade se eu quisesse namorar o Justin teria que primeiro saber lidar com o passado dele e depois com a diferença financeira que certamente seria não notada por ele ou pelos pais como eu já percebi, mas sim pelas pessoas que estão em torno deles.

- Minha mãe e você... - sabia que ele estava feliz por ter visto que nos demos bem.

- Ela já sabe o que eu sou enfim preferi ser sincera. Ainda mais quando ela começou a me convidar para freqüentar spar, academias e salões de beleza que eu nem tenho como pagar.

- Mas meus pais são pessoas simples eu te disse isso.

- São maravilhosos assim como você.

Unimos nossos lábios em um beijo calmo e doce. Nossas línguas se tocando levemente transmitindo o amor que sentimos um pelo outro. Tudo era um verdadeiro conto de fadas não vou negar e perfeito por que tudo que mais me importava eram os pais do Justin me aceitarem e isso eles já o tinham feito.


XXXXX


Terminamos de almoçar já era quase três da tarde e uma moleza se apoderou de mim.

- Com sono? - ele perguntou diante da minha moleza.

- Um pouco. - acabei bocejando.

- Vamos pro meu quarto vem. - fiquei em dúvida por causa dos pais dele.

- Mas seus pais podem não gostar.

- Eles não vão se importar por que é você. Eu nunca tive permissão e também nunca quis trazer mulher nenhuma aqui. - ele pegou na minha mão e me conduziu para dentro de casa.

Eu ainda ficava admirada diante de tanta riqueza e tanto conforto e claro que o quarto dele era do tamanho do meu apartamento. Mas quer saber a verdade? Não havia diferença entre nós, muito pelo contrário éramos perfeitos juntos e isso ao mesmo tempo em que me deixava maravilhada me assustava já que eu nunca havia vivido uma relação intensa como a que estava vivendo ao lado dele.

- Fica à-vontade se quiser usar o banheiro não sei. - era engraçado como ele ficava tímido ao meu lado.

- Podemos ver televisão? - apontei para TV.

- Claro o que você quer ver? - ele se ficou semi sentado na cama. - Vem aqui. - fiquei ao seu lado.

- Tanto faz qualquer coisa que você queira. Na verdade eu estou é com sono.

- Então dorme. - ele fechou as cortinas que, diga-se de passagem, eram automáticas, o quarto todo dele funcionava com controle remoto.

- Um dia vou ter isso na minha casa. Ah sabia que eu estou fazendo o projeto da minha casa? Claro que é um sonho, ou melhor, um delírio mais enfim não se paga para sonhar.

- Casa comigo e eu te dou uma casa dos seus sonhos. - gargalhei.

- Quem sabe um dia. - senti a inconsciência chegando lentamente. - Humm se eu dormir demais você me acorda tudo bem?

- Ta bom mais não conte com isso. Se você quiser passar a noite aqui não tem problema.

- Vou pensar sobre isso quando conseguir pensar... - adormeci sentindo seus braços em torno da minha cintura e seu rosto em meu ombro.

Era bom estar aqui, na verdade era bom ficar ao lado do Justin e sinceramente faz muito tempo que eu não me sinto tão bem e feliz!