Acordei sentindo aquele desconforto no corpo e minha cabeça ainda doía um pouco mais não era nada próximo ao que havia sentido ontem e eu sabia que depois de uma crise emocional essas eram as conseqüências, meu corpo reagia ao alto nível de stress.

Fiquei me lembrando de ontem e de tudo que meu pai havia me dito e foi bom poder o ter um pouco comigo, acho que ele ainda gosta de mim e sinceramente eu jamais deixaria de amá-lo mesmo depois de tudo que falamos um para outro, é aquela coisa de nenhuma briga ser maior que o amor que sentimos um pelo outro.

Nessie!

Em um salto me lembrei que ela deveria estar aqui comigo deitada ao meu lado, ela havia prometido ficar comigo. Sentei-me na cama rápido demais e me senti um pouco mal. Corri os olhos pelo quarto até que a encontrei deitada no chão por cima de um edredom que provavelmente ela o fez de cama, rodeada de papeis. Provavelmente estava fazendo seu trabalho e dormiu.

Senti-me mal por um momento por exigir tanto dela assim, por querer ela ao meu lado como eu queria. Mas eu confesso que meu egoísmo não me permitia dizer a ela pra ir embora e não ficar presenciando nada disso.

Será que a vida dela era melhor antes de mim? Será que eu não exijo muito dela? Não sei somente o tempo poderia me responder tudo isso.

Olhei no relógio e passava das sete horas e já teríamos perdido pelo menos a primeira aula caso ainda fossemos a faculdade, mas sinceramente não estava nem um pouco afim. Na verdade preferia ficar em casa sem ter que me preocupar com nada e se ela não tivesse que trabalhar e não fosse ser um incomodo para os pais dela gostaria de sugerir que fossemos a Forks hoje mesmo, queria sair daqui, mas a casa de La Push também não era um local muito seguro já que a presença da minha mãe é mais marcante por lá.

Minha mãe!

Quem poderia querer sua morte por que ainda me lembro da conversa e as informações não condizem com a realidade. Tentaria falar com meu pai sobre isso.

- Nessie? - a chamei baixinho.

- Humm... - ela se virou, deveria estar exausta e nem se quer comeu ontem e um sentimento de culpa passou por mim.

- Deita aqui na cama meu amor você deve estar toda dolorida. - ela ainda estava dormindo.

- Humm mais um pouquinho, por favor. - sua voz soou engraçada como se ela estivesse falando a sua mãe que quisesse dormir mais um pouco antes de ir à escola.

A peguei no colo e ela acordou.

- Jake? - ela parecia confusa.

- Ness você dormiu no chão em meio a um monte de papeis. - a coloquei na cama e ela se virou para o lado pegando o travesseiro como sempre fazia.

- Ah eu estava estudando e fiquei perto do abajur por que não queria te atrapalhar. Você não dormiu muito bem teve pesadelos não se lembra?

- Acho que me lembro de ter acordado assustado algumas vezes. - era realmente vergonhoso ter que reconhecer isso.

- Posso dormir mais um pouquinho... - ela se encolheu e eu a cobri com o edredom. - Humm... É bom dormir em meio ao seu perfume.

- Podemos faltar na faculdade hoje? - perguntei antes que ela entrasse no estado de inconsciência novamente.

- Quem faculdade? Definitivamente nem sei o que é isso. - ela  não queria ir à aula.

A abracei por trás por um tempo. Acariciei seu rosto e dei um beijo em sua bochecha.

- Eu te amo. Obrigado por tudo se você não estivesse aqui eu nem sei o que teria acontecido comigo, acho que não saberia lidar com a dor como todas as outras vezes... - não sei se ela ouviu, acho que sim, acho que ela seria capaz de sentir a gratidão que eu tinha por ela.

Levantei sem fazer barulho. Coloquei uma camiseta e desci para comer alguma coisa e pedir a Helen que fizesse as coisas que a Nessie gostava pela manhã, isso era o mínimo que eu poderia fazer.

Ouvi as vozes do meu pai e da minha irmã no andar de baixo e conforme eu estava descendo as escadas eu senti que esse seria o primeiro café da manhã em muito tempo que teríamos paz e poderíamos conviver de certa maneira.

- Bom dia Rachel, Billy. - pensei em chamá-lo de pai mais não queria forçar a barra.

- Jacob! - Rachel sorriu ao me ver e se levantou para me abraçar. - Pensei que fosse ficar como das outras vezes, mas não a Nessie cuidou de você não é mesmo? - ela sorriu novamente me olhando nos olhos.

- Sim ela ficou comigo a noite toda, dormiu no chão. Agora a coloquei na cama e acho que não vamos à faculdade. - olhei para o meu pai, pois sabia que toda vez que eu faltava ele me dava um sermão daqueles.

- Jacob... - meu pai me chamou assim que eu me sentei.

- Sim - olhei em seu rosto e como há muito tempo eu não senti medo, apenas envergonhado não sei mais não tinha aquele temor.

- Acho que você deveria falar com a Nessie é quem sabe irem hoje para Forks? Não quero me intrometer na sua vida mais acho que poderia te fazer bem, sair daqui pelo menos por esse dias. - ele deu de ombros.

- Eu pensei nisso assim que acordei mais ela trabalha e... - ele me interrompeu.

- Podemos arrumar um atestado de saúde ou eu mesmo posso falar com o responsável do setor acadêmico ao qual ela pertence. Lembra faço parte do conselho da universidade e acho que isso deva me valer de alguma coisa.

- Você faria isso por mim? - sorri por que tudo que eu mais queria era ficar com a minha Nessie pelo menos esses dias, esquecer tudo e todos.

- Claro que eu faria e acredite tudo que eu mais quero é que você fique bem e que seja feliz. Mas você não pode dirigir pode?

Rachel me olhou preocupada, ela sabia como eu me sentia depois das crises e na verdade eu estava melhor dessa vez e claro que a responsável por isso foi a Nessie mais ainda assim.

- A Nessie pode dirigir acho que ela não irá se importar e podemos viajar sem pressa.

- Vou trabalhar em casa hoje então se precisarem de mim vou estar no escritório.

- O senhor não vai para o escritório? - Rachel perguntou admirada.

- Não quero ficar perto de vocês pelo menos por hoje, mas vou entender se ninguém aparecer não se preocupe posso almoçar sozinho alias eu nunca almoço mesmo.

- Não papai estarei aqui vou à faculdade apenas entregar meu trabalho e volto para continuar a trabalhar na minha monografia.

- Paul também estará por aqui, pedi a ele que viesse para cá hoje. E Jacob eu coloquei a Lauren na sua vida e prometo que vou tirá-la da sua vida.

- Não se preocupe, na verdade se preocupe em tirar o pai dela da sua. - falei com sinceridade.

 - Vou tirar é por isso que o Paul virá para cá, não quero fazer nada disso no escritório.

Meu pai estava diferente e tinha duas coisas que eu queria muito falar pra ele. Respirei fundo.

- Ah obrigado por ter permitido que a Nessie viesse aqui eu sei o quanto deve ter sido difícil para o senhor já que ela não é o ideal que você tem de mulher pra mim. - eu sabia que por mais que ele não quisesse a Lauren ao meu lado agora que está descobrindo quem ela é, ele também não queria a Nessie e eu não ficaria admirado se ele me aparecesse aqui com outra escolhida pra mim.

- Humm preciso ir meninos. - Rachel se levantou. - Estarei aqui no almoço papai.

- Por mim ou pelo Paul. - sinceramente nunca o vi brincar assim, bom pelo menos não desde que a mamãe se foi e era bom  o ter em casa novamente.

- Competição injusta essa. Pelos dois homens da minha vida. - ele gargalhou enquanto ela o beijava o rosto e logo depois saiu rumo à faculdade.

Continuei comendo em silêncio.

- Não existe um ideal de garota pra você que não seja a Nessie e ela sempre será bem vinda em nossa casa. - por essa eu não esperava, tudo era novo pra mim, esse novo Billy que me lembrava o Billy do passado. Eu gostava disso.

- Quem teria intenção de matar a mamãe e por quê? - perguntei de uma vez.

- Jacob não precisamos falar disso agora.

- Mas quem poderia querer fazer mal a ela. - verbalizei meu pensamento.

- Quem quer que tenha feito isso não queria matar sua mãe mais sim a mim. - olhei chocado pra ele.
- Mas por quê? - perguntei rapidamente.

- A pessoa que fez isso sabia que eu é quem estaria naquele carro. Se as coisas tivessem saído como eu havia planejado, teríamos ido a La Push logo depois do almoço. E eu é quem...

- Estaria dirigindo. - falei derrotado.

Ao contrário do que se possa imaginar, a perda do meu pai no lugar da minha mãe não aliviava em nada meu sofrimento simplesmente por que era impossível dizer com quem eu preferia viver quando na verdade eu preferia ter os dois.

- Mas não se preocupe com nada disso agora, eu vou pedir aos advogados para reabrirem as investigações e vou contratar especialistas para investigar, mas eles vão querer falar com você. - ele me olhou preocupado.

- Eu vou ajudar não se preocupe acho que aquela crise de ontem foi à última. Ontem eu vi que a culpa não foi minha e nem sua na verdade foi de uma terceira pessoa e a ela que devemos culpar por tudo que causou principalmente a nós dois.

- Você tem razão. E sua mãe, sonhei com ela essa noite e ela disse que também te ama e quer que você seja feliz.

- Como ela estava vestida? - eu não sei por que, mas eu queria saber disso.

- Vestido branco de alças finas, descalça e com uma trança daquelas que ela costumava usar que alguns fios ficavam soltos colocada sobre o ombro esquerdo. - senti meus olhos ficarem marejados.

- E onde ela estava? - minha voz estava embargada.

- Na espreguiçadeira na varanda da nossa casa em La Push. Mas por que você está assim, eu disse que não deveríamos falar sobre isso.

- Ontem a Nessie conversou comigo e sobre a última imagem que eu tinha da mamãe. - automaticamente me lembrei da cena que eu havia criado e que meu pai havia descrito toda para mim agora.

- Ontem eu e a Rachel falamos sobre isso e sinto muito que a imagem que você guarde seja tão terrível.

- Que eu guardava porque ontem a Nessie conseguiu me fazer guardar uma imagem totalmente diferente, algo que a Rachel e a Helen e a psicóloga já havia tentado mais que não tinha dado certo.

- Isso é maravilhoso, tenho que concordar com... - ele se interrompeu. - Nessie é a sua companheira não tenho dúvida.

- Mas a cena que eu criei é exatamente essa que você acabou de descrever e eu não entendo.

- Pense que não é pra ser entendido, eu mesmo faço isso quando sonho com sua mãe e me parece ser tão real. Eu tentei entender, li sobre o assunto mais preferi desistir. Pense apenas como a maneira que ela encontrou de nos ajudar a sermos felizes.

Ele se levantou da mesa.

- Acha que ela ainda vive entre nós? - perguntei curioso.

- Acho que de alguma maneira sim, ela jamais nos abandonaria. Sempre pensei nela como meu anjo particular que modificou toda minha vida, por que seria diferente agora quando ela realmente se transformou em um anjo?

Sorri ao ouvir ele dizer isso por que era exatamente como eu via a Nessie, como um anjo que surgiu na minha vida pra me fazer feliz e para que eu a fizesse feliz dando a ela o que ela mais desejava o meu amor por ela.

Me lembrei dela deitada na minha cama dormindo. Me levantei e fui para cozinha.

- Helen? - ela não estava. Fui até o quintal e ela estava por lá.

- Jacob já levantou? Já comeu? Como você está sua irmã me contou logo cedo eu sinto não ter lhe ajudado meu filho.

- Eu estou bem a Nessie veio ficar comigo. - ela me abraçou.

- Pensei que você e seu pai estavam brigando ontem e preferi não presenciar a cena tanto que deixei para tirar o restante da mesa do jantar hoje pela manhã. Agora, vem tomar seu café da manhã. - ela como sempre preocupada comigo.

- Eu já comi com meu pai e com a Rachel. - ela sorriu - As coisas estão melhores e ele não se importa da Nessie estar aqui comigo e nem que eu tenha faltado na faculdade hoje e ele vai ficar trabalhando em casa.

- Finalmente eu nem acredito o próximo passo será ele se desfazer das coisas de sua mãe. Ter tudo ali como ela deixou não faz bem a ele.

- As coisas da mamãe ainda estão no quarto dele? - essa parte eu realmente não sabia.

- Estão no mesmo lugar, você acredita? Tudo exatamente como ela deixou naquela manhã. Mas não vamos falar sobre isso agora. Você precisa de alguma coisa?

- Sim a Nessie ainda está dormindo e eu queria fazer as coisas que ela gosta de comer pela manhã eu sei que ela sente falta mais você sabe que eu e cozinha não combinamos muito bem. - ela riu.

- E o que ela gosta? - sorri ao ver que ela faria isso por mim.

- Panquecas com calda de morango, ovos com bancon, cereal com leite gelado, suco de laranja coado por que ela não gosta daquelas coisas da laranja sabe qual? - ela assentiu. - E queijo quente tostado nas beiradas.

- Vou preparar tudo não se preocupe, ela merece ainda mais por que esperávamos enfrentar dias difíceis até que você se recuperasse mais agora vejo você sorrindo e ainda que tenha o ar cansado está me parecendo feliz.

- E estou Helen não somente pela Nessie estar ao meu lado mais por que meu pai parece estar voltado pra gente. - dei de ombros e quando estava saindo da cozinha encontro com ele ali parado perto da porta da cozinha.

- Hã... Estava lhe procurando já falei na universidade e com o gerente da Nessie ela está livre para viajar com você. - nunca na minha vida eu amei tanto saber que meu pai pode controlar as coisas ao redor dele.

- Obrigado e nunca gostei tanto em saber que você pode manipular as coisas ao seu redor. Vou falar com ela. - ele sorriu.

- Fico feliz em poder lhe ajudar. - ele apenas deu de ombros. Ainda fiquei um tempo parado olhando ele entrar na cozinha.

Subi as escadas correndo e abri a porta do quarto. Nessie continuava dormindo tranqüila e eu sinceramente não iria atrapalhar seu sono.

Deitei do seu lado, apoiei minha cabeça em um braço de modo que eu pudesse ficar contemplando a minha garota, a mulher que eu amava que significava tudo na minha vida.

Não consegui resistir e beijei seu rosto e depositei um selinho em seus lábios. Alisei seu rosto com a minha mão bem de leve e desci pelo seu pescoço, passei por seus seios e os senti enrijecer ao meu toque e sorri, desci para o seu abdômen e parei na sua cintura onde eu a trouxe mais pra mim.

- Humm... - foi o som que ela emitiu. - Eu te amo Jake. - sua voz estava embargada pelo fato dela estar dormindo e era bom saber que ela sonhava comigo.

- Eu também te amo meu amor. - ela sorriu virando pra mim enterrando seu rosto entre meu braço e meu pescoço.

Estiquei meu braço e ela automaticamente se aninhou ali passando o braço pela minha cintura me prendendo a ela. Beijei o alto da sua cabeça logo depois de nos cobrir e acabei adormecendo novamente.


XXXXXX


- Jake? - ouvi o som da sua voz me chamando mais não sabia se era sonho ou realidade.

- Ness? - abri meus olhos.

- Jacob seu pai vai ficar muito bravo, perdemos o horário. Tipo, teoricamente já deveríamos estar na faculdade há quase uma hora e meia atrás. - ela parecia preocupada.

- Que horas são?

- 08:30. Eu não sei como fui perder a hora e muito menos como vim para aqui na sua cama por que eu me lembro... - a interrompi.

- Fui eu quem te colocou aqui hoje quando acordei.

- Como assim estamos acordando agora. - ela me olhou confusa.

- Não eu acordei era 6:30 eu acho e você dormia no chão rodeada de papeis. Eu peguei você no colo e te coloquei aqui na cama e perguntei se iríamos a faculdade e você meio sonolenta me deu a entender que não.

- Jacob você deveria ter insistido comigo.

- Calma está tudo bem. Eu deixei você dormindo e fui até a sala e acabei tomando café da manhã com o meu pai e com a Rachel. - me lembrei do quanto havia sido prazeroso ficar com eles. - E tenho uma novidade.

- Que novidade? Nossa, eu tenho que ir trabalhar hoje a tarde! Ai por que eu estou confusa desse jeito. - ela se levantou e andava de um lado para outro.

- Você não vai trabalhar, meu pai falou com o seu gerente e com o responsável pela contratação dos alunos no campus e você está de folga só vai voltar na segunda feira.

- Mas como assim eu...

- Meu pai sugeriu que fossemos para Forks hoje ele acha que me faria bem e ele me perguntou e eu disse que seria maravilhoso, mas tínhamos primeiro que falar com seus pais e tinha o problema do seu trabalho.

- A questão do meu trabalho foi resolvida. - ela sorriu.

- Exato agora só falta saber se seus pais me aceitariam como hospede mais tempo que o esperado. Então o que você me diz?

- Nem precisamos ligar é claro que eles aceitam você por lá, como não aceitariam o homem que eu amo. - ela pulou sentando-se em meu colo.

- Então vamos nos arrumar você toma café da manhã e a gente passa na sua casa e vamos chegamos lá no final da tarde. Mas tem um pequeno detalhe.

- Qual? - ela perguntou nitidamente curiosa.

- Você terá que dirigir. Eu não estou me sentindo muito bem ainda. A dor de cabeça passou, mas eu sempre fico dolorido e enjoado depois eu não sei como explicar é estranho. Tanto que eu acordei, comi e dormi novamente ao seu lado e eu jamais faria isso se estivesse tudo bem.

- Eu dirigir seu carro? - ela sorria feliz da vida.

- É por que tem algum problema? - perguntei curioso.

- Tem! Eu gostar e depois jamais querer andar de ônibus na minha vida. - ela ria daquele jeito divertido dela.

- Então eu te dou um carro desse de aniversário.

- Ficou maluco foi?

- Não a gente pode ficar noivo no seu aniversário e eu te dou um carro de presente assim fica melhor?

- Acho que você ainda não acordou direito. - ela negou com a cabeça.

Preferi não continuar o assunto mais isso era algo em que eu já havia pensado, em como poderia ficar noivo da Nessie sem que parecesse estranho ou que eu estivesse forçando a barra.

Entrei no chuveiro e não demorou muito encontrei alguém me espionando.

- Tem lugar ao seu lado?  - ela perguntou toda manhosa.

- Sempre vai ter espaço pra você aqui comigo. - desliguei o chuveiro e abri o box. Nessie tirou a roupa e veio caminhando em minha direção. - A visão mais perfeita que existe sabia?

Liguei o chuveiro novamente e ela entrou debaixo da água e era lindo ver a água passando pelo seu corpo, molhando seu cabelo. Levei minha mão até o seu seio novamente o tocando de leve enquanto meus olhos admiravam a visão que tinha na minha frente.

A toquei com carinho, com amor e com veneração. Não era como simplesmente ver uma mulher nua na minha frente, mas era ver a mulher que eu amava de todo meu coração, a mulher que me ajudava e estava me ensinando a seguir em frente.

- Você é perfeita sabia. - meus olhos encontraram o seu para depois descer até sua boca  que eu tanto desejava. - E eu me sinto bem quando estou com você!

- Você também é perfeito Jacob. - ela colocou a palma da mão contra meu peito. - Eu também me sinto bem ao seu lado e,  fiquei realmente preocupada com você. Ainda estou na verdade por que seus olhos ainda não estão brilhando como deveriam e eu percebo ainda que há uma mínima tristeza em seu rosto.

- Mas não posso reclamar. Das outras vezes foi pior, você nem imagina... - tocava todo seu corpo de maneira lenta, acariciava seu abdômen, sua cintura, subia para seu braços seguindo em direção ao ombro e toquei seu rosto novamente.

- Prefiro não imaginar mesmo. - Nessie colocou sua mão na minha nuca onde ela acariciava levemente me fazendo arrepiar e o mais engraçado é que não era desejo que gritava entre nós agora, era diferente era o amor, era apenas sentir que estávamos ali juntos e que ficaríamos bem.

- E se eu estiver na casa dos seus pais e tiver pesadelo? Eu vou ficar envergonhado. - dei um sorriso torto.

- Você não vai ter primeiro por que tudo vai ser diferente nada ali vai te lembrar o passado e segundo eu vou estar no quarto ao lado do seu e da sua varanda você consegue entrar no meu quarto sem dificuldade então você pode dormir comigo se quiser desde que respeitemos a casa dos meus pais. - ela deu de ombro.

- Como estamos fazendo agora, por que por mais que você esteja nua aqui na minha frente e poderíamos facilmente fazer amor não é isso que eu quero eu... Eu apenas quero estar junto de você, saber que é real o amor que sentimos um pelo outro, que não temos vergonha de ficarmos nus na frente um do outro, que compartilhamos tudo e que eu posso tocar no seu corpo quando eu quiser que você vai deixar por que confia em mim. - sorri torto em sua direção.

- Sim como agora e esse seu sorriso eu verdadeiramente amo quando você sorri assim pra mim sabia? Meu coração dispara. - coloquei minha mão em cima do seu coração e era verdade estava disparado.

- O meu dispara quando você sorri pra mim. Quando você de repente me olha e sorri ou quando me vê e sorri é como se dissesse que não tem nada melhor do que me ver ou estar perto de mim. - dei de ombros. - Acho que foi por isso que quando eu encontrei você naquele dia e você não sorriu eu interpretei que você não me queria. E quando você olhar pra mim e não sorrir eu vou saber que você não é minha mais e que não me quer por perto.

A puxei contra mim a apertando contra meu corpo. Senti seus lábios beijando meu ombros e meu pescoço logo em seguida enquanto uma corrente elétrica de amor passava por todo o meu corpo.

- Eu sempre vou sorrir pra você pode acreditar.

Unimos nossos lábios de maneira lenta e prazerosa, nossas línguas se buscaram e quando se encontraram emitiam aquele mesmo amor por seu simples toque era um beijo profundo onde ambos se comprometiam a estar juntos sempre. Era a promessa de que sempre cuidaríamos um do outro.

XXXXX

- Não acredito Helen que ele te pediu que fizesse tudo isso pra mim. - falou admirada.

- Você merece Nessie por tudo que faz pelo meu menino. - Helen sorria e Nessie retribuía.

- Helen você poderia servir um café para nós... - meu pai entrou na cozinha.

- Bom dia Billy. - Nessie falou envergonhada.

- Bom dia Nessie. - ele sorriu para ela. - Eu pensei que vocês já havia viajado. - ele perguntou curioso.

- A Nessie acordou agora pouco e eu acabei dormindo de novo. - dei de ombro.
- Ah obrigado por ter conseguido a minha dispensa no serviço, vai ser bom ficar ao lado do Jacob esses dias e faremos coisas diferentes ele vai ficar bem eu garanto.

- Eu sei, ele não poderia estar com melhor pessoa ao lado dele. Mas se você demorarem vão chegar lá tarde.

- Já estamos saindo vamos passar na casa da Nessie e de lá vamos para Forks.

- Se puderem ligar para mim, ou melhor, para Helen ou para Rachel só pra dizer que estão bem, elas, é... ficam preocupadas.

Eu sabia que ele queria que eu ligasse era para ele. Quando era mais novo sempre ligávamos um para o outro pra dizer que estávamos bem e no dia do acidente a primeira pessoa pra quem liguei foi para o meu pai porque eu confiava nele, tinha a sensação de que ele sempre iria me atender independente de que hora fosse. Depois do acidente Rachel e Helen é que passaram a ser o número um na minha lista de telefones.

- Eu posso ligar pro senhor? Teria algum problema? - perguntei temeroso.

- De maneira alguma vou estar esperando. Divirtam-se e agradeça seus pais por mim Nessie.

- Eu o farei. - Nessie olhou pra mim e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ela pulou no meu colo dando um gritinho controlado. - Amor as coisas estão mudando. - ela se apertou contra o meu pescoço.

- Acho que sim ontem não estávamos brigando, estávamos realmente conversando.

- Fala se isso não merece um dos meus clássicos gritos ou dança da vitória? - eu ri diante da mulher que me fazia feliz, que literalmente era capaz de me fazer gargalhar mesmo depois de ter tido uma crise emocional há apenas algumas horas.

- Não liga não Helen ela é meio maluquinha assim mesmo.

- Ela é igual a sua mãe nas atitudes. Toda vez que Billy fazia algo que ela gostava ela pulava no pescoço dele e saia gritando pela casa igual uma maluca. Estou desconfiada que os homens dessa casa gostam disso.

XXXXXX

- Bem vindo a minha humilde residência. - Nessie parou em frente a casa dos seus pais.
Era uma casa grande e bonita com ar de casa da vovó que quando se é pequeno se deseja estar o tempo todo. Acho que se me concentrasse era possível sentir o cheiro da torta de maça recém saída do forno que teria sido colocada na janela para esfriar.

Nessie abriu a porta e desceu e eu a acompanhei estava me sentindo envergonhado mais sabia que essa etapa de conhecer os pais da Nessie fazia parte do nosso namorado e,  seria legal por que eles poderiam me conhecer e saber o quanto eu amava e venerava a filha deles o quanto ela é absurdamente especial na minha vida e acho que qualquer pai se sentira feliz em saber disso, principalmente quando se tem uma filha.

- Vou somente ligar para o meu pai dizer que chegamos bem. - eu sabia que ele deveria estar preocupado e já deveria ter perguntado milhares de vezes se eu já não havia ligado.

- Claro eu espero. - Nessie estava nitidamente feliz por estar em casa.

- Billy?

- Jacob. - parecia haver uma alivio em sua voz.

- Estamos bem não precisa ficar preocupado.

- Que bom que ligou eu estava realmente ficando preocupado. Então aproveite para descansar não fique pensando em nada que não seja na sua garota e no projeto que ela quer sua ajuda enfim... aproveite. - ele então havia prestado atenção em tudo que eu havia dito ontem.

- Obrigado. Humm posso ligar depois para dizer como estão as coisas? - perguntei temeroso.

- Fique à-vontade para ligar quando sentir vontade.

Desliguei o telefone e percebi que aquela mulher tão bonita quanto a Nessie deveria ser sua mãe já que também havia visto algumas fotos dela no apartamento da Nessie. Me aproximei.

- Mãe esse e o Jacob meu namorado. - havia orgulho em sua voz ao me apresentar a mãe dela.

- Prazer Jacob, Isabella mais pode me chamar de Bella e, por favor, nada de dona e nem senhora.

- Prazer Bella e realmente meu pai tinha razão a senhora, ou melhor, você é realmente muito bonita. - ela corou exatamente como a Nessie.

- Obrigada. Entrem vocês devem estar cansados da viagem e realmente foi uma surpresa ter você aqui antes do final de semana. - ela apertava a filha demonstrando todo amor e falta que sentia dela.

Nessie era nitidamente amada e por isso demonstrar amor pra ela era tão simples, ela simplesmente dava as pessoas aquilo que ela recebia gratuitamente.

A casa era realmente aconchegante, era prazeroso estar aqui, era muito menor que a minha casa, mas era acolhedora. A sala era daquelas salas onde você gostaria de se sentar e assistir televisão em família, a mesa de jantar te convidava a querer partilhar da refeição com as pessoas e a cozinha exalava o perfume do assado feito com capricho pela mãe que ansiava ter seus filhos e marido ao final do dia em casa. Era um lar por isso era tão especial e tal como a Nessie havia dito merecia todo o respeito.

- Mãe você precisa esconder essas fotos. - Nessie correu na minha frente tirando todas as fotos dela que estavam na sala.

- Ah deixa eu ver, por favor. - fiz cara de cachorrinho sem dono.

- Não senhor ficou maluco nem em sonho eu deixaria você me ver de aparelho, magricela, bom na verdade um pouco mais que hoje. - ela colocou tudo dentro de uma gaveta.

- Depois eu te mostro Jacob.

- Ah que legal acabou de conhecer meu namorado e já está de complô contra mim. - ambos rimos.

- Ele é irresistível e tem a cara do filho que não tive. - Bella me analisava com um sorriso no rosto e era natural sorrir para ela tal como era natural sorrir para Nessie.

- Isabella Cullen, e eu. - Nessie falou indignada.

- Eu falei filho, eu sempre me imaginei tendo um casal e a senhorita sabe disso.

- E teve. Sabia Jacob que eu tive um irmãozinho? - olhei surpreso.

- Teve? - como assim como ela nunca me disse nada.

- Sim, mas a mamãe teve alguns problemas durante a gravidez.

- Sim, é verdade. Eu perdi ele com oito meses de gestação. Nessie tinha apenas dois anos na época.

- Sinto muito. - falei chocado diante da noticia inesperada.

- Não se preocupe já sofri muito com tudo isso, mas hoje não sofro por algo que não posso mudar e não seria justo com a Nessie e nem com o Edward se eu me tornasse outra pessoa por isso. Sofremos em família e quando voltei do hospital decidimos seguir em frente.

- Eu entendo.

Ouvimos um barulho de carro se aproximando. Nessie fechou os olhos por um momento e sorriu.

- Meu pai chegou.

- Como você sabe?

- Barulho do motor eu nunca erro. - Nessie correu em direção a porta no mesmo momento que o carro parava.

Me levantei indo até a porta acompanhado pela Bella.

- Esses dois se amam quer ver. - ela colocou a mão em meu ombro e eu gostei era como ser abraçado por uma mãe novamente.

- Pai? - Nessie pulou no colo do pai sem se importar se era uma mulher ou não ou se alguém iria dizer alguma coisa. Enchia o rosto dele de beijos.

- Filha. Que saudade eu tava da minha garotinha que agora virou um mulherão. - nisso eu tinha que concordar ela era realmente um mulherão.

- É bom estar em casa. - Nessie parou na frente do pai e agora ela estava longe de ser uma mulher que me levava a loucura na cama, agora ela era uma menina nos braços do pai.

- Seu namorado é aquele rapaz? - ele apontou para mim e eu sorri torto. - Por que se não for serei obrigado a brigar com alguém que está abraçado a sua mãe que não sou eu, entende? - ele piscou para filha.

- Não liga não Jacob ele morre de ciúmes da minha mãe.

- Eu no lugar dele também teria Isabella é uma mulher encantadoramente bonita.

- É seu namorado não é? - Edward semicerrou os olhos enquanto sorria para a esposa.

- Um pouco de confiança em mim meu amor não seria nada mal. - Bella saiu do meu lado e caminhou em direção ao marido e o beijou ternamente sem se importar se alguém veria ou não e ele a abraçou contra seu corpo de maneira terna.

Nessie se aproximou de mim.

- Ham Ham... Estamos aqui o casal ternurinha! - eles se viraram para nós e Bella enterrou o rosto no pescoço do marido envergonhada.  - E pai você não se esqueceu de nada não? - não estava entendendo nada.

- Não mesmo eu nunca esqueço, nem uma noite se quer. - Edward entregou a pasta de trabalho para Nessie que abriu e tirou de dentro dois chocolates com recheio de caramelo, entregou um a mãe e ficou com o outro. - Agora olha na gaveta da estante estão todos lá desde a última vez que você veio aqui no mês passado.

- Vem comigo Jake. - Nessie me puxou e abriu a gaveta e tirou exatamente vinte nove chocolates iguais a esse que já estava na mão dela. - Toma pra você. - ela se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado.

- Não disse que estavam todos ai. - Edward entrou e eu me levantei.

- Ah me desculpa nem apresentei vocês formalmente. - Jacob meu pai Edward, pai esse é o meu namorado Jacob.

- Prazer Jacob. - ele estendeu a mão para mim.

- Prazer senhor. - ele sorriu torto.

- Edward não precisa do senhor.

- Certo Edward. - era fácil conviver com a família da Nessie eles eram simples e especiais.

- Vai tomar banho que logo eu servirei o jantar meu amor. - Bella falou carinhosamente com o marido. - E você mocinha nada de chocolate antes do jantar. Fique a vontade Jacob. - Bella saiu em direção a cozinha.

- Obrigado. - eu e a Nessie ficamos sozinhos.

- Então meu amor está se sentindo à-vontade? - Nessie falou comendo chocolate.

- Estou mais você não pode comer isso agora sua mãe falou. - tomei o chocolate da sua mão e o mordi. - Mas eu posso. - pisquei pra ela.

- Engraçadinho, me dá um pedacinho, por favor. - ela falou manhosa.

- O que eu ganho em troca e humm... Está realmente muito bom esse chocolate.

- Um beijo por um chocolate o que acha. - ela fez cara maliciosa.

- Tudo bem um beijo por um pedacinho de chocolate. - ela me deu um selinho demorado.

- Sua boca com gosto de chocolate é maravilhosa e me lembre disso quando voltarmos para Seattle.

- Por quê? - perguntei curioso.

- Idéias sugestivas que você não vai saber por enquanto.

- A me fala, por favor. - coloquei meu braço no seu ombro tombando minha cabeça no encosto do sofá.

- Você não vai me fazer dizer isso. - ela encostou sua cabeça em meu ombro.

- Tem haver com o que eu estou pensando?

- Não sei me diga o que você está pensando. - eu sabia que ela daria um jeito de mudar tudo, inverter o jogo digamos assim. Me aproximei do seu ouvido

- Bom se o chocolate deixou um gosto bom na boca, significa que no corpo será melhor ainda, ou seja, se eu te sujar de chocolate eu posso te limpar todinha depois estou certo?

- Está, pensei exatamente na mesma coisa. - beijei seu rosto.

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Diante de mim tinha a melhor comida que eu já havia provado depois da  comida da minha mãe e da Helen. Tudo era divinamente temperado, mas a diferença era que havia prazer em ficar sentado a mesa. Os pai das Nessie demonstrava amor um pelo outro e se tocavam no rosto ou pegavam na mão do outro o tempo todo e a Nessie era feliz em ver o quanto eles se amavam.

- Estava tudo delicioso Bella. - falei educadamente e sorrindo.

- Eu sinceramente fico até sem graça por que você deve estar acostumado com pratos chiques e empregadas e sua casa deve ser maior do que a daqui de La Push.

- Acredite que este é o exato lugar em que prefiro estar e tudo aqui é tão único  que jamais poderia ser comparado a outro lugar e... - toquei o rosto da Nessie carinhosamente. - Obrigado por terem me dado o privilegio de encontrar a pessoa mais especial e verdadeira que eu já conheci na minha vida. Eu realmente a amo de todo meu coração e obrigado por terem me deixando ficar aqui esses dias eu precisava muito disso.

- Jacob não está muito bem. - ela olhou pra mim como que pedido autorização pra continuar a falar e com olhar eu a dei. - Ele ontem teve uma crise emocional ao se lembrar do acidente e foi difícil acalmá-lo e o pai dele sugeriu que viéssemos para Forks pra que ele pudesse descansar esses dias. Mas ele já está bem melhor.

- Sabemos Jacob o quanto deve ser duro para você e seu pai também complicou bem as coisas, mas tudo irá se resolver você vai ver. - Edward falou de maneira amigável. - E é bom saber que você ama tanto a nossa filha e sinceramente eu nunca gostei de imaginar ela sozinha em Seattle e agora depois de ter conhecido você eu fico muito mais tranqüilo. Essas duas mulheres são as coisas mais especais que eu tenho na minha vida, eu literalmente vivo por elas.

- Eu percebi na maneira como as trata e realmente vocês são uma família muito especial.

O telefone tocou e Nessie se levantou para atender.

- Residência dos Cullen. Seth? - minha nossa era agora!!! Espera que alegria era essa no seu rosto? Um frio percorreu todo o meu corpo. - Cheguei ainda a pouco e advinha quem está aqui comigo? Que Matt ficou louco é o Jacob. Espera vou chamar mais o que você queria. Pai o Harry está perguntando se o senhor vai assistir jogo com ele na reserva, o vovô já está indo.

- Ah não sei você chegou hoje e...

- Podemos ir todos juntos e Jacob pode encontrar o Seth. - sorri meio amarelo.

- Iremos todos e você vai poder matar saudade de mim seu bobo. - Nessie desligou o telefone.

- Então vou arrumar...

- Não mamãe vai se arrumar eu cuido de tudo por aqui.

- Eu ajudo a Nessie Bella não se preocupe com nada por aqui. - pisquei para Nessie que sorria pra mim, acho que ela estava aliviada por ver que eu estava me sentindo à-vontade na sua casa.

- Vem comigo meu amor? - Bella nitidamente gostava da companhia do marido em tudo que ela iria fazer.

- Claro meu amor. - eles subiram a escada.

- Você ficou feliz em falar com o Seth. - tentei falar despreocupadamente mais o ciúmes por dentro estava me matando.

- Você por acaso está com ciúmes de mim? - Coloquei a louça dentro da pia. Nessie começou a lavar enquanto eu enxugava.

- Morrendo, eu confesso. - essa porcaria de insegurança aqui de novo. - Eu tenho medo que você encontre alguém que lhe dê menos trabalho que eu. Além disso, você e o Seth já andaram se pegando então...

- Você fica lindo quando sente ciúmes de mim sabia? E eu o amo ainda mais. - ela me beijou de leve. - E tipo você é o melhor já falei... Jacob você é o cara entende? - ela piscou pra mim.

- Certo, eu sou o cara. Vou me lembrar disso quando você o cumprimentar com abraços e beijos. - fiz careta.

- Jacob vem aqui. - ela estava com a mão cheia de sabão, aproximei meu rosto do dela. - Deixa eu te falar uma coisa no seu ouvido.

- Pode falar estou todo ouvido. - ela riu me fazendo arrepiar devido a proximidade.

- Eu amo você, amo beijar você, você beija melhor que qualquer cidadão que eu conheço e fazer amor com você é a coisa mais incrível que eu já vivi na minha vida, você é o único que me faz implorar por mais de você dentro de mim, você é o único que sabe exatamente onde me tocar para me dar prazer, aliás, você pode me dar prazer só de olhar pra mim. Meu corpo implora pelo seu, minha boca implora por ser tocada pela sua. Eu não vejo homem nenhum na minha frente que não seja você entendeu?

- Isso foi intenso eu diria. - toquei seus lábios com o meu. - Wow,  então eu sou o cara é isso. - sussurrei no seu ouvido.

- Literalmente o cara. - ela terminou de lavar a louça e enxugou a mão.

Nessie me abraçou apertando seu corpo contra o meu, fazendo seu amor percorrer todas as células do meu corpo até se acomodar no meu coração onde se misturava ao meu próprio amor por ela.

Estar aqui na casa dela me fazia sentir bem, era como ver que era possível ser feliz não apagando o passado, mas mudando um futuro que estava completamente definido para o fracasso. Perder o amor do meu pai por mim era como perder duas pessoas importantes ao mesmo tempo e isso era o que mais me machucava, mas agora nada disso tinha importância diante de tudo que estava acontecendo.